Para mim, num mundo quase perfeito, não existiam maiorias, nem partidos a governarem durante mais de uma dezena e meia de anos (curiosamente ouvi a jeitosa da Cristas dizer quase isso sobre Lisboa, falou só numa dezena, porque parece ser o tempo do PS no poder na Capital...).
E durante as campanhas para eleições todos os candidatos a qualquer coisa deviam sofrer do "síndroma do pinóquio", ou seja, cada vez que dissessem uma mentira, sentiam o nariz a crescer, crescer, crescer...
Como sempre, sei em quem devo votar, da mesma maneira que sei em quem não devo (é sempre bom não esquecer algumas pessoas que bem podiam andar à pesca rente ao rio, em vez de se andarem a enganar e a enganar-nos, anos a fio...).
É também por isso que gosto particulamente das eleições autárquicas, por serem as únicas em que se vota sobretudo nas pessoas. Às vezes até votamos em pessoas que não pertencem ao partido que está mais próximo de nós. E é bom quando isso acontece. Pensamos mais na competência e nas qualidades humanas dos candidatos que da sua cor política...
(Fotografia de Luís Eme)