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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Nicolas de Stael

 Xilogravuras de Staël para Poèmes, de René Char




segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Robert Motherwell



à la Pintura, poema de Rafael Alberti
litogravuras de Robert Motherwell

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Roger Chartier

O filósofo Pitágoras

 O retrato é a primeira forma manifesta da presença do autor no livro. Tais representações do autor exibido em sua atividade de escrever, em miniaturas do fim do séc XIV ao XV. 
“Uma tal imagem rompe com as antigas convenções de representação da escrita, tanto a que identifica a escuta de um texto ditado e copiado (por exemplo, na iconografia tradicional dos evangelistas e dos pais da Igreja, retratados como escribas da palavra divina) quanto aquela que a pensa como simples continuação de uma obra já existente (como no caso da prática escolástica da glosa e do comentário)". (Roger Chartier, 1994, p. 53).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

João Pereira





A FAUUSP no período dos anos 70 aos 90 disponibilizava laboratórios de experimentação vinculados a matérias como gravura, projeto e desenho. Gravura era a disciplina de Renina Katz, que mais que gravura, praticava a democratização da arte. O múltiplo, a inserção de texto à imagem, a divulgação de um pensamento.
Essa foi a semente de um ensino, reforçado pelo livre acesso à oficina gráfica proporcionado pelo técnico João Pereira, coordenador geral do laboratório de artes gráficas da FAUUSP nesse período.
A partir desse início, um grupo criou a publicação Poetação. Eram Rosely Nakagawa, Rubens Matuck, Tania Parma e Milton Hatoum. A publicação era inteiramente feita na FAU, em impressoras offset, com coordenação de textos do Milton, programação visual do Rubens, encadernação manual da Rosely e produção e distribuição da Tania.
A partir das aulas de gravura e tipografia, a idéia cresceu e se transformou na editora de tiragem limitada João Pereira, em justa homenagem ao seu principal colaborador.
Os projetos se expandiram para além das fronteiras da universidade, ainda com a colaboração de Renina Katz, do técnico de impressão tipográfica, Horácio de Paula e do próprio João Pereira e foram baseados nos álbuns de gravuras vistos na coleção de José Mindlin, um dos incentivadores do início da editora.
A possibilidade de realização sempre foi vista com entusiasmo e colaboração voluntária. Juntaram‑se ao grupo original Junosuke Ota, produção geral e Roberto Grassman, impressão‑metal. A litogravura era realizada no ateliê Ymagos e xilogravura no ateliê de Luise Weiss e Feres Khoury. A encadernação era feita sob os cuidados de Fred Lane, com a colaboração de Alex Vallauri. Os lançamentos, organizados pelo livreiro José Homem de Montes na livraria Klaxon. Os textos de apresentação eram feitos por Fernando Mesquita, Leon Kossowitch e Milton Hatoum.
Os colaboradores recebiam um álbum como pagamento e cada um dos artistas editados, doava parte da venda para a realização do próximo álbum.
A criação do logotipo (o pião) e o carimbo da mosca, marcas de identificação da João Pereira, partiram de um grafite a 3 mãos, com desenho do Rubens Matuck, execução do stencil de papel pelo então estreante Carlos Matuck e grande difusão da marca pelos muros da cidade por Alex Vallauri.
As encadernações sempre levaram em conta a escolha de materiais de qualidade. Essa preocupação é justificada pela importância de conservar os exemplares para os colecionadores, como por exemplo, o uso de papéis de algodão ou linho, com PH neutro. Os projetos eram desenvolvidos para adequar cada álbum ao conceito do trabalho. A escolha do papel, a forma de abrir, o tamanho, o peso...
Além de cuidar para que o material se conservasse com o tempo e o manuseio constante, o álbum não era considerado uma embalagem temporária, da quais as gravuras ou fotografias pudessem ser retiradas e enquadradas: ele era visto como uma publicação de pequena tiragem, como concretização da idéia de divulgação de um conjunto de obras, em livros de poucas páginas com originais.
As encadernações foram baseadas nas encadernações e dobraduras japonesas. Elas aproveitam o papel ao máximo, usando dobras simples e quase nenhuma cola. Isso traduzia‑se em economia de papel e facilidade de conservação do material.
Os projetos tipográficos procuravam acompanhar a mancha da imagem, respeitando a textura, cor e processo de impressão. O texto que acompanhava o álbum poderia ser manuscrito, ter um tipo desenhado especialmente, com uma família de letras desenvolvida para aquele álbum. A tipografia fazia a intermediação entre a parte externa e a gravura, conteúdo principal do trabalho. Além de personalizar a apresentação, a tipografia respeitava e compreendia a gravura, incorporando‑se ao conceito do álbum com um todo.
O trabalho da João Pereira confirmou, através de seu trabalho de divulgação neste pequeno mas qualificado circuito, o trabalho de dois artistas que tiveram a gravura como momento importante para nossa geração: Luise Weiss e Feres Khoury. Cresceu ao incorporar o trabalho de artistas consagrados como Aldemir Martins e Renina Katz, que eram ao mesmo tempo referência artística e profissional. O fato de participarem do projeto criou espaço para que a editora se realizasse como atitude artística.
De 1979 a 1992, a João Pereira procurou editar um álbum por ano. Esse período foi suficiente para estabelecer um pensamento, que teve continuidade no procedimento individual, mostrando que a cooperação entre os artistas é possível e leva a resultados positivos.
Almoços e tardes inteiras de ajustes e controle de qualidade envolveram grupos grandes, com pessoas que ainda hoje trabalham com gravura. Artistas conhecidos ou colaboradores anônimos que participavam pelo simples prazer de ver o trabalho se concretizando. Depois de tudo pronto, o álbum recebia o certificado de qualidade, identificado pelo carimbo da mosca.



Nakagawa, Rosely. Edições João Pereira, Tupigrafia 3. São Paulo: Bookmakers, 2006.

Imagens: http://www.graphias.com.br/mostraDetalhes.asp?id=5

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Botticelli



ilustrações para a Comédia de Dante (cenas do Inferno)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

sábado, 21 de dezembro de 2013

Walter Hüne

Título: A Navalha na Carne
Autor: Plínio Marcos
Data de edição: 2005 (a primeira edição é de 1968)
160 páginas
Preço médio: R$ 46,00

Palhaço de circo. Estivador. Funileiro. Essas foram algumas das funções desempenhadas por Plínio Marcos antes de se transformar em um dos maiores teatrólogos que o Brasil já conheceu. Por conhecer o universo marginal e ter convivido com os chamados "excluídos" da sociedade, Plínio foi um dos que melhor retratou o submundo em seus textos. Antes de sua morte, em 1999, Plínio afirmou que sua obra permaneceria atual enquanto a situação social no país não sofresse alterações profundas. Como quem lê o futuro no tarô, ele acertou.



Seus textos continuam obrigatórios e atualizados e, em comemoração aos 70 anos de seu nascimento, a Azougue Editorial relança em edição fac-símile a encenação fotográfica de "A navalha na carne", editado originalmente em 1968. Além do texto da peça censurada e fotos do elenco original encenando a montagem, a edição de luxo conta com uma capa dura e prefácio de Pedro Bandeira. Textos de críticos da época também foram anexados à nova edição. Será possível, portanto, ler o que nomes como Décio de Almeida Prado, Anatol Rosenfeld, Sábato Magaldi, Eneida, João Apolinário e Yan Michalski escreveram a respeito da peça. Analisando com o distanciamento de mais de 30 anos, algumas críticas soam preconceituosas: numa delas, o autor classificaria o texto como bom, se os palavrões fossem retirados.


O novo livro, preserva características especiais, como as fotos. Feitas em uma época que a manipulação era uma arte manual, são em alto contraste, o que confere um aspecto sombrio, característico da marginalidade da obra e do contexto em que se vivia. As fontes e o tamanho do corpo serviram para dar ênfase às falas do gigolô Vado (Paulo Villaça), da prostituta Neusa Sueli (Ruthnéia de Moraes) e do homossexual Veludo (Edgar Gurgel Aranha).


Para driblar a censura. Ao reeditar o livro, a Azougue faz uma homenagem ao seu autor e também recupera a história de sua publicação. Em 1967, quando a peça foi censurada, a idéia de transformar o ato cênico em livro partiu do escritor Pedro Bandeira que já acompanhava Plínio há alguns anos. Bandeira trabalhava na Editora Senzala e sabia que a censura era mais feroz com o cinema, jornal de teatro. "Os livros, normalmente, ficavam fora da sanha controladora dos novos donos do poder", conta o fotógrafo. O elenco - hoje todos falecidos - consentiu encenar a peça enquanto eram clicados pelo fotógrafo Yoshida. Com a direção de Jairo Arco e Flexa e trabalho gráfico do uruguaio Walter Hüne, a "fotonovela" da peça "A Navalha na Carne" ficava pronta.




 O problema maior foi achar uma gráfica que aceitasse rodar o livro. É que pelo elevado número de palavrões, os donos de gráfica não queriam que suas funcionárias lidassem com aquele material. Foi preciso convencer o dono da gráfica Rossolilo a esperar as mulheres irem embora e segurar seus funcionários depois do expediente para que eles passassem a noite imprimindo, alceando, colando, costurando e empacotando os livros antes que suas colegas voltassem para o trabalho.




Plínio Marcos. Nascido em 29 de setembro de 1935, Plínio Marcos de Barros é natural de Santos. Filho de um bancário e de uma dona-de-casa, tinha quatro irmãos e uma irmã. Foi funileiro, vendedor de livros espíritas e, entre outras ocupações, palhaço de circo. Seu encontro com o teatro foi intermediado por Patrícia Galvão, a Pagu, que procurava um comediante para sua peça "Pluft, o fantasminha". Sua fase de autor teatral começa com "Barrela", em 1959. Logo depois vieram "Dois perdidos numa noite suja", "A navalha na carne", "Quando as máquinas param", "Homens de papel", entre outros trabalhos. Plínio Marcos morreu de uma complicação de diabetes no dia 19 de novembro de 1999, em São Paulo.
(Todo o texto acima, sobre o livro e sobre o Plínio, foi copiado de http://portalimprensa.com.br/cadernodemidia/noticias/2005/09/13/imprensa11115.shtml)









O projeto gráfico de Walter Hüne foi inspirado no premiado trabalho de Massin, que fez a encenação gráfica da peça de Ionesco em 1964.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

André Derain


Les horribles et espovantables faictz et prouesses du tres renomme PANTAGRUEL,
roy des dipsodes, fils du grand geant Gargantua

[The horrible and appalling deeds and feats of the renowned PANTAGRUEL,
king of dipsodes, son of the great giant Gargantua]
Francois Rabelais.
Folio, 350 x 280 mm
 bound loose as issued in the original wrappers and vellum-backed chemise in cardboard slipcase. 



Pantagruel, de François Rabelais, ilustrado por André Derain em edição de Albert Skira, 1943.





Technique: colour woodcut, letterpress text
 With 175 unsigned woodcuts printed in colour including initials, head- and tailpieces.
A National Gallery of Australia possui um exemplar deste que é um dos marcos da moderna ilustração de livros. A biblioteca do José Mindlin também tem. O Pantagruel de Derain é um monumento à arte de imprimir, um acontecimento notável, produzido no meio da Segunda Guerra Mundial. Derain passou dois anos trabalhando nas 179 xilogravuras deste livro.


Inspirado por cartas de baralho da Idade Média, cada ilustração foi impressa a partir de uma única matriz, com várias cores aplicadas à xilogravura simultaneamente. Este método exigente precisou de dois anos para imprimir todas as matrizes. O livro foi impresso por Lacourière, o grande artesão francês, mais conhecido por seu trabalho com gravura em metal.
(http://www.ursusbooks.com/item142588.html)

terça-feira, 28 de maio de 2013

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Gareth Jones


The Picture of Dorian Gray
Words by Oscar Wilde
Art by Gareth Jones
Paperback 128 pages
35 x 28.5cm
ISBN: 978-0-9545025-4-6
Oscar Wilde's classic book - his only novel - follows the fortunes of a young man of leisure in fin-de-siècle London after he makes a deal with the devil: that he will always stay young, while his portrait grows old in his place. For this new edition of the book, artist Gareth Jones re-imagines the story as a costume drama set in 1970s Paris, in a large format edition that returns the book to its origins in a magazine. You can read Time Out's review of the book here.
The typefaces used in this edition are:
Cover and headers: ITC Benguiat
Preface: Times New Roman Italic
Body text: Garamond

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Blexbolex

Abecederia




With his first independent publication for Nobrow Press, Blexbolex’s graphic novella Abecederia is an incendiary mix of intrigue, artwork and extremes. A play on the Greek practice of Abecedarium inscriptions, the story is illustrated one letter a time, incorporating A-Z onto the page in ever more ingenious ways.



For his comic, Blexbolex transports the municipal film-noir genre into the jungle clearings of Abecederia, where our protagonists, Leon and Bernard Blanchett, two French born gangsters hiding from an international warrant for arrest in central Africa, are fleeing the police after a far from perfect bank robbery.

A work that confounds with its twists and turns just as much at it impresses with its imagination, Abecederia explores themes such torture, totalitarianism, alienation and dehumanisation in a brutal world where no one is safe.


First published in Germany in 2007, Abecederia is sold out in both it German and French versions and is available exclusively from Nobrow Press.

domingo, 25 de abril de 2010

Pierre Bonnard


Ilustração para os poemas de Paul Verlaine (litogravuras)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Natalia Goncharova

Mirskontsa, 1912
Texto de Velimir Khlebnikov e Aleksei Kruchenykh
O livro teve várias capas diferentes para a mesma edição, todas feitas por Natalia Goncharova, aproveitando papel de parede, papel marmorizado e outros, utilizando a técnica de colagem.


Natalia Goncharova (Russian, 1881-1962)
Mikhail Larionov (Russian, 1881-1964)
Nikolai Rogovin
Vladimir Tatlin (Russian, 1885-1953)




Cover with silver foil collage by Goncharova and lithographed manuscript text mounted on front; 28 lithographed illustrations (13 by Goncharova, 10 by Larionov, 4 by Rogovin, and 1 by Tatlin); lithographed manuscript and rubber stamped text, page (irreg.): 18.7 x 13.8 cm. Moscow. Edition: 220.

Links [russian avant-garde book] [moma: the collection]