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2.11.16
Porque hoje é Dia dos Finados ...
Acho que nada representa melhor este dia do que o início do filme "Volver" de Pedro Almodôvar.
Faz-me sentir em casa.
Toda a vida vi as mulheres irem ao cemitério, limpar e enfeitar as campas, pôr velas, ir à missa no início da noite, ir depois ao cemitério em romaria e esperar que não chova, nem faça vento para que as velas estejam todas acesas....e claro, homenagear os mortos.
31.10.14
Samhain*
Nesta época tenho saudades de:
- Noite das Bruxas na residência universitária onde vivi uns anos.
Imaginem 15 mulheres a vestirem-se e a maquiarem-se de bruxas, numa mesma casa à mesma hora. Jantar superanimado num ambiente decorado ao pormenor. Sair pela madrugada fora.
- Ganhar uns trocos a pedir o "pão por deus".
Sim, porque os miúdos preferem ou um dinheirinho ou doces. Não ofereçam nozes, castanhas e afins, por favor.
- A cerimónia dos finados em Minde...
Em que vamos todos no inicio da noite ao cemitério e está tudo iluminado com velas, e andar de campa em campa a lembrar os familiares que já morreram;
- que dia 1 de novembro seja feriado;
- Bolos e bolinhos dos santos.
* Celebração celta de comemoração no final do ano, para começar o novo no dia 1 de novembro, junto com o inicio do inverno. Celebração do ciclo da Roda da Vida, do renascimento e da morte. Comemorada à noite porque os celtas seguiam um calendário lunar.
- Noite das Bruxas na residência universitária onde vivi uns anos.
Imaginem 15 mulheres a vestirem-se e a maquiarem-se de bruxas, numa mesma casa à mesma hora. Jantar superanimado num ambiente decorado ao pormenor. Sair pela madrugada fora.
- Ganhar uns trocos a pedir o "pão por deus".
Sim, porque os miúdos preferem ou um dinheirinho ou doces. Não ofereçam nozes, castanhas e afins, por favor.
- A cerimónia dos finados em Minde...
Em que vamos todos no inicio da noite ao cemitério e está tudo iluminado com velas, e andar de campa em campa a lembrar os familiares que já morreram;
- que dia 1 de novembro seja feriado;
- Bolos e bolinhos dos santos.
* Celebração celta de comemoração no final do ano, para começar o novo no dia 1 de novembro, junto com o inicio do inverno. Celebração do ciclo da Roda da Vida, do renascimento e da morte. Comemorada à noite porque os celtas seguiam um calendário lunar.
5.11.13
Finados...
Ainda não me conformo que não seja feriado no dia 1 de Novembro. O início do filme "Volver" do Almodóvar reporta-me sempre às origens e à importância de recordar e cuidar dos nossos mortos.
Este ano consegui ir à terra nesta altura, mas não sei como fiz mas não comi broas...não acho normal...como é possível?!
Espero que no domingo tenha havido o "Pão por Deus" e que se mantenha por muitos anos...
16.8.13
A crescer....
E para quem pediu para ver a barriga....voilá:
A sessão foi num sítio muito especial, num jardim onde cresci e passava os dias com a minha avó.
Lá para o 7º ou 8º mês repetimos a dose... para mais tarde recordar.
by M.
Tiradas com 24 semanas pela minha prima que, não sendo profissional, mostrou-me um talento que eu lhe desconhecia. Acho que ficaram mesmo muito bonitas.A sessão foi num sítio muito especial, num jardim onde cresci e passava os dias com a minha avó.
Lá para o 7º ou 8º mês repetimos a dose... para mais tarde recordar.
5.3.13
Quem é que tu pensas que és?
Um dos programas televisivos que mais gosto actualmente, e que por acaso acho que hoje dá precisamente o último episódio- é o programa da RTP "Quem é que tu pensas que és".
Em cada episódio, uma personalidade diferente enceta uma intensa pesquisa sobre as suas origens e histórias familiares, com a construção e análise da sua árvore genealógica, que vamos acompanhando ao longo do programa. Simultaneamente vamos conhecendo a época em que viveram os antepassados destes "famosos" mas também recebendo pistas para conhecermos o nosso próprio passado.
Por exemplo, descobri que alguns arquivos distritais têm alguns documentos digitalizados e online (pena que não tenham os que preciso para investigar a minha própria família - Minde, Casével).
Sempre gostei deste tipo de coisas, histórias familiares e afins. No final do ano passado, devido ao lema deste blogue (escrever porque sou esquecida) resolvi começar a fazer um livro com a história da minha família. No Natal, andei a chatear os meus familiares para me darem dados, factos e mitos dos antepassados da família. Só é pena que não tenha começado há mais tempo, uma vez que a geração dos meus avós já morreu, e com ela morreram a maioria das histórias.
Um dia, quando tiver tempo e dinheiro, vou procurar as certidões de nascimento, casamento e óbito. Entretanto vou insistindo com os vivos para me darem pormenores.
É muito giro perceber as épocas, os contextos, as profissões, as tragédias (ex: o meu tio-avô, casado, andava enrolado com a criada; quando ela quis acabar com o affair, matou-a e suicidou-se em seguida), os dramas (pela primeira vez ouvi falar numa trisavó que se chamava Martha, que teve um filho aos 25 anos, e depois voltou a engravidar aos 48 e aos 50 anos - que só por si é um feito - mas que apenas por isso o filho primogénito cortou laços com a família), as alcunhas, as peculiaridades ( um trisavô, que tinha a alcunha de "Rimaleiro", usava samarra no Inverno mas também no Verão, dizia que guardava o frio e o calor), etc.
É bom ter asas...mas também é bom ter raízes, conhecer a nossa história, em que nossa identidade em parte se baseia.
“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio.
Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar.
Precisamos das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.
Bendito quem tem asas e raízes; e pobre de quem tem apenas um dos dois." Paulo Coelho
18.4.12
Vamos mantar?
Vi hoje esta foto na net e adorei.... e com o frio que está apetece mesmo enrolar numa mantinha...e qual delas a mais bonita.
25.1.12
29.11.11
E agora na prática...
Quem anda por aqui, já sabe que o minderico é uma lingua falada há várias gerações na vila de Minde. Este video, produzido e realizado pela TVMinde, parte integrante da CPM - Casa do Povo de Minde, representa uma conversa quotidiana do passado onde se salienta o interesse pela vida alheia e a maledicência.
Grande iniciativa e grandes actores, gente empreendedora e criativa, tudo por carolice e amor à terra.
Vejam lá e de certeza que vão ficar fãs.
Grande iniciativa e grandes actores, gente empreendedora e criativa, tudo por carolice e amor à terra.
Vejam lá e de certeza que vão ficar fãs.
20.5.11
Língua oficial...
.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC.DRC
Minderico é reconhecido internacionalmente como língua....
"A história do minderico alterou-se ontem no panorama internacional. Depois de um ano finalmente o minderico foi reconhecido internacionalmente como língua, independente, autónoma e viva, pela entidade internacional que atribui os códigos ISO às línguas do mundo (por exemplo português tem o código PT). O processo de autenticação e reconhecimento do minderico foi ontem concluído e o código atribuído e que é DRC." Vejam aqui no site do ISO
10.12.10
Mantas ...continuação
Pois bem, estas mantas que fazem parte do nosso imaginário são da minha terra :)
Costumo ouvir que são mantas alentejanas e começa a subir uma coisa esquisita por mim acima. Isto faz parte da minha herança cultural e desde que nasci que ouvi que estas são Mantas de Minde, até porque já vi fazer muitas nos teares que antes existiam em abundância.
São tão nossas que até temos uma música dedicada a elas:
Mantas da Nossa Terra
Mantas da nossa Terra
Tão boas tão catitas
Fabricadas lá na serra
Não há mantas mais bonitas
Tomem nota meus senhores
Na verdade é essencial
As nossas são as melhores
P’las feiras de Portugal
Pretas , pardas e de cor
São de lã e algodão
Contentam todos os gostos
Mantas do meu coração.
Lindas Mantas lá de Minde
Fortes e belas e garridas
São tecidas a cantar
Pelas nossas raparigas.
Mantas da nossa Terra
Tão boas tão catitas
Fabricadas lá na serra
Não há mantas mais bonitas
Tomem nota meus senhores
Na verdade é essencial
As nossas são as melhores
P’las feiras de Portugal
Pretas , pardas e de cor
São de lã e algodão
Contentam todos os gostos
Mantas do meu coração.
Lindas Mantas lá de Minde
Fortes e belas e garridas
São tecidas a cantar
Pelas nossas raparigas.
Eram vendidas pelos mindericos nas feiras ao longo do país, com uma grande incidência no Alentejo, talvez daí os rumores de serem alentejanas...mas não, são mesmo ribatejanas. Minde é cá de uma riqueza etnográfica que, a partir da venda ambulante das mantas, foi criado um calão específico entre os vendedores - a Piação dos Xarales do Ninhou (minderico) - , que já falei em posts anteriores.
Como bom exemplo de actualização dos produtos regionais, a imagem mostra um hotel que resolveu utilizar as mantas como apontamentos de decoração.
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