O 0-0 numa primeira mão, é melhor para quem joga em casa ou para quem joga fora? A pergunta, no fundo, compara a vantagem entre o factor casa e a regra dos golos fora. Enfim, é uma dúvida que tem resolução simples, bastando ver o que aconteceu nas eliminatórias que terminaram com 0-0 ao fim dos primeiros 90 minutos. Não tenho a resposta, mas imagino que, como nenhum outro resultado, deixe tudo igual para a segunda mão.
Qualquer eliminatória que envolva o Barça, nos dias que correm, tem como principal ponto de interesse perceber que tipo de dificuldades poderá o seu adversário causar e, no limite, se haverá hipótese de surpresa. A questão da comparação qualitativa não se põe, pura e simplesmente. O Milan não é excepção, e nesse sentido não estranhará que, mesmo em San Siro, fosse sempre o Barça a estar mais perto da vitória, ainda que, em qualidade, as oportunidades tenham surgido para os dois lados.
Já me referi ao interesse desta competição, para além da qualidade, pela possibilidade de vermos em confronto culturas de jogo muito diferentes. E esta eliminatória, permite-nos isso mesmo, ver um choque de culturas em termos tácticos. Em especial, no Milan, sobressai a forma como corta a profundidade e junta à linha de quatro uma outra, de três. Não é uma estrutura muito comum, mas é altamente característica desta formação, sendo apresentada há já vários anos. O futebol italiano tem esta característica, de não arriscar muito na altura do seu posicionamento mas, por outro lado, de não trazer muita gente para trás da linha da bola. A linha de 3 do Milan pretende precisamente fazer o que a maioria das equipas faz com 4 ou 5 jogadores, reservando com isso mais gente para o golpe mortal da transição.
Se o jogo da fase de grupos for uma antecipação fiel daquilo que vamos ver na segunda mão, então não restam muitas esperanças ao Milan. É que apesar do empate final, o Barcelona foi avassalador nesse jogo. Em particular, nesse decisivo momento da transição defesa-ataque, o Milan foi incapaz de tirar partido dos homens que deixava à frente da bola, sendo encurralado por um Barcelona que se adaptou estruturalmente na reacção à perda, nomeadamente em relação à sua última linha, onde se mantiveram quase sempre 3 unidades, em vez de 2 como acontece na generalidade dos jogos da Liga espanhola. Depois, em relação à linha de 3 médios do Milan, as dificuldades de controlo da largura também emergiram, sendo o movimento de superioridade de Dani Alves aquele que naturalmente mais parece fragilizar esta estrutura dos italianos.
A decisão da eliminatória passará muito pela resposta das equipas a estas nuances, que não deverão manter as orientações base, ainda que me pareçam prováveis algumas diferenças...
Qualquer eliminatória que envolva o Barça, nos dias que correm, tem como principal ponto de interesse perceber que tipo de dificuldades poderá o seu adversário causar e, no limite, se haverá hipótese de surpresa. A questão da comparação qualitativa não se põe, pura e simplesmente. O Milan não é excepção, e nesse sentido não estranhará que, mesmo em San Siro, fosse sempre o Barça a estar mais perto da vitória, ainda que, em qualidade, as oportunidades tenham surgido para os dois lados.
Já me referi ao interesse desta competição, para além da qualidade, pela possibilidade de vermos em confronto culturas de jogo muito diferentes. E esta eliminatória, permite-nos isso mesmo, ver um choque de culturas em termos tácticos. Em especial, no Milan, sobressai a forma como corta a profundidade e junta à linha de quatro uma outra, de três. Não é uma estrutura muito comum, mas é altamente característica desta formação, sendo apresentada há já vários anos. O futebol italiano tem esta característica, de não arriscar muito na altura do seu posicionamento mas, por outro lado, de não trazer muita gente para trás da linha da bola. A linha de 3 do Milan pretende precisamente fazer o que a maioria das equipas faz com 4 ou 5 jogadores, reservando com isso mais gente para o golpe mortal da transição.
Se o jogo da fase de grupos for uma antecipação fiel daquilo que vamos ver na segunda mão, então não restam muitas esperanças ao Milan. É que apesar do empate final, o Barcelona foi avassalador nesse jogo. Em particular, nesse decisivo momento da transição defesa-ataque, o Milan foi incapaz de tirar partido dos homens que deixava à frente da bola, sendo encurralado por um Barcelona que se adaptou estruturalmente na reacção à perda, nomeadamente em relação à sua última linha, onde se mantiveram quase sempre 3 unidades, em vez de 2 como acontece na generalidade dos jogos da Liga espanhola. Depois, em relação à linha de 3 médios do Milan, as dificuldades de controlo da largura também emergiram, sendo o movimento de superioridade de Dani Alves aquele que naturalmente mais parece fragilizar esta estrutura dos italianos.
A decisão da eliminatória passará muito pela resposta das equipas a estas nuances, que não deverão manter as orientações base, ainda que me pareçam prováveis algumas diferenças...
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