Não surpreende mais uma goleada. Não – como já havia explicado após a primeira mão – que este Hertha seja tão fraco como se vende por aí, mas porque, não só o Benfica é superior, como tinha, na circunstância específica, todas as condições para acentuar ainda mais esse desequilíbrio qualitativo. Motivo principal? A antecipação do tal jogo com o Leiria. Graças à folga no fim de semana, o Benfica teve todas as condições para se apresentar fresco e forte no jogo. Ao contrário do Hertha, que esteve, na Luz, bem abaixo do que havia sucedido há menos de 1 semana. Fica mais um marco do poder encarnado em 09/10, com uma exibição plena de qualidade e que serve de aviso, mais um, para todos aqueles que ainda visitarão a Luz nesta temporada...
Caberá a Jesus o desafio de ser capaz de gerir esta problemática e encaminhar a equipa para um rendimento que consiga os melhores resultados. Perceber que “melhores resultados” não é sinónimo de “maiores goleadas” talvez seja o inicio da solução...
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Na máxima força
Jogar na “máxima força”, para este Benfica, não implica forçosamente ter toda a gente disponível. Implica, isso sim, ter alguns dos mais fundamentais no onze e... a 100%. Foi isso que se viu, por exemplo, com Aimar e Di Maria, rapidissimos na reacção e capazes de emprestar ao jogo grande intensidade e capacidade de desequilíbrio. Por isso, pode perfeitamente dizer-se que este foi um Benfica na “máxima força” aquele que se apresentou frente ao Hertha. A consequência? Um futebol fortíssimo e num ritmo transcendente para as possibilidades dos alemães.Um Hertha adormecido
O aviso para quem visita a Luz é claro. Ou o jogo é bem preparado e a equipa se apresenta pronta para fazer, bem, o que precisa, ou então o mais provável é ser... atropelada. Foi isso que aconteceu com o Hertha. Na verdade, não era possível exigir-se muito para uma equipa que jogava o 3º jogo em 5 dias, mas também parece evidente que os jogadores não aprenderam muito do que conseguiram na primeira mão. É que se o Benfica esteve muito mais forte e intenso, o Hertha não soube encaminhar o jogo nas oportunidades que teve para o fazer. A ideia teria de passar sempre por uma tentativa de iniciar as jogadas de forma longa e preparando as segundas bolas, para evitar que o Benfica subisse e pressionasse. Isso não foi feito e, como se não bastasse, a equipa demorou sempre tempo demais a subir no campo, acabando por facilitar a tarefa do Benfica, que tentava encostar os alemães. Assim... 4 foram poucos.Aimar e a sobrecarga competitiva
É certo que a melhoria foi colectiva, mas há uma individualidade que, por motivos já amplamente explicados, faz toda a diferença: Aimar. O 10 é a personalização da própria equipa, quer no seu potencial, quer naquela que é a grande ameaça para a recta final: a sobrecarga competitiva. Quando o Benfica joga apenas 1 vez por semana, e volto a este tema, tudo é perfeito. Todos são capazes de jogar no seu pleno, lúcidos e rápidos no pensamento, e com o seu 10, peça vital em todos os momentos do jogo, na plenitude das suas capacidades. Quando há mais jogos... a diferença vê-se, quer em Aimar – tantas vezes mesmo indisponível – quer na generalidade da equipa.O problema, está bom de ver, é que a época vai ser decidida em semanas que, na sua maioria, terão duas competições e onde não dará para grandes poupanças.Caberá a Jesus o desafio de ser capaz de gerir esta problemática e encaminhar a equipa para um rendimento que consiga os melhores resultados. Perceber que “melhores resultados” não é sinónimo de “maiores goleadas” talvez seja o inicio da solução...
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