Via Arrastão e Zero de Conduta vi estes 12 minutos do documentário de Michael Moore sobre os cuidados de saúde nos Estados Unidos da América. Este resumo deve ser visto por todos os sociais-democratas que vivem deslumbrados com as virtuosidades do mercado, para que percebam para onde nos dirigimos quando fazemos o caminho da progressiva mercantilização dos cuidados de saúde.
Ausência de serviço público e universal de cuidados de saúde não significa maior racionalidade nos gastos com saúde. Os EUA gastam com saúde 15,4% do seu PIB (sendo que desta despesa total, 44,7% é despesa pública e 55,3% é despesa privada) enquanto que em Portugal a despesa total com saúde é de 9,8% (71,6% despesa pública e 28,4% despesa privada). Acrescente-se a estes dados o facto de Portugal apresentar melhores resultados, em termos dos indicadores de saúde da Organização Mundial de Saúde, do que os EUA.
Obviamente que se a comparação for feita entre os EUA e os países mais desenvolvidos da Europa a distância é ainda maior. Portanto, os EUA gastam mais do que os países da UE com saúde para obterem resultados mais fracos. Neste sector, mais mercado não garante mais racionalidade na despesa. Neste sector, mais mercado significa desperdício de recursos. Já agora para os liberais: financiamento e provisão pública dos cuidados de saúde também são garantia de mais liberdade para os cidadãos. É preciso explicar?