sábado, 28 de fevereiro de 2009

Vídeo da semana # 25.



The Orb, "Little Fluffy Clouds".

Eu adoro essa música, mas muito mesmo. É um dos primeiros singles do Orb e até hoje considero o melhor momento da banda. Lembra o primeiro disco do Saint Etienne, lembra "Screamadelica", além de outros nomes da cena eletrônica da época, como Orbital e Future Sound of London.

A primeira metade dos anos 90 foi bastante criativa e com grande número de ótimas bandas eletrônicas, a maioria me agrada bastante. Vou postar alguns discos no blog, apesar de que tenho certeza que 80% dos popkids que frequentam essa biboca vão torcer o nariz hehe. Uma pena. As duas cenas têm muito em comum. Taí "Missing the Moon" do Field Mice que não me deixa mentir. E diversos outros exemplos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Crayon.


Crayon | Brick Factory | Harriet | 1994

Primeira banda de Sean e Jeff, do Tullycraft. Clássico álbum lançado pela Harriet Records, que era especializada em 7"s e tem uma história muito legal, o proprietário também era professor da Harvard, então imagina. Já o Crayon conseguia fazer a curiosa união de grunge com indiepop. Sério. Se você morre de amores pelo Razorcuts, mas também curte o Nirvana, não deixe de conferir. Olha só essa descrição da bíblia Twee.net: "Their unique style, combining heavily distorted guitar with strong twee pop elements, that some called "love rock" and others called "cuddlecore" built Crayon a cult following that still holds strong today.".


Aqui tem a discografia da Harriet com todas as capinhas. Muito legal, quem sabe um dia consigo tudo em mp3?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sagittarius.


Sagittarius | Present Tense | Sundazed | 1968

Primeiro e único álbum do Sagittarius, uma das ótimas obscuridades do sunshine pop. Essa é a versão em CD, relançado em 1997 pela Sundazed, com várias bonus-tracks (ouça "Lonely Girl"!) e no arquivo você ainda encotra todo encarte escaneado em alta definição. Esse é o projeto de estúdio de Gary Usher, que compôs diversos clássicos dos Beach Boys junto com Brian Wilson e ainda produziu ótimos álbuns para os Byrds.

Recomendado se você já ouviu e gostou da Claudine Longet, The Yellow Balloon, The Gordian Knot e a excelente compilação dupla "Get Easy!". Lembrando que esses são os nomes mais undergrounds do sunshine pop, que na verdade se tornou conhecido devido aos clássicos de Beach Boys, Turtles e Mamas and the Papas.

Caso queiram ler mais um pouquinho a respeito, fiquem com um scan de parte da página 172 do livro "500 Lost Gems of the Sixties", aonde encontramos a introdução de um delicioso capítulo sobre sunshine pop. Caso queiram mais bandas do estilo, fiquem a vontade para pedir. Deixo a dica do Free Design, que tem dois LPs lançados no Brasil na época (!) e batizou até música do Stereolab.

PS.: Caso você queira mergulhar de cabeça no estilo, não deixe de visitar o blog Soft Sounds for Gentle People, do amigo espanhol Outdoor Miner.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Vídeo da semana # 24.



The Bobby McGee's, "Love Song For Ladies in the Audience"

Ao ouvir "Butterflies" do Bobby McGee's na compilação da Twee as Fuck, caiu a ficha de que até hoje não tinha comentado nada sobre essa fantástica banda no blog. Como não! Que falha. Como não ter elogiado "the greatest band in the history of twee", como já foram descritos por aí, ou também como os "creators of tweecore!". Fantástico trio que mistura The Fall, Jacques Brel, Talulah Gosh e Billy Childish, sem soar cópia de ninguém, são bastante originais e divertidos. E são os que fazem melhor uso do ukulele hoje em dia! (Beirut? Quem?).

Eles já têm dois singles em 7"s, o "The Bobby McGee's? Yes Please!" e o "S'Amuser Com Des Fous", cada um com 6 músicas cada. Mas é ao vivo que a banda chama mais atenção, pois eles se vestem como piratas e o vocalista tem um sotaque inglês cockney fortíssimo e faz diversas piadas entre as músicas. Como vocês podem conferir nesse trecho de um show em Leeds, quando ele assume que todos já conhecem a música por serem ingleses, aí uma menina grita "I'm not english!!" e ele devolve na hora "I DON'T CARE!!" hahaha. É difícil escolher somente um vídeo deles, então vou linkar mais alguns destaques abaixo:

Página do MySpace. (viciante!).

"Forever And A Day" (trecho de show no YouTube).

"Kill Yourself" (trecho de show no YouTube).

"Oobie Doo I Wanna Be Like Audrey Tatou"
(trecho de show no YouTube).

"A Dog At All Things" (vídeo-clip).

Eles são de Brighton e dia 28 de março vão tocar em Londres, no Bardens Boudoir, que é o clube aonde meu irmão é DJ residente (talvez até seja ele quem está organizando esse show, preciso perguntar). Imperdível. Eu perdi show deles na primeira edição da Indietracks para ver outra banda e isso me deixa deprimido até hoje.


Ninguém toca ukulele como ele!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

The Yellow Balloon.


The Yellow Balloon | The Yellow Balloon | Sundazed | 1967

Já que a compilação de sunshine pop que eu coloquei semana retrasada fez tanto sucesso, vou colocar mais discos do estilo aqui no blog. Esse do Yellow Balloon (presente na coleta) é ótimo, lembra um Beach Boys mais psicodélico (sem querer depreciar o "Pet Sounds"!) e tem vários hits como "Stained Glass Window" e "Can't Get Enough of Your Love" (tem duas versões, a do 7" é simplesmente linda). Recomendo!

Jeffrey Brown.


Recentemente pedi recomendações na indiepop-list de quadrinhos lo-fi e twee, com popkids e todo universo característico. Vieram várias indicações, dentre as quais os livros de Jeffrey Brown. Peguei o "Clumsy" e "Little Things". Nossa, é muito legal. Devorei ambos! Recomendo para quem curte quadrinhos. Eu adoro e estou sempre atrás de dicas. Das graphic-novels nacionais já li todos que me interessam, então estou atrás das gringas, tem muita coisa que não vai sair nunca no Brasil.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fuchsia.


Fuchsia | Fuchsia | Kingdon - Nightwings | 1971

Esse disco foi recomendação do amigo Fernando Naporano, quando pedi para ele me indicar as melhores reedições do ano passado. Foram vários nomes que eu nunca tinha ouvido falar na vida, esse foi um dos que mais gostei. Na verdade ADOREI! :-)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Movietone.


Movietone | Movietone | Planet | 1995

O amigo Glauco me emprestou esse disco logo que foi lançado, em 95 ou 96. Ele me emprestava bastante coisa na época e eu gravava tudo em fita K7. Acredito que Movietone ele comprou por causa da referência ao Flying Saucer Attack, já que as duas bandas tinham membros em comum e faziam parte da celebrada (pelo menos por nós) cena post-rock de Bristol (a maioria das pessoas celebrava a de Chicago, mas a gente gostava de ser diferente hahaha - o que não quer dizer que ignorávamos baluartes como Slint e Tortoise, é lógico).

O post-rock é um rótulo maluco, todos sabem. Não quer dizer nada. A real é que a música do Movietone carrega fortes influência do rock psicodélico e do slow core. Lembram de Pastels a Codeine, passando por ritmos que em comum têm o fato de serem estranhos. "Late July" é um típico acid folk e minha música predileta do disco. "3AM Walking Smoking Talking" poderia ser a melhor descrição do Movietone por eles mesmos. Em 2003 esse disco foi relançado pela Geographic, de Stephen Pastel. Essa cópia que disponibilizo foi ripada do citado CDzinho do Glauco, por ele mesmo, depois que eu implorei, já que não achava em nenhum lugar o mp3. Valeu camarada!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Twee as Fuck Compilation 2008.


VA | Twee as Fuck Compilation 2008 | Self-released CDr

Conforme prometido, aí está a compilação que o coletivo Twee As Fuck lançou e distribuiu gratuitamente para quem fosse na última edição da festa de 2008. Agradeço aqui ao Mario do Wry, que pegou uma cópia e me mandou de presente, junto com os fanzines. Valeu Mario! Ele ainda mandou a seguinte mensagem: "Giba, a sua versao de Londres, o Rory da Twee as Fuck, adorou a compilação da explosão do indiepop. Ele gostou muito da capinha também". Fala sério, fiquei até emocionado ao saber disso!

Existem somente 50 cópias da compilação Twee As Fuck, todas com capinhas personalizadas e feitas a mão, veja na foto e localize a minha cópia! No CDr encontramos 18 canções, só indiepop de 2008, minhas faixas prediletas são as do Pocketbooks, Bricolage, Bears, Mexican Kids At Home, Pains of Being Pure At Heart, Comet Gain, The Bobby McGee's e nossa, tudo é muito bom hahaha!


A próxima edição da festa Twee As Fuck acontece amanhã, no Buffalo Bar e vai ter nada menos que o Would-Be-Goods! De bônus mais três shows, dentre os quais os suecos do Hari and Aino. Isso que é festa! E na segunda eles voltam com mais shows, dessa vez os ótimos Crystal Stilts. Valeu Pavla, valeu Rory! (foto) Show de bandas indiepop em Londres era uma raridade até um tempo atrás, agora a coisa toda está bem melhor.


"Oi, aceita um bolinho?"

Fresh Maggots.


Fresh Maggots | Hatched | Sunbeam | 1971

Outra reedição da Sunbeam, dessa vez temos um folk rock com guitarras tresloucadas passando por cima de tudo, além de flautinhas e cordas deixando tudo com uma aparência mais sofisticada. Queria deixar aqui o agradecimento ao mestre Fernando Naporano, que foi quem me apresentou a Sunbeam e é quem me empresta os discos do selo, além de muitas outras pérolas dos 60's e 70's. Por falar nele, o Omar Godoy publicou uma pequena entrevista com o próprio em seu blog. Figuraça.

PS.: Dá pra ouvir os Fresh Maggots na "Gather In The Mushrooms", ótima compilação de folk psicodélico, a melhor que já ouvi.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Roger Rodier.


Roger Rodier | Upon Velveatur | Sunbeam | 1972

Antes de qualquer coisa, tenho que escrever umas linhas sobre o maravilhoso selo Sunbeam Records, especializado em reedições de artistas obscuros dos anos 60 e 70, principalmente do estilo psychedelic folk. Dá para descobrir muitas pérolas no catálogo da Sunbeam, pérolas que estariam no fundo do mar caso esses iluminados não fossem capturá-las para a gente. Na maioria dos casos são reedições de LPs super raros que ganham uma edição caprichada em CD, com faixas bônus e encarte com fotos e histórias, como é o caso desse Roger Rodier. O encarte está todo escaneado no arquivo e tem textos do próprio.

Frequentemente comparado com Nick Drake, ao ouvirmos com atenção percebemos que Rodier é tão melancólico quanto, mas talvez menos sombrio e lúgrube. Parece que dá para enxergar uma luz no fim do túnel. Também soa muito atual. Tem uma faixa chamada "Easy Song" que se me dissessem que é de uma nova banda indiepop eu acreditaria na boa. OK, talvez duvidasse numas de "ah, não existe banda tão boa assim hoje em dia!". Enfim, aí está mais um bom disco de psych folk, lançado originalmente em 72 e só recentemente reeditado em CD. Recomendo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vídeo da semana # 23.



Comet Gain, "Love Without Lies"

Esse é o vídeo do novo single do Comet Gain, que foi lançado num 7" pela Twee as Fuck no final do ano passado. Sim, a festa que acontece no Buffalo Bar, além de um ótimo fanzine, também é um selo de compactos. Fala sério, né? Cheguei a ir em algumas edições da festa e é simplesmente demais, só toca indiepop do começo ao fim e sempre tem quatro bandas ao vivo escolhidas a dedo. Visite o MySpace da festa e confira a programação.

Esse próprio clip mostra diversos momentos de uma noite Twee as Fuck, inclusive a fachada do Buffalo Bar (quase o clip todo é no Buffalo Bar!) e a estação de metrô Highbury & Islington, que é aonde acontece toda essa zona que se vê no vídeo. O clube fica logo na saída do metrô. O clip foi dirigido pela belíssima Pavla Kopecna, que provavelmente deve ser a popkid mais bonita do mundo e é a responsável pela festa e a arte do fanzine Twee as Fuck, junto com sua companheira Elaine. Abaixo segue foto das duas. Elas ficam na porta entregando bolinhos para quem entra e são as DJs da festa.



O Rory também ajuda a organizar a festa e tudo mais, mas como esse blog é meu e eu faço o que quiser com ele, preferi poupar o querido leitor da foto do sortudo para colocar outra foto da dupla feminina Twee As Fuck.


Amanhã vou postar a compilação em CDr que veio encartada num dos fanzines. Só indiepop do bom!

No final nem comentei sobre o Comet Gain, que durante os anos 90 foi a minha banda predileta. Acontece que essa música eu considerado meio fraca. Entretanto, o vídeo é ótimo. Me deixa com uma vontade incontrolável de sair pra noite!

Mia Doi Todd.


Mia Doi Todd | Gea | Kindred Spirits | 2008

Amanhã a Mia Doi Todd faz show no Studio SP e como ninguém está comentando nada, resolvi postar o último e delicioso disco que ela lançou ano passado, o sétimo de uma respeitosa carreira. Confesso que não conhecia a mulher até as meninas do Coquetel Molotov me avisarem que iam organizar o show dela em São Paulo. Me disseram que ela toca folk e de uns tempos para cá eu ando com uma má vontade extrema pra qualquer coisa rotulada de folk, mas enfim... fui atrás do álbum e que bela descoberta! É folk sim, mas passa longe do comercialismo inócuo de um Fleet Foxes ou da falta de talento da Mallu Magalhães.

Para começar temos a primeira faixa, que ultrapassa os dez minutos de duração com drones passeando pelo fundo, acordes dedilhados de violão, suave batidas de bongô e uma voz madura, que lembra de longe a Tracey Thorn. No decorrer do disco encontramos flertes com o psicodelismo e até mesmo com o lado mais jazz da MPB. O show vai ter participação do M. Takara e esse detalhe deverá acrescentar bastante ao nível de qualidade do espetáculo. Por falar em Takara...


Hoje tem show do São Paulo Underground no SESC Vila Mariana. É outro show imperdível. O disco que eles lançaram ano passado emplacou entre os 50 melhores da revista inglesa Wire. Eu ainda não ouvi esse disco, mas sou muito fã do primeiro, lançado dois anos atrás. Também já vi shows e recomendo. Domingo retrasado saiu um artigo excelente sobre a banda no Estado de São Paulo, escrito por João Marcos Coelho, que não conheço, mas dá pra perceber que o cara saca muito do que tá falando. Leia o artigo aqui.

PS.: O show da Mia Doi Todd amanhã será aberto pela clássica banda paulista 3 Hombres (que voltou!) e ainda levamos de brinde os hypados Holger, que eu adoro também. Será uma noite e tanto! Depois escrevo mais sobre isso.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

John Cale.


John Cale | Vintage Violence | Columbia Legacy | 1970

Primeiro álbum solo de John Cale, logo após ele deixar o posto de guitarrista do Velvet Underground. Que é um ótimo disco, todos já desconfiam, e realmente é muito bom, mas o curioso é que não lembra muito a ex-banda, o que talvez explique o fato desse disco ser subestimado por todos. O que encontramos são canções que resvalam num rock'n'roll depretensioso, por vezes melancólico e com influências que vão do blues ao country. É um discão, recomendo. "Please" até lembra os momentos mais tristes do Velvet Underground. Ah, aproveita e pega o do Chris Bell também. Acredito que um disco lembra o outro.

Trecho # 4.


(...) outra vez disseste-me que, na vida real, eu não agüentaria uma semana contigo. Ou talvez eu tenha inventado que tu me disseste isso. Pouco importa. Posso ter inventado tudo, menos o fulgor perfeito dos nossos corpos juntos. Uma vida inteira não basta para apagar da pele o peso magnífico desse fulgor. Só sexo, disseram-me as amigas íntimas, quando eu ainda chorava com elas a saudade do êxtase. Só sexo, fogo e palha, talvez tenham razão. Mas é disso que trata a vida, a minha vida: só sexo, Contigo. O prazer que o meu corpo conhece é o que aprendeu no teu, e foi esse que o meu corpo ensinou aos outros homens, aos vários em que tentou enganar a tua ausência, ao único que soube contornar a tua ausência para permanecer em mim. Todas as noites me acaricio com os teus dedos, fecho os olhos e sugo os teus dedos sob o contorno dos meus e conduzo-te pelo meu corpo como tu me conduzias. Todas as noites rebolamos da cama para o chão e do chão para cima da cômoda do teu quarto e para a mesa da sala e para as lajes frias da cozinha, todas as noites percorremos abraçados a casa velha onde já não moras, a casa velha que se calhar já se desmoronou sem a nossa ajuda. Todas as noites tu entras em mim por todas as portas, a tua língua silenciosa desperta vertigens desconhecidas nas partes secretas das minhas orelhas e das minhas pernas e dos meus pés. Todas as noites sinto o castanho do teus olhos grandes dissolvendo-se nos meus como uma felicidade quente, imensa, vejo os teus quadris estreitos de rapaz dançando sobre o redondo do meu ventre, das minhas nádegas, todas as noites os teus dentes mordem o meu pescoço no sítio exato em que o meu corpo guardava a última fechadura, todas as noites volto a subir a esse monte dos vendavais só nosso. Só sexo, seja. Tantas vezes te pedi: “Diz-me que me amas, diz só uma vez. Mesmo que seja mentira. Diz-me. Só para eu guardar o som da tua voz a dizer essas palavras”. (...)

***

Trecho do conto "Só Sexo", presente no livro Fica Comigo Esta Noite de Inês Pedrosa, escritora portuguesa que me foi apresentada pela amiga de trocentos milianos (a gente estudou o ginásio juntos!) Natascha Paiva, que atualmente ministra o workshop de análise de texto "Literatura e Erotismo: Corpos Escritos" - que felizmente estou participando, portanto aguardem mais trechos... er.. quentes haha.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sunshine pop.


VA | The Get Easy! Sunshine Pop Collection 2CD | Universal | 2003

Aguardem o q tenho pra falar sobre tamanha beleza. A melhor compilação de psychedelic pop do mundo? CD duplo e tudo mais? Sunshine pop?

Bom, passou o final de semana e eu não comentei mais nada sobre sunshine pop, acredito que já perdi o momento e caso escreva algo ninguém vai dar a devida importância, portanto prefiro copiar e colar o texto que ao ler, me deixou com vontade de postar esse disco. É um trecho do exclente blog O Mundo Estranho de PB, aonde Paulo Beto discorre sobre o sunshine pop, nesse post aqui. Fiquem com o trecho em destaque:

"Mas voltando a falar da música e voltando a citar o José, foi na extinta loja de discos Nuvem Nove, no qual ele era o dono, que eu conhecí o termo "SUNSHINE POP" para se referir ao um estilo específico de música onde essa trilha e a trilha do seriado de tv se enquadra. Eu já era um grande fã da banda FREE DESIGN, que eu apenas conhecia um cd coletânea. Depois de conhecer o José, ele me apresentou TUDO do Free Design, e várias outras bandas que, juntando todas, se entende a existência de uma forma de pensar música baseado numa estética com motivações e modismos próprios nos anos entre 64 à 68.

Citando exemplos: Millennium, Sagittarius, Yellow Balloon, The Third Rail, Harpers Bizarre, Eternity's Children and The Sunshine Company, Spanky and Our Gang. Quais eram as principais características? Palavras como O Poder das Flores, Eu Acredito Em Mágica, Boas Vibraçoes já definem bastante as coisas. A música soa como "doce", "alto astral", "simpática", sempre com arranjos de "bom gosto" e sintonizada com o que havia de mais moderno para a juventude da época."


Blog: O Mundo Estranho de PB.

Peguem essa compilação, pois ela realmente é considerada a melhor do estilo já lançada até hoje. Fica a dica.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Vídeo da semana # 22.



The Boy Least Likely To, "Be Gentle With Me"

Já que citei eles ao comentar sobre o ótimo The Crookes aí embaixo, resolvi colocar o vídeo, que é tão adorável quanto a música. Essa banda marcou uma época, uns três anos atrás, quando estava em Londres e eles estavam surgindo. Consegui ver três shows e pra mim eles eram a salvação do indiepop. Outra lembrança é que o Dago sempre tocava "Be Gentle With Me" no Peligro @ Milo Garage. Mas depois a banda sumiu... para retornar recentemente, com o anúncio de um novo álbum, que será lançado em março. Tomara que seja tão bom quanto o primeiro!

Dicas do Marcio # 1.


The Crookes

Começamos aqui mais uma coluna no blog, a "Dicas do Marcio", que é meu irmão que mora em Londres e organiza o projeto Goonite Club semanalmente em dois clubes da cidade. Ele marca muita banda ao vivo por semana, portanto recebe muito material e obviamente cruza com muitas coisas legais. Na maioria dos casos as bandas são novíssimas e não tem nada lançado, como é o caso dos Crookes. Portanto vamos sempre linkar somente o respectivo MySpace. O texto é meu, já que o Marcio anda muito ocupado e disse que não tem mais tempo para escrever.

Os Crookes são de Sheffield e os integrantes são uns loirinhos com a bochecha rosada, aparentam ter uns 18 anos e desconfio que fazem parte da aristocracia inglesa. Eles têm um cara que toca banjo e eu não ouço o instrumento tão bem encaixado e tocado numa música pop desde quando o The Boy Least Likely To surgiu. As músicas soam como se os Libertines resolvessem tocar indiepop. Como já foram descritos: "upbeat indie-folk-pop com o charme de Pete Doherty quando ele ainda conseguia bater palmas no ritmo".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Broadcast.


Broadcast | Work and Non Work | Warp | 1997

Continuando com o papo das bandas que debutaram no renomado selo Wurlitzer Jukebox, temos aqui talvez o mais célebre exemplo, os ingleses do Broadcast, que em 96 surgiu com o compacto "Aciddentals", apresentando um indiepop futurista de ares inquestionavelmente retrô bastante peculiar e que arrebatou diversos fãs, dentre os quais um pessoal que seguia uma sonoridade próxima, os geniais Stereolab, que os contratou para o Duophonic, selo de propriedade dos próprios. Nele o Broadcast lançou o excelente compacto "Living Room / Phantom" e o EP 12" "The Book Lovers", que os propagou para o mundo.

Depois disso a respeitada Warp os contratou, reuniu todos os singles citados e lançou esse álbum "Work and Non Work", que até hoje considero o melhor da banda. Fora todos os três singles anteriores, o disco contém uma canção inédita, a "Lights Out", que é ótima. Enfim, provavelmente o leitor típico desse blog já tem esse disco e já cansou de ouvir, afinal é coisa básica, mas vai saber né? :-)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ISAN - singles.


ISAN | Clockwork Menagerie | Morr Music | 2002

Essa é a compilação dos primeiros singles do ISAN. Apesar de não obedecer uma ordem cronológica e não conter todas as músicas, encontramos algumas preciosidades nesse disco: o compacto de estréia "Damil 85 / Cubillo", que saiu pela Wurlitzer Jukebox em 97, além dos dois compactos que outro excelente selo, o Bad Jazz (também especializado em 7"s colecionáveis), lançou no ano seguinte. No mais, temos aqui 14 canções que são puro deleite.

Muitas pessoas fizeram o download do tributo ao Erik Satie que postei há alguns dias, então é uma boa hora para postar os singles dessa excelente banda eletrônica inglesa, que consegue unir blips & blops à bastante melodia e batidas quebradas que fazem alegria de quem curte uma música de vanguarda com elementos mais pop. Fiquem também com o ótimo vídeo de "Cinnabar", que não está nesse disco, mas capta bem o clima da banda. Espero que gostem.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Light.


Light | Turning | Wurlitzer Jukebox | 1996

Dos anos 90 uma das cenas musicais que mais gosto foi a que aconteceu em Bristol, mais ou menos na segunda metade da década, com bandas que seguiam uma linha experimental, indo do folk, passando por coisas barulhentas até chegar nos drones, bandas diferentes entre si, mas que receberam o rótulo de pós-rock: Flying Saucer Attack, Movietone, Crescent, The Third Eye Foundation, Empress e agora, só recentemente, fui descobrir essa banda chamada Light e esse ótimo disco que é considerado peça chave da cena pós-rock de Bristol. Estou ouvindo direto e recomendo.

PS.: Eu sempre quis colecionar os discos da Wurlitzer Jukebox na época, mas lembro que eram limitados e custavam mais caro que a média. Até hoje ouvi menos do que gostaria dessa excelente gravadora. Se alguém conseguir alguma coisa em mp3, por favor, me avise. O próprio Light tem mais dois 7"s, adoraria ouví-los.

Lilys.


Lilys | A Brief History Of Amazing Letdowns 10" | SpinART | 1994

Dois anos depois de lançar o ótimo e obrigatório álbum de estréia, que é um marco do shoegaze e o melhor álbum do estilo feito por uma banda norte-americana (não considero Swirlies shoegaze), vemos os Lilys voltar com um estilo de som diferente, mais próximo do guitar pop de Pavement do que dos delays e reverbs do My Bloody Valentine. Esse é um 10" de transição. Depois disso a banda iria se aproximar ainda mais do pop rock, especialmente aquele influenciado por bandas 60's tipo Kinks e The Who. Mas aqui o que temos é um ótimo guitar pop que lembra os melhores momentos do Pavement no começo de carreira.