Foto: Divulgação.
Publicado originalmente no Portal Infonet/Cultura, em
29/08/2014.
Caceteiras do Mestre Rindú encerra programação
O grupo é formado por homens, mulheres e crianças
Mais uma edição do ‘Agosto: mês das culturas da gente’ foi
encerrado hoje no Museu da Gente Sergipana. Realizado pelo Instituto Banese e
pelo Governo do Estado, com a promoção do Museu da Gente Sergipana e apoio do
Café da Gente, o evento, que faz uma homenagem ao mês do folclore, trouxe
diferentes atividades para o museu. Depois de rodas de conversa com mestres
sergipanos, oficinas de samba de coco e de brincadeiras populares, e
apresentações teatrais, foi a vez do grupo cultural ‘Caceteiras do Mestre
Rindú’, do município de São Cristóvão, alegrar o público presente.
O grupo, formado por homens, mulheres e crianças, tem como
principal característica a dança de roda. Com o ritmo mais apurado, percussivo
e envolvente, a dança assemelha-se ao samba de coco, o que fez o público dançar
na tarde desta sexta-feira, 29. Regina Damasceno, estudante de turismo, era uma
das mais animadas ao entrar na roda para dançar com o grupo. “É contagiante
vê-los dançando, acho super importante essa valorização da cultura sergipana.
Venho acompanhando todo o ‘Agosto: mês das culturas da gente’. Acho o trabalho
do Museu da Gente Sergipana e do Instituto Banese de suma importância para o estado
de Sergipe”, disse a estudante.
Existente há mais de 100 anos, as ‘Caceteiras do mestre
Rindú’ foi criada no povoado Apicúm Merengue, no município São Cristóvão. Todo
ano a primeira apresentação do grupo acontece durante a noite do dia 31 de
maio, na Praça São Francisco, localizada no município. As danças são uma
maneira de homenagear os santos do ciclo junino: São João, Santo Antônio, São
Pedro e São Paulo. O grupo é composto por crianças e adolescentes de várias
idades que aprendem com os mais velhos a dança e a importância da preservação
dessa cultura. Maria Clara, de 8 anos e Kethleem Santos, de 10 anos, dançam
junto das suas avós e são alguns dos exemplos desse aprendizado. “Eu gosto
muito de dançar e aprendi com a minha avó desde que eu era menor. Adorei essa
apresentação, foi muito legal conhecer o Museu e poder dançar aqui”, disse
Kethleem.
Sob o comando do mestre Rindú e da senhora Acácia dos
Santos, as ‘Caceteiras do Mestre Rindú’ dançam e cantam diversas cantigas
conhecidas como “ô de casa, ô de fora, ô de casa, ô de fora, Maria vai ver quem
é, Maria vai ver quem é”. Segundo Dona Acácia é muito difícil manter essa
tradição, mas eles fazem o máximo para passar dos pais para os filhos esta
cultura para que ela nunca acabe. “Eu tenho 5 netas no grupo e elas gostam de
dançar. É muito importante que elas levem isto adiante”, disse ela. Dona Acácia
completou dizendo que gostou muito de conhecer o Museu e de poder se apresentar
no local, e que espera poder vir mais vezes.
Para o diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese,
Marcelo Rangel, a realização do ‘Agosto: mês das culturas da gente’ é mais uma
maneira de valorizar a cultura sergipana, apresentando e estimulando aqueles
que fazem essa cultura de forma simples e tão bela. “Cada vez mais temos
certeza de que estamos no caminho certo ao realizar um trabalho de valorização
da cultura popular e de aproximação dessas pessoas simples que fazem a cultura
popular do restante da sociedade. Trazer o encanto dessa cultura para as
pessoas, valorizar a identidade cultural e aproximar a tecnologia da cultura e
a cultura da tecnologia é uma forma de valorização que a gente tem desempenhado
com muita dedicação”.
Fonte: Instituto Banese.
Foto: Divulgação.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura