Num recente prefácio a um livro de um amigo seu, o político mais incompetente que passou por Portugal e que levou o nosso país à pré-bancarrota resolveu “filosofar”. Eis algumas das suas afirmações e aquilo que verdadeiramente deveria ter dito:
“O dever do político é dizer o que se pode e deve fazer; não é explicar porque é que não se deve fazer nada”. Deveria ter dito que o dever do político é servir e não servir-se do cargo que ocupa…
“A retórica da futilidade convida a inacção, a descrença, a expiação”. Deveria ter dito que futilidade é fazer obra e mandar os outros pagar…
“A acção política esclarecida, principalmente nos momentos difíceis, exige confiança, decisão, vontade”. Deveria ter dito que o que a acção política exige é, sim, responsabilidade…
"A acção política é, sem dúvida, a essência – e a beleza – da política, pelo que tem de novo, de início, de imprevisível”. Deveria ter dito que a acção política deve ser previsível nas despesas, por forma a não prejudicar os contribuintes...
“A acção política precisa da vontade, da convicção, quer dizer, do impulso que só as ideias são capazes de transmitir”. Deveria ter dito que a acção política precisa de ideias, mas que sejam úteis…
“A acção política exprime essa ambição de ligar estes dois mundos – a teoria e a prática política – que uma longa tradição do pensamento ocidental se encarregou de separar sem benefício para nenhuma das partes”. Deveria ter dito que a sua acção política levou à bancarrota do país, com as empresas de obras públicas a terem sido as grandes beneficiárias da sua acção habilidosa…
“Com o passar do tempo cria-se um espaço de diálogo em que já não é preciso nem conclusão nem explicação para compreender o outro. Esse mundo comum é o que faz a amizade”. Deveria ter dito que até ao ano 2084 vamos estar a pagar muitas das auto-estradas inúteis que mandou construir…
“A ideia de igualdade é uma ambição ética que uma sociedade decente não abandona, seja no acesso a todos das modernas técnicas e conhecimentos médicos seja no acesso ao conhecimento como condição de realização pessoal e de sucesso económico”. Deveria ter dito que a sua realização pessoal levou ao endividamento de um país inteiro…
“A questão geracional continua a ser vencer o atraso na economia nos indicadores sociais, no ambiente”. Deveria ter dito que daqui a três gerações ainda existirão obras por pagar pelos contratos que assinou com as PPP`s...

Sócrates arma-se em filósofo com o discorrer de tantas banalidades, e parece ainda não ter percebido que foi devido à sua incompetência (desde os tempos em que “mandava” em Guterres) que o país entrou em falência, obrigando à intervenção externa da troika. Mas não é só ele que ainda não percebeu isso. Ainda há por aí muita gente que não percebeu como chegámos até aqui. São os chamados retro, os que ficaram presos ao passado... Por isso, ficam aqui dois gráficos que mostram os verdadeiros resultados da acção política socrática.