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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Caminhada

Caminhante abatido, pele e osso,
parece que, com medo de morrer;
medo normal em homem tão moço,
ah! certamente não podia ser!

Magérrimo, talvez sem janta/almoço,
enquanto sua vida está a escorrer;
seu futuro mais lhe parece um fosso,
eis, que não sabe quando vai comer.

O inferno no campo da sua visão,
além, no fim desta lúgubre estrada,
seus pés sequer deixam marcas no chão.

Sente que será última caminhada,
um fim inglório sem brilho e rojão,
pois terá, enfim, chegado ao nada.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Ausência

As vezes, enche um universo, a ausência
Sinceramente algo que sequer tem sentido
Poderá algo cheio de vazio na essência?
Nunca! até na minha audição fica doído.

Entretanto, lirismo não lida com ciência
Não tem o dever de pôr no lugar devido
Porém, sim, cada termo por sua aparência
Dar ao fenômeno, seu nome ou apelido.

Pro vate, vernáculo é um livro aberto
E, interpretar como aborda-lo é uma arte
Por vezes sua leitura sequer passa perto.

E a poesia sempre faz a sua parte
Talvez puristas achem que não está certo
Mas é assim, todo bardo constrói destarte.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Vazio total


Ah, essa ânsia de agarrar nadas
Como deixam as mãos cansadas
Porque essa imensidão de vazios
São autênticos fluxos corredios.

Há um querer inocente e secreto
Há certo apego ao evento concreto
Que sentir com os dedos nos faça
Assim colocar as mãos na massa.

Porém a efemeridade gera ilusão
Que aquilo que nos cerca existe
Que, se quisermos, estará à mão.

Contudo, a realidade não assiste
Porquanto verdade é outro senão
Que a tudo que queremos resiste.