Eu me sinto assim todos os dias.
Não sei o que estou fazendo, pessoas tentam me ajudar e minha mente continua fechada. Talvez preocupada com o futuro, com ela, com o meu potencial. Ocupada em comparar-me com outras pessoas. Ocupada olhando pra estilos de vida que não estão no meu padrão. Não entendo o motivo dessas coisas estarem acontecendo comigo e com ela. Apenas estão! Minha cabeça se embola num emaranhado de ideias, de razões, de motivos e desculpas. Meu coração se aperta na vontade de desistir, na vontade de voltar atrás. Na vontade de baixar a cabeça e retroceder. Não posso! Minha mente clama. Meus pensamentos se contradizem com meu coração. Tudo tão confuso. Tudo tão estranho. O que é isso? E então acontece... Meus olhos se inundam com águas que não cessam. Com lágrimas que ao cair levam a sensação indescritível, minha maquiagem, levam meu interior, levam minha dor. Numa tentativa frustrada de aliviar o sofrimento que por algum motivo não acaba, não importa o que eu faça. Só aumenta. Gradativamente. Todos os dias, a cada segundo, a cada tic e a cada tac do relógio. Angústia. Arrependimento. Sofrimento com uma pitada de desespero.
Pareço bem. Pareço sorrir. Me escondo em máscaras de sorrisos para me manter forte. Forte por fora, fora para os outros. Quando a noite vem, com seu glamour, sua escuridão, suas estrelas, seus brilhos e a LUA. Vem sem pena, sem medo, inocente sem imaginar que com toda beleza, traz consigo um peso, uma amargura. A solidão e o choro consequentemente. Como dói.
Numa rotina em que chorar se tornou habitual. Um dia-a-dia em que seu sorriso me assombra, suas falas, tuas manias e tuas tentativas de palavras que tanto me confortam o coração. Tsunami. Terremoto. Um desastre natural dentro do meu corpo, que pequeno e frágil não consegue se defender, não consegue deter. A dor! Toma conta, dilacera. Arranca minhas veias e artérias do lugar. Algo indescritível. Imploro para que acabe. Mas isso não acontece. E nem vai acontecer até que eu possa te tomar pelo braço, te carregar, tocar no teu cabelinho louro escuro, fino e ralo. Olhar teus olhos castanhos, tão doces. Tão puros. Tão brilhantes e felizes. Te chamar de MINHA novamente. "I miss you so bad". Procuro frases e expressões para tentar inutilmente descrever os sentimentos, a bagunça dentro do meu ser. Nada está normal desde aquele dia. 12 de junho de 2013. Maldito dia. Você se foi. Ví calada você se afastar de mim. Cada segundo era uma batida a menos no meu coração. E hoje ele está parando. Está parado. Era necessário. Para nós duas foi necessário. Você nem imaginava.
Tudo precisa de você. Como um combustível. Força. Foco. Razão. Amor.
Onde está você agora? Até quando eu suportarei? Me disseram que ia passar. Me disseram que eu me acostumaria.
O que eu faço com as lembranças? Com as roupas que você deixou? Com o cheiro. Aquele cheiro que você nem tem mais! O que vou fazer sem você? Não era você que me ensinava a viver? Até onde as máscaras e a maquiagem vão conseguir esconder a falta que você me faz? Me pediram pra ser forte. Até onde uma menina aguenta? você está aguentando? "I miss you so bad". Minha alma grita. Meu coração implora. ONDE ESTÁ VOCÊ?
Não importa... Só ouça minha mente. Eu sei que você pode sentir quando eu penso em você. Em cada respiração. Cada suspiro. A cada minuto, não importa o que eu faça. Meu mundo é um lugar vazio. Eu estou com você. Em pensamento e oração. Dentro de você bate um coração que cresceu dentro de mim. Você se lembra quando éramos apenas uma? Lembra quando seu viver dependia do meu viver? Eu lembro. Pra mim ainda é real. Sempre foi real. Ainda é! Teu coração bate em harmonia com o meu. Como uma melodia. A gente se completa. Almas gêmeas. Somos uma. Uma pessoa em dois corpos. Você vive em mim, mesmo depois de terem cortado o cordão umbilical. Nossa ligação é mais forte. Não acabará.
Eu não te esqueci. Eu não excluí as promessas. Eu não exclui nossos planos. Eles ainda são seus.