ETERNAS PERGUNTAS
Não mais as minhas mãos
penteando os teus cabelos.
Não mais o silencioso som de chegares
a cadeira para a mesa.
Não mais o gesto de colocar-te o guardanapo
de papel ao pescoço.
Não mais o cortar o peixe em pedacinhos,
retirar as espinhas.
Não mais as eternas perguntas entre
mãe e filho.
Requiem, Assírio & Alvim, Lisboa, 2005.
Há 6 horas