Fazendo um ponto de situação do que tende a resistir à situação, ou falando para lá da manha burguesa do simples lucro e da fugaz vaidade, fale-se…
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…Fala-se então de uma conferência, de uma guerra de nervos para nos mostrar que estamos vivos, da culpa por todo o restante trabalho que se deixa para trás. Fala-se também do poder de insinuação que esta cidade continua a ter em nós, na sua insolência tão particular, tão elegante e tão enérgica.
Falamos de sorrisos, do gosto nocturno da cerveja, de uma gota de sangue deixada algures em Montparnasse... Falamos da necessidade de ver a urbe do avesso, de
percorrer galerias de caveiras, fazendo das tripas coração para lhe chegar ao nervo e ao osso.
Falamos de uma das minhas cidades segundas e do acolhimento tão generoso de dois dos
meus primeiros.
Falamos de uma janela iluminada, na Rue Raymond Losserand, que a torre do sr. Gustave não deixa de afagar com o seu longo braço de luz.
Fala-se em partir de madrugada, silenciosamente, para retomar o tempo desde o seu puro começo… E seguir adiante.
Bref!