quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pareço boa mãe mas...



Junto com um filho nasce uma mãe. 
Junto com esta mãe nasce uma profusão infinita de dúvidas sobre a maternidade e tudo que ela envolve.
Antes do Dr. Google, dos grupos no Facebook, dos blogs maternos, das revistas especializadas, o que nossas ancestrais faziam? Elas aprendiam com as mães, tias, avós, vizinhas, amigas. Conhecimento testado,  
com uma dose de sabedoria, outra de crendice, mais uma pitada de tradição, outra de "ouvi falar que funciona". E de fato, muitas dessas dicas são preciosas e funcionam. O xarope de agrião é bom mesmo! Aprendi com minha amiga Angela, que aprendeu com sua mãe. 

Você já deve estar se perguntando porquê aquele título e o texto não combinam, não é mesmo? Cadê o nexo, Ana? Calma, minha gente, já chego lá.

Ser mãe não é fácil. Mas também não é um TCC de fim de pós doutoramento. Lidar com esses seres mágicos chamados filhos é a melhor aventura que Deus nos deu. É o maior trabalho e a maior diversão* da vida.
Vejo tantas polêmicas, as pessoas se enfrentando em discussões intermináveis acerca de parto, aleitamento, hora de ir para a escola, onde dormir, o que comer, que brinquedo comprar, etc e tal.
Regra nessas polêmicas é apenas uma: eu estou certa e a cambada que não pensa como eu, tá no sal.


Sabe qual é a regra que vale a pena ser seguida?
Aquela que funciona na sua família.
Filho não vem com manual de instruções*. Nem mãe! A gente aprende testando, errando, acertando assim como fizeram as nossas mães, avós, tias. A diferença é que hoje temos mais informações, mas nem sempre ter mais é ter o melhor. Mais, às vezes, pode ser torturante e confuso.


Pareço boa mãe mas... Faço experimentos com meus filhos.
Testo dicas que acho que podem ajudar, seleciono do que ouço, leio, ou vejo, o que pode ser útil na minha casa. Foi assim que fui achando meu jeito de ser mãe, juntando e peneirando a tradição e sabedoria das que já viveram isso, com dicas de mães "novas"  para lidar com situações que não existiam a poucos anos.


Leio sobre jeitos de educar e criar crianças para achar o meu jeito. Li estes livros e de cada um deles fui adaptando o poderia ser usado na minha casa. Algumas experiências deram certo ( como o método para fazer o bebê dormir sozinho e a noite toda da Tracy Hogg), outras nem tanto, mas serviram de aprendizado.



FILTRE.
Use o seu BOM SENSO. 
TESTE se achar que vale a pena. Você conhece seu(s) filho(s) mais do que qualquer outra pessoa no mundo.
Ser mãe é divertido, não é para ser sofrido, dolorido.
Menos polêmicas, mais amor.


Notas:

*Causo daqui de casa essa semana:
Eu:
-João, vc vestiu a camisa errado. As costas estão na frente. Olhe a etiqueta ao se vestir, meu filho.
E ele, com pé fincado na teimosia e cara de grande guri sabichão:
- A etiqueta não manda em mim!


*O caso do menino com manual
 Uma vez, quando morávamos em Anápolis, o Gui veio passar o dia na casa do melhor amigo aqui em Brasília. O pai iria trabalhar e o pegaria na manhã seguinte. Eu fiz a mochila e junto pus o que era para ser um recado aos meus amigos, pais do amiguinho. Duas horas depois que sairam de casa, toca o telefone, atendo:
-Alô?
-Paula, o Bira disse que nunca viu menino vir com manual de instruções! Rsrsrssrs.
- Nós duas rimos do meu "recadinho" de duas páginas. 


Até mais!



Um comentário:

  1. Pois é. 5 filhos e meio depois (uma neta que eu crio) ainda procuro um jeito certo de ser mãe. Cada idade, cada situação é um desafio.
    No meu tempo (ai, que tô velha...) sem face, blogs, google e livros, o que me orientou foi o ouvido: ouvir mãe, tias e familiares que já tinha passado pela experiência. Posso dizer que até aqui estou com o saldo positivo. Sim, pq minhas noras resolveram esquecer metade dos conselhos da internet e seguir os que estão passando pela família.
    Abraços, mãe experimental - como eu. E que Deus continue nos ajudando, que a coisa não é fácil, não.

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