Texto de António Marques Bessa (contra-capa)
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Texto de António Marques Bessa (contra-capa)
SINAL STOP ! PARAR PARA PENSAR ...
3 de Dezembro de 2007, Lisboa
Debate integrado na reunião ministerial dedicada à política europeia de e-inclusão
Organização: Comissão Nacional Portuguesa do ICOM
Informações e contactos:
Apartado 141441050-998 Lisboa
info@icom-portugal.org
http://www.icom-portugal.org/
Fonte: Site Rede Portuguesa de Museus
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Embora não sendo nem católica (excepto de nascimento e de tradição), nem protestante (excepto por algumas leituras e influências de alguns grandes exemplos), nem mesmo cristã no sentido pleno do termo, nem por isso me sinto menos levada a celebrar esta festa tão rica de significados e o seu cortejo de festas menores, o São Nicolau e a Santa Lúcia do Norte, a Candelária e os Reis. Mas limitemo-nos ao Natal, esta festa que é de nós todos. Trata-se de um nascimento, de um nascimento como todos deveriam ser, o de uma criança esperada com amor e respeito, trazendo em si a esperança do mundo. Trata-se dos pobres: uma velha balada francesa canta Maria e José procurando timidamente em Belém uma hospedaria para as suas posses, sempre desprezados em favor de clientes mais ricos e reluzentes e por fim insultados por um patrão que “detesta a pobralhada”. É a festa dos homens de boa vontade, como dizia uma admirável fórmula que infelizmente já nem sempre se encontra nas versões modernas dos Evangelhos, desde a serva surda-murda que ajudou Maria no parto até ao José aquecendo fraldas do recém-nascido diante do pequeno fogo, aos pastores, cobertos de sebo mas julgados dignos das visitas dos anjos. É a festa de uma raça tantas vezes desprezada e perseguida, porque é judeu o recém-nascido do grande mito cristão ( falo do mito com respeito, e emprego a palavra no sentido dos etnólogos modernos, significando as grandes verdades que nos ultrapassam e de que precisamos para viver.)
É a festa dos animais que participam no mistério sagrado desta noite, maravilhoso símbolo de que São Francisco e alguns outros santos sentiram a importância, mas que os cristãos comuns desprezam, não procurando nele inspiração. É a festa da comunidade humana, porque é, ou será dentro de dias, a dos três Reis cuja lenda quis que um fosse preto, alegoria viva de todas as raças da Terra levando ao Menino a variedade dos seus dons. É a festa da alegria, mas também da dor, pois que a criança hoje adorada será amanhã o Homem das Dores. É enfim a festa da própria Terra, que nos ícones da Europa do Leste vemos tantas vezes prosternada à entrada da gruta onde o Menino nasceu, a mesma Terra que na sua marcha atravessa nesse momento o ponto do solstício de inverno e nos arrasta a todos para a primavera. Por esta razão, antes que a Igreja tivesse fixado o nascimento de Cristo nesta data, ela era já, nos tempos antigos, a festa do sol.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
São de granito estas pedras em que me enrolo (...)
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São " Cursos de água " de Ângela Marques Neste perfil in.completo
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terça-feira, 27 de novembro de 2007
a casa quente
o açúcar em ponto de pérola e as gemas para o pudim do abade
as maçãs reineta cobertas de massa de areia
o chocolate negro negro
para a mousse e o fondant
o vinho quente com especiarias e gomos de laranja
o doce de leite
a porcelana de flor de pessegueiro
e eu sem galhos para acender o fogão
pela tarde vestir-me-ei de negro serei minhota
enfiarei contas de oiro de viana
pendentes de oiro puro, arrecadas
flores na casa quente para honrar os que virão
( ... )
Chama de jasmim. doces de "blue" neste cedo . muito cedo ...
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Colloque 30 novembre 2007
L’Institut national du patrimoine - INP
Auditorium Colbert, 2 rue Vivienne,
75 002 Paris
Au 1er février 2007, 74 États ont ratifié la convention de l’UNESCO sur le patrimoine culturel immatériel. Ce texte élargit la notion de patrimoine aux rites, coutumes, chants, danses et savoir-faire traditionnels et insiste sur l’implication des communautés dans la valorisation de leur patrimoine : il constitue pour nos pays européens un nouveau défi. L’objectif de cette rencontre, qui réunira des spécialistes européens (universitaires, membres d’institutions culturelles), est de développer la réflexion sur ce sujet en confrontant les différentes méthodes de réalisation des inventaires du patrimoine immatériel.
Programa
Comunicado de Imprensa
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
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E ... a propósito de Tags, Taggers , Tagging e outras "etiquetagens" espreite
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
China coloniza África
País cheio de pobres, a China exporta-os para África. Aqui, os Chineses comportam-se como autênticos colonizadores, como os Portugueses, uma forma terrível de colonização, os Africanos são mal tratados por eles. Podemos fazer aos pobres não importa o quê. Se África se enche de Chineses, é claro que Moçambique também. E chegando, levam as matérias-primas. Ora, os dirigentes de Moçambique tiram proveito financeiro desta política - eis o que diz, entre outras coisas, o escritor sueco Henning Mankell, um dos romancistas mais lidos no mundo, que vive há mais de 20 anos com um pé em Moçambique e outro na Suécia, ele, que é genro do grande cineasta Ingmar Bergman (casou-se com Eva Bergman, filha de Bergman, recentemente falecido) e que se prepara para publicar um livro que se vai chamar "O chinês" (com base do trabalho de pesquisa feito na China e em África). Leia aqui, em francês, uma entrevista exclusiva, com o título "O que me revolta", que deu ao Nouvel Observateur (se não sabe francês, use o tradutor que se encontra do lado direito deste diário, logo logo a seguir à galeria de fotos do BUMBzee). E muito obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio da referência.
História esquecida
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Fontes :
(1) O Radical, 19 de Março.
(2) O operariado e a República Democrática, 1910-1914, p. 265.
(3) Carlos Rates, mais tarde fundador do Partido Comunista, era então dirigente da Associação dos Trabalhadores e da União Local de Trabalhadores.
(4) Germinal, 25/2/1911.(5) O Radical, a 27 de Abril.
(6) O Radical de 6/4/1911, “Feminismo – Resposta a uma operária”, p. 2, col. 3.
(7) Às mulheres portuguesas, 1905.
(8) Sessão de 12/5/1912.
(9) Germinal, 10/5/1913.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
O Seminário Internacional Memória & Testemunhos Orais pretende dar a conhecer e discutir o estado da arte em matéria de História Oral, recolhendo experiências nacionais e internacionais.
Esta iniciativa reúne especialistas de diferentes unidades de investigação e visa incorporar conhecimentos e práticas de outras áreas, designadamente da comunicação social, procurando ainda abordar os desafios que a História Oral - Wikipédia suscita nos âmbitos arquivístico e dos direitos de autor.
Programa, Cartaz, Inscrições, em http://www.fmsoares.pt/
Posted in No Mundo dos Museus
entranhei-me no Lawrence's , e fiquei AQUI a peregrinar "" no lugar em que Lord Byron foi um dos seus hóspedes famosos, durante um Verão onda consta ter escrito parte do poema «Childe Harold’s Pilgrimage», com algumas estrofes dedicadas a Sintra. O poeta romântico viu o Glorious Eden, num encantamento igualmente experimentado por Bulhão Pato, Camilo, Herculano, Oliveira Martins ou Ramalho Ortigão. O "variado labirinto de montes e vales" que inflamou o romantismo de Byron, e que Eça descreveu com a mesma paixão, através do olhar de uma personagem de Os Maias: "... E de ali olhava a rica vastidão de arvoredo cerrado, a que só se vêem os cimos redondos, vestindo o declive da Serra como o musgo veste um muro.". Com este espírito me instalei por uns momentos no Lawrence's – onde tudo cheira a história e literatura – o mais antigo hotel da Península lbérica e uma das mais antigas hospedarias da Europa, que tem o privilégio de usufruir essa paisagem única, justamente considerada património da humanidade, e de partilhar sentimentos com alguns dos maiores vultos da cultura dos séculos XIX a XX. Passaram por ali rainhas e chefes de Estado. Ali se deleitou William Beckford. Ninguém pode ficar indiferente perante tal beleza, nem esconder a sensação que ela desperta. E, nesse espaço fascinante, ainda há oportunidade para fruir outros prazeres, designadamente os da boa mesa. Cabe convocar Júlio César Machado ("Machadinho", "Le Petit Machado", "Literato Janota" ou "Folhetimfex Maximus", como lhe apelidou Ramalho), quiçá o mais afamado folhetinista da Lisboa dos finais do século XIX, que confessava: "... Quando quero supor-me em Londres por alguns dias, vou simplesmente para o hotel Lawrence, em Sintra (...). Quando em qualquer terra houver seis hospedarias, e uma delas for inglesa, há-de ser esta onde mais se coma, onde se bebe melhor, onde haja um criado mais activo, a onde mais se conserva o respeito pelo confortable!..."".
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segunda-feira, 19 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
sábado, 17 de novembro de 2007
Haruki Murakami
in 'Kafka à Beira-Mar'
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Segundo foro do Instituto de Estudos das Identidades
Nesta ocasión o tema é Inmigración, Cidadanía e Identidade.
Pódese acceder a el desde o noso sitio www.museodopobo.es ou directamente no enlace http://foro.imaxin.com/ .
En canto rexistrados no primeiro foro non necesitades facelo de novo, e podedes acceder co mesmo nome de usuario e contrasinal do foro anterior.
Por favor, espallade a existencia do foro entre aqueles que poidan estar interesados en participar no mesmo, co fin de acadar a maior participación posible nesta fase virtual.
Oportunamente informaremos da celebración da sesión presencial, prevista para o 12 de decembro.
Materiais para o debate :
Representación criminóxena do inmigrante
José Luis Alba Robles
Galicia: de pobo emigrante a espazo de acollida
Xosé Luis Barreiro Rivas
Inmigración e identidade en Galicia
Miguel Anxo Santos Rego
A inmigración en Galicia. Patróns demográficos e identitarios
Antonio Izquierdo Escribano
Muller, inmigración e identidade
Gema Martín Muñoz
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
" Traduzir-se " de Ferreira Gullar
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terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
domingo, 11 de novembro de 2007
Edward Grieg
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Colhidas, neste verão, num jardim de boa memória.
E ... falámos dela e dos " Brincos de princesa "
Demoradamente
A regar afectos ...
Comuns._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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quarta-feira, 7 de novembro de 2007
En(luto)-me
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Divisão de Museus
Câmara Municipal de Cascais
Rua do Farol - Casa de Santa Maria
2750 - Cascais
Tel. 214815383 - Ext. 4383
917484228
ana.m.pereira@cm-cascais.pt
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Manufacturamos Realidades
Damos comummente às nossas ideias do desconhecido a cor das nossas noções do conhecido: se chamamos à morte um sono é porque parece um sono por fora; se chamamos à morte uma nova vida é porque parece uma coisa diferente da vida. Com pequenos mal-entendidos com a realidade construímos as crenças e as esperanças, e vivemos das côdeas a que chamamos bolos, como as crianças pobres que brincam a ser felizes. Mas assim é toda a vida; assim, pelo menos, é aquele sistema de vida particular a que no geral se chama civilização. A civilização consiste em dar a qualquer coisa um nome que lhe não compete, e depois sonhar sobre o resultado. E realmente o nome falso e o sonho verdadeiro criam uma nova realidade. O objecto torna-se realmente outro, porque o tornámos outro. Manufacturamos realidades. A matéria-prima continua a ser a mesma, mas a forma, que a arte lhe deu, afasta-a efectivamente de continuar sendo a mesma. Uma mesa de pinho é pinho mas também é mesa. Sentamo-nos à mesa e não ao pinho. Um amor é um instinto sexual, porém não amamos com o instinto sexual, mas com a pressuposição de outro sentimento. E essa pressuposição é, com efeito, já outro sentimento.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
Mais Reflexões deste Autor
fotografia Ira Bordo
Ferida pela beleza,
acre cheio de zoológico,
eu vou morrer de prazer pela beleza.
(Possuem todas as folhas
minhas línguas verdes,
e carregada de imagens
bebo no silêncio as ausências todas
com o coração cheio de dardos).
Faz a guerra do amor, monstro sereno,
que do futuro me lembro vagamente
Poema de Olga Savary
sábado, 3 de novembro de 2007
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Ígneo desejo audaz, que em mim sustento,
Mancha o puro candor das mãos mimosas,
Os olhos cor dos céus, a tez de rosas,
E o mais, onde a ventura é um momento.
(...)
in «Obra Completa Volume I * Sonetos»,
Ed. Caixotim (extracto Soneto 9)
Bocage
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007
in Memórias fotográficas
Não me acordes
A noite deita-se comigo
na fenda do tempo
Os dedos do luar
penteando os cabelos do sonho
Oh, meu amor
podes passar pelo meu sonho
podes ficar no meu sonho
mas não me acordes
yao jingming
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Entre Eros e Tanatos - Tudo o que somos ... neste livro que se recomenda
" Pormenor do altar do Arco de Sant`ana, Porto " - Fotografia de Sérgio Jacques
imaginário feminino e identidade
Por Egle Pereira da Silva - eglesilva@hotmail.com
Esta reflexão toma como ponto de partida o livro "Como Água Para Chocolate", da escritora mexicana Laura Esquivel e os conceitos de carnavalização de Mikhail Bakhtin, morte de Philippe Ariès e erotismo em Bataille para questionar o papel da família e de certas tradições e costumes milenares na construção das identidades e do imaginário feminino, traçando um breve perfil da história e das festas mexicanas, como forma de identificação da cultura nacional e da própria mulher, que restrita ao espaço da cozinha tem no alimento o resgate de sua sexualidade.
http://www.cfh.ufsc.br/fazendogenero/grupos/grupos48.htm
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