sexta-feira, novembro 30, 2007
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terça-feira, novembro 20, 2007
domingo, novembro 18, 2007
(Não posso adiar o amor para outro século)
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
não posso adiar o coração
antónio ramos rosa
sábado, novembro 17, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
quinta-feira, novembro 15, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
Eterno
(...)
Eterna é a flor que se fana
se soube florir
é o menino recém-nascido
antes que lhe dêem nome
e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visista do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fracção de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata
é minha mãe em mim que a estou pensando
de tanto que a perdi de não pensá-la
é o que se passa em nós se estamos loucos
é tudo que passou, porque passou
é tudo que não passa, pois não houve
eternas as palavras, eternos os pensamentos; e passageiras as obras.
(....)
Carlos Drumond de Andrade,
in "José Fazenddeiro do Ar - Novos poemas"