“Discutir gostos é tempo perdido; não é belo o que é belo, mas aquilo que agrada.”
Carlo Goldoni
Vivemos um tempo de exageros. De excessos: na produção, no consumo, nas atitudes. Nas artes também. Há obras a mais. Obras de qualidade muito duvidosa e, no entanto, com grande impacto social, mercê, talvez, da cultura do marketing que promove tudo, independentemente da qualidade do produto. E há gente para tudo. Para todos os gostos. Nunca como hoje tantos tiveram acesso ao saber, contudo, o mau gosto predomina em todo o lado. É o mundo Kitsch. O nosso mundo.
Estas imagens retratam trabalhos de 2003 já esquecidos nesta maré de obras e que surgiram tendo por base o brinquedo. Aqui procurei criar um espaço definidor de um tempo e de um modo. Para mim a pintura é a expressão de um momento vivido e sentido e, é isso que me faz continuar a trabalhar nesta imensidão de fenómenos artísticos com e sem orientação. História da Minha Pintura.
E termino com as palavras de Gillo Dorfles extraída do seu livro “Oscilações do Gosto”:
“…moda: é uma preferência efémera por qualquer coisa não apoiada em parâmetros tão sólidos como os que estão na base de um estilo, de uma diretriz epocal.”