quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Em directo da Neve

A preguica tem-me impedido de vir ate ao primeiro andar do hotel, onde, pasme-se! existem dois terminais de ligacao ao mundo dos vivos. Pena o teclado nao ter metade dos acentos e que por isso levo mais de dez anos a escrever uma simples palavra. Alias, nem consigo perceber muito bem que teclado sera este. Mas aventuro me a dizer que e' um teclado estupido!
Hoje nao quis ir com os rapazes e vou ficar por aqui com as miudas, nas compras, a beber chocolate quente, ou a fazer outra coisa qualquer que n#ao implique partir um membro. Esta coisa do ski 'e muito gira, mas ou se 'e mesmo bom, ou mais vale n#ao abusar da sorte. Como ja fiz isso logo no primeiro dia, a descer pistas vermelhas quando ainda mal me consigo aguentar nas azuis, acho que 'e melhor mesmo reduzir-me a minha qualidade de nao sobredotada para estas aventuras e deixar os mocos irem descansados, em vez de passarem a vida a parar para ficar a minha espera, com palavras de incentivo que, invariavelmente, resultam em mais um trambolhao.
O meu score ate' a data e' o seguinte:
quedas controladas=5
malhos de pura parvoice (tipo, olhar para as arvores em vez de para a pista)= 2
valentes malhos= parei de contar aos 7, mas foram mais de certeza
tentativas de atropelamento por parte de snowboarders=1
colisao com snowboarder=1 (n sei se era giro, estava demasiado ocupada a tentar tirar os meus skis da prancha dele)
Inexplicavelmente, nao me magoei muito. Umas nodoas negras e um andar meio empenado, mas esta tudo bem, por enquanto. O orgulho deixei-o de lado quando comecei a ver que a coisa nao ia correr bem. So nos achamos atrasados mentais na primeira queda; depois, nas seguintes, levantamo-nos apenas contentes por ainda estarmos inteiros. Assim se passam os meus dias... entre adrenalina e relax, e em muito boa companhia!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Hasta la Vista, Baby!

Queridos amiguinhos, vou de férias!!!
(e levo comigo a Gata Verde e o Rafeiro, ó pra nós três tão jeitosos na fotografia)
Em jeito de despedida (temporária) um pequeno poema, à desgarrada:
Ó Barcelona de Gaudí,
E das casas meio tortas
Logo mais estamos aí
A bater às tuas portas
Numa escala cultural
antes de seguir para Pas de la Casa
onde parece que é normal
Ter sempre o posterior em brasa
Antes que o libidinoso pensar
interprete erradamente
Deixa-me cá reformular,
é mais tê-lo sempre dormente.
Quanto mais falo, menos acerto
e mais me custa explicar
Que o meu rabo será por certo,
o que mais neve irá beijar!!!!
WISH ME LUCK, que isto tá enferrujado!!!!
Fiquem bem, e se eu achar um cyber café venho dar um alôzinho!

É só mimo...

Já há algum tempo que tinha prometido um miminho especial a duas amiguinhas virtuais, que, por várias vezes, manifestaram o desejo de ter uns amigos de quatro patas para lhes fazer companhia e dar miminhos.
Como os meus gatinhos já estão habituados ao meu mau feitio, não acolheram com agrado a proposta que lhes fiz de ir passar uma temporada fora. Assim, à falta de melhor, consegui convencer a Clarisse e o Bernardo, últimas aquisições felinas aqui do Gatil, aqui retratados em todo o seu esplendor, a posar para a minha campanha do 'Miminho Virtual'.
É pois com grato prazer que envio este mimo à Carracinha, por um lado para lhe agradecer os mimos que me tem enviado e as palavras simpáticas com que me brinda assiduamente, e por outro porque também acho que ela é uma das pessoas mais 'doces' da blogosfera (e pronto, ok, também é um bocado de graxa a ver se me empresta o vestido da Mango,lindíssssssssssssssimo;)) e à Eumesma, que também é uma querida e também merece um miminho para manter a boa disposição quando alguma nuvenzita escura ameaça aparecer. Quem é que pode ficar deprimido com duas mascotes destas?
Espero que gostem, meninas!
Ah, muito importante: Isto não é um prémio, é mesmo só um miminho... não é preciso repassar, nem colocar no blogue, nem nada dessas coisas. E também não é preciso agradecer, desde que gostem, por mim já está tudo bem! :)

Para que os outros bloggers não fiquem com ciúmes (sim, que eu sei que o sonho secreto de cada alma que continua a vir visitar-me é ter uma foto de dois gatos de madeira com cara de parvos), a Clarisse e o Bernardo, a Nádia, o Boris e o Gato Gil mandam saudações e muitos ronroms. A Sasha Margarida, que já ressona como um tractor, recusou associar-se à campanha, por falta de estímulo (entenda-se, comida).

Já eu mando a todos um grande beijo!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Almocinho de pôr os olhos em bico

Miam, miam… Olhem só para o rico almocinho que a vossa amiguita teve hoje! Descobri este restaurante japonês, com preços muito acessíveis - dentro do género, claro! Menu a 12€, que inclui uma sopinha muito maravilhosa, esta travessa imensa de sushi e sashimi, chá verde e café).

No Tsuki, os olhos também comem! O ambiente é muito agradável, o serviço é bom (apesar de hoje ter sido um bocado lento, porque a sala estava cheia), a apresentação é isto que se vê (ou que se veria não fosse a pobre definição do estúpido telemóvel. Não sei quem é que disse que a Sony Ericsson é uma boa marca, mas enganou-se! ).Tudo isto explode numa combinação de cores e sabores, sempre diferentes. Hoje a novidade era o polvo e o choco, um choco alaranjado, estranhíssimo, mas saboroso. A carta de sobremesa deles também é variada: gelado de gengibre (maravilhoso), gelado de chá verde (bonzinho), mousse de dois chocolates (ainda não provei) e hoje comi um bolo de cenoura com chocolate quente e gelado de nata. Para os menos aventureiros, também há o tradicional Cheese Cake. Eu pessoalmente não vou muito à bola, mas estava bom, que ainda fui roubar um bocado do da colega.

Com tudo isto, é fácil perceber porque é que de há uns tempos para cá tenho mais dificuldade em vestir metade da minha roupa...

Anyways... amantes de sushi, que estejam em Lisboa, dêem um saltinho à rua nova de S. Mamede (ao Rato), e verifiquem in loco! Ou espreitem o site aqui.

(e não, não tenho comissão ;))

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Vamos brincar ao faz de conta

Fiquei a pensar num comentário que fiz num post desta senhora que falou da Bridget Jones e me levou às divagações habituais que me assaltam nos tempos mortos que passo no comboio ou no metro, ou quando não tenho nada de mais interessante para fazer do que pensar em coisas parvas (o que acontece amíude, devo confessar). Espero que o mesmo vos aconteça pois, caso contrário, o meu desafio não vai ter piada nenhuma. Pois que gostaria que quem por aqui passasse deixasse o seu testemunho sobre o seguinte: com que personagem de série televisiva, filme ou desenho animado mais se identificam e porquê?
Pronto, lembrei-me disto. No comboio, pois claro! :)
Vou dar o exemplo e indicar a minha personagem fétiche: a Ally McBeal. Em versão não anorética (reparem na subtileza para não dizer 'mais gorda') e menos gira, mas de resto, o 'galo' e a tontice são muito semelhantes. Ainda não vejo bébés a dançar, mas pouco falta! :)
Eu adorava a série, e apaixonei-me (de uma forma não lésbica) pela Ally. E através dela fiz muita psicanalise de trazer por casa, e acho que, no fundo, ambas somos umas românticas incuráveis, vivendo em órbita num planeta cor de rosa que só existe nas nossas cabeças, e conseguindo, com mais ou menos custo, ocasionalmente descer à terra e conviver com as pessoas normais. Mas no fundo, andamos sempre na lua, lutando por princípios em desuso, qual D. Quixote de saias, e a sonhar acordadas, com o príncipe encantado e os contos de fadas que nunca acontecem. Ou acontecem aos outros, e nós nunca percebemos muito bem onde é que nós errámos.
E com esta nota nostálgica vos desejo uma boa noite. Com pesar tenho de recolher-me nos braços de Morfeu, à falta dos braços do Reynaldo Gianecchini ou de outro Deus mortal semelhante. Além disso, estou a ficar sem bateria, e a Nádia teima em deitar-se em cima do teclado. Digam o que disserem, não é fácil escrever com um gato ao colo!

Beijinhos e mandem-me personagens!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Não há quem não me chateie

Fim de semana. Para muito felizardos, dois dias de lazer. Para esta vossa desgraçada amiga, dois dias de reunião de condomínio. Não, não estou a gozar. Tive uma ontem, em que se levou hora e meia a realizar que não aparecia mais ninguém e que não havia quorum. E vou ter outra daqui a dez minutos, com as mesmas pessoas que apareceram ontem, para constarmos que não há quorum na mesma, e decidirmos que as pessoas presentes vão aprovar as decisões. Ok... não podiam ter feito isto ontem, não? Tenho de perder a minha happy hour por causa dos atrasados mentais dos vizinhos????
Que neura!!! E ainda por cima são burros. Ontem eu disse que a minha chave da garagem não funcionava e vem um dos condóminos, a quem toda a gente trata por doutor, suponho que por usar óculos e ter ar de professor pardal, e diz-me: mas já mudou a pilha??? Olhei para ele como se ele fosse de Marte e disse: ' mudar a pilha a uma chave?? Hum... parece-me estranho! Diz ele: não, não é a chave, é o comando. E eu: mas eu estou mesmo a falar da chave, que não abre o portão! E ele: ah, julguei que era o comando!
DAHHHH!!! Hello!!! Que paciência.
Olha, nem a propósito! Tocou-me agora o telefone. Era da PT... ao domingo!!! Isto do telemarketing está cada vez mais apurado! Mas achei piada porque a moça começou logo por dizer que se calhar era chato estar a ligar ao domingo de manhã... Não, é lá agora, a malta curte estas acções publicitárias logo de manhã! Especialmente quando estão a anunciar o MEO... especialmente quando eu digo que a própria PT me mandou uma carta a dizer que o sinal ainda não cobria a minha zona, em condições. Ao que ela responde: mas aqui no sistema diz que a sua zona tem cobertura provável. E eu: pois, provavelmente não vou correr riscos, por isso se não se importa ligue-me quando tiver cobertura de certeza!
Epá, PORRA!!!! Estou possessa!!!!~
E agora deixa-me cá ir aturar a vizinhança histérica outra vez.
UMA VIVENDA ISOLADA!!!! O MEU REINO POR UMA VIVENDA ISOLADA!!!!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Um prémio álentejâno!!

Recebi de um dos blogs que costumo vigiar atentamente, e que dá pelo nome de 'As Dualidades' e é escrito a duas mãos, este Garfield, altamente estiloso (mas traído pelo seu peculiar linguajar, vindo directamente da planície alentejana ).


Ao JP, o meu muito obrigada pela distinção. Os gatinhos também gostaram do novo amigo, e a Sasha Margarida já lhe anda a cobiçar o bonézito!


Felídeos do burgo, vão lá espreitar, que eles têm lá velharias dos nossos tempos de criança, e links para podermos cantar a Abelha Maia e ver o genérico da 'Casinha na Pradaria'... Ai, quisera eu ser a Laura Ingalls, a correr pela colina florida e a mugir as vaquinhas e... E aqui estou eu, agarrada a um PC, a olhar para o relógio de cinco em cinco minutos. A agonizar pelas seis da tarde....MISERICÓRDIA!!!! Tirem-me daqui!!!!




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Epá!!! Vim cá ver se passava os 10m que faltam para sair e deparo-me com o meu contador de visitas... só faltam 5 para os 1000!!! :)

Quem quiser deixar um ar de sua graça se for o visitante nº 1000 habilita-se ao sorteio de um prémio mistério!!!

Happy Valentine!!!!

Acordei com a monumental rabuja!
O facto de ter tido uma discussão feia com o chefe, ontem logo de manhã, lixou-me o espírito boa onda em que tenho estado. Ainda assim, e como entendo que devo ao meu espírito manter-me zen para não deixar que as más vibrações de uma ínfima parte da minha vida influenciem a minha capacidade para gozar em pleno as outras partes da minha vida, as que realmente importam, (uf, finalmente uma pausa para respirar), eis-me aqui a deixar a minha celebração a todos os namorados (e casados, eternamente enamorados. Ora bolas, e solteiros enamorados da vida, pois claro!).

Nunca liguei muito ao dia dos namorados, até porque as amostras de namorados que tive nunca contribuíram muito para dar, à data, contornos de algo remotamente romântico. Como se sentissem que ‘especialmente’ nesse dia, ser terno ou remotamente atencioso era condenação às grilhetas do casamento imediato. Nos outros dias, não, a coisa corria (mais ou menos) bem. Mas o dia dos namorados era uma data em que inevitavelmente havia merda. Relembro (agora) com graça, um episódio em que eu, imbuída do espírito de generosidade com que abraço as pessoas importantes na minha vida, e cheia de vontade de agradar, e com a mania das surpresas, sabendo que o energúmeno gostava de um perfume da Lanvin, lá larguei 40 euros (há cinco anos valia bastante mais que agora, certo?). À tardinha, depois do trabalho, fizemos a troca das prendinhas. Eu recebi três micro rosas, muito foleirinhas, e ainda tive direito a ouvir reclamação porque aquilo era um escândalo, porque a embalagem tinha custado mais do que as flores (pelo aspecto que elas tinham, não me surpreendeu nada!), e que tinha pago quase 10€ por aquilo. 'Meu Deus!', disse-lhe eu (que já na altura digeri mal, como é evidente), 'que horror, coitado, mas porque é que foste gastar tanto dinheiro, com tanta flor que há no campo?!' Bom, a coisa correu mal, e nem dois meses depois fomos com os porcos. Nem a camisola oficial do Sporting, a única coisa de jeito que ele me ofereceu o safou. Aliás, tive de queimar, juntamente com os postais de juras de amor eterno, por uma questão de princípio. Não podia usar uma camisola do meu Sporting, dada por uma pessoa abjecta, e ainda por cima benfiquista. Sorry, mas foi tudo para o auto de Fé! Eu cá sou assim, amigos. Temos pena. Só fiquei com a aparelhagem que me deu o último, porque o meu leitor de CDS está avariado e dá-me jeito aquela. Mas quando não, tinha ido janela fora também. Gajas...)
No dia dos namorados do ano passado, foi ainda pior! Tudo o que recebi foi um sms que dizia ‘que este seja um dia especial para as pessoas que se amam’...hum... então, mas espera, nós estamos nessa categoria ou não? Se calhar não. Por acaso já tinha reparado, mas como sempre, tive de ser eu a 'tê-los' no sítio para acabar com o embuste. Passado uma semana, mandei-o às couves. Mas fiquei com a aparelhagem.

Estes episódios são de facto as minhas recordações ex libris do Dia de S. Valentim. Mas, como não sou uma gaja invejosa nem rancorosa, não tenho problema nenhum em brindar ao Amor alheio. Para todos os casais apaixonados, aqui fica uma canção xaroposa, muito 80’s, e que até gosto de ouvir. Mr. Stevie Wonder...



Beijos e bom dia para todos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

PROCURA-SE :

MEIA DE LYCRA, NOVA, COR TABACO.


VISTA PELA ÚLTIMA VEZ NO DOMINGO À TARDE,
NA BOCA DESTE ANIMAL:

O desafiador desafio

Parece que eu -e mais metade da blogosfera - fomos desafiados a responder ao desafio abaixo.
Perdoarão a pobreza do estilo literário, mas estou morta de sono. Não sei que ideia peregrina é que me fez acender o computador quase à meia noite, mas enfim...
Por isso, aqui fica, tudo o que (não) precisavam saber a meu respeito:
7 coisas que sei fazer bem:
1.Cantar
2.Pintar
3.Cozinhar
4.Ponto Cruz
5.Dizer palhaçadas para a malta rir
6.Surpresas
7.Salvar gatinhos da rua

7 coisas que não sei fazer:
1.Adivinhar os números do Euromilhões
2.Dançar
3.Usar uma máquina de costura
4.Usar um berbequim (MEDO!!!!)
5.Fazer-me respeitar-me pela minha cadela
6.Disfarçar quando estou P da vida
7.Mentir

7 coisas que digo frequentemente:
1.Estou farta desta merda! (todos os dias, várias vezes ao dia, no trabalho)
2.Sai-me da frente, estúpido de merda, anda lá com essa lata!
3.Sasha, NÃO!!!!!
4.‘Cabrão de merda, isso agora não é falta, ó palhaço?! (todas as semanas em que o Sporting joga e é penalizado pela arbitragem. E por vezes, mesmo quando não é. Gosto de insultar gratuitamente as pessoas que não me podem bater de seguida)
5‘.Achas isto normal????’ (todos os dias, várias vezes e em voz muito alta, a raiar o berro)
6.Boris, SAI DAÍ!
7.ARGHHHHHHHHHHHHH!!

7 qualidades que aprecio no sexo oposto:
1.Inteligência
2.Sentido de Humor (do fino, não do brejeiro a raiar o ordinário)
3.Sensibilidade
4.Nobreza de carácter (inclui honestidade e sinceridade)
5.Educação
6.Ser sportinguista e gostar de ver a bola!!!
7.Compatibilidade musical
7 filmes preferidos:
1.O Senhor dos Aneis (trilogia)
2.Seven
3.África Minha
4.Love Actually
5.City of Angels
6.A Lista de Shindler
7.O Clube dos Poetas Mortos

7 actores/actrizes preferidos:
1.Al Pacino (o Grande)
2.Nicholas Cage ( o Anjo maravilhoso)
3.Ralph Fiennes ( o vilão mais charmoso de sétima arte)
4.Jeremy Irons (o Senhor Actor)
5.Hugh Grant (o gajo é bom na comédia)
6.Viggo Mortensen (pá, desculpem lá, o Aragorn tirou-me do sério!)
7.Sylvester Stallone (já sei que se vai tudo mandar ao ar, mas eu gosto dele. Mai nada!)

Epá, só indiquei gajos... Bom, as miúdas: Julia Roberts, Sandra Bullock e Meryl Steep.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

MANIFESTO CONTRA A ‘NORMA’

Mais de 30 anos, solteira, ou sem relação estabelecida, e sem filhos. Para a maior parte da nossa (in)civilizada sociedade, esta conjugação ‘dantesca’ de factores é uma cruz que as ‘coitadas’ das moças têm de carregar, na ‘vergonha’ da sua existência. Aliás, para as mentes iluminadas que resistem da Era da Trevas, existir, plácida e transparentemente, é a única coisa que parece estar reservada às ‘tristes’ que não conheceram (ainda) o estado de graça social que o casamento traz, e o enobrecimento que a maternidade confere. A ‘Norma’ ainda é casar e ter filhos, sendo a alternativa considerada como não ter vida.

Esclareço: não tenho absolutamente nada contra o casamento ou a maternidade. Até são coisas às quais, obviamente, almejo, mas que, não acontecendo, não se me afiguram como o drama absoluto. Convém esclarecer que o meu estado de zenitude em relação ao tema é fruto de muitos anos de tortura e aceitação da ‘Norma’ como condição única para a felicidade. O caminho da luz foi longo e tortuoso, e ainda tenho actualmente alguns momentos que, vá, sejamos honestos, me magoam profundamente e me deixam jururu durante uns dias ( felizmente, cada vez menos), mas globalmente, vivo muito bem com o meu celibato. Que remédio tenho eu, dirão, porque a verdade é que o meu celibato não decorre de uma escolha pessoal, antes de circunstâncias diversas, às quais não serão contudo alheias o estado lastimoso do mercado masculino, e também, no meu caso pessoal, o aumento exponencial do meu grau de exigência a cada tropeço que vou dando.)
Convivo bem com o meu celibato desde que, claro está, não me venham espicaçar com bocas parvas ou atitudes imbecis.
A infeliz saída do meu Chefe, mencionada no meu post anterior, foi porventura a gota de água que fez transbordar o meu - já perigosamente cheio – copo.
Estou positivamente farta de situações como as abaixo:
a) As perguntas parvas: ‘então, tá tudo bem? E como vais de amores?’ (Não é ‘como vais de saúde’, não que isso não interessa nada, até podemos ter acabado de sair de uma pneumonia viral, que o importante é saber se andamos a ter ‘actividade’
Também há a variante mais brejeira: ‘então, tá tudo bem? E gajos??’
b) As perguntas parvas nos casamentos: ‘então e tu, quando é que casas?’, que demonstram grande sensibilidade, especialmente quando as pessoas estão cansadas de saber que, por acaso, nesse momento, até não estamos envolvidos com ninguém.
c) As perguntas francamente imbecis: ‘mas tu não gostas de gajos, ou quê?. Ou seja, se uma pessoa não tem um namorado é automaticamente lésbica.
d) As presunções idiotas:
1) Uma pessoa solteira é burra. Não tem capacidade para apreender a complicada teia conjugal, e é absolutamente incapaz de participar numa discussão sobre a matéria. Está por isso, automaticamente, condenada à eterna condescendência: ‘ah, pois, mas claro que tu não sabes o que é viver o dia a dia, bla bla bla, isso não é bem assim, depois me dirás, quando passares pelo mesmo’.
2) Uma pessoa sem filhos também é burra. É incapaz de apreender a teoria de que a cabeça de um bébé deve ser amparada quando se pega nele. A pessoa sem filhos estará eternamente condenada ao ‘cuidado, olha a cabecinha do menino, não o deixes cair’. DUHHHH!!! HELLO!!!!! Há uma coisa gira, chamada senso comum, que as pessoas sem filhos também têm. Fascinante, não?
3) Uma pessoa solteira tem menos desculpas para se atrasar do que uma pessoa casada. Exemplo prático: um dia combinei uma tarde de compras em família. À hora marcada estava toda a gente, menos a minha irmã (já casada). Quando eu abri a boca para resmungar, com razão, que a minha irmã está sempre atrasada, e que não se pode combinar nada com ela, ouvi isto, da minha tia: ‘então, mas tens de ver que ela agora é casada, tem uma vida’. SIC. Tradução: tu só estás aqui a horas porque és solteira e não tens vida. (em defesa da minha tia: obviamente que ela não disse isto por mal, mas chateou-me)
4)As pessoas solteiras gostam de ser consoladas com condescendência apologética: ‘deixa lá, que isto do casamento não é isso tudo que dizem. Tu é que estás bem’. Não suporto pessoas que tentam minorar o sofrimento que pensam que os outros sentem com paternalismos aberrantes e hipócritas. Obviamente que se fosse uma coisa tão horrível, ninguém se casava! Ou divorciavam-se de seguida!
5) As pessoas solteiras são uns monstros invejosos, incapazes de lidar com a felicidade alheia. Exemplo prático: uma amiga levou dois meses para me contar que estava grávida, e com enormes rodeios, de tal forma que tive de ser eu a perguntar-lhe, porque, cito, ‘não queria magoar-me’. HELLO??!!!!!!!
6) As pessoas solteiras não têm direito a partilhar bons momentos sem levar com a tentativa de culpabilização: quando estamos inocentemente a contar umas férias maravilhosas que passamos com amigos e nos dizem: ‘pois, só fazes essa vida porque não tens filhos. Se tivesses uma família não fazias essas coisas. I’m sorry? Então, mas ficam contentes por eu me ter divertido ou não?
7) As pessoas solteiras gostam de ouvir futurologia conjugal: ‘ah, não te aborreças, isso quando menos se espera, acontece’. Mas qual é o problema de lidar com uma pessoa solteira como seu igual, e sem presumir que ela é absolutamente miserável porque vive sozinha??? Não estamos ‘à espera’ de uma relação para sermos indivíduos, pois não?
8) As pessoas sem filhos gostam de futurologia pré-natal: ‘ah, quando tiveres os teus...’. Amigos, e se não tiver?? E se não puder ter???? E se não quiser ter? Porque é que se parte sempre do princípio de que uma mulher tem de ter filhos?
9) As pessoas solteiras podem ser julgadas por psicologos de trazer por casa: ‘Ah, tem os gatos e o cão. É a companhia dela, coitada, para não se sentir sozinha’ (ouvido após passar com Sasha Margarida em frente às cuscas da ‘aldeia’ onde moro). Desculpem lá, por acaso tenho gatos e um cão porque gosto deles e os quero ter. São os meus meninos, pois são, mas não são placebos!

E podia continuar com n coisas parvas que se dizem sobre as mulheres com mais de 30, solteiras e sem filhos. Já para não falar na eterna discriminação de géneros: um homem com mais de 30 anos, solteiro e sem filhos, é um bon vivant, ele é que a sabe toda, . Uma mulher, nas mesmas condições, é uma triste, ninguém lhe pega, deve ser uma desgraçada ou ter problemas graves. E não me venham dizer que não. Isto é mesmo assim!

Mas hoje acordei com mau feitio e insurjo-me violentamente contra a ‘NORMA’ instituída. Sou solteira, mais de 30, e não tenho filhos, e os que têm um problema com isso, bom, que se lixem! O que eu quero é o mesmo que a Aretha: R-E-S-P-E-C-T!!!!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Isto ia dar um post sério...

... mas, quando ia começar a divagar, apareceu-me a Sasha Margarida, sedenta de atenção, e com um magnet que roubou do meu frigorífico na bocarra imensa, a desafiar-me. Passei, portanto, a última meia hora a tentar convencê-la a não o engolir. Logrei recuperar a minha sandalinha da ilha de Menorca, semi mastigada, e com três litros de baba...
Há algo de profundamente ridículo numa labrador de 38Kgs, aos saltos, com uma sandália magnetizada a sair-lhe da boca. Para não falar da gaja a correr, descalça e aos gritos, atrás dela.
E os gatos, claro, a gozar a cena!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Estou oficialmente 'estampilhada'!!!

O amigo Sérgio deixou-me aqui um berbicacho ao enviar-me este prémio... é que, de acordo com as regras que, parece, têm de se cumprir, vou ter de nomear mais sete blogues dignos desta distinção. Ora aqui é que começa o meu problema. Sendo novata nestas coisas, já reparei que a maior parte dos blogues que visito já receberam este prémio. Por isso, que me desculpem a repetição os felizes contemplados já distinguidos com este award. Pensem nisto como a honra suprema, portanto! (hoje estou para o narcisismo, peço desculpa!)
Abaixo transcrevo as regras, mas por mim, só passem se quiserem, não fico nada chateada se me quiserem mandar dar uma grande curva!

Regras:
1-Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons (entendem-se como bons os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários).
2 - O Blog que recebe o "Diz que até não é um mau blog" deve escrever um post:
Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog
Mostrando tag do prémio e as regras;
Indicando outros 7 blogs para receberem o prémio.
3 - Deve exibir (orgulhosamente!) a tag do prémio no seu blog.
And the winners are, por ordem aleatória, que por acaso até parece alfabética, mas enfim:
5) Jasmim ( bom, jasmim é a moçoila, o blogue chama-se 'Do Nascer ao Por do Sol')
Mas quero dizer que não acho nada bem serem só sete, porque há muitos mais bloggers que merecem referência, por isso, um beijinho especial para quem não está na lista , mas que faz parte das minhas visitas frequentes.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Trabalho de casa do curso de escrita criativa

Ainda não tinha escrito sobre o meu curso de escrita criativa, mas também não o vou fazer agora, porque não tenho tempo. Mas passei o trabalho de casa para aqui, e se tiverem a paciência de ler este texto e puderem dizer-me se se sentem transportados para uma festa de casamento mexicana, cuja descrição tem de usar todos os sentidos excepto o da visão, agradeço!
Só eu para me meter nestas coisas!!!
Festa de Casamento

O som dos petardos troava, deixando no ar um cheiro acre a pólvora antiga. Enquanto se dirigiam da acolhedora capela, com o seu odor a cera quente e a promessas de futuro risonho, para o recinto da festa, Pepe e Lupe, recém casados, eram bombardeados com pétalas de flores e alguns parcos grãos de arroz, que se alojavam na gola da camisa dele e no decote do vestido dela. De olhos fechados, Lupe sorria, agarrada ao marido, sentindo-lhe a mão forte a prender a sua, ligeiramente húmida de emoção. Tremia, apesar do sol abrasador, cujos raios verticais e impiedosos lhe massacravam os ombros nús. Tremia de impaciência. Desejava que a festa acabasse depressa, que os convivas esvaziassem as malgas de fajitas e os tachos de arroz de milho, que os cânticos se calassem e que as danças terminassem o rodopio dos corpos gordos e suados. Mas Pepe, alegre e falador, parecia tão feliz que ela, conformada, se rendeu à alegria contagiante que os esperava no recinto ao ar livre. Os gritos de ‘felicidades!’ enchiam o ar. Os silvos da carne a grelhar no carvão vivo misturavam-se com as ordens ásperas de Papacito, o pai da noiva. Era ele o encarregado da comida. Com mãos hábeis, trinchava grandes peças de carne suculenta, cujo sumo escorria sobre a bancada, e colocava-as delicadamente sobre a grelha. Juntava depois uns pimentos cor de sangue e outros cor de sol, uma mão cheia de sal e avivava o conjunto regando-o generosamente com a sua tequila caseira. Ao lado da grelha, num pote de terracota áspera, o famoso, e secreto, molho de seiva de cacto. Pastoso, encorpado, inebriante. O odor desmentia a simplicidade da confecção, e os convivas rodeavam Papacito, disfarçando a impaciência com cantigas de louvor aos noivos. A voz das concertinas já roucas misturava-se com o trinar das travessas, que as mulheres iam trazendo da cozinha e depositando em cima das mesas, num restolhar dos folhos dos vestidos tradicionais. Crianças rindo, tentando partir a pinhata presa à árvore seca. Vinho a escorrer da pipa rugosa para infindáveis brindes aos noivos. Rosnados e latidos dos cães, magros, disputando os ossos atirados para o chão. Tiros inebriados, disparados para o ar. E corpos a rodopiar, gordos e suados, esmagando o pó pegajoso do chão, tossindo, mais que cantando, caindo, mais que dançando…

Muitas horas depois do sol já ter descido, e do céu se ter coberto com o seu manto de estrelas, os convivas partem. Pepe beija Lupe na testa e, pegando-lhe na mão trémula, leva-a para a primeira noite do resto das suas vidas.
Está um dia pavoroso!!

Como é possível passar de um lindo dia de primavera, como o de ontem, para um dia cinzento, chuvoso e com um vento que não se aguenta?!

Este tempo deprime o mais corajoso...

Tenho andado mais arredia destas lides porque esta semana não foi das melhores. Tive uma cena macabra no escritório, com uma das miúdas a receber a notícia da morte do Pai, o que nos deixou, a todos, consternados. Logo mais vou para Lisboa, para o funeral. Também não ajuda ao meu estado de espírito. Já tive a minha dose de perdas, e passaria bem sem me aproximar de cemitérios. Enfim, isto é daqueles assuntos que dão para dissertar, mas fica para outro dia, se não se importarem.

Por isso, e como acredito que rir, ou pelo menos, esboçar um sorriso, é o melhor remédio, aqui vos deixo uma foto da minha última aula no ginásio. Isto é o ponto a que uma pessoa tem de chegar para poder combater a flacidez e tonificar o corpinho. A Leonor avisou logo: sem máscara, nada feito! E logo eu, que gosto tanto de carnaval! (pura ironia, claro está. Não suporto aqueles desfiles de Ovar e Loulé, e afins, com os cabeçudos, e meninas com rabos gigantescos a dandearem-se semi nuas. Que seca!!!). Mas pronto, como já tinha pago a mensalidade, mesmo, lá me vesti a preceito (com uns trapos que fui buscar ao baú da minha mãe) e aqui estou eu, algures nesta panóplia de lindas moçoilas. Aceitam-se palpites (sempre me quero rir um bocadinho) e estão excluidos deste concurso o meu querido Rafeiro Perfumado e sua linda Gatinha Verde, que obviamente têm o privilégio de privar com a minha pessoa há uns anitos...