Quando caída ao solo
cinza e sem brilho,terei o prazer descontente
de flutuar
nos encantos do inconsciente.
Verei que nada sou
e que nada fiz.Amarei o azul
que será verde,
que deixará de ser verde
e que nada será.
Com os olhos não diáfanos
e a boca seca,
poderei ser alguém
que jamais será lembrada
por meu versos.
Meus versos, cairão
em um livro ou CD
talvez esquecido
na prateleira
de uma estante, qualquer.
Mesmo assim,não morrerei de tristeza.
Janice Adja
"Plágio é crime e está no Artigo 184 do Código Penal".
Portal Para a Morte
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
140- Numa Estante Estarei
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
69 - Liberdade
Não sei pra que.Só sei que tenho que ir e vir.Caminhando pé ante pé.Pé limpopé sujopé gordo quando chegopé magro quando acordopé do manguepé descalçopé cansadopé no sapatopé, pé, pé, . . .Eles me levame são os mesmos que me trazem.Cheios de calosespinhosfungosfrieirasunhas cravadascalcanhares rachados, . . .são meus pés.Eles estão aqui.São meus pés.Testemunha da minha jornada.Companheiros das caminhadas.São fiéis.São meus pés.E não empresto.Nas pedras pontiagudasnas lamas imundasnas ladeiras em Olindabanhados em límpidas águasdançando nas frenéticas festasem todos meus movimentos.São eles. . .são meus pés.Em calçados desconfortáveisou até mesmonas famosas "havaianas".São meus pés.É minha idaé minha vinda.São meus pés Livres.São meus pés "Free".São meus pés "Librés".São meus pés livresem qualquer idioma.Janice Adja"Plágio é crime e está no Artigo 184 do Código Penal".
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
111 - Lucerna
que alimenta minha alma,
que reduz meu ódio
que deixa meu coração lhano,
e isola meus pensamentos pestíferos.
Eu na metamorfose,
transformo-me
ridicularmente em um ser sentimental.
E neste microcosmo selvagem,
tento permear e desaparecer
em seu coração iterativo.
Completamente hirto!
Ausente de sentimentos,
forte na tirania e empecilhos.
Porém,
lasso em cultivar o amor.
Janice Adja
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Coveiro da Humanidade - 120
de majestade sanguinária.
para onde levas o cortejo
da humanidade enlutada e nua?
Um verme em um canto lascivo
sorrindo sarcasticamente
cumprimentas os corpos nulos.
Apalpas os pesadelos da maldade,
beijas a fé de onde vem e...
não sabes para onde vais.
De costas entra no céu.
Astuto,
de frente tens que sair.
Para não ser tragado
pela dor acatarroada,
da tísica vida
que te tapume.
Janice Adja
" Plágio é crime e está previsto no Artigo 184 do Código Penal."
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Brincando no Escuro - 164
Lacro junto ao meu silêncio,
minhas pupilas não gentis.
Meu corpo entre concreto
já não é mais o mesmo.
Penso que nada mais existe,
que morrer, não é tão fácil quanto pensei.
Aperto mais e mais as pálpebras,
faces se transformam em monstros.
Sinto meu corpo metamorfosear-se:
da vida, a pedra do caminho,
da vida eterna, a alma
congelada em fogo lasso.
Tento abrir meus olhos,
a luz solar me é negada pela fadiga.
Da lucerna, uma visão.
A ilusão das visões dos sonhadores.
Nesta escuridão mortífera,
vultos gelatinosos sofrem mudanças.
Agregados, impostos pela razão,
anunciam o fim do presságio.
Janice Adja
"Plágio é crime e está previsto no Artigo 184 do Código Penal".
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