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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Besteirol puro


Olhar d‘areia, cabeça de fivelas
O mundo torto, molhado e feio
Língua de trapo fala sem trelas
Sem tampouco dizer a que veio.

Nem muros ou flavos flamingos
Negros o sol, mar e as moscas
A cada segunda um só domingo
Às travas apenas lesmas foscas

A cobra lembra tal qual elefante
Subitamente uma ideia me vem
De Paris seus passos elegantes.

Como todos os teus são também
Olhar vermelho no mar pulsante
Toda explicação existente contém.

sábado, 13 de junho de 2015

Arte besteirol


A minha atemporal arte ultrapassa
O perverso tempo, então o derrota
Minha arte transcende até a massa
Contudo no mundo ninguém a nota.

E o que faço não constitui ameaça
Alguém até disse: isso é pura lorota
Que não se pode ver como desgraça,
Nem mesmo alimento à mesa bota.

Porque não paro com essa besteira?
Seguindo tranquilo na prosa, adiante?
Sem queimar o filme e ter caganeira?

Talvez eu seja como um alvo elefante
Que a todos incomoda sobremaneira
Mas, por raro, nunca será abundante.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Pout purri

Podemos ouvir as batidas do coração
Entrar por uma, sair pela outra orelha
Porém o branco barco da respiração
Como cavalos, relincham para ovelhas

Entretanto com um estrondo obscuro
Vi assustarem-se muitos fantasmas
E uma sombra deixou o mundo escuro
Inundou o pântano aquele ectoplasma

Ficou inerte ali tudo de vivo que havia
Partiu em duas partes o campanário
Enquanto a pedra de musgo se partia

O mar antes da aurora era um aquário
No meio das águas caudalosas sorria
Caindo e levantando, ignorante otário.

sábado, 20 de julho de 2013

Limerique



Madi ignavo com doxomania
A massagada calabrear sentia
Quando uma acica
A ver navios fica
Sente que é memento de assitia.