sexta-feira, 11 de novembro de 2011

RETORNANDO..........

aqui estou em meio a atividades mil e ainda assim querendo retomar as postagens......só podia ser eu...kkk vamos ver no q dá.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ser feliz é tudo que se quer

o presente da vida é para ser festejado e tudo que importa é o presente momento e recomeçar é possivel a todo dia toda hora

Gonzaguinha diz numa musica:

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

sábado, 21 de maio de 2011

QUALIDADE E PERSONALIDADE TEM NOME


09
Abr 09

O Pedro Leal é um grande bacano, a propósito do meu post àcerca do ToZé Brito, traduziu e mandou-me esta magnífica entrevista com o Terence Trent d'Arby, alias Sananda Maitreya, realizada pela revista Keyboard Recording, onde ele explica por que é que se libertou do jugo das editoras.

Mesmo a propósito, no Bitaites soube que a mesma legislação defendida pelo TóZé Brito foi chumbada no parlamento francês. É uma vitória de uma batalha e não de uma guerra. Eles não vão ficar parados. Temos de nos manter atentos...


Nunca mais lhe chamem Terence Trent d'Arby, o náufrago da indústria da música sem escrúpulos.
Depois de conquistar a independência na internet, Sananda Maitreya volta ao palco. Hipermotivado e pronto para o 'combate'.


Keyboard Recording (KR): Vive em Milão, longe da indústria do disco. É por escolha?
Sananda Maitreya (SM): Teria que consumir muitas drogas para conseguir interessar-me de novo pelo que se passa na Indústria da Música actualmente. É tão chato... a música é o meio de comunicação mais potente jamais criado, as vibrações, as ondas, a música, são a base de toda a matéria. Na Bíblia está escrito: 'No princípio era o verbo'. Quer dizer, um som, e o primeiro som na base do Universo é 'Ommmmm...'. Ver como a música foi violada e depois vendida como um produto de marketing a jovens de 18, 20 anos é uma blasfémia!
Eu faço parte de uma geração que cresceu com os Pink Floyd, os Stones, Hendrix. os Ramones... até os Bay City Rollers eram mais credivéis que as boys band de hoje! Roubaram-nos a música no dia em que funcionários de 'fato e gravata' decidiram quem ia ser uma estrela e quem não seria.

Eles que se fodam!
São as mesmas pessoas que assassinaram o Terence Trent d'Arby. Também não acredito, tão pouco, que o Kurt Cubain tenha metido uma bala na cabeça, nem que o Jim Morrison tenha morrido na banheira. O stablishment tem medo dos verdadeiros poetas. É também por isso que o John Lennon não passou dos quarenta. Tinham medo da sua voz política. Compreendi que nem era preciso falar de 'política' para se ser político. Bastava ser diferente do 'negro simpático' de quem eles asseguram a promoção. Por exemplo, os militantes que defendem o 50 Cent para arredondar os seus discursos, são os mesmos que utilizam esses discursos para financiar os politicos que deviam proteger as suas comunidades contra tipos como o '50 Cent'. E continuarão a pagar-lhe enquanto ele desempenhar o papel de espantalho negro. Que merda de cinismo! Prefiro morrer do que viabilizar um sistema como este.
Quando era miúdo sonhava ser uma 'estrela do rock', ser um 'rolling stone', um Sam Cooke, não era trabalhar para esses cagalhões que marginalizam as nossas comunidades e acabam por transformá-las em tribos. (Uma pausa...). Ainda ouço vozes, essas mesmas vozes que me diziam há vinte anos que Terence Trent d' Arby era um nome comprido demais para que as pessoas se lembrassem dele. Insisti. O Miles Davis disse um dia que a única maneira de sobreviver a esses cabrões era não lhes dar atenção. Ou somos um líder ou não o somos, e quando somos um líder não temos que pedir a autorização a ninguém.
KR: Desde 2002 que vende os seus álbuns exclusivamente na internet. É um precursor nesse domínio...
SM: Todos temos uma missão. Eu faço parte de uma 'equipa' de integridade. Sinto-me muito próximo de Tom Yorke, que também faz parte desse clube. Ao vender o disco na internet, os Radiohead fazem o que eu faço há cinco anos e isso toca-me. O mp3 é a vingança da música. Era preciso encontrar uma saída de emergência. Que se foda a alta fidelidade, que se foda o 5.1. O que é que o 5.1 trouxe à música senão aumentar as vendas de equipamento? Os Pink Floyd inventaram o 5.1 há quarenta anos, caraças! Gosto da internet porque as pessoas só têm acesso a um tipo de som, como no tempo do mono. Olha os Beatles: gravaram o primeiro álbum num dia, nem havia stereo!
KR: Toca todos os instrumentos e produz você mesmo os seus discos. De que é composto o seu estúdio?
SM: Angels & Vampires foi gravado com o software Junglesounds. Nigor Mortis, o próximo álbum, com uma mesa de mistura Tubetracker. Gravo principalmente em analógico e nunca mais em oito pistas, porque o espaço é o melhor músico do mundo. Sou um oportunista musical, não um integrista que recusa absolutamente trabalhar com o Pro Tools. O ProTools liberta-me, porque assim não tenho que me preocupar com os arranjos. Não utilizo o Pro Tools para colar bocadinhos, mas para ter uma melhor visão do resultado depois da gravação. Adoro o numérico porque isso quer dizer que o próximo Brian Wilson poderá ser um gajo qualquer do norte de França que cheira a queijo e nunca sai do quarto, mas que cria a sua cena sem se preocupar com o que pensam as rádios ou a MTV.
KR: Em 2001 mudou legalmente de identidade para Sananda Maitreya em vez de Terence Trent d'Arby. Porquê?
SM: A minha personagem não foi criada pela indústria do disco. Fui criada por mim e por Deus. Matei o 'TTd'A'. Ele morreu, e a única coisa que sobrou foi o instinto. Dylan foi crucificado por ter utilizado uma guitarra eléctrica. Também aconteceu o mesmo ao Mohammed Ali quando mudou de nome. Eu também passei por isso. Crucificaram-me quando editei o Neither Fish Nor Flesh, mas as bandas influentes de Seattle disseram-me mais tarde quanto esse álbum tinha sido importante para a carreira deles. Um neurocirurgião japonês explicou-me que Neither Fish Nor Flesh era utilizado no maior hospital de Tóquio para fazer saír pacientes do coma! Ainda recebo muitos pedidos a propósito do 'TTd'A', best-ofs por exemplo.

Que se fodam!!

A realidade mudou. Hoje promovem 'TTd'A' mais do que jamais o promoveram nestes últimos dez anos. O último jornalista com que falei disse-me que podia encher salas de 10 000 pessoas se usasse o meu verdadeiro nome. Para quê? Já fiz isso! O maior desafio é encher de novo salas a partir da uma nova organização.
KR: Que fórmula propôe nos seus concertos?
SM: Em palco toco em trio com a minha banda 'Nudge Nudge'. Sempre fui fã de trios, como os 'Cream', 'The Jimi Hendrix Experience' ou 'The Police'. Seria fácil esconder-me atrás de grandes músicos. Em trio não há tempo para poses. Nada de 'teclas', 'metais', écrans de fumo ou espelhos, só o 'caralho' e os 'tomates'. 'Um, dois, três e 'go'!', como diziam os Ramones. Não tinha sentido tanto prazer desde os 22 anos quando tocava com a minha banda, 'The Touch' na Alemanha.
KR: Trabalha actualmente no seu novo álbum 'Nigor Mortis'. Como o vai editar?
SM: Angels & Vampires foi editado sob a forma de capítulos. Hoje, já não é preciso subtermo-nos a um prazo. Por que não editar 20 faixas de uma vez e 5 na vez seguinte? É o novo modelo. É muito mais fresco e espontâneo editar 'singles' de vez em quando do que esperar dois ou três anos entre cada álbum. Os jogos de vídeo não mataram a música, a internet não matou a música, a falta de interesse das editoras pela verdadeira música é que matou a música!

Escolhi a via subterrânea da internet para mostrar a minha música. Conseguimos, fizemo-lo. É preciso saber ir à cruz. Sacrificar-se para aceder a uma nova vida. Talvez Sananda não seja tão prolífico que o 'TTd'A' mas a sua disciplina é mais forte... perdemos 10 milhões de euros com esta história. Este parto foi difícil, mas esta nova vida vale a pena. Só um idiota total ou um génio, o que muitas vezes vai dar ao mesmo, poderia ter feito uma coisa do género.

In: Keybord Recording, Novembro 2007. Tradução, Pedro Leal.
Sananda Maitreya 'Nigor Mortis' - Chapter 1

(www.sanandamaitreya.com)

encenada por Pedro Marques às 18:27

quarta-feira, 11 de maio de 2011

(Jack Kerouac)


"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

...

Se um dançarino desse saltos muito altos, poderíamos admirá-lo. Mas se ele tentasse dar a impressão de poder voar, o riso seria seu merecido castigo, mesmo se ele fosse capaz, na verdade, de saltar mais alto que qualquer outro dançarino. Saltos são atos de seres essencialmente terrestres, que respeitam a força gravitacional da Terra, pois que o salto é algo momentâneo. Mas o vôo nos faz lembrar os seres emancipados das condições telúricas, um privilégio reservado para as criaturas aladas...”

Kierkegaard

sexta-feira, 25 de março de 2011

Onde você guarda seus olhos? (Rubem Alves)

Pedindo licença a amiga Lili, copiei do

http://mudandoparamelhor.ning.com/profiles/blogs/onde-voce-guarda-seus-olhos?xg_source=activity


Onde você guarda seus olhos? (Rubem Alves)

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca".
Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura.
"Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles...Tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral da catedral gótica."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico.

Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse:
"Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado.
Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou:
"A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê".
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra".

Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.


O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver.
O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho".
Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram".
Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa _garrafa, prato, facão_ era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas _e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam...
Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.
Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".
Por isso _porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver_ eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

EU PRECISO DE VOCÊ!

PÉROLAS QUE A VIDA NOS PRESENTEIA

Teu sonho não acabou -ou eu preciso de voce (TAIGUARA)


Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir

Eu preciso, eu preciso de você
Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender

Que eu preciso...

Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz

Eu preciso...

Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.


domingo, 27 de fevereiro de 2011

A L E R T A


olá, o q me faz escrever hj aki no blog é minha preocupacao qt a responsabilidade q temos como formadora de opinioes e de orientadoras. Passeando por blogs maravilhosos, fiquei abismada ao perceber a quantidade de fts onde mulheres lindas, referencias de moda e elegancia aparecem fumando. No meio q vivemos como maes, professoras, colegas, amigas, blogueiras... sabendo dos males q o cigarro provoca devemos ser mais criteriosas ao veicularmos fts q enalteca tal vicio. Os jovens do mesmo modo q sao influenciados pelas roupas, a ideia de elegancia e poder, subliminarmente tbm estarão assimilando isto associado ao fumo. As mensagens sao claras, fiquemos atentas.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

esta vi no blog de.cor.ação lá diz: vale a pena ser lida e repassada...

Foto: Google

O corpo fala... grita!!!

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!

O plantio é livre, a colheita, obrigatória ...
Preste atenção no que você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!

Desejo que você se cuide, porque sua saúde e sua vida dependem de suas próprias escolhas!!!

Pensem nisso..

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Laços - Desatando os nós (Texto “O Laço e o Abraço”, de Mário Quintana)

Meu Deus! Como é engraçado! Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço… uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando… devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso… Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

RECOMENDO

TEXTO DE Marcelo Janot EM http://www.betoguedes.com.br/framerelease.html (VISITEM)

a

A música e os aviões sempre tiveram muito em comum na vida de Beto Guedes. Quando pegou num instrumento ela primeira vez - aos oito anos, em Montes Claros (MG), sua cidade natal - ele não seria capaz de adivinhar que um dia voaria tão alto na carreira de músico. E nem que conseguiria pisar num avião de verdade - seu medo de voar contrastava com a obsessão por aeromodelismo. O tempo livre de Beto sempre foi dividido entre os aviõezinhos de brinquedo e a paixão pelos instrumentos herdada do pai, Godofredo Guedes, músico e compositor, responsável pela maioria dos bailes e serestas de Montes Claros.

O gosto pela música estava diretamente ligado aos Beatles. Em 1964, aos 12 anos, quando o quarteto de Liverpool já era febre no mundo inteiro, Beto, morando em Belo Horizonte, juntou-se aos vizinhos para formar o grupo, The Bevers (com repertório dedicado aos Beatles, obviamente). Os vizinhos, no caso, eram os irmãos Márcio, Yé e Lô Borges. A Beatlemania durou toda a adolescência e ainda incluiu um outro grupo, Brucutus, que animava festinhas durante as férias em Montes Claros. No final da década, mais amadurecidos, Beto e Lô começaram a compor e participar de festivais. Em 1969, quando foram ao Rio participar do Festival Internacional da Canção com a música "Feira Moderna", bateram na porta do conterrâneo Milton Nascimento. A acolhida de Milton não poderia ter sido mais proveitosa. A amizade e a admiração profissional mútua fizeram com que ele convidasse Beto Guedes para participar do antológico LP "Clube da Esquina", de 1971. Tocando baixo, guitarra, percussão e fazendo vocais, Beto começava a ganhar projeção junto com uma turma talentosa, que incluía nomes como Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e Toninho Horta.

A safra de novos músicos mineiros era completada por Flávio Venturini, Sirlan, Vermelho, Tavinho Moura, entre outros, que Belo foi encontrar quando decidiu voltar a BH. As gravadoras passaram a abrir os olhos e em 1973 a Odeon resolveu bancar o LP "Beto Guedes/Danilo Caymmi/Novelli/Toninho Horta". A Beto, coube um quarto do disco. Não era muito, mas para ele, era o suficiente. Perfeccionista e naquela altura ainda muito inseguro, não conseguia acreditar no valor de suas músicas, embora a gravadora já lhe acenasse com ofertas para gravar um disco solo.

Quatro anos foi o tempo necessário para que criasse asas próprias. Em 1977, ele finalmente levantou vôo, a bordo do LP "A Página do Relâmpago Elétrico". O título foi sugestão do parceiro Ronaldo Bastos, depois que este viu no álbum de um colecionador de fotos de aviões da 2ª guerra, uma imagem do avião "Relâmpago Elétrico". Tá na cara que Beto, fanático por aviõezínhos de brinquedo, adorou a sugestão. O disco, que tinha a colaboração de vários amigos mineiros, chamou a atenção por revelar seus dotes como cantor, já que até então, ele era conhecido apenas pela versatilidade de multiinstrumentista. O tímido sucesso das músicas "Lumiar" e "Maria Solidária" foi suficiente para que o disco chegasse às 21 mil cópias vendidas, três vezes mais do que calculava a gravadora.

Mal sabiam eles, que "Lumiar" viraria um dos hinos da juventude cabeluda paz-e-amor e pró-natureza. E que Beto seria um dos ídolos dessa geração, principalmente após o lançamento de seu segundo álbum, "Amor de Índio". A faixa-título, dele e de Ronaldo Bastos, integrava o espírito de todo o disco. Versos como "A abelha fazendo o mel/Vale o tempo em que não vôou" ou "Todo dia é de viver/Para ser o que for/E ser tudo", segundo Beto, expressavam o lado primitivo e puro que ainda havia em cada uma das pessoas, como um canto de louvor à vida.

Quando lançou seu terceiro disco, "Sol de Primavera", em 1980, já tinha uma legião de fãs no eixo Rio-São Paulo. Mas nunca abandonou a mineirice que se tornara sua marca registrada. Botava o pé na estrada - de carro, porque não perdia o medo de voar - , mas continuava morando em Belo Horizonte, onde tinha a tranqüilidade para se dedicar aos brinquedinhos voadores e às novas composições. Era na janela, esperando o anoitecer que as idéias surgiam. E amadureciam tanto, que seus álbuns demoravam no mínimo dois anos para sair. O quinto deles, "Viagem das Mãos", de 1984, foi um marco em sua carreira. Àquela altura, Beto Guedes já era um artista de primeira linha, com vendagens oscilando entre 50 e 60 mil cópias e uma marca sonora registrada. Mas este álbum trazia a canção que, junto com "Amor de Índio", seria o maior sucesso de sua carreira: "Paisagem da Janela", de Lô Borges e Fernando Brant. Ao mesmo tempo, representava o estouro nacional do compositor, que naquele momento superava o medo de voar e, pasmem, já cogitava pilotar um ultraleve construído por ele mesmo!

A viagem de Beto alcançara as alturas, e o ápice acabou sendo "Alma de Borracha", que, lançado em 1986, finalmente lhe rendeu um Disco de Ouro e o reconhecimento no exterior. O título do disco (tradução de "Rubber Soul") homenageava os Beatles, enquanto o repertório trazia uma grata surpresa: a faixa "Objetos Luminosos", primeira parceria com seu mentor e padrinho musical Milton Nascimento. O Rio de Janeiro - cidade onde fez shows antológicos e sempre teve recepção calorosa do público - foi o local escolhido para a gravação de um disco ao vivo, no final de 1987.

Ao todo, foram cinco anos longe dos estúdios. Em 1991, Beto Guedes voltou a gravar. Com a meticulosidade de sempre, ele cuidou de cada detalhe de "Andaluz", seu oitavo disco e último contrato com a EMI-Odeon. Um disco em que o uso de sintetizadores dava um chega pra lá em alguns instrumentos barrocos tão utilizados pelo compositor em trabalhos anteriores. No ano seguinte, era de se esperar que Beto caísse na estrada mais uma vez. Mas ele preferiu trocar o violão pelo macacão de mecânico e passou a dedicar cada vez mais à sua paixão por aviões, só que construindo um monomotor de verdade. Foram mais sete anos restritos a shows esporádicos e muita reflexão.

Até que, lá no alto, sobrevoando os céus de Minas, ele sentiu a sensação de quem venceu o medo de um desafio e se tornou dono de seu próprio destino. Olhou para o futuro e viu, no horizonte infinito, música. Os versos já estão escritos. Mineiramente, Beto Guedes está de volta.

Marcelo Janot

BETO GUEDES É PARA MIM UM MARCO NA HISTÓRIA DA MÚSICA .

ELE MERECE SER CANTADO, HOMENAGEADO, CONHECIDO...