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sábado, 9 de abril de 2011
Tavira, uma história de amor
Reza a lenda, e como todas as lendas de lenda não passa, que na altura da ocupação muçulmana existia um rei mouro em Tavira cuja filha se chamava Séqua. Também se conta que na altura da conquista cristã do reino do Algarve existiu um belo cavaleiro chamado Gilão. O cavaleiro Gilão conheceu a princesa Séqua e ... apaixonaram-se. Mas não era um amor qualquer, apaixonaram-se perdidamente. Viviam no sobressalto dum amor proibido, uma princesa moura e um cavaleiro cristão. Mas como o amor é mais forte do que um trovão, os amantes encontravam-se secretamente, todas as madrugadas, em cima da ponte que une as duas margens do rio de Tavira. Houve alguém de uma das facções que descobriu. Numa das madrugadas, o cavaleiro Gilão e a princesa Séqua encontravam-se mais uma vez em cima da ponte quando foram surpreendidos por ambas as facções, numa das margens do rio, a facção militar cristã e, na outra margem do rio, a facção militar moura. O cavaleiro e a princesa ficaram aterrorizados ao serem descobertos, porque sabiam que iam ser acusados de traição, então dramaticamente puseram fim às suas vidas. A princesa Séqua atirou-se para um dos lados da ponte e o cavaleiro Gilão atirou-se para o outro lado da ponte. Segundo a lenda, ainda hoje vagueiam no rio. Assim se explica que um mesmo rio tenha dois nomes: Séqua de um dos lados da ponte e Gilão (um nome gingão) do outro lado da ponte. Gilão e Séqua são afinal as mesmas águas e Tavira o fruto do seu grande amor.
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