sábado, 30 de agosto de 2008

The Gordian Knot.


The Gordian Knot | The Gordian Knot | Rev-Ola | 1968

Uma obscuridade do sunshine pop, que foi recuperada recentemente pela ótima Rev-Ola. Um disquinho bacana e tem scan do encarte para quem estiver interessado na história da banda.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Grouper.


Grouper | Dragging a Dead Deer Up a Hill | Type | 2008

Um disco muito instigante, já ouvi diversas vezes no decorrer dos últimos dois meses e ainda não cheguei numa conclusão se é algo genial ou se é ruim mesmo. A sonoridade dele é muito estranha, algo propositalmente lo-fi, num estilo de som etéreo que geralmente não permite o uso desse tipo de acabamento mais amador. A impressão que passa é que tem alguma coisa de errada no som. Vai ver é isso mesmo que eles querem passar. As músicas são uma mistura de This Mortal Coil com Animal Collective, algo nessa linha. É original, parece que nem é desse mundo. É sinistro, como a capa desse disco.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Buffalo Springfield 3.


Buffalo Springfield | Last Time Around | ATCO | 1968

Esse é o terceiro e último disco do grande, mas muito grande Buffalo Springfield. E é o meu predileto. Folk rock da melhor qualidade.

Buffalo Springfield 2.


Buffalo Springfield | Again | ATCO | 1968

Esse é segundo disco, capa muito linda. No começo do ano uma amiga me passou uma lista de LPs que um amigo do pai dela estava vendendo. No meio da lista tinha esse disco aí, prensagem original, novinho. Nem acreditei na minha sorte. Maior felicidade!

Buffalo Springfield 1.


Buffalo Springfield | Buffalo Springfield | ATCO | 1967

Clássica banda de folk rock norte-americana que teve uma vida bem curta. Lançaram somente 3 álbuns, todos excelentes. Um carinha que tocou nessa banda é o Neil Young, acho que vocês devem conhecer.

New York Singles Scene.


VA | The Great New York Singles Scene | ROIR | 1982

Esse CD já vale por ter o primeiro single do Television, "Little Johnny Jewel", e o primeiro da Patti Smith, "Piss Factory", ambas ótimas e não estão disponíveis em nenhum álbum dos respectivos! No da Patti Smith o Tom Verlaine toca guitarra. E tem uma versão exclusiva de "Blank Generation" do Richard Hell and The Voidoids. Fala sério né? Será essa a melhor música de todos os tempos? O CD ainda traz um monte de bandas que lançaram singles pela ROIR no final dos anos 70. Muito bom.

Vídeo da semana # 6.



Television, "Call Mr. Lee"

Esses dias um grande camarada me pagou um almoço num ótimo restaurante capixaba em Pinheiros, uma moqueca deliciosa, adoro peixe de qualquer forma, cru, assado ou frito, mas o assunto aqui é outro. Depois do almoço fomos para uma loja de discos e eu decidi que ele deveria escolher um CD para levar. Aí depois de um tempo fuçando na loja ele tira o disco branco do Television, o único que ele não tinha. Eu já fiquei emocionado. "Pega que é um clássico! Melhor disco de volta de banda que conheço!".

E aí já comecei a divagar, comentei sobre o show no SESC Pompéia, que foi lindo demais, e sobre esse clip, que passava direto no Lado B e foi através dele que eu conheci o Television. Eu lembro que ficava arrepiado com os solos de guitarra dessa música. Fala sério né povo, o que é Tom Verlaine e Richard Lloyd dedilhando as guitarras nesse clip? Meu queixo vai até o chão sempre que assisto isso. Um clássico.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Violeta de Outono 3.


Violeta de Outono | Eclipe Ao Vivo 1986 | Record Runner | 1995

Não sou muito fã de discos ao vivo, mas tenho que tirar meu chapéu para esse aqui, gravado em 1986 no SESC Pompéia. O repertório é basicamente centrado no primeiro disco, mas encontramos duas faixas do segundo e algumas covers bem interessantes, como Rolling Stones' "Citadel", Pink Floyd's "Interstellar Overdrive", Gong's "Blues for Findlay" e George Harrison's "Within You Without You". Esse CD foi lançado pela gravadora norte-americana Record Runner.

Violeta de Outono 2.


Violeta de Outono | Em Toda Parte | Voiceprint | 1989

Esse segundo disco é uma espécia de continuação do primeiro. Segue a mesma linha, algo entre paisley underground, psychedelic pop e progressivo. Um discão e essa também é a edição remasterizada em formato mini LP que foi lançada recentemente na Inglaterra pela Voiceprint. Aqui encontramos duas faixas bônus inéditas. Uma beleza.

Violeta de Outono 1.


Violeta de Outono | Violeta de Outono | Voiceprint | 1987

O clássico do psychedelic pop nacional ganhou uma reedição remasterizada em formato de mini LP e um encarte bem legal. A capa é dupla, um troço bem bonitinho mesmo e quando vi na loja tive que adquirir, mesmo já possuindo o LP. E foi ótimo, pois esses dias eu ouvi o CD no carro a noite, durante um longo percurso, e foi talvez o momento mais sublime que passei ao lado desse disco. Pensamentos do tipo "ai caceta, definitivamente esse é o melhor disco brasileiro", "Puta merda, pq raios não ouço isso com mais freqüência" e "vou colocar no blog amanhã mesmo" passavam voando pela minha cabeça.

Após diversas audições, cheguei a conclusão que esse disco combina muito com a noite. Os nomes de algumas canções já indicam isso, como "Declínio de Maio", "Noturno Deserto", "Sombras Flutuantes" e "Noite Escura". E quem me conhece sabe que eu adoro a noite. Pô, a janela do meu quarto tem até insulfilm! Do lado de dentro! Enfim, um disco clássico e essa edição tem quatro faixas bônus. Vai que é tua.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Belissimo! él The Singles Part Two.


VA | Bellissimo! él The Singles Part 2 | Richmond | 1993

A página da gravadora é bastante completa, vale a visita. Os discos da él, mesmo essas compilações, sempre tem umas fotos e textos belíssimos no encarte. Vale a pena ter o formato físico, mesmo em CD... é uma pena que não lançam em vinil. Tenho aqui também a compilação dupla que junta os Lados B dos singles, caso alguém tenha interesse. Mas tem que ouvir muito essas aí antes de pedir qualquer coisa. Excesso de música não faz muito bem, eu mesmo estou digerindo tudo há anos, muitos anos. E continuo, sem pressa.

PS.: Caso alguém queira, também posso subir novamente o excelente álbum do Always.

Belissimo! él The Singles Part One.


VA | Bellissimo! él The Singles Part 1 | Richmond | 1993

Uma das gravadoras mais maravilhosas e belíssimas do planeta, a él Records durou pouco, pelo menos a primeira fase, notoriamente a mais legal, somente de 86 a 88. Foram diversos singles 7"s, outros em 10"s e alguns LPs. Todos valem uma nota hoje em dia, muita grana mesmo. A embalagem sempre foi um fator primordial nos discos da gravadora e, aliado à boa música e as poucas prensagens, o preço sobe para as alturas. Mas felizmente temos essas duas compilações que juntam todos os Lados A dos singles. Essencial. Você pode ler mais sobre a él na entrevista do Would-Be-Goods abaixo.

Would-Be-Goods.


Would-Be-Goods | The Camera Loves Me | CD | él | 1987

Anos atrás, na época que publiquei essa entrevista no meu fanzine Esquizofrenia, dava uma certa angústia em saber que poucos leitores conheciam o Would-Be-Goods, e quem quisesse conhecer essa maravilha teria que pagar preço de CD importado inglês para conseguir ouvir. Muitas vezes me sentia escrevendo pra mim mesmo. O que obviamente não me desmotivava nem um pouco. Como alguns já sabem, desde começo dos anos 90 sempre escrevi um monte. Sempre sobre artistas independentes. Sempre sobre aquilo que eu realmente gosto. Abaixo segue um exemplo, com a vantagem de que agora, quem quiser ouvir, é só pegar o arquivo acima. Essa entrevista foi feita por e-mail e publicada no começo dessa década.

Would-Be-Goods
entrevista

Brasileiros conhecem a él Records através da “London Pavilion volume 1”, compilação lançada pela Stiletto no final dos 80. Hoje você encontra esse LP facilmente nos sebos pela bagatela de dois reais (em média). Item obrigatório para fãs de P!O!P! sofisticado, inteligente, exótico, divertido e diferente. Contém 14 bandas, as prediletas são King of Luxembourg, Always, Gol Pappas, Louis Philippe, Bid, Anthony Adverse e outros. Os Would-Be-Goods só foram aparecer no volume 2 de “London Pavilion” (essa infelizmente nunca lançada no Brasil).

Confesso ser completamente obcecado pela él Records. O choque ao ouvir as bandas da gravadora foi grande, pois nenhuma se encaixa no rótulo indie puro e simples. É muito mais complexo que isso. A variedade de estilos musicais presentes do catálogo da él Records é encantador. O mais impressionante é que tudo isso junto faz muito sentido. Ao ouvir artistas que vão do pop sofisticado de Louis Philippe ao jangle pop de James Dean Driving Experience, algo certamente acontece. Nunca tantas portas foram abertas e tantos preconceitos foram perdidos.

Mas nem sempre foi assim.

Na época que estava em atividade, a él Records foi completamente ignorada por TODOS. A mídia os ridicularizava, o público não os entendia. A salvação veio com os japoneses, sempre prontos para consumir a vanguarda musical mundial com muito bom gosto. Él Records fez – e provavelmente ainda faz – mais sucesso no Japão do que na própria Inglaterra. Mas nada disso adiantou. Depois de 45 singles e pouco mais de 20 álbuns, a gravadora entrou em bancarrota. Falência total. Isso em 88.

O homem responsável pela él Records se chama Mike Alway. Hoje ele é conhecido pelas coloridas capas da Poptones, mas na época ele era um ser meio excêntrico e enigmático, que não revelava os nomes por trás das diversas bandas, ocasionando um mistério e magia ao redor de tudo relacionado a él. Cada pessoa interpretava a gravadora a sua própria maneira. Quando adquiri “London Pavilion”, ficava imaginando como seriam as pessoas por trás daquelas bandas que nunca tinha nem ouvido falar. Os seres mais bizarros e freak faziam parte desse meu imaginário, aonde todos se reuniam para apreciar caríssimos vinhos e ouvir música clássica, bossa nova e indiepop. Nessa brincadeira surgiam as canções.

Sempre imaginei que o Would-Be-Goods fosse somente as duas garotas que aparecem na capa do “The Camera Loves Me”, brilhante debut álbum lançado em 87. Um ledo engano. Na verdade esse disco foi tocado todo pelo Monochrome Set. E somente Jessica quem faz os vocais. Aliás, o Would-Be-Goods na verdade é só ela! Fiquei chocado quando descobri, obviamente. Em 2002 foi lançado “Brief Lives” (Matinée), disco que marca a volta de Jessica Griffin à música. Melhor oportunidade para entrevistá-la e saber um pouco mais sobre a él e o próprio Would-Be-Goods não existe.


Esquizofrenia: Qual era a melhor e a pior parte de estar na él Records?

Jessica Griffin: A melhor parte de estar na él era poder estar em diversos shows em Londres e Tóquio, além de poder conhecer Simon Turner e Louis Philippe. A pior parte foi quando a él acabou, pois nós – as bandas – estávamos embalados em tanto mistério, que as pessoas pensavam que éramos uma invenção da fértil imaginação de Mike Alway!

Esquizofrenia: Hoje em dia você tenta recuperar essa áurea enigmática? Algumas letras falam de mistérios, pessoas ricas e estranhas, em geral são povoadas por caracteres bastante curiosos.


Jessica: Eu não tento ser enigmática, mas também não gosto de ser muito aberta sobre minha vida pessoal. Se eu escrevo sobre minha própria vida e experiências, eu disfarço tudo muito bem.

Esquizofrenia: Porque todos esses anos para voltar a compor música?

Jessica: Eu estava muito ocupada com outras coisas e perdi contato com todo mundo que eu conhecia do mundo musical. Ocasionalmente eu tinha idéias para canções, mas não me preocupava em fazer nada além de cantá-las numa cassete. Aí, questão de seis anos atrás, eu comecei a aprender guitarra, o que me deixou livre para fazer toscas demo tapes para mim mesma. Um dia eu toquei essas canções pro Peter e ele sugeriu que gravássemos juntos.

Esquizofrenia: Como é tocar com Peter Momtchiloff? (NdoE: ele já foi do Talulah Gosh, Razorcuts, Heavenly etc)

Jessica: Eu amo o jeito de tocar de Peter e nossas idéias musicais são bem compatíveis. Ele me tranqüiliza bastante quando vamos tocar ao vivo, pois isso ainda é uma experiência nova para mim, e eu admito que me sinto muito mal e nervosa antes dos shows, mas ele sempre está bem relaxado!

E: Você tem medo do palco?

Nós fizemos nosso primeiro show em Abril de 2001 – só Peter no baixo e eu nos vocais e guitarra. Eu estava completamente apavorada! Agora nós temos Debbie Green na bateria e Lupe Nunez-Fernandez no baixo, além de Peter na guitarra principal; está bem melhor assim.

E: Suas gravações dos anos 80 foram feitos com o Monochrome Set, certo? Existe a possibilidade de gravar algo com eles novamente, em especial com Bid, já que ele continua compondo, sob nome de Scarlet’s Well?

J: Eu ainda tenho contato com o Bid e admiro bastante os discos do Scarlet’s Well, mas não existem planos da gente tocar juntos. Orson Presence, membro original do Monochrome Set, tocou no último álbum “Brief Lives” e eu espero que ele trabalhe com a gente de novo.


E: Como você compõe as canções? É só você ou existe na hora uma banda por trás? Quais instrumentos você toca?

J: Eu escrevi todas as canções em “Brief Lives”, do EP “Emmanuelle Beart” e do single “Sugar Mummy”, exceto pela “Vivre Sa Vie, que foi feita por Peter Momtchiloff. Nós não compomos juntos. Ao vivo, eu toco guitarra rítmica quando estamos com banda e violão nos canções calminhas.

E: Como anda a receptividade da mídia em relação ao novo álbum? Você acompanha a imprensa musical inglesa?

J: Eu não leio mais a imprensa musical inglesa, a não ser ocasionalmente a Mojo. Nós tivemos poucas resenhas do novo álbum – a melhor de todas foi na Guardian, onde nos deram 5 de 5. As revistas eletrônicas na internet tem nos dado muito mais atenção que a imprensa musical tradicional, talvez porque elas tendem a se concentrar em determinados gêneros musicais.

E: Você tem um emprego ou dá pra viver com o lucro que o Would-Be-Goods proporciona?

J: Que lucros? Eu nunca ganhei muito dinheiro com os Would-Be-Goods! Eu já tive diversos empregos, incluindo jornalista de moda, editando livros para editoras e há muito tempo eu fiz alguns investimentos no mercado japonês.

E: E o que você acha dessas bandas que voltam só pelo dinheiro?

J: Eu acho que isso não se aplica para nenhuma banda indie!

E: Quais são seus artistas favoritos?

J: Eu escuto todos tipos de música, geralmente mais as antigas do que novas. Eu tenho uma tendência de me tornar obsessiva em relação e alguns artistas e discos por um tempo, aí movo para qualquer outra coisa e assim vai indo. Minha última obsessão foi com Jelly Roll Morton, depois de ler o maravilhoso livro “Mister Jelly Roll”, de Alan Lomax! Eu gosto muito de música latina também: Eddie Palmieri e Willie Colon, especialmente. Das atuais, gosto muito do Magnetic Fields e do Broadcast.

E: O que deverá acontecer com o Would-Be-Goods no futuro?

J: Eu espero que nós façamos mais alguns shows e toque em lugares diversos fora da Inglaterra. Semana que vem nós vamos para os Estados Unidos para fazer alguns shows. Nós estamos gravando algumas coisas novas também.

Statues.


Statues | Terminal Boredom | CD | Deranged | 2008

Que Buzzcocks é a melhor banda punk, todo mundo sabe. Então naturalmente presto atenção em qualquer novato que se diz influenciado por eles e AINDA POR CIMA acrescenta pérolas do power pop no som, além de Hüsker Dü e toda aquele rock americano dos anos 80. Esse disquinho é ótimo pra ouvir logo no começo do dia, quando você precisa de energia extra pra fazer um monte de coisa. Anima, empolga, motiva. Te faz sentir prazer por estar VIVO. Excelente.

domingo, 24 de agosto de 2008

Milky Wimpshake.


Milky Wimpshake | Bus Route to Your Heart | CD | Slampt | 1997

Eles tocam canções de amor para punk rockers, mas passam muitos quilômetros longe do emo. É fácil gargalhar lendo as letras da banda, e muito fácil pogar pelo quarto com os acordes melódicos a lá Buzzcocks que permeiam durante todo o disco. Esse é o primeiro. Já lançaram três e diversos compactos, todos excelentes. Amo essa banda. Queria colocar todas as letras aqui, mas vai ficar muito poluído. Pegue o disco e acompanhe as letras aqui no site deles.

Me considero a pessoa mais sortuda do mundo, pois consegui ver eles ao vivo em Londres, no Windmill, uns anos atrás. Conversei com Pete, vocalista, guitarrista e dono da gravadora Slampt Underground Organization. Ele ficou surpreso que eu era um super fã do Brasil e me deu o maior desconto nos discos da Slampt. Nesse dia deixei de beber minhas pints de Guiness para gastar tudo em disco. Mentira, hehe. Bebi várias também. Tava no show do Milky Wimpshake, poxa! Já tinha tomado meu copo de leite com chocolate pela manhã.

Yummy Fur LP.



The Yummy Fur | Night Club | LP | Slampt | 1996

Um dos álbuns mais importantes e raros da Class of 96. Aqui eles resolveram ir "mais a fundo" em relação ao compacto de estréia, e por isso encontramos canções mais longas, com um ritmo mais pop, mas nem um pouco convencionais. Não espere refrões, o que temos é algo parecido com o The Fall, perceptivelmente a maior influência do Yummy Fur.

Riffs kraut que se repetem, vocais falados, letras sarcásticas e produção lo-fi. Amo esse disco, lembro que quase chorei quando encontrei o vinil no fim dos 90's. Um dos meus filhinhos mais queridos. E você sabia que metade do Yummy Fur tocou no Brasil há dois anos? Como 1990's. Eu fui!


PS.: PQP! "Klaxxon Education Film" é uma das melhores músicas de todos os tempos. O dia que o Magic Crayon voltar a gente vai *ter* que tirar cover disso.

Yummy Fur 7".


The Yummy Fur | Music By Walt Disney... | 7" | Slampt | 1994

Primeiro single dessa clássica e importante banda de Glasgow. Metade do Franz Ferdinand tocava no Yummy Fur. Esse 7" tem 10 músicas, todas com menos de um minuto. "Pink Pop Girls" e "Frankenstein a Go-Go" são minhas prediletas. Canções lo-fi dissonantes e P!U!N!K! que deixam qualquer um com um sorriso do tipo "não acredito que alguém fez isso! Genial!".

Edwyn Collins.


Edwyn Collins | Hope And Despair | CD | Demon | 1989

Primeiro disco solo do ex-Orange Juice. É um bom disco, talvez um pouco irregular e demasiado extenso, mas tem seus momentos sublimes, como não? E não são poucos. "50 Shades of Blue", a faixa título, "Let Me Put Your Arms Around You" são algumas que se destacam. Edwyn Collins, grande mestre.

Nick Lowe.


Nick Lowe | Jesus of Cool | CD | Radarscope | 1978

Um disco muito bom que eu só fui descobrir recentemente. Como pode ser observado na capa, com Nick Lowe vestido de hippie, folkie, new wave hipster etc, o disco atira para todos esses lados e acerta tudo. O cara consegue diversificar e ser excelente em tudo que se propõe a fazer. Esse disco é considerado um clássico do período new wave e ao ouvir fica bem claro a razão disso. Nos 70's Lowe tocou no Brinsley Schwarz (que eu nunca ouvi), mas ficou mesmo conhecido como produtor oficial da Stiff Records, consagrando bandas como Damned, Elvis Costello, e The Pretenders. Essa versão de "Jesus of Cool" é a deluxe, que acaba de ser lançada, remasterizada e com várias faixas bônus.

Project Pitchfork.


Project Pitchfork | Io | CD | Offbeat | 1994

Quando eu comecei a sair a noite, no começo dos anos 90, a divisão nas pistas de dança era bem clara. Num determinado momento da noite você tinha guitar bands e no outro a música gótica e EBM. O público de cada estilo era bem diferente também. Enquanto um ficava no bar, o outro dançava. E vice-versa. Lembro que uma vez no Retrô, quando a divisão foi feita com Cocteau Twins e Mudhoney, algo assim, os guitar chegaram pogando e dando chutes nos góticos. Quando se tem 16 anos, esse tipo de coisa até que é empolgante hehehe.

Eu secretamente adorava alguns hinos góticos e EBM. Tinha amigos de todos estilos. E um deles uma vez me gravou a fitinha desse disco do Project Pitchfork e, nossa, como eu ouvi isso na época. Trabalhava de office-boy e andava a cidade toda com ele no Walkman. Fui reouvir recentemente e cheguei a conclusão que realmente gosto bastante desse disco. Um clima urbano decadente que usa elementos de industrial, batidas pesadas, vocais distorcidos e ainda por cima é bastante dançante. Considero esse um dos melhores discos de EBM de todos os tempos. Por isso fiquei feliz ao saber que eles tocam no Inferno dia 25 de outubro. Quero ir. Pelos velhos tempos! :-)

sábado, 23 de agosto de 2008

Pacific.


Pacific | Inference | Creation | CD | 1990

Obscuro álbum lançado pela Creation em 90. Infelizmente não tenho muitas informações sobre essa banda, mas esse disco é ótimo, começa e termina com "Shrift", um techno-pop que lembra um cruzamento de KLF com Field Mice circa "Missing the Moon". O miolo do álbum é bem diferente - canções calmas, por vezes melancólicas, uma delícia, como essa aqui. Ouço-o frequentemente.

Pacolli na Casa de Quem.


Tá meio em cima da hora, mas como vai ficar exposto, então tá valendo: hoje tem vendinha da Pacolli na Casa de Quem. A última que teve aconteceu na Casa do Mancha e foi ótima, eu discotequei e um monte de gente legal apareceu, além de que ganhei algumas coisinhas hehe. "I Thought It Was a Lovestory" é o fanzine mais indiepop que já vi no Brasil e não tem uma linha sobre música. Imperdível e muito bem feito, papel especial, silk screen e ainda vem com os stickers da foto. Leia uma entrevista com ela e todo o serviços da vendinha aqui. Casa de Quem! fica na Rua Peixoto Gomide, 192. Até dia 30/08 vai ser possível encontrar as coisinhas dela na casa. Vai lá!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ardent Records.



VA | Thank You Friends- The Ardent Records Story | 2CD | Big Beat | 2008

Disco 1
Disco 2

Outra cortesia de Fernando Naporano, mas essa aqui é muito especial. Ardent Records é mais conhecida por ter revelado no começo dos 70's o Big Star, uma das bandas responsáveis pela criação de um dos gêneros musicais mais fabulosos do planeta, o power pop. Mas essa gravadora é muito mais que isso, como podemos perceber ouvindo as 48 canções que compõe esse CD duplo, além de ler o grosso livrinho aonde tem a história, entrevistas e mais um monte de fotos etc. Está tudo escaneado no arquivo.

Afirmo sem dúvida nenhuma que essa é a melhor compilação lançada em 2008. OK, talvez só perdendo para a que conta a história da International Artists Records, também lançada recentemente. Mas voltando a Ardent... você sabia que ela era responsável pelo lançamento dos artistas de rock da Stax? Aliás, poderíamos dizer que, durante certo período, as duas gravadoras eram irmãs. Enfim... é de chorar tudo isso. Todas as músicas são - no mínimo! - ótimas. Pode passar mal a vontade, eu deixo. ;-)

Finnish hippie.


VA | Psychedelic Phinland - Finnish Hippie & Underground Music 1967-1974 | CD | LOve | 2008

Disco 1
Disco 2

Esse CD é cortesia do Fernando Naporano. Depois de fazer upload vi que o excelente blog Chocoreve já tinha disponibilizado o mesmo disco, mas faz tempo e o link já está expirado. Além disso, no "disco 2", eu coloquei todo o ótimo encarte escaneado. Esse CD duplo é uma loucura, tem de tudo, de freak folk a blues espacial, além de muita psicodelia da pesada. A maioria nessa língua estranha que falam na Finlândia. E é óbvio que grande parte das músicas são dispensáveis, mas mesmo assim vale pela curiosidade. E no meio tem umas beeeem boas. Maiores informações aqui.

Rusalnaia.


Rusalnaia | Rusalnaia | CD | Camera Obscura | 2008

Belíssimo disco de folk psicodélico. Nesse estilo é o melhor que ouvi esse ano. Para fãs de Jessica Bailiff, Trees, Barbara Manning, Nico e afins. O All Music Guide colocou os seguintes temas para a música da dupla: rainy day, introspection e feeling blue. Tirando esse visual hippie gypsy, o resto é tudo perfeito. Quer dizer... depois de ouvir o disco inúmeras vezes, até o visual começa a fazer sentido. Discaço.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

The Byrds 3.


The Byrds | Younger Than Yesterday | CD | Columbia Remaster | 1967

So You Want To Be A Rock'n'Roll Star?

The Byrds 2.


The Byrds | Fifth Dimension | CD | Columbia Remaster | 1966

Esse é o terceiro disco. Essencial. Psychedelic folk rock.

The Byrds 1.


The Byrds | Turn! Turn! Turn! | CD | Columbia Remaster | 1965

Segundo disco dos Byrds. Nem vou escrever mais nada, não precisa. Essa é a edição remasterizada com várias faixas bônus. Não colocarei o primeiro disco, esse todo mundo tem.

domingo, 17 de agosto de 2008

Mojo Presents Sub Pop 300.


VA | Mojo Presents Sub Pop 300! | CD | Mojo/Sub Pop | 2008

Uma sequência das clássicas compilações Sub Pop 5, 100 e 200, a 300 é não menos clássica que todas essas. Vários hits. E ainda tiveram a feliz idéia de deixar de fora o lixo do Fleet Foxes. Caceta, tô aqui ouvindo e pirando com "Wood Goblins" do Tad, que eu não conhecia. Que petardo! Aliás, as primeiras 6 músicas desse CD são de fazer qualquer grunge se derramar em lágrimas, pogar no próprio quarto, dar mosh na cama e coisas do tipo.

E como não citar o artista que fez a capa do CD? O genial Peter Bagge, o melhor artista de história em quadrinhos na minha opinião. Dou muitas gargalhadas lendo as HQs dele. Esse ano ele lançou "Apocalypse Nerd", que é excelente. No mesmo velho estilo espalhafatoso, ele conta a história de uma Seattle que foi bombardeada pelos norte-coreanos. Um nerd e seu amigo tem que sobreviver em meio a todo caos que a cidade e o campo se transformou. Grande sacada e é hilário. No mesmo dia que recebi comecei a ler de noite e não desgrudei, fui dormir de madrugada somente quando cheguei ao fim. Muito boa mesmo.

Como já disse antes, a Mojo desse mês tá imperdível. A matéria do Nirvana e da Sub Pop é apetitosa e já na capa tá escrito em destaque "Plus! My Bloody Valentine! The Go-Betweens!". Fala sério né camaradinha. Meus olhos brilharam.

sábado, 16 de agosto de 2008

João Gilberto.


João Gilberto | João Gilberto | CD | Polydor | 1973

Meu disco predileto do João Gilberto. Começa com "Águas de Março" e segue com duas faixas bem longas aonde ele só toca violão e sussura. É a bossa nova levada à outro patamar. Nessas você vê que o cara é um gênio mesmo. Essencial.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

João Gilberto - o show.

Eu não fui, nem tentei comprar ingresso. Muito stress. Então me contento com as resenhas e essa aqui da Lígia Braslauskas está excelente, dei risada com as histórias dela sobre o show. Se der tempo ainda hoje coloco o meu disco predileto dele por aqui.

Fotograma hoje na Livraria da Esquina.


Esse é um dos lugares mais legais pra ver show na cidade e o Fotograma vai tocar com trombone, banjo, sax alto / baixo e mais umas surpresas.

Rua do Bosque, 1254 | Barra Funda

R$ 10,00

A partir das 23h00

Nos vemos lá.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Vídeo da semana # 5.



The Go-Betweens, "Right Here"

It rains for days
So you stay inside
And lock your door.
Crying all the time
Crying for ...
You don’t know what for.

E a letra fica ainda melhor. Na Mojo desse mês tem um guia de discos da banda, é ótimo e foi uma boa surpresa ver que o último disco deles, o "Oceans Apart", ficou em primeiro lugar. Esse disco é realmente muito bom, como quase tudo da banda. Amo! Qualquer dia faço um especial deles no blog.

Mas voltando a falar da Mojo... tá ótima a edição de agosto, capa do Nirvana / Sub Pop e ainda uma resenha enorme dos dois discos do My Bloody Valentine que estão sendo relançados. E ainda vem com um CD Sub Pop. Amanhã coloco aqui.

Ah quase ia esquecendo. Se você for um grande fã da banda, um fanático por indiepop e um leitor de livros de música, especialmente biografias de bandas e "scene reports", não deixe de adquirir o livro "The Go-Betweens", escrito por David Nichols. Sim, é aquele gênio por trás dos Cannanes. Além de músico, é ótimo escritor. Tá dado a dica. Grandes australianos. Grant, RIP.

The Vaselines no Brasil.

Vão tocar no Goiânia Noise, que acontece de 21 a 23 de novembro. Sempre quis ir nesse festival, acho que vai ser dessa vez que eu vou! Meu presente de aniversário! Mais informações aqui.

Datas do Club 8 no Brasil.


"minduim diz:
curitiba, club 8 toca no dia 22/09 no era só o que faltava
minduim diz:
depois no sesc vila mariana, no dia 24."

Vou nos dois dias. :-)

O do SESC vai ser no teatrão. Vão tocar em Recife também. O Peter Bjorn and John toca no excelente Studio SP da Augusta, no mesmo dia 24/09.

Já coloquei alguns discos do Club 8 por aqui:

Nouvelle, The Boy Who Couldn't Stop Dreaming, Jesus Walk With Me EP e Summer Songs EP, esse último é meu predileto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quase esqueci.

De linkar isso.

Fotograma no Asobi Pub.




Eu adorei essas fotos, quem tirou foi meu irmão Renato e a Carol deu uma clareada. Só faltou aparecer o Barbosa, que tava fazendo uns batuques no cantinho hehehe. Esse show foi domingo passado. O próximo será na Livraria da Esquina, próxima sexta. Ou é sábado? Preciso confirmar.

sábado, 9 de agosto de 2008

Tiger Trap.


Tiger Trap | Tiger Trap | CD | K | 1993

Isso não vai ser o melhor disco que você vai ouvir esse ano. Isso é muito mais legal e importante do que essas pequenas coisas que você lê e ouve por aí. Isso é punk rock. Feito por meninas.

Eu tava assistindo o documentário dos Riffs e pensando: aonde estão elas? E nessas pequenas coisas eu vejo que ainda precisa mudar um monte de coisa. E todos sabem que isso é só a ponta do iceberg.

Leia mais sobre Tiger Trap aqui. E eu acho que você realmente deveria ler. Básico, tipo leite. Miojo. Tang. E pessoas bonitas que eu sei que você encontra por aí e fica sem saber como chegar... elas também não sabem. Somos assim. Ainda bem.

Fotograma hoje.


Vão tocar hoje. E eu não vou, marquei outro compromisso na mesma hora. Eu não sei se vocês sabem, mas eu terminei um namoro para ver eles ao vivo. Deve ser característica de escorpião. Depois eu fui ver e vi que é mesmo. Eita signinho difícil.

A banda é boa, viu? Fotograma. E true é true. Dane-se o resto.

Fotograma

August, 9 2008 at Café Elétrico
Rua Francisco Estácio Fortes, 153, SP, São Paulo
Cost : 3 reais

FOTOGRAMA Acústico no Café Elétrico. Maiores informações: http://www.cafeeletricobar.blogspot.com | (11) 3662-4958

PS.: E se alguém estiver lendo isso e achar que é recadinho... tudo o que eu escrevo *é* recadinho. Internet é pra isso. E pra outras coisas muito mais legais, ainda bem. Pop'n'peace. Forever.

César Zanin.


O Magic Crayon continua vivo e muito bem. Um dia a gente volta. Pressa pra quê? Dentro de alguns dias eu vou colocar no blog as nossas músicas que gravamos, que modéstia a parte, são uma das melhores coisas que o nosso país já viu, pelo menos nisso que a gente se propõe a fazer: uma música lo-fi, caseira, vinda diretamemte do coração, da alma, do sei-lá-o-quê... basicamente como esse vídeo que César montou e eu já vi um monte de vezes. Vamo q vamos César.

Sexta-feira com chuva em SP.



Olhar a mesma porta trocentas mil vezes e quando você chega nela um pouquinho só mais alterado, você vê detalhes que nunca tinha visto antes, stickers pequenitchos que colaram ali e ninguém tinha percebido - pelo menos você não tinha percebido. E nessas você tenta entender o rabisco que é aquela pixação horrorosa, mas que pelo menos é um certo entretenimento pra quem está parado. Parado mesmo. Você fica no mesmo lugar mais de cinco minutos. Dá pra sacar algumas coisas, até o mais desencanado com poesia se torna um poeta, dá pra pensar sobre algumas coisas. Sobre a cidade. Sobre a nossa cidade.

Isso que eu ainda nem falei dos barulhos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meia Palavra Basta # 1.


Julius tomando uma cervejinha no Asobi Pub.

Meia Palavra Basta era uma coluna do meu fanzine Esquizofrenia e resolvi resgatá-la para comentar rapidamente sobre algumas coisas interessantes que cruzo por aí.

O Julius apareceu lá no Asobi Pub no último domingo para assistir o show do Fotograma. E avisou que a nova coletânea do selo Si No Puedo Bailar, No Es Mi Revolución já tá pronta e que ele aparece na capa! Que chique, hein? Essa é a gravadora do Rodrigo, leitor desse blog e grande amante das bandas da nossa América Latina. Nessa nova coleta, mais bandas dos nossos vizinhos nos serão apresentadas. Entre em contato e adquira, custa baratinho e é em digipack.

O Messias, do brincando de deus, saiu em carreira solo e hoje, dia 8/8/8 as 8:8 da manhã ele lançou a primeira música, que você pode escutar e fazer o download aqui.

O mineiro Bruno Orsini, do site Indie Rock, lançou a esperada nova compilação do site, reunindo as melhores músicas desse primeiro semestre de 2008. No passado ele já me presenteou com algumas dessas compilações e eu sempre as levava no meu case quando ia discotecar por aí. Ele capricha mesmo, faz uma capinha legal e tudo mais. Link direto para download aqui. Também dá para ouvir em streaming, direto do browser aqui (tem todas as coletas que ele lançou).

O camarada Cláudio Silvano, gente fina pacas e que me hospedou por uns dias quando fui discotecar em Belo Horizonte meses atrás, avisa que fez um top 20 de 2008 e colocou todos discos para download no blog Anorak. Recomendo o do Silver Jews.

O Brad, vocalista do ótimo Crystal Stilts, fez uma muxtape muito boa, cheia de coisa fina. Até a música do Bob Dylan que ele escolheu é boa pacas. Ouça aqui. A dica me foi passada pela leitora Carolina. Obrigado!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Três ou Quatro Riffs - Documentário.


- E aí Gilberto, qual a diferença de indie e mainstream, quais as vantagens da cena independente?
- Pelamordedeus, alguém tira esse mala da minha frente e me traz mais uma cerveja.

Saiu agora o documentário Três ou Quatro Riffs. Eu particularmente não aguento mais esse papo de "o que é indie" e o caralho a quatro. Mas sei lá, vai ver minha irmã de 16 anos não pensa da mesma forma. Esse documentário é basicamente sobre isso. Senti falta de bandas mais desconhecidas... caiu na obviedade, na mesmice, nos mesmos de sempre, depoimentos de Kid Vinil, Massari, Forgotten Boys, Vanguart e toda aquela velha história digna de bocejos. Parece TCC, saca? Dos bem feitos, mas parece. Enfim, faça o download (dá pra assistir no Windows Media Player) e tire suas próprias conclusões. Coloca aí nos comentários caso tenha algumas diferentes das minhas.

Você pode assistir no YouTube também. E as fotos foram batidas lá no Asobi Pub. Amanhã vai ter festinha, dia 8/8/8 as 8 da noite. É um bom motivo para um brinde, não é? Os amigos estão convidados.


Pop'n'peace!

Crystal Stilts.


Crystal Stilts | Crystal Stilts | CD-EP | Woodist | 2008

As duas últimas canções desse EP compilam o single 7" "Shattered Shine" lançado em 2004. Já as quatro primeiras músicas fizeram parte do 12" homônimo lançado em 2006. Falei deles quando comentei sobre a cena indiepop em Brooklyn, NY. Já abriram shows para o Monochrome Set, Vaselines e The Clean. Ainda esse ano lançarão o álbum pela Slumberland. Ou seja, é coisa muito fina esse Crystal Stilts. Você sabe que é.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vendinha da Pacolli.


A Patrícia faz as camisetas mais legais da paróquia e sábado agora vai ter mais uma vendinha, aonde além das camisetas dela você poderá encontrar outras marcas e fanzines, posters, LPs e CDs. Vai ser na já lendária Casa do Mancha. Melhor de tudo é que ela me convidou para discotecar no dia. Vai ser só indiepop, já que ela também é uma grande fã do estilo. Quando as vendinhas aconteciam na casa dela, eu ouvi de Heavenly a Cigarettes. Uma beleza. E para completar a festa, vai ter show do Music Settlement. E tudo de graça! Fala sério, é imperdível.


Visitem o MySpace dela, clica em pictures e veja mais estampas e clicks das vendinhas anteriores. O único lugar aonde você encontra essas camisetas é quando ela faz vendinha. Tudo no maior espírito DIY. Eu amo muito tudo isso.

Ah, quase esqueço de avisar aqui... amanhã eu também vou discotecar na Funhouse. Ao que tudo indica, vou assumir a residência lá junto com mais uma galera, todas as quintas. Depois dou mais detalhes.

Candy Grrrls e K Records.


Aí está uma página do meu fanzine Candy Grrrls, que foi inteiramente dedicado as Riot Grrrls, movimento musical do começo dos anos 90 que eu amo, gosto muito mesmo. Essa página foi dedicada a K Records, gravadora chave da cena toda, lançou muita coisa boa. Mais tarde coloco o disco do Tiger Trap. Estou tentando fazer upload da capa do zine, mas a imagem não tá subindo, sei lá qual a razão. Clique para ler os artigos em alta definição.

Lois.


Lois | Butterfly Kiss | K | 1992

Lois Maffeo chegou em Olympia para estudar na Evergreen State College em 1981. Teve destaque na cena musical da cidade devido ao seu programa na rádio local KAOS, chamado “Your Dream Girl”, dedicado as P.U.N.K. Girls. Em 87 formou uma banda chamada Cradle Robbers com Rebecca Gates (que depois viria a formar o Spinames). Pouco depois, com Pat Maley (da YoYo), formou um duo chamado Courtney Love, que lançou três singles em 7”. Violões em prol do punk rock e alguns clássicos como “Hey! Antoinette” e “Uncrushworthy”. Todos esses singles foram lançados pela K Records.

Lois saiu em carreira solo logo depois e pela mesma K lançou “Butterfly Kiss” em 92. Seguindo a mesma linha dos singles de Courtney Love, só que com canções ainda mais cativantes e adoráveis, considero esse álbum o ponto alto da carreira de Lois. Canções simples e de roupagem lo-fi, nem tanto pela produção, mas pelo jeito minimalista de ser – diversas faixas são só violão, voz e bateria. Mas não espere baladas! Longe disso! Lois bate nas cordas de seu violão com força e lança acordes rápidos, um atrás do outro, criando algo extremamente punk rock dentro de um contexto onde gritos e guitarras distorcidas é o esperado pelo senso comum.

Produzido por Stuart Moxham do Young Marble Giants (clássica banda pós-punk minimalista e calma, quase etérea) e tendo participações de Molly Neuman (do Bratmobile) na bateria, “Butterfly Kiss” é bom do começo ao fim, mas durante a audição cruzamos com alguns clássicos, notoriamente “Valentine” e “Press Play and Record”, canções que até hoje, de tão boas, sempre marcam presença em minhas mix tapes.

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Esse artigo publiquei na 1a e única edição do Candy Grrrls, um zine que fiz e assinei com o pseudônimo Daniela Tracy (uma referência ao TV Personalities), sei lá que época. Um fanzine muito bonito e Esquizofrenia-style, tenho muito orgulho dele. Desculpa para todos q sempre quizeram cópias. Sempre fiz o zine pra mim (e mais alguma outra pessoa que gostaria de impressionar) e tirava poucas cópias. Esse artigo ainda tem mais 3 parágrafos, aonde contava toda história da Lois. Uma garota tão importante como Calvin Johnson... OK, nem tanto... quase.

E aqui inicio um especial da K Records, gravadora da qual colecionei discos.

Eu tinha desencanado do blog, admito.

Lucianetti, vc estará sempre entre nós.

Indie-Brasil sobre Lucianetti.



Ivo Augusto, Ricardo Amaral, Renato Grimbaum e Messias Bandeira escreveram.

Aqui.

Alexandre Matias escreveu também.

E o Bianchini, grande.

A Flávia também escreveu sobre ele, com direito a comentário do Marcelo Camelo, que fazia parte da lista na época.

Hoje eu ouvi uma música no carro, a noite, indo pro centro.

E chorei.

Uma vez cheguei em casa e tinha um pacotinho do correio. Era o "If You're Feeling Sinister" e uma cartinha do Lucianetti: "comprei repetido, pega esse para você." Eu também já tinha um (foi um fenômeno, todos se lembram). Dei a cópia extra para ela.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Homenagem ao Rodrigo Lucianetti.




Hoje recebi essa notícia no MSN e foi um choque. Um dia muito triste, certos momentos me dava um nó na garganta e eu ficava estático, olhando pro nada. Rodrigo Lucianetti não está mais entre nós. Depois de um tempo lembrei que fiz uma entrevista com ele, publicada no meu fanzine Esquizofrenia em 2002. Antes disso foram anos trocando cartas e K7s via correio. Ele era um leitor muito especial do meu zine. Acima está uma das K7s que ele me enviou. Foram várias, achei algumas aqui hoje. A seguir publico a entrevista, uma singela homenagem a essa pessoa de muito bom coração e muito bom gosto musical.

Entrevista com Rodrigo Lucianetti
http://www.esss.com.br/~rodrigo/ (link inativo)

Umas das coisas que mais ando ouvindo ultimamente são os clássicos do pós-punk. “Entertainment!” do Gang of Four, o primeiro homônimo das Raincoats, “Playing With a Different Sex” das Au Pairs, “Crazy Rhythms” dos Feelies, “Collision Time” dos Swell Maps e outros, todos lançados entre 79 e 81, todos inéditos no Brasil, todos adquiridos há alguns meses no site que Rodrigo Lucianetti mantém, cheio dos clássicos do passado, presente e, porque não, futuro. O pós-punk em particular vem sendo anunciado como o próximo revival a acontecer. (Ou já está acontecendo? Recentemente surgiram diversas bandas que apostam na sonoridade não-óbvia, libertária e arrítmica, mas ao mesmo tempo pop pacas, que é o pós-punk. Erase Errata, The Rapture, The Persons, Liars, Toulouse e outras resgatam de forma brilhante o estilo e misturam com sonoridades mais atuais, produzindo como resultado final algo muito empolgante e peculiar (ok, às vezes nem tão originais, mas lembre-se: estão apenas começando)). Mas o assunto aqui não é pós-punk, se bem que dá um belo artigo. Agora, a bola da vez é Rodrigo Lucianetti, a pessoa responsável pela página mais legal da net, um espaço cheio de discos underground e não comerciais para download. Em 2002, com o dólar no espaço, ele foi a salvação de muita gente interessada em ouvir bons sons, mas que não agüenta ficar só nos lançamentos nacionais (N. do E.: antecipou os blogs de mp3 como esse por alguns anos).

Quem é a pessoa por trás da página? Porque montar uma página cheio de discos para qualquer um baixar? “Apesar de não ter nenhuma relação ativa com música (mal sei segurar um instrumento), sou completamente viciado em ouvi-la.”, respondeu Lucianetti via e-mail num bate-papo recente. “Sempre há uma trilha sonora em praticamente tudo o que faço, seja no trabalho, no carro, em casa ou em qualquer outro lugar. Nas minhas lembranças, um fato importante é quase sempre seguido de uma música tema. Essa minha obsessão por música fez com que eu não me contentasse em apenas ouvir o que pintasse na minha frente, mas também a correr atrás de informação. Ler sobre música logo se tornou minha segunda obsessão e a partir daí a coleção de discos foi crescendo. Hoje com a Internet é muito fácil. Você lê sobre uma banda e em questão de minutos ta ouvindo algo e tirando suas conclusões. A história da música, principalmente da música pop, sempre me fascinou. O problema é que eu lia muito, mas era uma dificuldade pra conseguir ouvir os discos, que além de tudo, é um volume muito grande. Até eu conhecer o Audiogalaxy eu ia comprando tudo, depois virou uma festa e eu vi a “misteriosa" história da música se descortinando na minha frente. Era assim: All Music + Trouser Press na cabeça e agora é só kraut, depois no-wave, rap, uma banda puxava outra e assim por diante. Já perdi a conta de quantos CDs com MP3 eu tenho. Mas qual a graça de curtir isso sozinho? Todo colecionador quer dividir, trocar impressões. Daí veio a idéia do site”, continua.

Retornando uns quinze anos atrás. Lembra quando você era moleque e tinha aquele amigo mais velho cheio dos discos legais? E você chegava na casa dele com 5 fitas K7s e saia de lá com elas completamente preenchidas de sons legais? O site do Lucianetti substitui com louvor esse teu amigo, porque com certeza teu amigo não tinha tantos discos legais. Fora os pós-punk, já consegui trocentos títulos clássicos do kraut-rock, outros clássicos do hip hop old-skool e diversos outros *clássicos*. “Num primeiro momento eu só colocava as novidades, achava que todo mundo já conhecia as velharias ou não se interessaria. A verdade é que todo mundo já leu sobre os clássicos, mas poucos tiveram oportunidade de ouvi-los. Foi só eu colocar a primeira leva de clássicos e choveram agradecimentos e contribuições. Outra coisa é que, atualmente na era do Soulseek (muito melhor que o Audiogalaxy se você sabe usá-lo), o site me serve de poder de barganha pra ganhar a confiança de outros colecionadores (principalmente os pé do saco) pra poder catar alguns álbuns mais raros. É como se fosse um pedigree do meu gosto musical que serve como abre portas pra essa gente. Na real é tudo gente boa, mas é uma gente cheia de manias e egos inflados. Aproveitando a deixa, se alguém quiser se conectar comigo no Soulseek, meu username é Lucianetti”, diz.

Uma das coisas que mais me amedronta é o site sair fora do ar depois que sofrer alguma represália, em decorrência dele se tornar mais conhecido. Lucianetti sabe que tal possibilidade existe: “Quando o site começou a ficar mais conhecido, eu cheguei a pensar sobre isso e até coloquei o assunto pra discussão nas listas, mas depois de saber que o pior que pode acontecer é pedirem pra eu tirar o site do ar, desencanei. Vamos ver o que acontece. Pra todos os efeitos evito disponibilizar discos novos lançados no Brasil (até porque esses eu continuo comprando, pois acho e mídia mp3 inferior) e também não subo nada da Britney Spears”. Eu particularmente sou completamente a favor da pirataria de discos fora de catálogo ou impossíveis de serem comprados. Senão como vamos ouvi-los? Não existe outra maneira. Perguntei se o Lucianetti é a favor da pirataria: “Sou contra ganhar em cima do trabalho do artista sem dar nada em retorno e o meu site não tem fim lucrativo, mas de divulgação. No caso específico da pirataria digital, o que está pra ruir é a relação bem de consumo X bem cultural fortemente arraigado no mercado fonográfico. Ninguém se importa se você pegar uma imagem de um Picasso na internet, agora se você quiser ver o autêntico de perto ou quiser ter um em casa são outros 500 e você também não vai deixar de comprar um livro de arte porque tem a imagem. Não sei, estou apenas especulando, mas gostaria de ver no futuro uma relação parecida com a música. Você pode me dizer que isso pode ter o efeito colateral de uma provável elitização, mas a história nos mostra que é exatamente quando esquecida que a cultura popular gera suas pérolas. Hoje a cultura que importa é feita por e para uma elite intelectual não acadêmica que teve a sorte de conseguir sair do mar de mediocridade que impera”, pois quem dita a cultura popular é o mercado (sempre em busca de escala), sufocando a criatividade do ser humano com lixo 24 horas por dia. É o que as rádios e a televisão nos mostram”.

A analogia com as fitas K7s não foi por acaso. Aquele teu camarada cheio dos discos deveria sofrer alguma represália por compartilhar a boa música com os amigos? Meu primeiro contato com o Lucianetti foi há uns dez anos atrás, quando participávamos da mesma lista de discussão da Internet, a legendária Indie-Brasil, criada por Messias do brincando de deus quando nem YahooGroups existia ainda. Nessa lista era comum alguns membros trocarem fitas K7s entre si e depois comentá-las na própria lista. Eu mesmo troquei um monte de fitas com um monte de gente, inclusive com o próprio Lucianetti, que numa das diversas K7s que me enviou, incluiu cinco músicas de uma nova banda de Glasgow que, segundo o próprio, “parecia com as coisas da Sarah Records”, gravadora que tanto adorava – e ainda adoro. A banda? O Belle and Sebastian. Perguntei se ele lembra da rede de troca de K7s que acontecia na Indie-Brasil: “É claro, a famigerada Tape Chain. Ainda as tenho guardadas até hoje.”, responde. “Descobri vários “prediletos da casa””, continua. “As fitas do Renato Grimbaum (N.do E: excelente zineiro paulista, já participou do Rosebud Popmedia e Sete Polegadas) eram um deleite, você pensava já ter ouvido de tudo na vida e vinha aquele "tapa" no ouvido: Pere Ubu, DJ Shadow, Red Krayola, Slint, TFUL 282”, enumera. Portanto a motivação que você tinha para gravar fitas é a mesma que você tem hoje com o site? “Sim, a troca de experiências, poder proporcionar o prazer da primeira audição do que poderá vir a ser uma predileta de outra pessoa...”.

Você sempre participou de listas de discussão na Internet, certo? Qual a importância das listas para sua formação musical? “Desde a finada Indie-Brasil a importância foi enorme. Apesar do pouco contato, fiz boas relações de amizade através das listas e estas sempre giraram em torno de experiências e indicações musicais”. Hoje em dia Lucianetti usa a lista Popkiss para divulgar as atualizações do site. De vez em quando nos brinda com textos explicativos que ele próprio escreve, como um sobre hip hop underground e outro sobre os Grifters, só pra ficar entre os mais recentes. Pergunto se ele já pensou em fazer zines ou mesmo um blog: “Blog ainda não e também não tenho o costume de lê-los, mas já pensei seriamente em fazer um fanzine ou e-zine, só que sempre acabei desistindo por falta de tempo. Já participei com alguns textos nos finados Rosebud Popmedia e do 1999. Sempre me convidam pra contribuir com algum texto e eu tenho falhado veementemente com as promessas.”

Por falar em fanzines... “Como eu falei antes, "ler sobre" é a minha segunda relação obsessiva com a música. Principalmente e-zines. Diariamente eu leio o Pitchforkmedia, o CMJ e pesquiso no AllMusic e AllClassical Guides. Depois leio toda a sorte de e-zines de menor periodicidade. Também gosto de comprar livros sobre música, mas já faz um tempo que não compro nenhum. O dólar não permite. Inúmeras vezes também descubro bandas através das indicações do pessoal das listas e do Soulseek”.

Uma das coisas mais legais do site é o ecletismo. Nele você encontra de tudo, os mais variados estilos, as mais variadas bandas. Atualmente o site disponibiliza desde clássicos do psicodelismo brasileiros dos anos 60 até clássicos do 90s lo-fi, passando por hip hop underground, música experimental de vanguarda e discografias quase completas do Captain Beefheart e Serge Gainsbourg. Pergunto se esse ecletismo sempre foi assim, ou se ele veio com a idade, sem querer chamá-lo de velho, obviamente: “(risos) To perto dos 30, mas daí a velho... Sempre fui aberto para todos os tipos de música, mas vamos dizer que determinados estilos precisam de amadurecimento para serem compreendidos. Meu background é pop. O primeiro disco que eu comprei foi o “Thriller” do Michael Jackson e eu cresci ouvindo Beatles em casa. Você não vai disso direto para Merzbow sem traçar um longo caminho. Há discos que você precisa de muita referência pra deglutir. Lembro quando o Grimbaum, numa das freqüentes resenhas que fazia na Indie-Brasil, mencionou os Sun City Girls e eu empolgado com as descrições fui direto comprar algum álbum da banda e por sorte/azar catei o "330,003 Crossdressers From Beyond The Big Veda". Pra mim na época a audição de um disco do Tortoise já era desafiadora. A capa do disco já me assustava, quanto mais uma pseudo world music ultra freak cantada numa língua "oriental" inventada com um segundo disco só de improvisações. Cheguei até a tentar vender, sem sucesso, o disco nas listas. Foi sorte, pois quando o disco é bom chega um momento em que você está preparado pra ele. É serio, experimentem. Outro exemplo, é que durante muito tempo eu fui avesso a Rock Progressivo e Metal. Po, eu já fui skatista amador, minha trilha sonora era muito punk-rock e hip-hop, assim não dá pra engolir solos virtuosos de jeito nenhum. Hoje eu reconheço que com essa atitude radical, sem ao menos ter ouvido quase nada dos gêneros, deixei passar muita coisa boa. Hoje eu curto um King Crimson na seqüência de um The Fucking Champs numa boa.”. Isso é verdade. Radicalismo não leva a lugar nenhum. Sabe por que eu nunca tinha ouvido o clássico debut do Gang of Four antes de baixá-lo no site do Lucianetti? Porque uma vez li uma entrevista dos Titãs aonde eles apontavam esse disco como uma grande influência na banda. Porra, qualquer coisa que influencia algo como Titãs não pode ser legal DE JEITO NENHUM! Ledo engano. “Entertainment!” é o melhor disco que ouvi em 2002. Infelizmente ele não está mais no site. Aliás, dica: como a rotatividade dos discos é alta, recomendo baixar e rapidamente já fazer os CDRs (caso teu computador não tenha espaço para milhares de mp3). Mas faça isso rápido. Não perca tempo fazendo capinha ou coisas do tipo. Baixe até as coisas que você não conhece. Faça os CDRs e os deixe de canto. Com o tempo você vai descobrindo cada um deles.

Aliás, uma curiosidade: e as estatísticas do site? Quais foram os discos mais baixados? “Infelizmente não tenho esses dados. Preciso verificar com o administrador da rede aqui da empresa. Só posso dizer que recentemente o servidor caiu pela primeira vez por excesso de acesso, mas nós já nos precavemos com relação a isso.”

Finalizo o bate-papo com a pergunta básica: o que anda ouvindo ultimamente e quais seus prediletos que você ouve sempre? “Eu sempre estou ouvindo várias coisas novas e velhas de diferentes estilos, mas o que tem mais me empolgado ultimamente são os lançamentos do hip-hop underground. A quantidade de idéias excelentes que esse pessoal anda produzindo é uma coisa absurda. Os selos Def-Jux (El-P, Aesop Rock, Cannibal Ox, Mr. Lif, RJD2) e Anticon e agregados (Dose One, Sole, Jel, Why?, Odd Nosdam, Boom Bip, Buck 65, Sixtoo) encabeçam a máquina, mas há uma efervescência tal no gênero que ta contaminando todo mundo e eu já estou descobrindo coisas além deles, tais como: Dälek, J-Zone, Illogic, People Under The Stairs, Slug & Murs, Josh Martinez e outros. Além disso, há os novos discos de velhos prediletos, tais como: Low, Flaming Lips, Lambchop. Isso pra ficar apenas nos lançamentos de 2002. Numa audição mais desafiadora to deglutindo em doses homeopáticas a extensa série Carnival Folklore Ressurection dos Sun City Girls. De música erudita tenho ouvido Arvo Pärt que uma discussão na lista Sconosciuto me inspirou curiosidade. E mais um monte de coisa, é até cansativo listar tudo. Não tenho um conjunto de álbuns prediletos que ouço regularmente. É aquela forte ligação da música com o meu cotidiano que eu havia falado no início. O processo desencadeado no meu cérebro que me faz pegar tal disco pra tocar é complexo e eu não saberia te dizer como funciona. É mais fácil eu te dizer 5 bandas fodonas que me passam pela cabeça no momento: Beatles, Beach Boys, Kinks, Pere Ubu e Fall.”, finaliza.