quarta-feira, abril 30, 2008

A falta de respeito


Decididamente o problema enfrenta uma crise de falta de respeito, ninguém respeita ninguém, os doentes não respeitam os médicos, os delinquentes perderam o respeito à justiça, os alunos não respeitam os professores, os filhos não respeitam os pais, se não fosse o respeitinho pela directora da DREN, pelo inspector-geral da ASAE e pelo director-geral dos Impostos a desgraça seria completa.

O polícia de serviço não pode estar descansado na esquadra, a qualquer momento entra-lhe um arrastão de mariolas pela esquadra dentro para lhe dar bofetadas. Chegou-se ao ponto de as esquadras deixarem de ser um lugar seguro e os representantes sindicais dos polícias virem para a comunicação social exigir que alguém dê segurança aos polícias. Por este andar terão que ser contratadas empresas de segurança para cuidarem das esquadras de polícia.

No ensino é aquilo que temos visto, agora são os professores que se arriscam a levar com a régua dos oito olhinhos. O Youtube está cheio de cenas de violência e os jornais e televisões quase tiveram que criar secções especializadas em violência sobre professores.

Mas do que eu não estava à espera era de ver Manuela Ferreira Leite apresentar-se como candidata a líder do PSD com o argumento de que se perdeu o respeito ao seu partido. Lá que se perca o respeito, ao professor, ao polícia ou ao magistrado ainda se compreende, mas perder-se o respeito ao PSD é que é mesmo coisa grave.

Manuela Ferreira Leite resistiu a alistar-se na PSP para repor o respeito pela polícia, renunciou a concorrer a professora do ensino secundário para assegurar que os alunos respeitam os professores, mas finalmente decidiu ajudar a salvar o país, reflectiu muito e tomou a decisão mais difícil da sua vida, candidata-se ao PSD para que acabem as faltas de respeito para com o seu partido.

Resta agora saber se vai alterar novamente a imagem do PSD substituindo a(s) seta(s) por uma régua com três olhinhos ou se em vez disso opta por fazer uma cara feia, o que no caso dela nem é difícil, para assustar os opositores e meter os companheiros tresmalhados na linha.

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Linhas de electricidade dos eléctricos, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[O. Sierra/AFP]

«Un petit garçon de la tribu des Tolupan, la plus pauvre du Honduras, le 28 avril 2008. » [20 Minutes]

JUMENTO DO DIA

Finalmente Cavaco falou de economia

Cavaco Silva apresentou-se às presidenciais com a intenção de ajudar o governo com os seus conhecimentos de economia, ao fim de mais de um ano de mandato teve a sua primeira intervenção sobre o tema, para nos dizer que as notícias não são felizes. Um discurso banal e deprimente, muito pouco para quem prometeu tanta ajuda.

SEJAMOS HONESTOS!

Os candidatos à liderança do PSD, de Ferreira Leite a Santana Lopes, apresentam-se como candidatos à liderança do PSD com o argumento de que estão muito preocupados com o futuro do país. Para salvarem o país prometem aos seus militantes ganhar as eelições legislativas.

Sejamos honestos, não só não vão ganhar as legislativas, como sabem que a situação do PSD é bem pior do que a do país. Ao fazerem depender a sobrevivência do partido dos resultados das legislativas estão a mostrar o que de pior tem o PSD, só tem saúde quando os seus militantes estão a gerir os dinheiros do Estado.

SAIU DA SOMBRA E QUEIMOU-SE

«Cunha Vaz tem uma agência de comunicação. As agências de comunicação deviam chamar-se agências de convicção, servem para convencer os clientes que convencem o mundo. Por profissão, Cunha Vaz é convincente. Com Vicente, com Menezes, com quem pagar: por exemplo, quando da liderança do BCP, Cunha Vaz estava com Santos Ferreira e com Luís Filipe Menezes que acusava Santos Ferreira de ser um pau- -mandado do Governo. Com profissão de sombra, Cunha Vaz deu, ontem, uma entrevista de quatro páginas ao Público. Para dizer, por exemplo, sobre um assunto qualquer, que o seu cliente Menezes mentiu. Enfim, não foi bem assim. Cunha Vaz disse que ele "deixou cair [uma mentira]..." O entrevistador insistiu: "Menezes não disse a verdade?" Ao que Cunha Vaz respondeu: "Não. Colocaram-lhe a pergunta e ele quis ser simpático." Essa é outra função das agências de comunicação: saber valorar a imagem o cliente. Este não pode passar por mentiroso. Já tonto, pode.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A IGREJA CATÓLICA E A MODA DO PERDÃO

«A Igreja Católica rendeu-se à moda do perdão. Perdão aos muçulmanos, perdão aos judeus, perdão a Galileu, perdão a todos os que foram ofendidos nos últimos 20 séculos, perdão a tudo o que mexe e, sobretudo, perdão aos que já não mexem. A humildade fica sempre bem e está de acordo com metade da mensagem de Jesus: pedir desculpa e desculpar os outros. Só que - parte chata - o homem continuou a falar, e é na outra metade que mora a verdadeira ética cristã. Alguém se lembra da história da mulher adúltera? "Vai, e de agora em diante não tornes a pecar", diz-lhe Jesus. O pedido de perdão e o reconhecimento do erro só têm valor se a partir daí houver mudanças na nossa vida. Ora, a Igreja Católica pede perdão com muita facilidade, mas tem muita dificuldade em emendar-se. E é por isso que o encontro de Bento XVI com vítimas da pedofilia nos Estados Unidos não me impressiona por aí além. Pode ser bonito - lá saiu mais um perdão, agora para os abusados de Boston - mas não muda coisa nenhuma.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Miguel Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EQUILÍBRIOS EM AMBIENTES NORMALMENTE CONFLITUAIS

«É muito provavelmente a última reforma política desta legislatura, a revisão do Código de Trabalho. Terá sido também a mais difícil de equacionar e de formular, numa área de vocação eminentemente conflitual, como é a das relações de trabalho. O primeiro mérito da proposta tornada pública, para além da sua existência mesma, é a sua moderação e aparente falta de ambição, renunciando a mudanças radicais. Embora parecendo que não, o segundo mérito da proposta está na sua recepção crítica por ambas as "partes sociais".

À partida, havia dois desafios a enfrentar. Primeiro, diminuir a rigidez das nossas relações de trabalho - sistematicamente apontada como das mais altas no conjunto das países da OCDE -, a qual penaliza a gestão e a competitividade das empresas, e logo também a criação de emprego. Segundo, reduzir os factores de precariedade do emprego, ligada ao abuso de contratos a prazo e dos "recibos verdes", a qual estabelece uma iníqua segmentação entre quem tem uma relação de emprego estável e goza de todas as garantias de estabilidade e quem a não tem, e por isso está condenado a viver em permanente incerteza sobre a sua situação laboral.

Quanto à luta contra a rigidez das relações laborais, a proposta de reforma avança com duas mudanças, nenhuma delas muito original nem muito inovadora. A primeira consiste num alargamento marginal do conceito de justa causa de despedimento individual - a noção de "inadaptação funcional" -, sem porém a descaracterizar, bem como na simplificação do processo "administrativo" de despedimento, remetendo a sua justificação para os tribunais. A segunda, e mais importante, tem a ver com a adaptação dos tempos de trabalho, mediante acordo dos trabalhadores, permitindo aumentar o tempo de trabalho semanal durante certos períodos, compensando-o com períodos de menor trabalho noutros períodos. Trata-se de um mecanismos essencial para permitir às empresas responder melhor à variação do ciclo de produção, de acordo com os ritmos do mercado.

Mais novidades apresentam as propostas quanto à luta contra a precariedade. Para além da redução do tempo máximo de contrato a prazo para metade, a grande inovação está na diferenciação das contribuições patronais para a segurança social, tornando-as mais onerosas no caso de contratos a prazo e menos pesadas no caso de trabalhadores com contratos sem termo. Além disso, no caso dos "recibos verdes", o empregador passa a suportar uma parte considerável da contribuição social que hoje recai exclusivamente sobre o trabalhador independente.

Trata-se de um verdadeiro "ovo de Colombo", jogando com a linguagem que as empresas melhor entendem, ou seja, os custos. Tornando mais caro o trabalho precário e mais barato o trabalho permanente, cria-se um poderoso incentivo para preferir o segundo ao primeiro, sem porém impossibilitar o recurso ao trabalho temporário quando tal se justifique nos termos da lei, cujas condições obviamente não são liberalizadas.

Sem surpresa, não tardaram as reacções críticas dos sectores mais radicais, à esquerda e à direita. No primeiro caso, de acordo com a sua habitual postura imobilista, desvalorizou-se o impacto das medidas contra a precariedade e denunciou-se uma imaginária liberalização dos despedimentos sem justa causa, que não encontra nenhum suporte na reforma proposta. No segundo caso, surgiram de novo as propostas de ampla desregulação das relações de trabalho, reclamando a possibilidade de despedimentos para "renovação" dos quadros de pessoal e rejeitando o encarecimento dos contratos a prazo.

Nem uns nem outros têm razão. Por um lado, não se pode ignorar que a excessiva rigidez das relações de trabalho, impedindo a adaptabilidade das empresas ao mercado, não favorece nem o aumento do emprego nem a luta contra a precariedade do emprego, sendo antes a principal razão para a inaceitável divisão do mundo do trabalho, entre os que gozam de uma estabilidade hiperprotegida e os que não beneficiam de garantias mínimas de segurança, ou sequer de uma relação de emprego, ou seja, os mais desprotegidos. O conforto de uns gera a desprotecção dos outros. Por outro lado, porém, não se pode pretender contornar as garantias constitucionais da segurança no emprego nem liberalizar as formas de emprego efémero e sem garantias, nem muito menos pactuar com a fraude à própria noção de relação de trabalho, mediante fictícios contratos de prestação de serviços. Admitir o despedimento individual por livre decisão do empregador, sem um motivo específico, razoável e verificável, seria sujeitar os trabalhadores à arbitrariedade ou à perseguição individual. Ora os interesses dos empregadores não podem prevalecer contra a liberdade e a dignidade dos trabalhadores.

Dificilmente existe um terreno mais espinhoso para um governo de esquerda do que tentar reformar as relações laborais, por mais contidas e razoáveis que sejam as propostas, correndo sempre o risco de ser acusado pela direita de preconceito contra os interesses das empresas e de ser denunciado pela esquerda mais radical por "traição" aos direitos e interesses dos trabalhadores. Tanto mais num país onde o movimento sindical se encontra dominado por uma visão eminentemente conservadora das posições adquiridas e pelo preconceito maniqueísta de que tudo o que pode favorecer as empresas é necessariamente contra os trabalhadores e onde as posições do patronato são em geral tradicionalmente reaccionárias, agora doutrinariamente suportadas numa visão ultraliberal que tende a negar qualquer especificidade às relações de trabalho nem ao incontornável desequilíbrio das duas partes nessa relação.

Quando uma proposta de revisão da legislação laboral pode pretender, com bons argumentos, beneficiar simultaneamente as empresas e os trabalhadores, então é caso para dizer que se vai no bom caminho.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vital Moreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PINTO DA COSTA NO NEGÓCIO DA PROSTITUIÇÃO?

«A imobiliária de Cedofeita, de que Pinto da Costa é sócio maioritário e que foi alvo de buscas na semana passada, terá sido usada para a compra e venda de imóveis que alojavam prostitutas que se encontravam temporariamente no nosso país.

A denúncia de Carolina Salgado, feita em meados no ano passado, foi considerada credível pela equipa de investigadores liderada por Maria José Morgado que agora analisa à lupa a documentação apreendida na referida empresa.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Já nada me espanta.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela conclusão das investigações.»

ALBERTO AINDA NÃO DECIDIU E JÁ ESTÁ A RECOLHER ASSINATURAS

«Alberto João Jardim só decide depois de 10 de Maio se entra ou não na corrida à liderança do PSD/Nacional, garantiu o líder madeirense ao DN. E mais não disse. A recusa em falar sobre a crise do partido passa, agora, por uma estratégia de silêncio. O convite de Pedro Santana Lopes para um encontro a dois, depois de Jardim exortar todas as candidaturas a unirem-se contra Manuela Ferreira Leite, caiu em saco roto. Jardim não reage. Nem quer saber o que Santana disse. Ignora-o pura e simplesmente.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Grande Alberto!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se um lugar na fila da frente.»

ISTO ESTÁ AO CONTRÁRIO, OS POLÍCIAS EXIGEM SEGURANÇA NAS ESQUADRAS

«Associações sindicais de polícias exigem mais efectivos, sistemas de videovigilância e segurança dentro das esquadras da PSP. Queixam-se que o número de agentes "é insuficiente para as necessidades e em quase todas as esquadras só fica um elemento, enquanto outros dois estão a fazer ronda no carro-patrulha". Estas reivindicações surgem após um grupo de indivíduos ter entrado na esquadra da PSP de Moscavide, em Loures, no domingo, e agredido outro que ali se encontrava.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Deixar uma esquadra com apenas um polícia é um caso de má gestão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Analise-se a situação.»

TRÊS MIL PORTUGUESES ESCRAVOS EM ESPANHA

«As autoridades espanholas estimam que o grupo organizado desmantelado recentemente numa operação conjunta com as autoridades judiciais lusas tenha escravizado cerca de 3000 portugueses nas zonas de La Rioja, Navarra, Alava (País Basco) e Saragoça. Este número e outros pormenores foram divulgados ontem, em Espanha, numa conferência de imprensa que juntou responsáveis do Ministério Público e das polícias dos dois países que participaram na acção, desenvolvida no âmbito do Eurojust, um organismo europeu de cooperação.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É incrível que em plena Europa exista esclavagismo e uma vergonha para o país que sejam portugueses as vítimas de uma situação que só se pode explicar com a incúria das autoridades espanholas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Exijam-se explicações às autoridades.»

O MINISTRO DA AGRICULTURA FINALMENTE FALOU

«O ministro da Agricultura assegura que os alimentos em Portugal não vão faltar mas admite alguma preocupação perante a crise mundial. Esta terça-feira as Nações Unidas e o Banco Mundial criaram uma equipa de emergência que vai tentar enfrentar a subida vertiginosa do preço de alimentos como o trigo.» [TSF]

Parecer:

Fez uma boa intervenção, clara e tranquilizante ainda que questionável nalguns pormenores. Já era tempo de o governo tomar posição, evitando que os consumidores comecem a fazer açambarcamento de alguns produtos o que poderia desencadear problemas ao nível dos stocks.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»

CHINA QUER ALUGAR TERRAS ARÁVEIS NOUTROS PAÍSES

«O governo da China estuda a possibilidade de adotar uma série de políticas para encorajar suas empresas a alugar terras cultiváveis em outros países.

Segundo informações do jornal Beijing Morning, autoridades do Ministério da Agricultura chinês afirmaram que o governo está procurando criar novas políticas para encorajar o arrendamento ou mesmo a compra de terras cultiváveis na América Latina, na Austrália, na Rússia e nas repúblicas da antiga União Soviética.» [BBC Brasil]

Parecer:

E viva a reforma agrária, a terra a quem a trabalha!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ti Sousa.»

AUTARCA CHILENO OFERECE VIAGRA AOS IDOSOS

«O prefeito de um subúrbio da capital chilena anunciou que irá distribuir Viagra de graça aos moradores idosos.

"O objetivo é dar à população mais velha uma qualidade de vida melhor", disse Gonzalo Navarette Muñoz, prefeito de Lo Prado, um subúrbio ao sul de Santiago. » [BBC Brasil]

Parecer:

Esta notícia devia ser censurada em Portugal, com tanto autarca a querer ver os idosos contentes há o risco de muitas autarquias ficarem empenhadas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao autarca de Vila Real de Santo António, depois de levar os idosos a tirar as cataratas pode mandá-los dar uns mergulhos.»

CHINA: MILHARES DE CRIANÇAS VENDIDAS A FÁBRICAS

«Miles de niños de un pobre municipio chino fueron vendidos para trabajar en régimen de esclavitud en fábricas del próspero sur del país.

Los miembros de una banda de crimen organizado engañaban a los menores, con edades comprendidas entre los siete y los quince años, en el municipio de Liangshan, en la provincia suroccidental de Sichuan, y los vendían a fábricas de provincias como Cantón o Fujian, según el diario Southern Metropolis Newspaper.» [20 Minutos]

Parecer:

Cada vez admiro mais o comunismo chinês.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao tio Jerónimo se visitou estas fábricas quando foi à China dos seus sonhos mais recentes.»

O JUMENTO NO GOOGLE BLOG SEARCH E TECHNORATI

  1. O "Seminarium" sugere a leitura d'O Jumento. Foi graças a um amigo que fiquei a saber pois como não procedeu à hiperligação a referência não seria detectável pelos motores de busca que uso nesta secção (Google Blog Search e Technorati).
  2. O "Não há mal que sempre dure" levou um fardo do Vasco Pulido Valente.
  3. O "Cu-Cu" gostou do trabalho dos fotógrafos Thomas Doering e Igor Vortobey.
  4. O "Pensamentos" reparou que há um PCP saudosista que se esconde nos artigos do Avante que não chegam ao grande público, a esse chega a imagem ternurenta do Tio Jerónimo, que em vez de imitar Estaline prefere a imagem de Avô Cantigas.
  5. O "PS Lumiar" deu destaque ao post dedicado à sucata política do PSD.
  6. O "Kontrates.org" sugere a leitura do post em que se questiona se Ferreira Leite simboliza futuro.
  7. O "Comércio Tradicional" foi acrescentado à lista de links.
  8. O "Absorto" levou um fardo de Franscisco Sarsfield Cabral.
  9. "O Futuro é Agora", o blog de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho, foi acrescentado à lista de Links. Vale a pena a visita, nada tem que ver com outros blogues deprimentes que alguns políticos criam para se armarem em bloggers.

NO "ULTRAPERIFERIAS"

O deputado do PSD Luís Filipe Malheiro desmente Pedro Santana Lopes:

«Ouvi as declarações de PSL na SIC Notícias. Infelizmente ele insiste na hipocrisia. Pedro Santana Lopes no fala verdade e insiste nessa falta de verdade. Antes da reunião do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa, Santana Lopes informou Alberto João Jardim (era tal a ansiedade frenética de ter esse encontro, aliás viabilizado por Guilherme Silva que não sabia o que é que PSL queria de Jardim) que apresentaria uma candidatura e que a levaria até ao fim. Mais. Santana Lopes, não só pretendia desta forma pressionar Jardim a não avançar, porque se o fizesse isso colocar-lhe-ia problemas de espaço e motivos, como condicionou tudo o que pudesse acontecer a partir de então. Santana Lopes passou esse dia em movimentações de bastidores - a que não faltaram notícias dando conta de uma pretensa e falsa negociação entre Jardim e ele próprio que continuaria a ser presidente do grupo parlamentar caso o dirigente madeirense concorresse e ganhasse as "directas". Santana avisou claramente Jardim - e hoje voltou a insistir na SIC Notícias - nesse encontro prévio ao Conselho Nacional que considerava estava em condições de ganhar o partido, que tinha a certeza que ganharia a Sócrates e, que queria enfrentar Manuela Ferreira Leite nas directas. Foi isto o que se passou. Agora, as pessoas é que sabem, ou acreditam no que PSL diz ou admitem alguma veracidade no que aqui revelo, e que trago a este espaço apenas devido à descarada insistência na mentira hipócrita.

É falso que Jardim tenha falado na candidatura do "Pedro" sem que este soubesse de nada. Jardim incluiu essa passagem no seu discurso quando percebeu que com Manuela Ferreira Leite e agora com PSL seria aventura a mais ter que disputar o partido aos dois personagens. Alguém com bom senso acreditaria que Alberto João Jardim foi ao Conselho Nacional do PSD - onde raramente ia, sendo representado por Correia de Jesus, fazer a apologia da candidatura de Santana Lopes. Mas será que alguém acredita em semelhante enormidade!? Ainda por cima cancelando uma reunião da Comissão Política Regional do PSD da Madeira, a primeira depois do Congresso Regional, que passou a estar agendada para 29 de Abril.»

SHARAD HAKSAR

CUIDADO COM A BOLA [Flickr]

AMNISTIA INTERNACIONAL

terça-feira, abril 29, 2008

Perder as legislativas ou perder o futuro?


A escolha dos militantes do PSD poderá ser entre escolher as próximas legislativas ou perder o futuro, se não resistir à tentação de esquecer a crise e eleger o próximo líder olhando para as sondagens poderão estar a adiar a solução de uma crise que se arrasta há anos.

O PSD deixou de ser um partido vivo e dinâmico, deixou de captar os jovens mais dinâmicos, é visto de soslaio pelas várias elites, deixou de se renovar, enquistando em torno de personalidades sem futuro, que o melhor que podem fazer é serem uma razoável ilustração do passado.

O que pretenderão os militantes do PSD se escolherem uma personalidade como Ferreira Leite? Uma pessoa capaz de unir o PSD, uma política rigorosa, uma opção vencedora para as legislativas?

Sejamos honestos Ferreira Leite foi uma desgraça no ministério da Educação e uma ministra das Finanças sofrível. Na educação entrou em conflito com a geração que hoje tem menos de trinta anos, nas Finanças resolveu o défice à custa de truques, num ano recorreu a um perdão fiscal, no seguinte vendeu património e no terceiro vendeu as dívidas fiscais ao preço da uva mijona. EM três anos não fez qualquer reforma, não adoptou qualquer medida que mereça destaque, não resolveu o défice e ainda teve tempo de designar um director-geral dos impostos que ficou famoso por emitir um despacho ilibando as viaturas do Estado de multas de estacionamento e de fazer o doutoramento ao mesmo tempo que cobrava impostos.

Com Ferreira Leite o PSD pode recuperar alguns votos tresmalhados e conseguir incomodar Sócrates, mas perde a juventude, perde o futuro. O mesmo sucederá que os militantes do PSD escolherem Pedro Santana Lopes.

Com Santana Lopes o PSD corre o risco de ficar abaixo dos 20% dos votos, Pedro Santana Lopes é um político falhado em quem ninguém confia, nem mesmo Luís Filipe Menezes que o promoveu a líder parlamentar. Santana Lopes não passa de um político falhado que insiste em sujar a imagem de Sá Carneiro para tentar dar consistência ao projecto político que nunca teve. Digo sujar porque a forma como ele ou os seus amigos se comportaram em relação aos boatos sobre a vida íntima de Sócrates ou das suas relações com Fernanda Câncio envergonham a memória do fundador do PSD e transformam o partido num clube recreativo da América Latina.

As pressões feitas pela tralha do PSD para que sejam obtidos resultados eleitorais a qualquer custo compreende-se, muitas das personalidades da velha elite do PSD tem interesse em que este partido seja governo, os seus ateliers, escritórios e gabinetes poderão ganhar mais se nos ministérios estiverem velhos amigos. Não pretendem exercer funções públicas nem envolver-se publicamente na política, se o PSD perder continuarão a ganhar os negócios da SIRESP e outros, se o PSD ganhar sempre poderão melhorar os rendimentos. Pouco lhes interessa o futuro do CDS, têm mais de cinquenta anos e apenas querem reforçar os seus rendimentos antes da reforma.

Dificilmente o PSD ganhará as próximas legislativas, mas pode muito bem perder o futuro se em vez de apostar em dar a vez a uma nova geração de políticos insistir em apostar em políticos que apenas são passado.

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Elevador da Bica

IMAGEM DO DIA

[C. Daut/Reuters]

«Mary McCarthy se fait maquiller avant de célébrer son 108e anniversaire à La Havane, Cuba, le 27 avril 2008. » [20 Minutes]

JUMENTO DO DIA

M.F. Leite admite derrota nas legislativas

Quase no final do seu discurso de apresentação da candidatura Manuela Ferreira Leite chamou a atenção para a proximidade entre as próximas eleições legislativas e autárquicas, alertando para o perigo de contágio dos resultados das legislativas as autárquicas. Por outras palavras, admitiu uma derrota nas legislativas, uma derrota tão má que o seu contágio seria um desastre.

Antes disso fez uma colagem clara e lamentável ao discurso de Cavaco Silva no 25 de Abril ao apontar como prioridade os jovens que não acreditam nos políticos. Enfim, a primeira colagem oportunista de Ferreira Leite a Cavaco Silva.

SE ACONTECESSE EM PORTUGAL...

Podemos estar descansados, em Portugal o ministro da Defesa é macho, não se apresenta perante um general vestido de jeans e calçando ténis, já quanto à gravidez está desde logo posta de lado. Mas se esta imagem fosse de uma ministra da Defesa portuguesa o menos que se pode dizer é que cairia o Carmo e a Trindade, os generais já se teriam reunido no restaurante "Vela Latina" de Lisboa para elaborarem um manifesto em defesa da instituição militar, Cavaco teria chamado Sócrates à sua presença, Paulo Porta andaria escandalizado e o Rui Gomes da Silva já andaria a investigar a vida do marido para se certificar que não ganhava algum à conta da tropa.

Mas podemos estar descansados, esta desgraça aconteceu a Espanha, por cá somos mais pobres mas lavadinhos. A perenidade dos nossos generais está assegurada.

VÃO PROVAR OS MÉTODOS DEMOCRÁTICOS DO ALBERTO

Aqueles que durante anos apaparicaram e elogiaram o Alberto João, incluindo Cavaco Silva já enquanto Presidente da República, vão tomar o gosto aos métodos democráticos do líder do PSD-M. Com 30% dos militantes do PSD na Madeira é o Alberto João que decide as directas, com mais alguns votos tresmalhados derrota Ferreira Leite e Santana Lopes, nem precisa de fazer campanha ou de se deslocar ao "contenente" basta que uma parte dos militantes madeirenses inscrevam um primo ou um vizinho no partido para assegurar a vitória.

EMENDAR UM PRÉMIO NOBEL

«Na inauguração da exposição que lhe é dedicada, Saramago agradeceu assim: "Quero dizer obrigadinho, que é um diminutivo que sai mais do coração." Com risco de parecer petulante, emendo um Prémio Nobel. Obrigadinho, falado bem, usa- -se em circunstâncias que não vão com aquele discurso. Há o obrigadinho irónico. Este subdivide-se no obrigadinho descendente da locução popular "assim, muito obrigado!" e usa--se para sublinhar uma ideia disparatada ("Tu ficas com a Cláudia Vieira e eu com a Maria Vieira. Obrigadinho!"). E, segunda hipótese irónica, há o obrigadinho de protesto por não sermos apreciados como devíamos ("Obrigadinho!", digo ao tipo a quem apresentei a Cláudia Vieira e ele nem água vai). Finalmente, há o obrigadinho tipo sopinha, um daqueles falares humildes com o boné respeitosamente entre as mãos. Este seria o mais próximo saído do coração, como Saramago quer. Mas não é ao autor de Levantado do Chão que vou ensinar que esse sai é da humilhação.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

FORÇA COMPANHEIRO VASCO

«No filme A Vida de Brian, dos Monthy Python, uma das personagens mais estúpidas pergunta: "Mas afinal, que fizeram os romanos por nós?" Alguém sugere: "o aqueduto", "os esgotos", "as escolas", "as estradas", e por aí adiante. O primeiro vai ficando irritado até que finalmente se vê forçado a responder: está certo, mas, tirando os aquedutos, os esgotos, as escolas, as estradas, o direito, o comércio, e essas coisas todas, que fizeram os romanos por nós?

Na sua crónica de sábado sobre "O 25 de Abril", Vasco Pulido Valente [V.P.V.] garante-nos que, "tirando as leis que instituíram a democracia, o PREC não deixou uma única reforma necessária e durável". Com os termos definidos por V.P.V., em que 25 de Abril e PREC são tratados como intermutáveis, eis de novo a questão de A Vida de Brian: "Mas afinal, que fez o 25 de Abril por nós?"

Só que a resposta de V.P.V. é mais divertida: "tirando as leis que instituíram a democracia", nada. Por outras palavras: tirando eleições livres e justas, imprensa sem censura, extinção da polícia política, partidos políticos, fim da tortura e dos presos de opinião, liberdade de manifestação e associação, que fez o 25 de Abril por nós? Nada.

Alguém diz: então e a guerra? Eu não sei se o fim da guerra é uma "reforma": para mim, é melhor do que isso. Ora, diz V.P.V., o "abandono de África não provocou nenhuma resistência interna, provando a artificialidade do imperialismo indígena". Pois tirando o fim da guerra, que foram 13 anos de "nenhuma resistência interna", mais a "artificialidade" de uns milhares de mortos, temos o quê? Nada.

E que reformas nos deixou o PREC? Três ao acaso: universalização das pensões de reforma, generalização das férias pagas e Serviço Nacional de Saúde. Mas não sei se cabem na definição de "necessárias" e "duráveis" de V.P.V.

Terá sido a extraordinária diminuição da mortalidade infantil "durável"? Para os interessados, parece que sim. Terão sido necessárias as pensões adicionais? Para o milhão que passou a usufruir delas em poucos anos, sim. E as férias? Essas, como diz toda a gente, são muito necessárias mas pouco duráveis.

Recapitulemos: tirando os recém-nascidos que sobreviveram, os velhos que recebem pensões, os jovens que não foram à guerra e lotaram as universidades, os adultos que gozaram férias e o pessoal todo que viajou para o estrangeiro sem ser "a salto", nem precisar de passaporte, que fez o 25 de Abril por nós? Nada.

Vasco Pulido Valente tem no entanto razão se pensarmos que em qualquer revolução há sempre coisas que já vinham de antes e outras que ocorrem depois, que a história é uma coisa atrás da outra, e que o resto é conversa. Um exemplo: a entrada na UE não é o 25 de Abril. Mas é muito duvidoso que chegássemos a uma coisa sem a outra.

A não ser, é claro, para as mentes retroactivas da direita portuguesa, que ainda lamentam Marcelo Caetano, porque nunca deixaram de acreditar que a única maneira de nos aproximarmos das democracias teria sido sempre dar mais tempo aos nossos regimes autoritários.

Em suma: tirando esse pormenor da democracia, tirando a descolonização e tirando o desenvolvimento, que fez o 25 de Abril por nós? Ridiculamente pouco, pelo menos se comparado com Vasco Pulido Valente, que só nos últimos meses já nos garantiu, para além desta pérola, que Menezes chegaria a primeiro-ministro e Mitt Romney seria o próximo Presidente dos EUA.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Rui Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

UM CASO DE PROVINCIANISMO

«Antes do 25 de Abril, os poucos jornalistas estrangeiros que trabalhavam em Portugal deram um auxílio precioso à oposição ao regime. Através desses correspondentes, Mário Soares, por exemplo, conseguiu tornar conhecidas no mundo notícias que desagradavam ao regime e que a censura impedia de divulgar internamente.

Logo após o 25 de Abril e durante o agitado PREC (processo revolucionário em curso) Portugal fazia manchete em jornais e revistas de toda a parte. Ao país afluíram muitos e qualificados jornalistas estrangeiros, para seguirem os acontecimentos político-militares que aqui se sucediam.

Depois, felizmente, veio a normalização democrática. O país deixou de representar uma ameaça ao equilíbrio entre o Ocidente e o império soviético e, como seria de esperar, o interesse dos media internacionais por Portugal reduziu-se.

Mas não é do interesse nacional vivermos ignorados do globo neste cantinho ocidental da Europa. A imagem que predomina de Portugal no estrangeiro (quando existe alguma imagem) é a de um país antiquado, tristonho e simpático. Não é o que mais convém a quem tem de competir internacionalmente e precisa de atrair turistas e investidores.

Ficamos satisfeitos por Cristiano Ronaldo ou José Mourinho se tornarem celebridades. Mas não chega. De vez em quando gastam-se milhões em propaganda colocada em jornais e revistas de outros países. No entanto, ignoram-se os correspondentes estrangeiros que estão entre nós e que, de forma mais eficaz e bem mais barata, poderiam contribuir para uma maior projecção de Portugal no mundo.

Na recente sessão comemorativa dos 30 anos da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal - realizada, não por acaso, na Fundação Mário Soares - foi chocante ouvir o que vários correspondentes contaram sobre a maneira como os poderes públicos os ignoram e marginalizam. Desde a dificuldade de acesso destes correspondentes (que trabalham em regra isolados) aos membros do Governo e a altos dirigentes do Estado, blindados por assessores que nem sempre os atendem ao telefone nem respondem às suas chamadas, até à exigência corrente de exigir o envio de um e-mail para as mais singelas perguntas (como saber a hora de uma conferência de imprensa) não faltaram exemplos raiando o absurdo.

A excepção terá sido um secretário de Estado do Turismo, Alexandre Relvas, que percebeu as vantagens de convidar um grupo de correspondentes estrangeiros para uma viagem no Douro, em vez de comprar caríssimas páginas de publicidade na imprensa internacional. Até porque as pessoas acreditam mais em artigos de jornalistas do que em anúncios. Mas também se falou da jornalista de uma agência alemã que esperou em vão dois meses e meio por uma entrevista com um responsável pelo turismo, acabando por ser presenteada com um folheto relativo ao programa turístico... do ano anterior.

Não dar importância aos correspondentes estrangeiros revela uma razoável dose de estupidez. Não aproveitamos o interesse desses jornalistas pelo nosso país, ao não os ajudarmos a produzirem histórias capazes de levarem os respectivos órgãos de comunicação social a publicá-las.

Mas essa atitude revela também o provincianismo português. O nosso pequeno mundo circunscreve-se às trapalhadas da política nacional, ao futebol doméstico e a pouco mais. Adoramos que os estrangeiros digam bem de nós e até os tratamos com simpatia, mas fechamo-nos na nossa concha.

Décadas e décadas de isolamento internacional deixaram a sua marca, claro. Mas, de um modo geral, os portugueses que emigraram integraram-se bem noutros ambientes e noutras culturas. Mostraram uma abertura ao diferente que já se manifestara nos Descobrimentos. Só que nós somos descendentes dos que ficaram por cá...

Esta mentalidade fechada e provinciana é fatal num mundo onde os transportes e comunicações progrediram vertiginosamente. No passado, ela trouxe duas consequências aparentemente opostas: um complexo de inferioridade perante tudo o que é estrangeiro (automaticamente valorizando o que se faz "lá fora") e a rejeição dos "estrangeirados", isto é, dos que pretenderam modernizar Portugal. No presente, o provincianismo dificulta a nossa afirmação económica e cultural num mundo cada vez mais globalizado. Implica ficarmos à margem.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Francisco Sarsfield Cabral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PS JÁ TEM ARGUMENTÁRIO CONTRA M.F. LEITE

«Mas a prudência socialista não significa, é claro, qualquer alheamento do que se passa no PSD. Prova disso é que o argumentário contra Ferreira Leite está já desenhado, quase tanto como o que já é aplicado nas discussões com outro dos candidatos - Pedro Santana Lopes.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Nem é difícil, o único argumento de M.F.L. é o défice que com ela aumentou.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo Alberto.»

CARRIS VAI ALUGAR AUTOMÓVEIS

«O aluguer de automóveis ligeiros sem motorista por curtos períodos de fracções mínimas de uma hora é a nova aposta da empresa transportadora Carris de Lisboa, que será lançada durante a Semana da Mobilidade, em Setembro. O objectivo é "melhorar a mobilidade em Lisboa e retirar trânsito do centro da cidade", explicou ao DN fonte da empresa. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Isto é a perversão de uma empresa de transportes públicos e o mais curiosa é o argumento, é para tirar automóveis do centro da cidade. Eu diria que é para fazer concorrência desleal às empresas privadas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Carris quanto é que a brincadeira vai custar ao Estado.»

BANDEIRAS TIBETANAS "MADE IN CHINA"

«La Policía ha descubierto en el sur de China una fábrica que se dedicaba a fabricar banderas de Tíbet libre.

La empresa, situada en la provincia de Guangdong, había estado realizando pedidos del Gobierno tibetano en el exilio sin darse cuenta.» [20 Minutos]

TIQUE SANTANISTA NA POLÍTICA FISCAL DO GOVERNO

A Comissão Europeia advertiu o governo português para a previsibilidade de agravamento do défice orçamental em 2009 em consequência do abrandamento do crescimento económico e da diminuição da taxa do IVA. [Diário Digital]

O Primeiro Ministro garantiu já que não, que a sua política de contenção do défice vai continuar, [Diário Digital]. Dois dias antes, na capital do móvel, o seu Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais anunciou como provável uma segunda descida da taxa do IVA ainda para este ano, porque estava optimista com a execução orçamental. Há qualquer coisa que não bate certo na política de comunicação do governo e anda no ar um certo aroma santanista.

MASSIMILIANO UCCELLETTI

SABC RADIO