20 de março de 2011
As Selvagens pelo olhar de Pedro Quartin Graça
23/06/2010 | |
Diana Catarino | |
Antes de embarcar na expedição às Ilhas Selvagens, a jornalista Diana Catarino falou com Pedro Quartin Graça, responsável por um blogue sobre as ilhas e um dos autores que vai participar na publicação de um livro, previsto para 2011. Recordamos aqui a conversa. | |
A curiosidade pelas Selvagens aguçou o apetite de Pedro Quartin Graça, dirigente do Movimento Partido da Terra (MPT) e foi o ponto de partida para um blogue sobre as ilhas. No Verão de 2008, o então deputado zarpou do Funchal numa viagem de 11 horas rumo à Selvagem Grande e apesar de a estadia relâmpago ter durado apenas um dia, conseguiu ver o que muitos não conseguem em alguns anos. “Quando voltei, senti uma grande alegria. É a zona mais desconhecida de Portugal, tem uma água, flora e fauna fantásticas”, assinala. A partir daí, o blogue tem entradas frequentes sobre as ilhas, tendo-se convertido em um dos blogues no top 50 do Networking Blogs do Facebook e sendo entretanto aceite na rede internacional da Global Islands Network. A ferramenta vai ainda servir para publicar a tese de doutoramento que Pedro Quartin Graça conta terminar no final do ano, dedicada ao regime jurídico das Selvagens. “As Selvagens são ilhas, não são rochedo, e por isso têm de ter tudo a que as ilhas têm direito, nomeadamente à sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) . São território soberano português”, conclui. E se a maioria dos continentais não sabe sequer que as Selvagens existem, os madeirenses também não conhecem o património, incluído na Reserva Natural da Madeira e pouco acessível a quem não esteja ligado à investigação científica. Também por isso, diz o autor, o blogue serve como uma espécie de cartão de visita, seja do ponto de vista político, científico ou técnico. Portugueses, espanhóis e brasileiros são os leitores mais assíduos do ilhasselvagens.blogspot.com, mas há curiosos de 70 países que já espreitaram as Selvagens através do olhar de Pedro Quartin Graça. Dois anos depois de ir às ilhas, o autor do blogue garante que irá voltar às Selvagens, até porque faz parte do leque de autores que se juntam para escrever um livro sobre as ilhas, cuja publicação está prevista para o ano que vem. |
18 de março de 2011
Viver no paralelo 30 em prol da Natureza |
Selvagem Pequena ou o “Survivor” |
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9 de março de 2011
O maravilhoso mundo de Liliput
Susana Fontinha e Manuela Sim-Sim estudam briófitos da Madeira Por: Cristina Costa e Silva |
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Cristina Costa e Silva no ILHAS SELVAGENS
Cristina Costa e Silva, jornalista madeirense do Jornal da Madeira, é a jornalista portuguesa que melhor conhece e que mais peças jornalísticas escreveu sobre as Ilhas Selvagens. É pois imperioso que, a também autora do livro "Madeira - Jardim há 30 anos", veja aqui publicadas as várias reportagens que, desde há décadas, publica sobre estas ilhas portuguesas, nomeadamente quando a sua Reserva Natural comemora o 40º aniversário da sua criação.
O Blog ILHAS SELVAGENS tem muito gosto em reproduzir neste espaço um conjunto de crónicas de Cristina Costa e Silva e agradece-lhe a disponibilidade amiga manifestada.
Indiscutivelmente portuguesas e motivo de orgulho
Por: Cristina Costa e Silva
Jornal da Madeira / Região / 2009-05-27 Jaime Gama nas Selvagens pela primeira vez |
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8 de março de 2011
Passatempo mensal: Selvagens – 40 anos
Com o objectivo de divulgar e promover o 40º aniversário da criação da
Reserva Natural das Ilhas Selvagens, a primeira Reserva do País, o Serviço do
Parque Natural da Madeira, lança um passatempo mensal através do seu site
www.pnm.pt.
Este passatempo baseia-se na construção de uma frase que inclua
obrigatoriamente todas as palavras publicadas no site do SPNM e que mudarão
mensalmente.
A ideia é recorrer ao conhecimento e à criatividade de cada um e o
passatempo está aberto a toda a população.
Associado ao passatempo mensal estará indicado o respectivo prémio.
Regulamento:
1. Podem participar todas as pessoas interessadas.
2. Cada frase tem que incluir todas as palavras publicadas ao mês
correspondente.
3. O passatempo é mensal. As palavras mudam em cada mês e serão aceites
todas as frases que derem entrada no correio cispnm.sra@gov-madeira.pt
nos dias úteis do mês correspondente.
4. Os participantes deverão enviar a sua frase para o referido mail, com os
seguintes dados: nome completo, morada, contacto telefónico, e idade. No
assunto deverá constar: Passatempo mensal “Selvagens – 40 anos” e o
respectivo mês (exemplo: “Selvagens - 40 anos” Janeiro)
5. A cada frase deverá ser atribuído um só autor que poderá participar apenas
1 vez, em cada mês.
6. A frase vencedora e o seu autor serão publicados mensalmente no site
(www.pnm.pt). O vencedor receberá um e-mail com a informação sobre a
data e o local onde deverá levantar o prémio.
7. O júri é constituído por técnicos do SPNM.
8. Os critérios de avaliação são: integração no tema e criatividade.
9. O passatempo terá início no mês de Janeiro 2011 e terminará em Dezembro
de 2011.
10. A organização reserva-se no direito de modificar quaisquer destes pontos
por motivos de força maior. Nesse caso, os participantes serão informados
de qualquer alteração com a máxima rapidez possível.
A participação pressupõe a aceitação incondicional deste regulamento, sendo as omissões resolvidas pontualmente pela organização.
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Evento promove Selvagens
A partir de Abril, iniciam-se as comemorações dos 40 anos da criação da Reserva Natural |
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6 de março de 2011
Ilhas Selvagens-Madeira-Portugal
Fotos no Skyscrapercity
As Ilhas Selvagens são um pequeno arquipélago português pertencente à Região Autónoma da Madeira.
Situam-se a 165 quilómetros a norte da arquipélago espanhol das Canárias, a 250 quilómetros ao sul da cidade do Funchal (Madeira), a cerca de 250 quilómetros a oeste da costa africana, a cerca de 1000 quilómetros a sudoeste do continente europeu. As Sel
vagens são constituídas por duas ilhas principais e várias ilhotas, que, tal como quase todas as ilhas da Macaronésia, têm origem vulcânica. O arquipélago é um santuário para aves, é muito agreste e tem uma área total de 273 hectares.
As Selvagens dependem administrativamente do concelho do Funchal; actualmente têm apenas dois habitantes permanentes na Selvagem Grande e dois semi-permanentes na
Selvagem Pequena, guardas do Parque Natural da Madeira, sendo também visitada periodicamente por pessoal da Armada Portuguesa ao serviço da Direcção-Geral de Faróis. Para além disso, a Selvagem Grande é habitada várias vezes por ano pela Família Zino, do Funchal, que lá possui uma casa.
O estado espanhol tem insistido em que a delimitação da Zona Económica Exclusiva (200 milhas náuticas) se faça ignorando as Selvagens ao considerá-las como ilhéus, tendo por várias vezes violado o espaço aéreo das mesmas com aeronaves militares, enquanto que o estado português insiste na sua classificação como ilhas, ampliando a ZEE portuguesa.
Apesar de serem remotas e isoladas, as ilhas já receberam visitas oficiais de dois p
residentes da República Portuguesa, Mário Soares e Jorge Sampaio, actos de soberania que visaram reforçar a identidade e solidariedade nacionais e evidenciar o seu estatuto como reserva natural nacional. A Reserva Natural das Ilhas Selvagens (que integra o Parque Natural da Madeira) foi criada em 1971, sendo uma das mais antigas reservas naturais de Portugal.
O arquipélago
O arquipélago consiste em dois grupos. O grupo nordeste compreende a "Ilha Selvagem Grande" e duas pequenas ilhotas, "Palheiro da Terra" e "Palheiro do Mar". O grupo sudeste compreende a "Ilha Selvagem Pequena" e o "Ilhéu de Fora" entre numerosos ilhéus mais pequenos que incluem o "Alto", o "Comprido", o "Redondo" e o pequeno grupo dos "Ilhéus do Norte". Uma extensa barreira de recifes circundam o arquipélago e torna-se difícil ancorar nas costas das ilhas.
As ilhas Selvagem Grande e a Selvagem Pequena distam 15 quilómetros uma da outra. Existem dois países mais pequenos em área que as Selvagens: o Vaticano (44 hectares) e Mónaco (195 hectares).
Temperatura e ambiente
As temperaturas das Ilhas Selvagens excedem as da Ilha da Madeira e a temperatura do mar permanece confortável durante todo o ano. Jacques-Yves Cousteau uma vez disse que encontrou as águas mais limpas do mundo ali. Em 2003 as ilhas foram seleccionadas para s
erem candidatas nacionais para Património Mundial da UNESCO. O seu acesso é restrito, devendo os candidatos a seus visitantes requerer previamente uma autorização especial passada pelo Parque Natural da Madeira.
Na Selvagem Grande existe a chamada Casa do Governo, a electricidade provém de painéis solares e a água das chuvas é guardada em grandes cisternas, permitindo enfrentar secas que podem durar três anos.
História
As Ilhas Selvagens foram assim baptizadas em 1438 por Diogo Gomes de Sintra e terão sido descobertas pelos irmãos Pizzigani em 1364. No século XVI, as Selvagens pertenciam aos Caiados, importante família madeirense, sendo doadas a João Cabral de Noronha em 1560 pelo cónego Manuel Ferreira, descendente dos Caiados.
Em 1904, as ilhas foram vendidas à família do banqueiro Rocha Machado. Em Setembro de 1911, o governo espanhol enviou uma nota ao governo português comunicando que deliberara incorporar as Selvagens no arquipélago das Canárias e que ia montar nas ilhas um farol. A administração portuguesa protestou e foi acordado não praticar
quaisquer actos que pudessem comprometer uma solução amigável da questão. Em 1938 a Comissão Permanente de Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa das ilhas que, em 1959, despertaram o interesse da WorldWildLife (WWF) levando-a a assinar um contrato de promessa de compra com o herdeiro Luís Rocha Machado.
Em 1971, o Estado português interveio e adquiriu as Ilhas Selvagens, instituindo-a nesse mesmo ano a Reserva Natural das Ilhas Selvagens. No ano seguinte foram apree
ndidas, nas ilhas, duas embarcações de pesca espanhola, "San Pedro de Abona" e "Áries". Em 1975, aproveitando a turbulência política em Portugal, espanhóis das Canárias desembarcaram na Selvagem Grande e hastearam a bandeira espanhola. No ano seguinte, foi apreendida a embarcação espanhola "Ecce Homo Divino" e, dois anos depois, f
oram apresados, também por pesca ilegal, outros barcos de frota espanhola. Em 1996, um helicóptero Puma AS-330 da Força Aérea Espanhola aterrou na Selvagem Grande, cometendo assim uma dupla infracção: violou o espaço aéreo português e também sobrevoou, a menos de 200 metros, uma reserva natural. No ano seguinte, voos rasantes de aviões militares
espanhóis tiveram como consequência a chamada do embaixador espanhol Raúl Morodo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português. Em 2005, um vigilante e um biólogo da reserva natural das ilhas Selvagens foram mesmo ameaçados e perseguidos por pescadores furtivos espanhóis.
As Cagarras
Cagarra é a designação comum dada às aves procelariformes do género Calonectris. Os seus parentes mais próximos, dentro da família Procellariidae são as pardelas.
As cagarras são aves marinhas de corpo fusiforme e asas longas. A sua plumagem é escura (cinzenta ou acastanhada) no dorso e branca na zona da barriga.
As cagarras são aves migratórias de longa distância, que passam a maior parte da vida voando sobre os oceanos de águas temperadas a frias. O seu único contacto com terra é na época de reprodução, quando se reunem em ilhas e áreas costeiras para nidificar em zonas rochosas.
O ninho é construído como uma espécie de toca e visitado pelos progenitores apenas durante a noite. Cada postura é composta por um único ovo.
A alimentação das cagarras é feita à base de peixes e cefalópodes.
Nos arquipélados portugueses (Madeira e Açores) encontram-se a maior concentração mundial de cagarras, espécie que se encontra em regressão a nível mundial devido à vulnerabilidade que apresenta e à presença de predadores terrestres e à actividade humana. Por esse facto foi necessário proceder por via da lei à protecção desta ave marinha com leis nacionais e internacionais, que impedem a sua captura, detenção ou abate, assim como a destruição ou danificação do seu habitat.
Trata-se da ave marinha mais abundante nos Açores, região a que regressa todos os anos em Março para acasalar e nidificar.
Todos os anos as cagarras regressam à mesma ilha e ao mesmo ninho onde se reproduziram pela primeira vez. O parceiro é sempre o mesmo todos os anos e os rituais de reconhecimento e acasalamento são complexos. As crias nascem em Maio e em Outubro abandonam os ninhos rumo ao mar. Só regressam para se reproduzir passados 5 anos.
A cagarra alimenta-se, muitas vezes, em simultâneo com tunídeos ou golfinhos, já que estas espécies fazem com que os animais de que se alimentam, nomeadamente peixe, lulas e Crustáceos, se aproximem da superfície.
Trata-se de uma ave adaptada à vida em alto mar e que pode viver até 40 anos.
Origem: Wikipédia
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