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domingo, 10 de março de 2013

Musashi - Eiji Yoshikawa

Então, um dos motivos de eu estar sumida do blog nesse último mês é esse livro que vos apresento: Musashi, do escritor  Eiji Yoshikawa.
Vou mais uma vez falar sobre o meu Kindle - Se não fosse por ele eu provavelmente nunca leria Musashi o que seria lastimável. E porque eu não teria lido? Primeiro porque eu nunca vi ele em nenhuma livraria, segundo eu nunca tinha ouvido falar nele e terceiro e mais importante: O livro físico tem nada menos que 1800 páginas! Eu nunca iria comprar um livro de 1800 páginas do qual eu nunca tinha ouvido falar.
Enfim, quando eu postei sobre o Kindle a Angélica do blog Pensamento Tangencial me indicou em um comentário um site muito legal chamado Exilado que tem muitos e-books legais pra baixar, navegando por esse site eu me deparei com Musashi. Como eu estou numa onda bem oriental (Graças aos dramas coreanos) e  a sinopse dizia que era um grande clássico da literatura Japonesa eu pensei: "Por que não?"

A primeira frase do livro é a seguinte:



Não sei exatamente porque, mas ao ler essa frase eu tive certeza de que iria gostar do livro.
A história começa no ponto em que uma grande batalha acabou de terminar e dois jovens samurais - Musashi e Matahashi - se veem caídos no campo de batalha em meio aos milhares de mortos. 
A princípio Musashi é um rebelde temido pelas pessoas de sua terra natal, porém depois que seu caminho cruza com o monge Takuan e com a doce Otsu, ele passa a percorrer o país em uma peregrinação buscando se aperfeiçoar tanto como esgrimista como também como ser humano. Nesse caminho se depara com vários desafios e faz inimigos poderosos o que nos leva a duelos que nos deixam sem fôlego, porém o que eu mais gostei no livro não foram as cenas de batalhas contadas com detalhes vívidos, e sim a descrição profunda que o autor fez dos sentimentos e dilemas internos tanto de Musahi quanto de outros personagens. Acompanhamos Musashi não apenas em suas andanças, mas também em seu íntimo, e podemos perceber gradativamente a sua evolução e amadurecimento e aprendemos junto com ele o que é fantástico, eu sei que simplesmente dizer que o livro é fantástico pode não convencer muita gente, mas é o que eu sinto, eu queria muito ter a habilidade de detalhar a obra e escrever uma crítica descente, mas não tenho, então só posso dizer que depois de ler Musashi eu já estou me sentindo com aquela famosa crise de ressaca literária, sabe quando o livro te prende tanto que quando termina você não sabe o que vai ser da sua vida dali em diante?
Fazia muito tempo que eu não me sentia assim com um livro, se ele pudesse ser comparado com algum livro que eu já li, acho que compararia com os livros de Alexandre Dumas, tem toda a diferença cultural que é bem grande entre franceses e japoneses obviamente, porém a qualidade da obra não perde em nada ao meu ver.
'Em meio a tudo isso, porém, não se esquecera das palavras que, em certo dia distante, Takuan lhe dissera: "O verdadeiro bravo ama a vida". Ainda agora podia sentir viva no âmago se seu ser, a noção de que a vida era um bem inestimável, que precisava ser resguardado a todo custo. Por outro lado, amar a vida não era o mesmo que satisfazer a fome sem nada fazer, ou viver longamente sem nenhum objetivo. Significava, isto sim, esforçar-se para dar sentido a essa vida no momento em que se via obrigado a dela se despedir, dar-lhe o devido valor, riscar no céu da humanidade, até o último suspiro, o luminoso traço de uma vida plena de significado'
Esse foi o meu primeiro contato com a literatura oriental, e a experiência foi muito positiva, embora eu não estivesse familiarizada com muitos termos e costumes relatados no livro, aos poucos eu fui me acostumando e aprendi muito sobre essa filosofia de vida que é tão diferente da nossa, foi um verdadeiro mergulho tanto na cultura como na história do japão.
Musashi foi escrito e publicado em um jornal Japonês entre os anos de 1935 e 1939 e a história é baseada em acontecimentos reais, embora os fatos tenham sido romanceados. Foi também adaptado para o cinema em 1954 quando ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, eu ainda não vi, mas vou assistir em breve e conto pra vocês depois.




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Comprei um Kindle \o/

Bom, já diziam os antigos "Não cospe pra cima que cai na cara". Quando começou essa onda de livros digitais a ideia não me agradava muito, pra mim nada poderia substituir o perfume amadeirado do papel. Continua não substituindo, mas não precisar carregar aquele peso todo pra lá e pra cá tem suas vantagens, isso tem!
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