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sexta-feira, 22 de março de 2013

Road Trip

Como o movimento 'Que se lixe' anda muito em voga, eu também iniciei um. Aliás, dois:   o 'Que Se Lixe a Roupa' e o 'Que Se Lixe o Estudo'. 

São Pedro bem tentou estragar-nos os planos, mas nada se interpõe no caminho de dois amantes de natureza e fotografia determinados a passar um domingo diferente. Munidos de impermeáveis, máquinas fotográficas e binóculos, aí fomos estrada fora, à descoberta do Estuário do Sado. Esta zona é muito espectacular para observação de aves, actividade que tem sido a minha fascinação mais recente.  


Em Alcácer do Sal, fomos saudados por dezenas de cegonhas, umas em plácida contemplação, outras em frenética busca de gravetos para compor o ninho e outras ainda nos campos em busca de paparoca.



Um pouco mais à frente, quase a chegar à Comporta, paragem in extremis para tentar  fotografar (sem sucesso, claro, que é sempre mais fácil tirar fotografias quando a máquina não está dentro do estojo e no banco de trás), um belo peneireiro cinzento.

Já na Carrasqueira, enquanto alguns de nós vibravam com a paisagem humana e o porto palafítico e tiravam fotos destas (e atenção que esta é mesmo nossa. aliás, dele!...mas eu também tirei e também ficaram giras, mas não tive foi tempo de sacar da máquina, que o 'Que Se Lixe' é bonito, mas quando se chega a casa há que fazer o jantar e essas coisas todas), outros de nós desesperavam atrás de três irritantes íbis pretas, um sem número de garças brancas pequenas e dois  pernilongos . Tudo documentado, mas indisponível de momento  e com uma qualidade que não rivaliza com a das fotos que deixo aqui a ilustrar os bicharocos, pelo que decidi ir sacar da net, agradecendo desde já aos respectivos autores a gentil (embora não autorizada) cedência.


Cereja em cima do bolo, já no regresso (e avistada de fugida a correr no meio de um bosquete):


Escusado será dizer que a gritaria dentro do carro atingiu decibeis proibitivos, que não é todos os dias que se vê uma raposinha viva. E o que eu gosto de raposinhas! Infelizmente ainda vimos outra nesse mesmo dia, esmagada no meio da estrada no alto da Serra da Arrábida. Fico doida com isto. É certo que os animais são imprevisíveis e podem surgir disparados; nem sempre se consegue evitar o embate, mas ao menos paravam e tiravam o pobre animal do meio da estrada. Mas não, credo! isso dá muito trabalho. É muito mais giro deixar para toda a gente continuar a passar por cima até que já não haver por onde pegar no cadáver. É esta a civilidade que temos por cá.

E pronto, aqui fica este singelo relato para perpetuar a memória de um dia bem passado. Há mais provas, mas já estão na máquina de lavar há muito tempo. Gosto muito de choco frito, mas dispenso levá-lo colado à roupa. Se alguém for para os lados da Carrasqueira e tiver ideia de ir ao choco frito, lembrem-se de levar um escafandro e vistam-no antes de entrar! (À gerência do restaurante 'O Rola' aconselho um pequeno investimento num sistema de exaustão eficaz)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O.S.G.A (Organização Social de Gestão Animal)


Dou muitas vezes comigo mesma a pensar que sou uma rapariga afortunada. Ok, ok, não estou na lista da Forbes (ainda), o meu cabelo ainda não se refez do desaire de Janeiro (oh grow longer already!!!), e escandalosamente, apesar de ter publicado uma wishlist para o meu aniversário, ninguém me deu o ouriço que pedi. Mantenho a esperança para a tartaruga. Estou quase a celebrar um ano de matrimónio, se alguém quiser pegar na dica...

Anyways, apesar destas pequenas contrariedades e vicissitudes, também sou afortunada por  ser confrontada com situações em que posso mudar, para melhor, a vida da bicheza que se cruza no meu caminho. Excepto melgas e aranhas. Ah, e carraças. Essas têm sempre uma experiência mística antecipada, o que também é positivo para elas: vão para um sítio melhor. O éter. Ou a lareira, se estiver acesa.
Ontem, quando arrumava o terraço após mais uma sessão de sementeira de coisas que vão acabar por morrer à torreira do sol, vi uma teia de aranha. Já de vassoura em punho, e esgar terrífico (morre, cabra, morre), vejo uma coisa a mexer. Pensei que era um gafanhoto. Uma observação mais atenta mostrou-me que o meu gafanhoto era na realidade uma pequena osga, presa pelo rabo. Quando digo pequena, era mesmo pequena. Baby osga, não osga anã. Uma cria, portanto. Porque sou generosa, quis partilhar a descoberta e o respectivo salvamento, que acabou por envolver um duo de beneméritos equipados com luvas, um vaso de plástico e a parte superior de uma cana de pesca. Don’t ask. Mas resultou. A osga foi salva da teia mortal, cuidadosamente limpa de restos de seda com um providencial pauzinho (um resto de coisa morta à torreira do sol), e colocada no canteiro, para retemperar forças. Gira que era a bicha. Esteve ali um bocadito a recompor-se ao sol. Depois, levantou a cabeça, olhou para mim e disse ‘obrigada por me teres salvo’. 
Bom, na realidade, não... mas era uma imagem poética com algum potencial, vá. O que aconteceu foi que ela levantou a cabeça, agitou o rabo e mandou um salto para um vaso adjacente. E foi assim que descobri que as osgas saltam. Faz-me perspectivar de forma diferente o facto de ter Clarisse e Asdrúbal, o casal permanente, e mais Gabriela a filha emancipada que aparece volta e meia para chular os pais,  a morar por cima da porta de entrada. Certo é que entro e saio de casa muito mais depressa agora, não vá alguma delas querer suicidar-se por asfixia e defenestrar-se para o meu cabelo!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E após começar o dia a ter de fazer uma reclamação à Fertagus e responder cinicamente, e com mais uma reclamação, à resposta que recebi a uma reclamação feita à MEO, esse primor de qualidade, e já a pensar que mais valia mandar-me da janela do autocarro para o viaduto Duarte Pacheco, eis que me surge uma boa notícia no inbox: lembram-se da Flopsy? Não? Como não??? ide ver aqui se não tiverdes mais que fazer.


Pois que a Flopsy foi adoptada! :)


Pois que agora sou madrinha da Miriam, que é esta coisa fofa que aqui deixo.



Hoje sem recados, que já sei que há quem não tenha paciência para mais divulgação da protecção dos animais. Eu cá sinto-me feliz com estas coisas. Perdoai-me, pois, o entusiasmo com que abdico de alguns minutos da minha hora de almoço para fazer um post e partilhar.
Boa sorte para a Flopsy, e...
Olá Miriam!
Que tenha boas notícias sobre ti um destes dias também.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Nunca é demais (re)lembrar

Os dias mais quentes anunciam a chegada de mais um verão. À confusão de carros e autocaravanas a circular nas estradas vão juntar-se igualmente dezenas de animais a calcorrear sem destino, em busca dos donos que os abandonaram. Os que tiverem a sorte de não serem atropelados irão provavelmente parar a um canil ou gatil. Os que tiverem muita sorte conseguirão encontrar uma nova família, enquanto outros ficarão para trás, à espera de um dia melhor.
A Flopsy está à espera há já algum tempo na União Zoófila. É a minha nova afilhada até Setembro. É uma gatinha muito tímida, que foi abandonada à sua sorte com mais meia dúzia de gatinhos. Pode mesmo ter vindo da mesma casa do Girassol, possibilidade de que só soube à posteriori, e que a ser verdade é daquelas coincidências que parecem destino.
Seja como for, é uma menina muito linda!
E é a Flopsy que vai ficar a guardar aqui o gatil até ao meu regresso, que eu cá vou de férias.
Desta vez vou para fora cá dentro, que tá crise e não me quiseram processar o subsídio de férias mais cedo, para não ser só eu a não pagar já a taxa suplementar de imposto. Acho mal, mas também sou pelo esforço pela Pátria. E enquanto espero que o Mourinho e demais overpaid imbecils da bola sejam taxados a 75% durante 20 anos, pois que também quero contribuir para ver se este país se endireita. Seria aborrecido ter de emigrar, que o clima ainda assim é bom!
Como nota final, e até ver, o governo ainda não suprimiu os donativos como elemento dedutível. Como tal, um apadrinhamento na UZ (ou outra associação) não só ajuda um animal, como lixa a Administração Fiscal. Estou em crer que um destes dois argumentos há-de convencer alguém...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

De como um post sobre um bicho de conta deriva para uma manifestação antipatronato

Adoro a primavera. Cliché dos clichés, mas a primavera ilumina-me a alma. Há mais horas de sol, as flores começam a colorir os campos, as andorinhas começam a aparecer com os seus voos rasantes e agradável chilreio. A natureza desperta do coma invernal, retemperada e cheia de força, e o nosso ânimo também agradece a pensar já nas blusas de alças e vestidos sem costas à espera no armário.

Mas também gosto da primavera porque ela traz também uma simpática criaturinha de Deus, que dá pelo nome absolutamente foleiro de ‘bicho de conta’. Em inglês é muito mais giro: pill bug ou roly-poly. Quem inventou o nome em português tinha pouca imaginação. Já no Brasil parece haver imaginação a mais, pois os bichinhos são conhecidos por tatuzinhos de jardim. Ok... estamos todos de acordo: há uma clara falta de respeito logo na nomenclatura.

E acho mal. Acho mal porque este é um bichinho incompreendido e ignorado por muitos. Não é, como muita gente poderia pensar, um insecto. Ah pois não. É um artrópode. Mais, segundo a wikipédia, é mesmo um crustáceo. Portanto, um parente da lagosta. Ao preço a que esta costuma estar, acho que já há aqui uma clara discriminação na deferência para com o bicho de conta. Mas adiante.

Diz a wikipédia que este simpático bichinho vive em ambientes húmidos, debaixo de pedras ou dos detritos vegetais de que se alimenta. A wikipédia devia sair mais de casa, na minha opinião. Ora, alguém me explique então o que fazem dezenas de bichos de conta nas escadas da estação de comboio, ou na escada da urbanização onde tenho a minha fabulosa penthouse (é um 3º andar com varanda a ceú aberto, e então? É uma penthouse ou não? Ah bom!)?? Isto é uma problema: há muitos bichinhos de conta claramente desnorteados e a passear por onde não devem. A outra parte do problema tem a ver com o seu curioso método de defesa: o enroscanço sobre si mesmo. Ora é giro, sim senhor, parecem umas bolinhas, que fofos!, mas depois não se conseguem voltar a por de patas no chão e ali ficam a espanejar de barriga para o ar. E a malta vê isto e o que é que faz? Passa dez minutos por dia a virar bichos de conta escada acima, escada abaixo. Não têm conta os comboios que perco entre Março e Julho, à conta dos bichos de conta. E, quando estou de calças ainda é como o outro, agora com saia já é mais chato ficar ali de rabo alçado à espera que o bicho desenrole e se deixe salvar. Costumo usar o método do disfarçar a fingir que estou a limpar o sapato, porque acho que os outros passageiros não estão preparados para esta dedicação aos crustáceos terrestres. Reparem que me estou nas tintas para o que pensam de mim, mas não os quero perto dos meus bichinhos de conta com as suas patorras imensas. Donde o low profile dado à coisa.

Encaro isto como uma das minhas missões na vida: salvadora de bichos de conta. Não se riam: esta história do Karma é tramada. Tento ser boazinha para todas as criaturas de Deus(euh...menos baratas e aranhas e accionistas imbecis e, claro o anormal do 2º esq.) porque nunca sabemos se voltamos e como.

E é pena. É pena porque se eu soubesse como voltariam certas pessoas, engraxava o Big Boss do Universo para voltar directamente acima na cadeia alimentar deles. E nhac! Primeiro um bracinho, depois uma perninha, e ficava a vê-los arrastar-se em agonia até ficarem exangues e mortiços. E depois deitava-os fora, que eu sou de boa boca, mas a ruindade da presa ainda me ficava a trabalhar no estômago...

Hum...Em calhando calava-me, que já me estou a entusiasmar e ainda me esqueço que não estou ainda reincarnada em super predadora do universo e não posso começar a trincar pessoas por aqui...

Bom, voltando à biologia, se gostaram deste artigo sobre o bicho de conta terei todo o gosto em dissertar proximamente sobre a lagarta da couve.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Limpeza

Li hoje no jornal que o FCP terá alegadamente aliciado pela porta do cavalo o Sr. André Villas-Boas para substituir mister Jesualdo e que, por isso, o sr. André Villas-Boas já não será o próximo treinador do meu Sporting. Sobre isto, três palavras: GRAÇAS A DEUS!

Portanto, o meu público agradecimento ao FCP por impedir que o tiozeco do nome com hífen vá para Alvalade. Já lá temos tiozecos a mais, e não precisamos de mais candidatos a cabelo Pantene, que o Miguel Veloso já trata da coisa sozinho.

Já agora levavam também o sr. Costinha, que ninguém percebe muito bem o que lá anda a cheirar. Tenho nada contra o senhor, que até é casado com uma ex colega minha e com quem já privei num casamento (o homem não abriu a boca, não é lá muito simpático ao vivo), mas parece-me a mim que insistir em colocar ex jogadores como directores desportivos não leva a lado nenhum. Especialmente quando esses ex-jogadores nem sequer jogaram no clube, têm o carisma de uma lagarta da couve e uma credibilidade ao nível da de uma ameba acéfala. Disse o Sr. Costinha: 'comigo o Izmailov não joga mais'. No jogo a seguir, Izmailov é convocado. Dir-me-ão: o Sporting precisa do Izmailov. E eu digo: precisa com certeza. De quem não precisa é do Costinha. DAHHHHHHHHHHHH!!!!!!

Continuaria a dissertar, mas preciso ir googlar para ver se os melros piam. Assaltou-me esta interrogação esta manhã, ao descer a avenida. E também tenho de ir ver o que quer dizer sonhar com uma morsa albina e um lago cheio de rãs... Voltarei com as respostas a estas pungentes interrogações oportunamente.

Obviamente não consegui encontrar uma foto de uma morsa albina... há registos de crocodilos albinos, lontras albinas, escorpiões albinos, esquilos albinos e um golfinho cor de rosa, mas morsas albinas népia! É o que eu digo, o Universo conspira contra mim. Tenho de sonhar com bichos que não existem! Damn!!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Blog interessante para os amantes de animais


Tomei a liberdade de nomear este feneco (ou raposa-do-deserto) embaixador do blogue mais giro que encontrei nos últimos tempos e não resisto a partilhar o link:


Aqui podemos assistir ao nascimento de belugas, ver crias de urso polar a fazerem tropelias, admirar o aspecto das crias de animais bizarros (como o pangolim) e derreter com os bébés animais em geral. Eu cá sou fã!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O mais recente inquilino


Eis Napoleone, em toda a sua magnificência.


Ou pelo menos na magnificência possível com a qualidade duvidosa da camera do meu estúpido telemóvel.
Napoleone é um betta splendens, também chamado de Combatente devido à sua agressividade para com outros peixinhos da mesma raça. Ouço dizer que podem conviver com peixes mais dóceis, mas acho que não vou arriscar elevar mais a taxa de mortalidade que por aqui impera neste campo.
Têm a particularidade de poder absorver oxigénio do ar atmosférico graças a órgãos chamados labirintos, que permitem a não sei bem quê, não sei bem como, que esta parte já não retive da explicação do mestre piscícola. Têm um ciclo reprodutivo engraçado, pois procriam em ninhos de bolhas de ar e é o macho que toma conta da prole. Claro que também costuma comer a prole, pelo que é conveniente ficar de olho. Donde se conclui que no reino animal, como em todo o lado, não se pode confiar nos gajos!


Espero que tenha mais longevidade do que Sansão, Dalila, Ken (don't ask) e what's his name (que, doente que vinha, só durou um dia e levou Ken com ele para o paraíso dos peixinhos vermelhos. Estúpido what's his name!).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Batem leve, levemente

Cheguei a casa ontem (por acaso foi hoje, mas vou postar isto mais tarde) e encontrei este espécime pespegado na porta do prédio.
Devido a uma distracção cósmica do Grande Galo Universal (certamente ocupado a infernizar outra alma que não a minha) por sorte tinha a máquina fotográfica comigo. Não que me adiante de muito: a minha máquina pré jurássica não está equipada com o zoom adequado para fotografar esta fauna. Ainda assim registei o raro momento. Não me lembro de alguma vez ter tido um encontro tão imediato com uma bicheza destas e fiquei, como fico sempre, fascinada, mesmo se a criatura é intrínsecamente feiota...



É claro que os louva a deus mais giros são verdinhos mas, tendo em conta a presente época do Sporting, acredito que esta criatura perdeu a cor. Já viste, Paulinho?! Até os artrópodes andam low profile... Tu faz alguma coisa, homem!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Foi bom, mas acabou-se!

Ah e que perfeitos têm sido estes dias de sossego, com tanta preguiça neste corpinho. Adoro o ócio e não fazer nenhum. Pronto, já disse, so shoot me!

Gostei tanto de estar sossegadita a recuperar das férias que temo o pior quando regressar ao escritório amanhã. Na melhor das hipóteses tenho um ataque de choro; na pior corto os pulsos com o saca agrafos (não sei onde meti a tesoura). Seja como for, não prevejo nada de bom.

Mas isso será só amanhã. Hoje o que quero partilhar é muito mais interessante. Não, não, ainda não é o resumo da minha epopeia Bávara, Austríaca e Checa, que ainda não consegui escolher as fotos mais ilustrativas de entre as 800 que tirei.

O que quero partilhar é mesmo o grande amor que os meus gatos nutrem por mim. Fizeram-me uma recepção digna de uma rainha (que toda a gente sabe que eu devia ser, em vez de estar por aqui a apodrecer com a plebe nos transportes comuns) e prepararam-me uma surpresa logo na primeira noite. São uns queridos: fizeram questão de que eu não me apercebesse de nada até às cinco da manhã, altura em que uns barulhos mais furiosos me despertaram. Mandei-os calar, estremunhada, mas os monstros não paravam quietos. Acendi a luz. Vi o Gil enrolado no tapete, com o Boris a olhar para ele (a Nádia não se mistura com os arruaceiros, claro está). Enxotei os dois, estiquei o tapete e dei com esta coisa:
O que vale é eu estava estremunhada e achei que não estava a ver bem, e por isso não mandei um sonoro berro. Depois percebi que já estava morta, e já não gritei, mesmo. Peguei em dois lápis de contorno dos olhos e transportei o cadáver à Mikado até ao lavatório, para observação, fotografia e posterior remoção asséptica, que é como quem diz, mandar a coisa cano abaixo.

Tenho duas teorias:

a) ou era uma minhoca gigante (ando furiosamente a repetir 'era uma minhoca gigante' cem vezes por dia)

b) ou era uma cobra bébé

Qualquer das duas é assaz repulsiva, sendo que o meu problema principal, a ser a teoria b), é saber onde raio anda a mãe e se estará chateada!

Ando há quatro dias a espreitar por baixo da cama, a sacudir chinelos e a olhar para a sanita antes de me sentar. Não sei, parece-me estranho estas coisas subirem a um terceiro andar. Se fosse uma osguinha, tranquilo, agora bicheza rastejante desconhecida já não acho tão bem. Onde raio é que os gatos me vão desencatar estas coisas, alguém me faz a fineza de dizer?

Já me largaram um pardal morto debaixo da cama, agora esta coisa nojenta no tapete. E o que se segue? Um boi almiscarado na banheira, não?

Só comigo...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Casa Nova...

... Para os meus monstros aquáticos. Sim, que eu ainda estou à espera do garboso jóve, inteligente, giraço e bem educado ( e com um rendimento mensal nunca inferior a 3000 euros líquidos mais seguro de saúde e carro de função) que me ajude a comprar uma vivenda com uns poucos de hectares de terreno e um lago com carpas japonesas. E um prado com um ou dois cavalinhos, também.

Ok. Onde é que eu ia antes de partir para a lalaland? ah, sim: parti o outro aquário. Sem comentários...

Tive de realojar Sansão e Dalila de emergência. Não tendo amigalhaços no pelouro da Habitação da CML, tive de mexer o rabo e ir comprar uma casa nova com os meus próprios meios. E porque sou pela verdade: isto que aqui vêem não é um aquário. Não, não. É um contentor para répteis. Ou roedores. Dá para os dois, se bem que seja mau sinal (para o segundo) se estiverem lá dentro em simultâneo.
Sansão e Dalila parecem felicíssimos e nada ralados por estarem num tanque em acrílico que me custou 15€ em vez dos 37€ que me pediram por uma coisinha minúscula de vidro. Com o que poupei já posso comprar mais uma saca de 3Kgs de Purina para os meus monstros peludos, ou, em alternativa, uma linda xanatinha que ando a namorar na estação de metro de Sete Rios há uns dias.
Hum... comida para os gatos....xanatinha....comida para os monstros peludos...xanatinha linda....comida para os glutões ...xanatinha maravilhosa... comida para os ingratos obesos... xanatinha absolutamente divina...comid....xanatinha...xanatinha....xanatinha...xanatinha...
:)

Banda sonora: Build - Housemartins

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cabras da minha vida

Que a minha vida é um caos, já toda a gente sabe, de tanto que já aqui me chorei de falta de tempo.

Hoje não é excepção: depois de ter finalmente visitado quase todos os meus blogues favoritos e escrito meia dúzia de comentários tontos, e outro tanto de comentários francamente imbecis, eis que bate a uma da manhã e eu ainda aqui estou, a começar um post que era para ter sido escrito ontem, em substituição de outro que queria postar há dois dias, mas que entretanto passou de prazo e pertinência. O costume, portanto.

Mas não me queria ir deitar sem contar a minha história de cabras.

Para começar, eu gosto imenso de cabras (por esta altura do campeonato, calculo que seja uma surpresa para todos).

A minha infância e adolescência estão pejadas de cabras e relembro com carinho aquela vez em que fui visitar uma quinta com a escolinha e que nos disseram para ter cuidado porque as cabrinhas comiam tudo. Depressa confirmei o facto, pois fiquei sem metade do gelado que levava na mão. Aliás, sem o gelado inteiro, porque depois não me deixaram comer o que tinha sobrado. Maricas!


Anos mais tarde, já moçoila, fui fazer uma mini visita de estudo à Serra da Estrela com os colegas do 9ºD. Pernoitámos em Manteigas, VILA que me é muito querida, e onde, acabadinha de sair do autocarro ao pé do Café Central, encontro o meu tio, de cabra a 'tiracolo'. Abraços e beijos, 'ó menina, segura-me aqui na cabra que eu vou ali beber um copito ao café'. E lá fiquei, de cabra na mão, com os colegas todos a rir, até que se fartaram e se foram embora sem mim. Mas não me importei, que a cabra era giríssima e eu adorava o meu tio.
Entretanto cresci, o meu tio morreu, e já não temos cabras nossas em Manteigas.


Estava resignada doravante a cruzar-me apenas com as cabras ( e seus correspondentes masculinos) de duas patas que foram aparecendo no meu trilho, e que tentei, na medida do possível, erradicar do meu pensamento, quando ontem, ao contornar um furgão estacionado em cima do passeio (lógico), com Sasha Margarida pela trela, dou de caras com... uma cabra. E mais outra, e outra ainda, a saltitar ao nosso lado. Quando dei por mim estava no meio de um rebanho, que tranquilamente atravessava a estrada. É a beleza de se viver no campo. Sasha Margarida, essa inútil de 38 Kgs, meteu o rabinho entre as pernas e ficou a olhar para mim, como quem diz 'Help?'. E a cabra líder, a avaliar a situação 'marro a gorda, não marro a gorda' (a gorda sendo a Sasha, obviamente). Momentos de tensão em Santana City...

Muitos anos com cabras, de duas e quatro patas, ensinaram-me um ou dois truques: ou se ignoram, ou temos de lhes bater. Estava com pressa, por isso empurrei Sasha Margareth o melhor que pude sem correr o risco de deslocar um braço, passei rente à cabra sem olhar para ela, mandei (à cautela) um dos 3 sacos que levava para a minha zona posterior (não fosse ela entusiasmar-se e marrar em mim), e lá desci a rua aos 'esses' com Sasha Margareth, já recomposta e armada em locomotiva, a fugir do dlim dlim dos chocalhos. Bela defensora tenho ali! BAHHHH, dêem-me um chihuahua, que me safo melhor!

Pronto, agora vou reflectir um momento sobre a pertinência deste post, e depois vou dormir.


Banda Sonora:
I'm a Bitch - Meredith Brooks
(claro! era esta ou o 'La Cabra'... sim, o vídeo é um Manga estúpido mas não consegui nada melhor)

domingo, 12 de abril de 2009

Conversas da bicheza


- Olha lá, Boris, não achas que a dona anda um bocado chateada connosco? Tá sempre a ralhar, tem fúrias... a malta já não pode remexer nos vasos que leva logo no rabo...nem subir para o parapeito da janela para roer o tomate cereja....acho mal, pá.

- É que é mesmo, Gato Gil! E agora ficamos de castigo fechados na cozinha todo o dia? Eu por acaso acho mal, porque a culpa é da Nádia, essa sonsa, e nós é que pagamos as favas! Que culpa temos nós de ela ter desenvolvido uma fobia ao caixotinho e que agora queira aliviar-se onde não deve? Eu ainda percebia se ela estivesse chateada por causa da cena do vaso, mas ainda assim é bem feito porque um gato precisa correr e não tem de ter obstáculos no caminho... e também ajudava se não lhe tivesses roido a avenca toda, pá...
Xiii, disfarça que vem aí a cota porcalhona.... fiuf fiufuif fiufufiuf


- Vocês são dois gatinhos detestáveis. Como é que eu não hei-de ter distúrbios mictórios com vocês dois sempre a agredirem-me? Eu, que tenho idade para ser vossa tetravó! Não têm respeito é o que é, seus juvenis delinquentes.

A minha vida era um paraíso antes de vocês chegarem. E a culpa é dela, daquela idiota, que vos trouxe para casa. É justo que eu lhe infernize a existência. Gostavas daquele edredon, Safira? E então, porque reclamas, se te dei oportunidade de o lavar e de o ver brilhar ao sol? Não querias que tivesse maculado o teu tapete da sala, Safira? olha, que peninha que eu tenho! Mas tu és tão deliciosamente otária, continuando a dar-me colo e mimo, que eu não resisto a ver até onde estica a tua corda. Que tu não terias coragem de me apertar o pescoço, como tantas vezes apregoas, pois não? Mas não penses que me esqueço do chinelo que me mandaste à cabeça ontem...prrrrrrr, não perdes pela demora prrrrrr...
Xiii...olhem, olhem, vem aí a engraxadora!


- Vocês gatos são mesmo uns fingidos de primeira. Andam aí a fazer romrom e a pedir colinho para a dona se derreter toda e depois dão-lhe cabo da casa. E ainda fazem troça agora que ela está quase afónica e não consegue projectar a voz. Pensam que não vos vejo a rir à socapa quando ela quer ralhar e só lhe saiem uns guinchos bizarros? Ao menos respeitem os enfermos, pá!
E tenham a coragem de fazerem como eu, que roubo comida e desobedeço descaradamente, mas pelo menos faço tudo às claras. E deixo dormir as pessoas, apesar de roncar como um tractor, não ando por aí a arranhar as portas e a fazer rally paper por cima da cabeça da dona. Depois admiram-se que ela ande chateada. Muita sorte têm vocês de ela não vos mandar da janela abaixo. Pera lá que eu já andava a trazer ração de Lisboa para vocês. Já não há Purina One no pingo doce da esquina? Azar! Não gostam de beber água do vosso bebedouro? Azar! Que eu cá não andava a levar-vos à torneirinha do bidé! Muita sorte é o que vocês têm. Aliás, nós. Nós temos. Que qualquer pessoa normal já nos tinha rifado há anos! Vejam lá se atinam, que a dona anda a falar muito no tempo em que só tinha hamsters e peixinhos.



Posto isto, desejo uma Boa Páscoa a todos! Assim de repente, a ideia de passar o dia com a família, incluindo os gémeos terroristas e o bébé hiperactivo, e não por a vista em cima desta malta durante umas horas, parece-me o céu!


Banda Sonora:
'Yesterday' - The Beatles

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Só visto!

Lembram-se dos pobres tubérculos de peixe de há uns meses atrás? Pois Sansão e Dalila agora estão assim. Tipo, uns monstros!

Aceitam-se donativos para lhes comprar um aquário novo...