domingo, 28 de outubro de 2012

Horário de Inverno

Não consigo compreender porque que é que se insiste em mudar a hora. Porque não se respeita o nosso relógio biológico?! Seja qual for a mudança, Verão ou Inverno, incomoda-me sempre. Parece-me que as refeições não são a horas certas e tenho sempre sono fora de propósito como, por exemplo, agora são praticamente 22 horas e eu já tenho vontade de me it deitar. Já bocejei uma série de vezes. E já sei que amanhã a tarde vai custar imenso a passar. É muito deprimente começar a anoitecer às 5 e pouco. O pior é que lá para Março, quando já estiver habituada a este horário, muda tudo outra vez.

sábado, 27 de outubro de 2012

BB cream














Esta moda dos BB cream também chegou à farmácia. Como a minha pele é oleosa, e estes cremes não são matificantes, não sei se conseguirei usar. Já experimentei o da Roche Posay mas ainda tenho que experimentar o da Lierac para poder dar a minha opinião com maior conhecimento de causa. Seja como for reconheço que é uma óptima e prática ideia. O mais engraçado é que quando lhes chamavam cremes com cor, não tinham grande sucesso mas agora como têm um nome mais glamouroso... É tudo uma questão de marketing.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Culinária na TV do século XXI

É impressão minha ou há cada vez mais programas de culinária? Quando estou a fazer zapping e encontro um não consigo deixar de ver mas depois dá cá uma fome... e vontade de experimentar tudo!






domingo, 21 de outubro de 2012

Sugestão para este domingo

Tendo em conta, a austeridade que estamos a viver são sempre benvindas sugestões para ocupar o tempo livre económicas. O domingo pode bem ser aproveitado para fazer algum exercício porque sempre há mais tempo do que durante a semana. Então a minha sugestão é aproveitar para andar de bicicleta. É bom é que a pessoa já tenha compado a bicicleta no tempo das vacas gordas ou então que algém lhe tenha oferecido uma, como aconteceu comigo. Fica muito mais em conta, e é mas divertido, do que ir ao ginásio. E é o que eu pretendo fazer de seguida, se não começar a chover entretanto.

Bom domingo!

sábado, 20 de outubro de 2012

Percebes que já não vais para nova...

... quando a tua médica te diz que já devias ter feito uma mamografia de rotina... há 3 anos. Antes de ter tempo para pensar nisso, já deixei marcado para daqui a 3 semanas. A ideia que eu tenho é que deve doer horrores mas, se tem que ser feito, não se pode desistir.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Folhas levadas pelo vento

Desde que a avó falecera, ela nunca mais voltara àquela casa. Já tinham passado quase 30 anos. Quando era miúda sentia-se imensamente feliz por lá e adorava estar com os avós. Durante a sua infância e adolescência, assim que acabavam as aulas, não descansava enquanto os pais não a levavam para a aldeia onde passava, praticamente, todo o Verão. No jardim, sempre bem cuidado, a sua árvore preferida era o velho plátano. O seu avô arranjou-lhe um banco de madeira, onde se colocavam almofadões no Verão, para ela poder estar confortavelmente instalada ali mesmo, na sombra do plátano. Aí ela passava grande parte dos dias de férias na aldeia, era o seu refúgio, onde ela sonhava com o futuro. Ali chorou quando perdeu o avô e, alguns anos mais tarde, a avó. Quando isso aconteceu, não mais fora capaz de lá regressar.

Sem eles, a casa já não era um lar acolhedor. O rádio do avô já não enchia o silêncio e a cozinha já não cheirava a bolos acabados de fazer. Até o banco do plátano desaparecera. O primeiro beijo dera-o ali mesmo, ao seu primeiro amor, no Verão dos seus 16 anos. Ele era um pouco mais velho e também passava o Verão na aldeia. Já em pequenos tinham brincado juntos mas, durante os primeiros anos da adolescência, não se tinham cruzado. Naquele longínquo e quente dia de Julho, quando se reencontraram, a química foi imediata e não se largaram todo o Verão descobrindo juntos o que era o Amor. No banco do plátano, conversavam horas e horas até a avó dela achar que já era muito tarde e chamá-la para dormir. Numa dessas noites de Verão, engoliram o medo que os dominava e beijaram-se timidamente. Quando o Verão acabou despediram-se lavados em lágrimas, cada um para a sua cidade, entre promessas de cartas diárias e um reencontro no Verão seguinte. Mas as promessas foram arrastadas pelo vento do Outono, por novidades do ano escolar que começava e por novas centelhas de amor que adormeceram a doce lembrança daquele amor de Verão. Ela nunca gostara do Outono por isso mesmo. Era uma estação em que se sentia sempre nostálgica.

E, quis o destino, que se viesse despedir da casa dos avós precisamente em Outubro, no início do Outono, e não conseguia fugir da imensa melancolia que a invadia. A casa, onde fora tão feliz, ia ser vendida. A mãe e os tios tinham recebido uma proposta irrecusável nem percebera bem de quem. Nem sequer tinham posto a casa à venda, não percebia como é que alguém se lembrara de a querer comprar. Era a última hipótese de lá voltar, a escritura estava marcada para a semana seguinte. Durante todos os anos em que não voltara fisicamente, voltara em espírito. Sempre que a vida lhe trazia sofrimento, refugiava-se nas memórias daquele tempo e sentia uma vontade imensa de se refugiar na sombra do plátano. No momento da despedida, encostou-se ao tronco e passou em revista os piores e os melhores momentos da sua vida. Lançou-os ao vento como as folhas secas que caiam da árvore.
O sonho de se tornar escritora ficara pelo caminho e contentara-se em ser professora de português. Com vinte e poucos anos casara, vestida de noiva e numa igreja repleta, com aquele que considerara o “homem da sua vida” e com quem pensava envelhecer. O casamento durou 6 anos e acabara entre mentiras, traições e dor pela morte de mais um sonho. Uns anos mais tarde conhecera um homem maravilhoso com quem viveu 18 anos muito felizes mas a vida também o levara, abruptamente, através de um enfarte de miocárdio. De qualquer das vezes sentira vontade de morrer mas o amor dos filhos fora fundamental para ela se levantar. O amor dos filhos e a recordação da imagem de Filipe. Quando ficara sozinha, tivera muita vontade de o procurar, de saber o que tinha sido feito dele mas agora já era tarde para fantasiar como uma adolescente.

O ranger do portão a abrir sobressaltou-a mas pensou tratar-se do tio que lhe emprestara a chave. Sem se virar foi dizendo:

- Ainda nem sequer entrei em casa. O tio já vinha buscar a chave?

- Não, vim ver se eras mesmo tu ou se era uma partida do meu coração.

Ela sentiu um arrepio na espinha, só podia estar a sonhar. Aquela voz era muito parecida com a voz de Filipe. Não tinha coragem para se virar. A pessoa que entrara tocou-lhe no ombro:

- Desculpa se te assustei…

Sim, era mesmo o seu primeiro amor, mais velho, com rugas e cabelo grisalho mas com o mesmo olhar vivo e penetrante. Ela encarou-o mas estava sem palavras:

- Como é que possível… o que…

- Não sabes?! Sou eu que vou comprar esta casa. Vou mudar-me aqui para a aldeia e adoro esta casa, este jardim. Fui muito feliz aqui, sabes? – Disse ele fazendo-lhe um carinho no rosto. – Vamos entrar, temos mais de 30 anos para pôr em dia.

Os dois conversaram durante horas. Ele tinha ido trabalhar para a Alemanha e lá tinha casado mas agora estava divorciado. Depois do divórcio, Filipe olhou para a vida stressante e competitiva que levava e decidiu que era chegada a hora de trocar Frankfurt pela aldeia dos avós.

- Também alimentei a esperança de te reencontrar. Aos longos destes anos todos, quando passava por momentos difíceis no meu casamento, imaginava como seria se tivéssemos continuado juntos, como seria a nossa vida, como é que estarias… - disse ele.

Ela sorriu dizendo:

- Eu também me lembrei muitas vezes de ti mas agora já é tarde. Não podemos recuperar estes 30 anos.

- Tarde porquê? Lá porque estamos no Outono da vida não quer dizer que não seja possível sermos felizes. – E, aproximando-se dela, beijou-a com a mesma doçura de outrora.


Texto de ficção escrito para a Fábrica das Letras

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Impostos e mais impostos

Ontem, enquanto assinava uns recibos de ordenado que a contabilista nunca manda a horas, estive a tentar perceber a que escalão de IRS vou pertencer em 2013. Estou com taquicardia até agora. Ou pago os impostos ou pago as contas da casa. Não sei se sobra para mais alguma coisa. Mas estas alminhas ainda não perceberam que assim é que dão a machadada final à economia interna?!
Graças a Deus que eu sempre gostei de fazer compras e tenho o roupeiro cheio. É só um toque especial com acessórios mais actuais e está feito. Montras, nem vê-las.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Uma força da natureza

Hoje ao fim do dia aproveitei para ir visitar uma das minhas melhores amigas e seu pequeno S. que têm apenas 18 dias. Tão pequenino mas um volume tão precioso que pesa toneladas nos braços. Quando estava por lá, ela recebeu outra visita. Recordo que, apesar de já ser oficialmente cidade, na minha terra, ainda, todos se conhecem. A visita era um rapaz da nossa idade com o qual eu nunca tinha falado mas de quem conhecia um pouco da história de vida. Porque em terras pequenas é assim... 
O D., quando tinha 21 anos, descobriu que tinha uma terrível doença, leucemia. Precisamente quando começava a sua vida adulta, o seu futuro ficou em suspenso. As pessoas daqui foram acompanhando a doença. A situação era grave mas ele foi mais teimoso do que a doença e do que a morte. Lutou e sobreviveu. Com a Faculdade, o fim do curso, o trabalho e, nos últimos anos, com os fins de semana fora deixei de seguir o seu estado de saúde. Ele continua a travar um combate pela vida e a saúde. A medicação que ele teve que tomar deixou-lhe sequelas, hipertensão, diabetes, osteoporose (já tem 3 próteses)  e até já teve um AVC. E ainda nem chegou aos 40 anos. Não pode trabalhar, está reformado por invalidez, vive com pouco mais de 300 euros ao que acresce mais algum que ganha com alguns biscates. Seria de pensar que alguém que já passou, e continua a passar por tanto, seria uma pessoa triste e amargurada mas não, o D. tem sempre um sorriso e diz: "Ah, mas eu tenho muita sorte. Há pessoas que estão muito piores do que eu". Enfim, uma força da natureza. É desconcertante que alguém com tantos problemas ainda se sinta sortudo quando, com muito menos problemas, qualquer um se sente o mais desgraçado. Porque mais importante do que dinheiro que se possa ganhar, mais importante do que os impostos que vamos ser obrigados a pagar, o mais importante de tudo é a sorte que temos por estarmos vivos. Esta é a lição que reaprendi hoje.

sábado, 13 de outubro de 2012

Farmácias em protesto

Quando há 20 anos, sensivelmente por esta altura, tive a minha primeira aula na Faculdade de Farmácia nunca pensei que iria passar pelo dia de hoje. Nessa altura não podia estar mais feliz, tinha entrado na minha primeira opção, Ciências Farmacêuticas, onde se conjugava a Química e a Saúde. Tudo era novidade. O futuro parecia risonho, todos os licenciados encontravam emprego e a profissão era bem paga. Durante os anos em que estive na Faculdade e nos primeiros anos em que trabalhei, nunca imaginei que, um dia, iria participar na maior Reunião Magna de Farmácia de que há memória e numa marcha até ao Ministério da Saúde entregando uma petição subscrita por 224 mil pessoas como forma de luta pela situação em que as farmácias se encontram. Não tinha muita vontade de ir mas não ficava bem com a minha consciência se não fosse porque a situação é, realmente, insustentável. Há farmácias a fechar, há farmácias com fornecimento suspenso, há farmácias com processos de penhora e litigios por dívidas. A continuar como está prevêem-se que mais 600 farmácias fechem em 2013. Este problema não afecta só os farmacêuticos proprietários mas todos os farmacêuticos e outros profissionais que trabalham na farmácia e também, primeiro que tudo, os doentes que vão ter cada vez menos acesso aos medicamentos, serviços e aconselhamento prestado pelos farmacêuticos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

União Europeia, Prémio Nobel da Paz

Uma surpresa, esta atribuição do Prémio Nobel da Paz à União Europeia. Como europeia sinto-me reconhecida mas não me parece que, nos últimos anos, a União Europeia não parece um lugar muito pacífico. Já lá diz o povo "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Linguagem corporal

Tendo em conta que, mesmo quando estou a dar algum esclarecimento pelo telefone a nível profissional, me farto de "falar com as mãos" é possível que eu exagere na linguagem corporal. Convenhamos que a outra pessoa não me está a ver por isso de que adianta acompanhar o que estou a dizer com gestos?! Desperdício de energia...

domingo, 7 de outubro de 2012

Memórias da taberna

retirada daqui


Quando era miúda e estava na casa da minha avó, lá no meu Alentejo, havia um ritual ao qual eu achava muita graça. Naquele tempo, o vinho tinto fazia parte da refeição, principalmente dos homens. Não passavam sem ele.
Sabe-se hoje que o vinho tinto é muito benéfico para a saúde se bebido moderadamente já que é muito anti-oxidante contribuindo para a prevenção de algumas doenças.
Então, ao fim da tarde, um pouco antes da hora do jantar, o meu pai ou o meu avô, ou ambos, iam à taberna. E eu ia alegremente com eles apesar daquele cheiro a vinho me incomodar. No entanto, gostava de ver aqueles depósitos grandes onde estava o vinho e o taberneiro era muito divertido, lembro que estava sempre a dizer piadas. Felizmente, ele também vendia Sumol (de laranja porque a minha avó achava o de ananás muito amargo) já que eu, nessa altura, não apreciava vinho como é óbvio.
Ora lembrei-me disto porque, aqui na terra da família do A., há muitas vinhas e alguns produtores de vinho. Quando cá estamos também vamos comprar vinho, normalmente branco ou rosé, já não à taberna mas directamente ao produtor. Quando lá vou sinto-me um bocadinho tansportada para a minha infância.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Escudo ao contrário



Ora aqui está o reflexo daquilo em que Portugal se tornou, um país virado do avesso. E com tantos ilustres a olhar para a bandeira ninguém viu que estava virada ao contrário?!
Estas comemorações vão ficar mesmo marcadas. Para além de ser a última vez que o dia em que se comemora a Implantação da República num feriado e este episódio caricato da bandeira, o 1º Ministro deu corda aos sapatos e foi para uma reunião "muito importante" para Bratislava (não é mau sítio para se esconder), as comemorações, em vez de se realizarem na Praça do Município onde a República foi proclamada, mudaram-se para um obscuro pátio e, este ano, os Jardins do Palácio de Belém não foram abertos ao público. O Presidente da República alegou que isso se devia a contenção de custos. Mas ele oferecia algum lanche aos visitantes e eu nunca soube?! Não estou a ver porque é que abrir os Jardins leva a gastos desnecessários.
Talvez já não faça mesmo sentido festejar a República, provavelmente já ninguém sabe quais terão sido os ideais republicanos,

Intemporal



50 anos depois mas ainda continua a ser uma boa música.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Assim não vou lá

Comer um gelado às 11 da noite não é uma boa maneira de perder peso pois não?! Ou pelo menos não é uma boa medida para manter o peso. Mas foi mais forte do que eu. Não posso sonhar que tenho cá em casa alguma coisa doce senão não descanso enquanto não comer um pedacinho. O que me consolo é que é bom para o stress.

Homens, não deixem passar esta oportunidade

Um multimilionário de Hong Kong tem uma bela filha, sonha com netos sentados no colo mas a filha, afinal, é lésbica e até mantém uma relação com outra mulher há vários anos. O que é que o pai faz? Conforma-se?! Nada disso. Põe um anúncio oferecendo 50 milhões de euros ao homem que conseguir seduzir (e converter) a sua querida filha. Convenhamos que ele ainda lhe dá a benesse de ser ela a escolher o candidato de entre as ofertas que apareçam. Haverá atitude mais preconceituosa e machista? A filha tem 33 anos, já deve ser capaz de saber o que é que quer da vida. Será que ela não tem o direito com quem quer partilhar a vida, independentemente de concordarmos ou não?
O senhor diz que o candidato só precisa de ser generoso e ter bom coração. Mas que ingenuidade... Ainda por cima, o tal milionário é um conhecido playboy tendo tido relações com centenas de mulheres embora nunca tenha casado. Ou seja, ele pôde conduzir a sua vida como bem entendeu mas a filha não tem o mesmo direito.

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