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terça-feira, 8 de agosto de 2017

SERVIÇOS PÚBLICOS NÃO RESPEITAM UTENTES

Serviços públicos sem respeito pelos utentes
(Publicado no semanário O DIABO em 170808)

O cidadão portador do Cartão nº 03749056 7ZX5, residente em Runa precisou de ir a Lisboa no dia 13 de Julho de 2017. Habituado a usar de pontualidade, com o significado de «estar a horas», estava na estação da CP de Runa às 07h30 para tomar o comboio com paragem prevista no horário para as 08h13, com chegada prevista ao Rossio às 09H59.

O comboio chegou a Runa às 08h50 (com atraso de 37 minutos). Chegou ao Rossio às 10h57, isto é, cerca de 1 hora mais tarde do que que o previsto.

No regresso, o referido cidadão não conseguiu chegar a Sete Rios a tempo de tomar o comboio que passou às 16h44. E, como o comboio seguinte partia de Meleças às 18h35 teve de se deslocar para esta estação, tendo queimado cerca de duas horas no percurso e no cais e embarque, sem comodidade adequada a tão longa espera.

Os horários não estão de acordo com os interesses da generalidade dos utentes, com intervalos muito variáveis e, por vezes exagerados. Por outro lado, os planos feitos pelos cidadãos para os seus deslocamentos não podem ser elaborados com fiabilidade devido a atrasos frequentes na circulação dos trens.

Alguns comboios utilizados nesta linha (do Oeste) têm os vidros de tal maneira pintados que a sua opacidade não permite ver os nomes das estações em que vão parando, o que dificulta aos utentes sair na estação que lhes interessa. E não existe qualquer meio de comunicação a informar qual é «a próxima estação».

Na quinta-feira seguinte, dia 20, o comboio que seguia para Caldas da Raínha, devia, pelo horário parar às 7h10, mas apenas chegou às 7h35 (25 minutos de atraso). O que seguia para Meleças chegou a horas mas, na estação seguinte, Dois Portos, esteve parado mais de 20 minutos, o que se repercutiu num atraso desagradável na chegada ao Rossio.

E, no regresso a partir de Sete Rios que estava previsto no horário ser às 16h44 teve um atraso de 6 minutos, que foi sendo aumentado nos anúncios sonoros, para 10, 20, 27 e 30 minutos. A confusão gerada pelos anúncios, quase sobrepostos a outros, perturbou a atenção e o passageiro perdeu-o e teve que tomar outro comboio para Meleças, de onde partiu às 18h38, quase DUAS horas após ter comprado o bilhete.

No dia 27, o bilhete foi comprado em Sete Rios às 15H49. Às 17h05, depois de muita espera em Meleças, era hora de partir, mas os passageiros que aguardavam foram avisados por um funcionário da CP de que essa viagem não se ia realizar e que teríamos de esperar algum tempo pela seguinte. Às 18h36 o comboio iniciou a viagem, isto é, 2h47 após ter sido obtido o bilhete. As pessoas reclamavam e o funcionário respondia que a bilheteira já estava fechada e podiam entregar reclamação por escrito no dia seguinte. Alguns passageiros ligavam para casa a fim de informar do atraso da chegada, para não estarem preocupados.

Os responsáveis pela CP e os governantes responsáveis pela defesa dos cidadãos devem prestar a devida atenção aos casos referidos e a outros que possam contribuir para um melhor serviço a prestar aos cidadãos. Pensa-se que o investimento em tais medidas será recuperado pelo aumento de utentes atraídos pela maior comodidade deste meio de transporte que é menos poluente do que os rodoviários.

É urgente que as entidades responsáveis actuem eficazmente em defesa das populações do Oeste que precisam de utilizar esta linha. Tal como está a funcionar, É UMA VERGONHA.

António João Soares
1 de Agosto de 2017

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Greve na CP e contradições de alto nível

Poderá haver exageros e falta de rigor nos títulos das notícias dos jornais mas, provavelmente, as entidades supostamente responsáveis no sector, aos vários níveis, não estarão isentas, mesmo que imunes e impunes como é tradição.

Em 30 Mai às 14-27, surgiu o título Finanças garantem que já deram aval a acordo que motivou greve na CP.
Em 31 às 09-00, CP pede fim das greves mas nega ter aval sobre regime de excepção, parecendo haver contradição com a «garantia» dada pelas Finanças no dia anterior.
38 minutos depois, A contradição toma forma e CP convoca sindicatos para discutir polémico fax enviado pelas Finanças.
No mesmo dia, às 13-17, Ministro dos Transportes recebe administração e sindicatos da CP.
Menos de seis horas depois, Trabalhadores da CP anunciam manutenção das greves após reunião com o Governo.

Isto faz pensar em deficiências na definição de autoridade dos ministérios envolvidos, em fantasia no uso da palavra «garantia», em carência de clareza no diálogo ao ponto de não haver entendimento e, sobretudo, em geral desrespeito pelos direitos dos portugueses que usam os transportes da CP.

Estará a parte administrativa da CP bem organizada? Terá apenas o pessoal necessário, em todos os níveis, ao funcionamento da sua burocracia (que deve ser simples e eficaz), haverá boa definição das tarefas de cada pessoa, a começar pelo topo da administração? Serão os salários e outras mordomias ajustados ao trabalho exigido? Haverá um sistema justo de avaliação do desempenho? As normas disciplinares são aplicáveis a todos sem excepção nem adiamentos?

Estes requisitos não são utópicos e devem ser tidos em conta por se tratar de empresa que funciona com dinheiro dos portugueses para servir os portugueses.

Imagem do Google

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