Consegui ver no youtube a final da Copa Itaya, o campeonato argentino de 2008. Sem surpresas, a final foi travada entre Jorge (atual campeão sulamericano individual) e Cristian Salvemini (campeão sulamericano indiviual 2005). Cristian venceu, apesar de ter tomado três wazari seguidos do Jorge, que está muito rápido. Ambos são muito perigosos e estarão no Chile. A Argentina vem com tudo para tentar o inédito título sulamericano por equipes - embora tenham levado o individual de kumite nas três edições da competição (Pablo Parasuco em 2002, no Chile; Cristian Salvemini em 2005, no Brasil; Jorge Lagos em 2007, no Uruguai). Para quem vai para o Chile vale dar uma olhada em vídeos de nossos adversários no youtube. Tem bastante coisa, sabendo procurar.
Nas três edições anteriores, o Brasil esteve sempre na final do kumite por equipes, embora no individual tenha conseguido apenas um terceiro lugar (Roberto Pestana, bronze no Chile - 2002). Vamos ver como nos sairemos em 2008.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Brasileiro Tradicional 2008
Dias 10, 11 e 12 de julho aconteceu o XX Campeonato Brasileiro de Karate-do Tradicional, em Lauro de Freitas, Bahia.
Apesar dos 400 atletas, ficou a impressão de que o número de Estados participantes diminuiu em relação a anos passados.
Ficam nítidas as diferenças de regra do Tradicional para a JKA, apesar de serem a mesmíssima coisa. A marcação de pontos é muito mais crítica, e os árbitros evitam dar qualquer wazari onde observem o hiki-tê (puxada da mão após o golpe). Além disso o rigor com relação à forma dos golpes aplicados é severo, o que não é de todo ruim, pois obriga que os atletas se mantenham o mais fiéis possível ao karatê em sua essência. Por outro lado, o rigor excessivo acaba limitando os golpes, estreitando a possibilidade de wazari diferentes, como ura mawashi, golpes recuando ou pulando - coisas que sempre existiram no karate.
A separação da competição em duas categorias (absoluta e especial, apenas com atletas campeões brasileiros individuais ou que já fizeram parte da seleção brasileira) a meu ver empobreceu o evento. O embate exclusivo entre atletas que se conhecem profundamente - companheiros de seleção - pode acabar caindo na mesmice, com resultados muitas vezes previsíveis. Além disso, a chance de um atleta desconhecido se sobressair, vencendo um dos medalhões, foi eliminada.
Apesar disso o nível estava bem alto. Alfredo Gama venceu a categoria absoluto (kumitê individual) com méritos. Na especial, Alecsandro Jobson mostrou que está bem acima da média, vencendo fuko-gô (pegou Ronaldier na final) e kumite individual (contra Vinícius, do Paraná) numa aula de karate. Não só pelos golpes certeiros, mas pela postura irretocável. Parabéns.
No kata individual deu Ronaldier mais uma vez.
Por equipes venceu a Bahia, numa final confusa com Mato Grosso. Rio e Paraná completaram o pódio. O Rio, por sinal, contou com duas lendas vivas como titulares da equipe de luta. Eduardo Santos (bi-campeão brasileiro por equipes, com 45 anos de idade) e Vinício Antony (Mais de dez títulos brasileiros em todas as modalidades - e há exatos dez anos afastado das competições de karate).
Para os atletas da seleção brasileira da JKA que lá estavam o evento serviu como preparação para o sulamericano de setembro, no Chile. Fábio Simões ficou em terceiro no kumitê individual da absoluto, e eu mordi o bronze também, no fuko-gô. Juninho (MG) competiu na Especial e conquistou o bronze tanto em kumite quanto em fuko-gô.
Agora é esperar o que vem pela frente, no Chile...
Apesar dos 400 atletas, ficou a impressão de que o número de Estados participantes diminuiu em relação a anos passados.
Ficam nítidas as diferenças de regra do Tradicional para a JKA, apesar de serem a mesmíssima coisa. A marcação de pontos é muito mais crítica, e os árbitros evitam dar qualquer wazari onde observem o hiki-tê (puxada da mão após o golpe). Além disso o rigor com relação à forma dos golpes aplicados é severo, o que não é de todo ruim, pois obriga que os atletas se mantenham o mais fiéis possível ao karatê em sua essência. Por outro lado, o rigor excessivo acaba limitando os golpes, estreitando a possibilidade de wazari diferentes, como ura mawashi, golpes recuando ou pulando - coisas que sempre existiram no karate.
A separação da competição em duas categorias (absoluta e especial, apenas com atletas campeões brasileiros individuais ou que já fizeram parte da seleção brasileira) a meu ver empobreceu o evento. O embate exclusivo entre atletas que se conhecem profundamente - companheiros de seleção - pode acabar caindo na mesmice, com resultados muitas vezes previsíveis. Além disso, a chance de um atleta desconhecido se sobressair, vencendo um dos medalhões, foi eliminada.
Apesar disso o nível estava bem alto. Alfredo Gama venceu a categoria absoluto (kumitê individual) com méritos. Na especial, Alecsandro Jobson mostrou que está bem acima da média, vencendo fuko-gô (pegou Ronaldier na final) e kumite individual (contra Vinícius, do Paraná) numa aula de karate. Não só pelos golpes certeiros, mas pela postura irretocável. Parabéns.
No kata individual deu Ronaldier mais uma vez.
Por equipes venceu a Bahia, numa final confusa com Mato Grosso. Rio e Paraná completaram o pódio. O Rio, por sinal, contou com duas lendas vivas como titulares da equipe de luta. Eduardo Santos (bi-campeão brasileiro por equipes, com 45 anos de idade) e Vinício Antony (Mais de dez títulos brasileiros em todas as modalidades - e há exatos dez anos afastado das competições de karate).
Para os atletas da seleção brasileira da JKA que lá estavam o evento serviu como preparação para o sulamericano de setembro, no Chile. Fábio Simões ficou em terceiro no kumitê individual da absoluto, e eu mordi o bronze também, no fuko-gô. Juninho (MG) competiu na Especial e conquistou o bronze tanto em kumite quanto em fuko-gô.
Agora é esperar o que vem pela frente, no Chile...
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