27.3.11

Focaccia de ervas e tomates


Focaccia gostosa, com base crocante e miolo macio. A massa é muito boa para trabalhar à mão. Não uso a máquina desde o pão de batata. Estou progredindo, não estou? ;)

Dispensei a mussarela pois queria algo mais leve para servir de acompanhamento para uma salada mais substanciosa.

Da revista Taste of home.




Focaccia de ervas e tomates

7g de fermento biólogico instantâneo seco
1 x de água morna
2 c sopa de azeite (1+1)
1 a 1/2 c chá de sal (ou a gosto)
1 c chá de açúcar
1 c chá de alho em flocos secos
1 c chá de cada uma das ervas secas: tomilho, orégano e alecrim (usei a última fresca)
1/2 c chá de manjericão seco (usei fresco)
1 pitada de pimenta do reino
2 x a 2 x e 1/2 de farinha
2 tomates médios em fatias finas
1/4 x de mussarela desfeita (ou ralada conforme o tipo)
1 c sopa de parmesão ralado

Dissolva o fermento na água em um recipiente grande. Adicione 1 c sopa de azeite, o sal, o açúcar, o alho, as ervas, a pimenta e 1 e 1/2 x de farinha. Mexa. Adicione a farinha restante aos poucos até obter uma massa homogênea (ainda um pouco grudenta). Coloque-a sobre uma superfície enfarinhada e sove até que ela fique macia e elástica, cerca de 6-8 minutos. Coloque em um recipiente untado com óleo, virando uma vez para que o óleo envolva a massa. Cubra e deixe dobrar de volume, cerca de 1 hora.

Retire o ar da massa. Cubra e deixe descansar mais 10 minutos. Abra-a  em um retângulo de cerca de 33x22 cm, coloque-a sobre uma forma untada com óleo. Cubra e deixe dobrar de volume, cerca de 30 min. Faça "covinhas" na superfície da focaccia com as pontas dos dedos. Pincele com o azeite restante, distribua os tomates e a mussarela. Povilhe o queijo e asse por 20-25 min ou até dourar à 200C. (Polvilhe sal na hora de servir ou faça isso antes de assar apenas temperar um pouco os tomates).


26.3.11

Em um universo paralelo vi

.


De vez em quando sinto vontade de me apaixonar no estrangeiro. Não sei, há algo de mágico em estar num lugar onde não se domina a língua e os cheiros, sabores ou mesmo a forma como o sol incide sobre as casas é diferente. Então gostaria de me apaixonar no estrangeiro. Desejo que alguém me tome pela mão e me leve até uma ruela perdida no tempo ou peça um prato e diga: "Prove". E depois pergunte: "Não é bom?", com um sorriso daqueles que os adultos dão quando mostram algo novo para uma criança.


.

21.3.11

Dentro do ônibus XI

Estava sentada dentro do ônibus em movimento e verificava minha lista mental de coisas a fazer : jogar na megasena (faço isso há anos), passar no banco e uma consulta médica. Quase tudo feito. No assento da frente estava um rapaz com cabelos cortados bem curtos. Sabe quando o barbeiro passa a máquina  e os cabelos começam a crescer outra vez? Eram assim. Deixei minha lista mental de lado e fiquei olhando, mesmerizada, para aqueles fiozinhos curtos em pé. Senti uma vontade enorme de passar a mão sobre eles. Claro que resisti, mas sempre tive curiosidade em saber qual a sensação de se fazer isso. É quase como minha vontade de tocar um daqueles fios das cercas elétricas, bastaria encostar a ponta de um dedo para comprovar se a descarga é grande mesmo. Ouvi dizer que alguns agricultores as usam para proteger os pomares no Japão, mas há macacos que preferem levar choques a abrir mão das frutas. Se um macaco aguenta, por que eu não aguentaria?

Mas do desejo ao ato, há um longo caminho. Muitos homens resistem a tocar os glúteos femininos que passam pela sua frente, como a maioria deles, contentei-me em utilizar os olhos.

Se o rapaz lesse pensamentos, teria se levantado e descido do ônibus.




20.3.11

Bolo de banana e aveia



Acho que o friozinho do última semana ativou meu modo de preparo para "hibernação", pois ando com uma fome incontrolável nos últimos dias. Espero que essa tendência passe logo, acumular gordura não é algo de que necessite no momento...

Como não queria ter um bolão tentador na cozinha, fiz metade desta receita usando o ovo inteiro e dividi a massa em uma forma de muffins (6 unidades). Ficaram bem gostosos e perfumados. Já experimentei com passas e sem elas, ambas as versões são muito boas. (Foto da versão sem passas).

Daqui.



Bolo de banana e aveia

1 x de aveia em flocos
3/4 x de farinha branca
3/4 x de farinha integral
1/2 x de açúcar mascavo
1-1/2 c chá de canela em pó
1 c chá de fermento em pó
1 c chá de de bicarbonato de sódio
1 ovo
1-1/2 x de bananas amassadas (cerca de 3 grandes)
1/3 x de óleo
1 c chá de essência de baunilha
1 x de passas
2 c sopa de aveia para decorar (não usei)


Misture a aveia, as farinhas, o açúcar mascavo, a canela, o fermento e o bicarbonato de sódio em uma tigela.

Em outro recipiente, misture o ovo, as bananas, o óleo e a essência de baunilha, despeje esta mistura líquida sobre os ingredientes secos. Adicione as passas e misture apenas o suficiente para que tudo fique úmido e amalgamado. Coloque a massa em uma forma de bolo inglês untada e espalhe os flocos de aveia sobre a sua superfície. 

Asse em forno preaquecido à 180C até que um palito inserido em seu interior saia limpo, certa de 1 hora. Deixe esfriar por 10 min antes de desenformar. Retire da forma e deixe terminar de esfriar.


15.3.11

Haruki Murakami - 1Q84 (3 de 3, fim)



Terminei o úlitmo volume de 1Q84. Não posso dizer que gostei, achei a história arrastada, mas talvez seja devido ao meu ritmo de leitura e por ter lido em japonês, enfim, por razões externas ao livro. Mesmo assim, achei que o negócio não evoluía, que havia muitas páginas para poucos acontecimentos. (Já escrevi sobre o volume 1 e o volume 2).

A solidão e a perda, características dos livros do Murakami, estão bem presentes e acho que é isso que atrai muitos de seus leitores, afinal, quem não se identifica com personagens vivendo relacionamentos superficiais,  com passados tristes e que não sabem o que fazer com suas vidas?

Em 1Q84, o autor transporta os personagens principais, Tengo e Aomame, para um universo paralelo. O encontro dos dois só é possível nesse lugar onde coisas misteriosas acontecem. Eles se conheceram na infância e nunca conseguiram se esquecer um do outro, mas as circunstâncias fazem com que um reencontro só ocorra "naquele lugar que não é bem o mundo que conheciam", onde há duas luas no céu e no qual seres estranhos, chamados de little people, são capazes de afetar a vida das pessoas.

Há um quê de Alice no país das maravilhas no texto, com vários personagens que aparecem e somem e, como a lagarta e o gato de Cheshire, dizem frases enigmáticas e com supostos sentidos profundos do tipo: "as coisas não são o que parecem ser" ou "precisamos buscar a sabedoria da coruja que habita as profundezas da floresta".

O recurso do universo paralelo permite que muitos acontecimentos absurdos sejam possíveis, fiquei com a impressão de que isso facilitou muito o desenrolar da trama. Em Minha querida Sputnik, Caçando carneiros ou mesmo Kafka à beira mar, o uso de acontecimentos inexplicáveis e realidades paralelas dava uma aura de mistério e uma certa profundidade às histórias, mas aqui eu achei que esse recurso foi meio over e serviu de solução mágica para tudo.

No mais, apesar de alguns aspectos sombrios e até violentos, acho que esta é a primeira história de amor com final feliz do Murakami. (Pronto, acabei contando o final!)

Até onde eu saiba, a tradução para o inglês sai em novembro. Para o português, deve levar mais tempo, especialmente porque a tradução, na maioria das vezes, é feita em cima da versão em inglês.
 

************

(Torço para que o problema com a usina nuclear no Japão seja resolvido sem tardar para que o país possa se concentrar em reconstruir as áreas afetadas pelo terremoto e pelo tsunami.)



13.3.11

Pão de batata


Receita do Benjamin Abrahão que vi no Cybercook.

Primeira vez que faço pão de batata e, contrariando meus hábitos, fi-lo à mão, sem sovar a massa na máquina, e ele ficou muito bom. Acho que estou pegando o espírito da panificação. ;)

Como faz anos que não como pão de batata fora e também nunca comi o da rede Benjamin Abrahão, não sei dizer se o meu ficou igual, mas posso garantir que ficou bom  ("desgraçadamente gostoso",  usando as palavras do O.). A massa é muito boa para trabalhar, nem adicionei o leite pois a massa ficou no ponto sem ele. (Mas dependendo da batata e das condições de temperatura e pressão, pode ser necessário adicionar leite ou farinha para ficar no ponto).

Fiz metade da receita e não recheei os pães. Alterações:  usei água morna para a esponja e juntei um pouco de açúcar para acelerar a ativação do fermento. Reduzi a quantidade de sal e esqueci de vaporizar o forno. :p


Pão de batata

1 kg de farinha de trigo
1 c sopa de fermento biológico seco
150 gr de açúcar
400 gr de batata cozida
30 gr de sal
100 gr de manteiga
2 ovos
quanto baste de leite


Numa bacia ou na tigela da batedeira, faça uma esponja com 100 gramas de farinha de trigo, o fermento e um pouquinho de água (o suficiente para ficar com consistência de papa mole). Deixe descansar durante 15 minutos. Após este descanso, misture todos os ingredientes e faça uma massa bem macia. Espere o crescimento durante 30 minutos. Depois, modele em bolinhas de 70 gramas cada uma, coloque nas assadeiras previamente untadas, espere novamente o crescimento durante uns 40 minutos, aproximadamente, e leve para assar.

Temperatura do forno: 200° C.

Observação: Vaporize bem o forno com água antes de levar os pães para assar. Para vaporizar o forno, você pode utilizar um spray de jardinagem com água, algumas borrifadas são suficientes. Outra forma é colocar dentro do forno, enquanto os pães estiverem assando, uma travessinha com água ou gelo. Três copos de água ou uns 12 cubinhos de gelo são suficientes.


9.3.11

Risoto de tinguensai e requeijão


A receita segue mais ou menos o mesmo princípio da receita de risoto de palmito, mas a couve tinguensai entra quase no final para terminar de cozinhar com o arroz. Não uso medidas exatas para fazer risoto e não costumo seguir aquele ritual de ir adicionando o caldo de legumes (ou água) aos poucos. Respeito só a etapa do vinho, depois coloco a quantidade de água que acho suficiente para cozinhar o arroz,  mexo de vez em quando e adiciono mais líquido caso ache necessário. (Os puristas vão querer me matar por isso!). Coloquei apenas uma boa colherada de requeijão para dar um gostinho e um pouco de cremosidade e servi com um filé de truta temperada com sal e pimenta, passada na farinha e frita em manteiga.

6.3.11

Moqueca de frango


Receita simples e saborosa. Um frango com temperos de moqueca, as medidas podem ser variadas de acordo com a quantidade de carne e é possível usar um frango inteiro em pedaços. Servi com arroz integral e salada.


Moqueca de frango

5 sobrecoxas (usei sobrecoxas sem pele)
1 c sopa de óleo
1 tomate sem sementes picado
1 cebola picada
1 dente de alho picado
1/2 pimentão vermelho picado
um punhado de coentro picado
1/2 vidro de leite de coco
sal e pimenta a gosto

Tempere o frango com sal e pimenta e deixe descansar por 20 min. Aqueça o óleo e doure o frango. Adicione a cebola, o alho, o tomate, o pimentão, misture um pouco. Junte o leite de coco e cozinhe em fogo baixo com a panela tampada até que o caldo se reduza um pouco e a carne esteja macia. Durante o cozimento, verifique o tempero e corrija-o se achar necessário. Se preciso, adicicione um pouco de água. Finalize juntando o coentro e sirva com arroz.

Nota: Se quiser, você pode substituir o óleo por azeite de dendê. 

2.3.11

Torta de cebolas e peras


Vi a receita original em uma revista, mas só a ideia permaneceu a mesma pois fiz várias modificações. Uma delas foi usar a receita de massa à base de azeite da Clotilde de que gostei muito. Ela é mais elástica do que uma massa podre e achei fácil espalhá-la na forma com as pontas dos dedos. Depois de assada, ela é bem crocante. De qualquer forma, você pode usar a receita de massa que quiser ou usar uma congelada. A combinação peras-cebolas é deliciosa, creio que quanto mais doces forem as peras, melhor. 


Torta de cebolas e peras

Massa:
Uma combinação de 100g de farinha integral e 150g de farinha normal
1 c chá rasa de sal
1 c chá de ervas finas secas
(use as ervas que desejar, a Clotilde usou tomilho e alecrim)
60 ml de azeite
120 ml de água fria


Recheio:
3 peras médias descascadas e sem sementes cortadas em fatias finas
3 cebolas médias (usei roxas) em fatias finas
2 c sopa de azeite
1 c sopa de manteiga
1 c sopa de vinagre balsâmico

ervas finas a gosto (ou tomilho)
sal a gosto


Preparo do recheio:

Aqueça o azeite e a manteiga e refogue as cebolas e as peras. Adicione as ervas e o vinagre balsâmico. Tempere com sal a gosto e deixe cozinhar por cerca de 20-30 min em fogo baixo até que tudo esteja bem macio e não haja mais líquido. Deixe ficar morno antes de empregar.

Preparo da massa:

Misture a farinha, o sal e as ervas. Adicione o azeite e misture com um garfo. Adicione a água e misture ainda com o garfo até que ela seja absorvida pela farinha. Sove rapidamente com as mãos até formar uma bola.

Coloque a massa sobre uma superfície enfarinhada, abra-a em um círculo e forre uma forma de cerca de 25cm de diâmetro. (Ou espalhe-a com as pontas dos dedos dentro da forma). Distribua a mistura de cebolas sobre ela e dobre as laterais sobre o recheio. Asse até que a massa doure.

25.2.11

Dentro do ônibus x

.

Há motoristas que param para bater papo com outros motoristas na rua, outros que recebem a marmita no meio do trajeto e, hoje, conheci o que dirige segurando um pote de sorvete. O trajeto foi mais demorado por causa disso, para cúmulo, houve até uma paradinha para a cobradora encher uma garrafa de água num posto de gasolina. Fiquei irritada com a lentidão, mas o calor estava mesmo insuportável e dirigir por horas sem ar condicionado não deve ser nada fácil.


.