"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)
domingo, 11 de agosto de 2013
Ver o mundo por meus próprios olhos
Já faz tanto tempo
E preenchemos esse espaço
Em detalhe, atento
A deixar de lado o cansaço
Fosse o que fosse
Mil caminhos dariam num só
O velho que amou-se
É um passado esquecido no pó
Ao encarar a realidade
Tentei e juro o quanto tentei
Encontrar outra verdade
E dizer ao mundo que sim eu errei
Voltar talvez fosse opção
Repeti mil vezes sim
Encarei sem coragem o não
Estranho, tão estranho, por fim
Já faz tanto tempo
Tanto tempo perdido
Desperdiçado em momento,
Pessoa, sonho, sentido
E como quem por fim encontra
Uma pequena porção da verdade
Olho pra vida que agora apronta
Pra trilhar sua própria liberdade
Hoje tudo é sonhar na doce companhia
Do que acontece e só isso
Pra viver outra e nova poesia
Incompreendido num novo compromisso:
Ver o mundo por meus próprios olhos
Ítalo 11/08
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