São duas linhas paralelas
Gosto de imaginar que elas se tocam
No infinito…
Lá elas são livres e dançam
Algo inimaginável, absolutamente
Sem sentido...
É como apreciar o outro canto do universo
Suas mudas explosões de cores diversas
Imagino os deuses em cores e verso
Em um carnaval que pelas ruas se dispersa
E de repente imagino que o poeta sou eu
Ou que a orquestra toca pra mim
Que o jardim mais bonito é o meu
Que não existe e nem existirá fim
Penso e como não pensaria,
Pularia da primavera ao outono
Viveria esse sonho, como em poesia
Voltaria, num comum acordo, sem abandono
Eu iria tão alto, ao topo do mundo
Veria o céu, mas voltaria pra terra
Seria intenso, profundo,
Mas como tudo que hora se encerra
Imagino como seria se um só sorriso
Refletisse toda a sorte de pensamentos
Não
E é tão óbvio que não pode ser real
Mas eu não deixo de imaginar
Como seria lindo
Ítalo
08/11/13