|| f., 15:23
|| link
|| (9) comments |
maldita gis 2
|| f., 15:05
|| link
|| (0) comments |
sensibilidade e bom senso
acabo de ver o presidente do irão a dizer que 'quem semeia ventos colhe tempestades' e que os conflitos devem ser resolvidos com base na racionalidade, no diálogo e mais não sei quê. quem diria que é o mesmo gajo que dia sim dia não proclama a necessidade de varrer israel do mapa?
ah, a propósito: ontem de manhã a sic notícias passou uma reportagem sobre o hezbollah. o hezbollah tem um canal de tv, metade da programação do qual é dedicada à propaganda anti israelita. um dos spots passados na reportagem diz: há 300 milhões de muçulmanos no médio oriente e apenas 6 milhões de judeus. de que estamos à espera?
|| f., 12:13
|| link
|| (0) comments |
terça-feira, julho 25
barricadas
há as dos pró israel, as dos contra israel e agora, parece, também as dos que têm dúvidas e as dos que já não sabem o que dizer. o que, de uma forma enviesada, permite chegar à conclusão certa: não há inocentes.
e sempre se convive, não é,
tiago?
|| f., 21:33
|| link
|| (0) comments |
olha, outra coisa em que eu e a ana não estamos de acordo
ela, como o
franco atirador, gosta de dire straits.eu tenho pesadelos com o mark knofler ou lá como se chama o gajo da cena na cabeça
|| f., 19:30
|| link
|| (0) comments |
clarificação
parece que
há quem ache que eu tenho uma posição pouco clara sobre israel, líbano e palestina. clarifico então: há coisas sobre as quais não sei o que pensar, quanto mais dizer. há coisas em relação às quais sou tentada ao voto de silêncio. coisas que me tocam e desgostam demasiado e em relação às quais tudo parece já ter sido dito e escrito -- até por mim. mas isto sou eu, que tenho a mania das complicações.
(porém, como já escrevi neste mesmo blogue, não discuto a existência do estado de israel. não admito sequer que isso esteja em discussão. e se isso é todo um programa bélico, que seja)
quanto ao zapatero, não percebi. tenho de o explicar a ele também?
|| f., 18:00
|| link
|| (0) comments |
maldita gi
a gi, ou gis, ou gisberta, ou gisberto ou lá o que era aquele fenómeno foi enfim desmascarada.
ao fim de uma semana de julgamento ou lá o que foi, o ministério público concluiu que além de não ter havido homicídio nenhum, como a investigação já tinha provado, nem sequer houve tentativa do dito.
aquela história de a pessoa em causa ter sido pontapeada, apedrejada, e de um modo geral saco de pancada durante dias, violada com paus e queimada e depois enfiada por um fosso de 15 metros abaixo onde teria vindo a morrer afogada é como é óbvio uma perversa fabricação da própria, que farta de uma vida miserável como prostituta toxicodependente seropositiva para o hiv e para o hcv e ainda por cima turberculosa, para já não falar daquele problema de ter a mania de ser mulher quando nasceu homem (coitada ou coitado, nem sabemos bem) resolveu pôr-lhe termo encenando uma cena horrível com os pobres dos miúdos, a quem já não bastava estarem entregues a instituições e não viverem com a sua família natural (que como se sabe é o melhor que há) para ainda terem de assistir a uma barbaridade daquelas e ficarem para sempre, talvez mesmo para a eternidade, traumatizados. felizmente que foram muito acarinhados e bem orientados para a vida pelos padres lá da oficina de são josé e deram com um ministério público arguto e não disponível para ser enganado, senão não se imagina o que poderia acontecer-lhes.
que alívio. mas uma pessoa não pode impedir-se de pensar o que terá passado na cabeça da tal gi. já viram, dar-se àquele trabalho todo só para prejudicar os miúdos que, coitadinhos, ai, não conseguiam sair dali, de tão horrorizados e petrificados que estavam, e assistiram a tudo. é que ainda lhe deve ter doído um bocado, fazer aquilo tudo a ela própria, apesar de já estar tão doente que já nada devia fazer grande diferença. aliás ia acabar por morrer de certeza, mais tarde ou mais cedo, por isso também não interessa muito descobrir como, porquê e isso.
aliás, ainda bem que tudo o que se passa no julgamento fica no segredo lá do tribunal. há coisas que ninguém quer saber. e conclusões cujas premissas e desenvolvimentos é preferível ignorar. o que importa é que tudo fique em bem e que esqueçamos esta história horrível rapidamente.
|| f., 01:38
|| link
|| (0) comments |
segunda-feira, julho 24
Mais uma vez a China Blue
O que eu queria era ter escrito um texto destes e mai nada.
amigos
Todos os amigos de alguém usufruem do direito ao avanço insensato de uma guarda pretoriana, que são os amigos que têm. A todos os amigos de alguém é devido o gozo mutual da fidelidade canina, para o bem e para o mal, para o certo ou o errado. Virados uns para os outros, na absoluta concentração da linguagem simbólica e simbiótica que os une, os amigos (para o serem deveras) têm que estar em pé de igualdade: a mesma fragilidade desnudada e o orgulho em idêntico plano de remoção. Amigos não existem, nem por baixo, nem por cima (caso em que falamos de outra coisa). Dizer-se que se gosta muito dos amigos, como um miúdo que descobriu a pólvora numa redacção infantil, hesitante por isso nos pontos finais, não passa de redundância desconfiável. Embora o amor pelos amigos possa ser redondo, porque por vezes acaba onde um dia começou, depois de cumprida a circunvalação de todos os segredos. A amizade deposita-se nos outros como na relva: há que andar com cuidado para não a pisar e contornar-lhe os melindres, como se de vidros partidos.CHINA BLUEEm
Sociedade Anónima
|| asl, 22:14
|| link
|| (0) comments |
sim, ana, era para ti
|| f., 19:33
|| link
|| (0) comments |
até não perceber
em setembro de 2003, dez dias após o atentado na sede da onu que matou sérgio vieira de mello, entrei no iraque, por estrada, vinda da jordânia. na noite da partida, jantei num restaurante 'da moda' de aman, com dois jordanos palestinianos (ou ao contrário), uma professora universitária e um arquitecto, e uma iraquiana cujo marido permanecia em bagdad, a trabalhar na al jazeera. e eles perguntaram
"Porque queres ir a Bagdad?". "Por que é que alguém há-de querer lá ir, agora?" A conversa, entrecortada por pizzas, kebabs e pela música ambiente, passa sobretudo por isso a que se chama “a questão do Médio-Oriente” — da sempiterna discussão sobre a legitimidade do Estado de Israel às razões (?) dos bombistas suicidas, passando pelo direito à auto-determinação dos povos, pelas culpas dos ex-colonizadores e pelo voluntarismo imperial dos americanos —, até se fixar no conflito Ocidente-Oriente e na indizível fronteira que define os nossos e os outros e faz mil vezes mais insuportável, daqui, a visão de uma soldado americana negra feita prisioneira que a de uma criança iraquiana destroçada numa cama de hospital. "Por que é que isso sucede", pergunta, pungente, um dos jordanos, ele que se tortura no mesmo, esta guerra de empatias e da falta delas. Impossível responder, racionalizar. É sobretudo por isso que se vai a Bagdad — para descobrir a improbabilidade do sangue e acertar o coração por mais outro hemisfério, o nome secreto de outros irmãos. (excerto de 'não, tu não viste nada em bagdad', publicado na notícias magazine em 2003)
|| f., 19:21
|| link
|| (0) comments |
A conversa rasca
Alguma da conversa sobre a história da guerra no Líbano é rasca: aqui e acolá vêm acusações de anti-semitismo. Quando a conversa vem de loucos furiosos, sou mais ou menos tolerante. Com os loucos furiosos é preciso ter complacência e dar-lhes xanax. Depois há os outros, a quem desconheço o certificado de loucos furiosos. P.f. mostrem-me o certificado antes que eu comece a vomitar.
|| asl, 13:52
|| link
|| (0) comments |
O Franco Atirador
No
Franco Atirador estão algumas das melhores coisas que se escrevem na blogosfera.
|| asl, 13:41
|| link
|| (0) comments |
A propósito de revisionismo
Estou à espera que o
Luís vá aos arquivos e mude tudo o que escreveu sobre a guerra do Iraque. Nesse aspecto, a f. é evidentemente coerente: ela apoiou a invasão do Iraque.
|| asl, 13:38
|| link
|| (0) comments |
domingo, julho 23
adenda: do pensamento dominante e do banimento dos desconformes
a maria josé nogueira pinto, num debate na sic em 1998/99 sobre os 'direitos dos homossexuais', para o gonçalo diniz, à época presidente da ilga-portugal e para o sérgio vitorino (hoje da frente de luta contra a homofobia/panteras rosa):
'eu acho que vocês têm o direito de existir'
|| f., 15:32
|| link
|| (0) comments |
com uma letra apenas se destroi a familia / e das letras pequenas das mais perigosas que no mundo ha
maria josé nogueira pinto, no dn de sexta (faço o link depois, o mac não deixa), explica como o ' a correcção política e o discurso dominante' querem destruir a família. começou tudo, diz, da forma mais aparentemente inocente: os malandros do 'discurso dominante' acrescentaram um 's' à família. com uma simples letrinha, retiraram-na assim do centro da correcção. já não havia só uma família, a única, mas várias.
note-se que esta correcção ortográfica tão singela criou em si uma nova realidade. as 'novas categorias' de família assim alcandoradas à dignidade do vocábulo 'apareciam como conquistas dos tempos modernos' mas 'ninguém exprimiu a dúvida pertinente quanto aos benefícios dessas conquistas'.
e mjnp exemplifica: 'as famílias monoparentais, sabemos, resultam na sua esmagadora maioria do facto de os homens abandonarem as mulheres e os filhos, ficando estas entregues a si próprias e à dura missão de prover às necessidadesc da família agora reduzida a um único adulto, a mãe'. (que giro. eu cá achava, na minha ignorância e má fé, que o crescimento do número das famílias monoparentais -- que de resto sempre existiram e não eram mais porque há uns anitos, nem muitos, as crianças que nasciam fora do bendito e sacrossanto casamento iam parar à roda e os casamentos se desfaziam na realidade mas não no papel, até porque, talvez convenha lembrar, o divórcio era interdito -- se devia ao facto de as mulheres, mais autonomizadas económica e culturalmente, estarem muito menos dispostas a aguentar relações massacrantes).
e continua, em direcção às uniões de facto e ao casamento de pessoas do mesmo sexo, depois de descrever como as políticas de ordenamento e habitação erradas deram cabo da família alargada (curiosamente, mjnp fala do caso português e apenas do caso português, como se as mesmas políticas -- portuguesas -- servissem para explicar um fenómeno global. mas isso agora não interessa nada): 'em espanha, onde tudo é avaliado, os números indicam que poucos recorreram à união de facto, após a entrada em vigor da nova lei, sendo possível concluir que não seriam muito numerosas as pendências nesta matéria... em breve teremos os números dos casamentos celebrados entre homossexuais'. (desculpem, esta tem mesmo de levar um parentesis. quer mjnp levar-nos a concluir que a realidade 'união de facto' é pouco expressiva? e poucos são quantos? não estará a confundir o registo das uniões com a sua existência real? e, ainda, a haver mesmo 'poucos' casos, isso significa o quê? -- a mesma questão se coloca no caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo. é curioso como as pessoas que defendem que a homossexualidade é uma coisa indesejável e que deve ser, a existir, o mais disfarçada possível, pretendem retirar conclusões sobre o número de assunções públicas de ligações entre pessoas do mesmo sexo ao fim de um ano de vigência da lei).
para concluir: 'não vale a pena confundir as necessidades, que todos reconhecemos, de tratar juridicamente novas realidades sociais, com a subversão de instituições indispensáveis à saúde e ao desenvolvimento das pessoas e das comunidades'.
e que 'instituições' (o 's' é da autora, certamente já baralhada pelos que denomina de 'donos do pensamento dominante', os tais que 'actuam como censores ditatoriais, banindo os desconformes e silenciando os críticos' -- e que silenciada e banida que a sôtora maria josé, mais os outros todos que pensam como ela, tem sido, ao contrário dos que não pensam como ela, que pululam para aí por tudo quanto é coluna de opinião e cargo de poder e contra os quais nunca por nunca se movem campanhas, não) serão essas, perguntamos nós? mjng responde: 'o pilar que sustenta o indivíduo e a sociedade'; 'o âmbito privilegiado onde cada pessoa aprende a dar e a receber amor'; a instituições intermédia entre o indivíduo e a sociedade insubstituível nessa mediação porque assente numa profunda relação interpessoal'; 'da escola de humanização do homem no seu processo de crescimento'.tudo isto é a 'família'. sem 's'. e para isto tudo, percebemos, não servem as 'famíliaS'.
não se é sustentado como indivíduo numa família monoparental, nem numa união de facto, nem num casamento entre pessoas do mesmo sexo. não se aprende aí nada sobre dar e receber amor. nem se encontram aí profundas relações interpessoais, nem se cresce, nem se passa por um processo de humanização (seja lá isso o que for). não. aí é só sexo, infelicidade, pobreza e doenças (já diz o nosso presidente, deus o proteja). e, quiçá, violência -- toda a gente sabe que violência não há na família sem s, pela simples razão de que uma família onde há violência passa logo a caber no conceito famíliaS.
vá lá, não se divorciem. vocês, ó mulheres, não se deixem abandonar pelos homens. vocês, ó homens, não abandonem as vossas mulheres. quando engravidarem uma por engano vosso e dela, façam o vosso dever, casem com ela e sejam os dois mais os rebentos infelizes para sempre. se vos apetecer outra coisa de vez em quando, sabem o que têm a fazer -- as trabalhadoras e os trabalhadores do sexo fizeram-se para essas ocasiões (se existem, é porque deus nosso senhor lhes reserva um papel no mundo, não acham?). e, sobretudo, não amem quem amam. ou, se amarem, paciência: o amor não é tudo. a felicidade não interessa. a vida não importa. o importante é a família. a FAMÍLIA.
o problema, cara maria josé, é que esta gente é burra. não quer ouvir. só quer fazer o que lhe dá na realíssima. gentinha sem educação, sem sentido da responsabilidade. qu'hórror.
|| f., 14:25
|| link
|| (0) comments |
o bem, o mal e o resto
façam de conta que está aqui um link para a natureza do mal (anaturezadomal.blogspot.com). post sobre israel. ai estes macs
|| f., 14:16
|| link
|| (0) comments |
sexta-feira, julho 21
conversa de casa de banho
para quem, como eu, considera o bidé uma peça vetusta e inexplicável, apenas apropriada a ocupar espaço ou à demolha de peças de roupa, ténis, etc (espécie de alguidar com torneira incorporada), a sua inclusão nos sanitários de restaurantes, empresas e locais de trabalho em geral é um verdadeiro busílis.
qual será a ideia de quem inclui aquela peça no mobiliário das zonas de refrescação para empregados? será que as sanitas saem mais baratas se trouxerem um bidé atracado? e, se a ideia é fomentar a higiene global dos empregados, não seria mais apropriado um duche (e que falta faz nos dias de calor)? isto para não falar do facto de nunca ter visto, junto ao dito artefacto, nem sabão nem toalhas -- o que induz a ideia de que quem usa aquilo ou traz de casa o que falta ou sai dali a escorrer e francamente mal lavado.
é muito, muito estranho. e no actual momento de contenção financeira, não posso deixar de fazer contas ao que o país pouparia se os bidés fossem abolidos. nem sei como ainda ninguém se lembrou disso.
|| f., 19:29
|| link
|| (0) comments |
tungas
|| f., 17:53
|| link
|| (0) comments |
wof! wof!
estivemos aqui no dn a examinar as novas regras vestimentares de admissão para jornalistas no parlamento da madeira e concluímos que ninguém está em condições de lá entrar. ou é pela sandálias e chinelas, ou é pelos ténis, ou é pelos jeans, ou pelas tshirts. ou seja: somos todos, segundo as doutas palavras do dr alberto joão, esse grande sinhor, culpados de"um desleixo que pretende igualizar, porém erradamente, por baixo, pelo rafeiro".
mas, após um breve inquérito, chegámos também à conclusão de que ninguém estava especialmente interessado em ingressar no edifício, assistir aos trabalhos parlamentares da ilha ou até em ser jornalista na madeira.
|| f., 17:07
|| link
|| (0) comments |
quinta-feira, julho 20
choque e pavor
o miguel, como sempre, na mouche. sobre israel, palestina, líbano e quejandos. e a demonstrar que a esquerda que os néscios gostam de apelidar de 'politicamente correcta', sem como sempre e como sobre tudo não fazerem a mínima ideia do que a expressão significa, está muito longe de funcionar em bloco.
pensar complica tudo, não é?
|| f., 16:54
|| link
|| (2) comments |
Playing with words...
...
Googular - acto de procurar no motor de busca www.google.com
|| portugalclassificado, 16:42
|| link
|| (0) comments |
quarta-feira, julho 19
Vá lá, para lembrar o Francis
Eu gosto muito deste divertimento da dupla Chico-Francis Hime, o "Amor Barato", de 1981. Mas Francis fez com Chico coisas medonhas (e óptimas para entrar no futuro post Dor de corno e género em Chico Buarque) como o Trocando em Miúdos ou o Atrás da Porta.
Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Modesto
Um tipo de amor
Que é de mendigar cafuné
Que é pobre e às vezes nem é
Honesto
Pechincha de amor
Mas que eu faço tanta questão
Que se tiver precisão
Eu furto
Vem cá, meu amor
Agüenta o teu cantador
Me esquenta porque o cobertor é curto
Mas levo esse amor
Com o zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha
Que enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor
Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha
Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Barato
Um tipo de amor
Que é de esfarrapar e cerzir
Que é de comer e cuspir
No prato
Mas levo esse amor
Com o zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha
Que enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor
Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha
|| asl, 22:32
|| link
|| (5) comments |
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
Aliás, devia ir ali ao Maxime ver o Francis Hime e também não posso.
|| asl, 22:24
|| link
|| (2) comments |
Dor de corno e género em Chico Buarque
Juro que me apetecia escrever um post assim. Estive um destes dias a ver, nos famosos vídeos, "A Rosa" pelo Chico e Djavan. A dor de corno e género em Chico Buarque é uma interessantíssima matéria. Mas não posso. Não posso já.
|| asl, 22:21
|| link
|| (1) comments |
Beijos pró Nuno
Era só para mandar beijos ao querido Nuno Simas. Por causa daquilo do Carioca. (Ah, dava jeito pôr aqui umas fotos, para se ver como ele, velho e cansado, ainda é melhor que os exemplares aqui da Câncio)
|| asl, 22:16
|| link
|| (1) comments |
azar ao nome
cremilde navalhinhas.
olhem, nem sei o que dizer. a não ser que de facto há pessoas com muito azar aos nomes. dei conta disso na lista telefónica. encontra-se com cada um. há uns anos, resolvi até fazer uma reportagem sobre isso, para a notícias magazine (link não disponível).
encontrei um panasca, vários palhaços, imensos malucos, um sacana (que dizia ser 'saçana') , chatos, ronhas, um ror de gente com apelidos levados da breca. um dos meus favoritos foi o 'ratinho maneta', acompanhado pelo 'capitão ratinho' -- parecia coisa de bd. a parte mais extraordinária da reportagem era o telefonema. tipo: 'está? fala da casa do sr maluco?'. ia tendo uma apoplexia de tanto morder o riso.
não estou a inventar: vão ao 118 da net e façam uma busca. o sr panasca era um amor. tinha noventa anos e um humor à altura do nome (não o deu à filha, porém). como cresceu numa aldeola do interior onde toda a gente tinha uma alcunha, e a da mãe dele era coelho, só descobriu o seu nome de registo quando foi para a tropa. 'foi na tropa que descobri que era panasca', dizia ele, a rir. e explicou que 'a culpa foi do sacristão' -- porque combinou com o pai dele que o último filho teria o apelido real do progenitor.
toda a gente que entrevistei se queixava do horror que é estar por exemplo na sala de espera do médico e ouvir, em altos berros, chamar o seu nome. é muito azar, de facto. pode ser que tenham sorte no amor, ou assim.
|| f., 20:12
|| link
|| (0) comments |
to rample, em todo o seu esplendor
|| f., 20:09
|| link
|| (0) comments |
rampling, rambling, gambling
ainda
os nomes.
o francisco (cujo nome
significa 'independente', 'livre') informa-nos de que foi criado
um novo vocábulo, mais exactamente um verbo, a propósito do espantoso olhar da charlotte (a actriz, a actriz -- de o porteiro da noite, por exemplo). a ideia é boa e pode facilmente ter prolongamentos. to monroe, to bacall, to pfeiffer, to thurman. to fiennes, to toro. e, só para mim, e com estreia absoluta na colocação de imagens cá pela je, to byrne.
|| f., 19:56
|| link
|| (0) comments |
what's in a name
deve ser da season. encontrei uma
lista infindável sobre significados de nomes. fiquei a saber, por exemplo, que sou (do alemão) um audaz e alto exército(noutras fontes comandante do dito) e (do latim) amante de poesia. uma guerreira romântica, é o que é. a borgesiana questão é se tinha escolha.
|| f., 16:21
|| link
|| (0) comments |
segunda-feira, julho 17
Cuida o que te digo, Ana Sá Lopes...
... soube de fonte segura que os bilhetes para os espectáculos do Chico Buarque, em Novembro, estão à venda a partir de hoje na FNAC.
Reservas pelo telefone: 707234234
Despeço-me com muita amizade,
Nuno Simas
|| portugalclassificado, 16:20
|| link
|| (0) comments |
sábado, julho 15
Palavra de jumento
Este texto é do
Jumento. E parece uma caricatura das jumentices tradicionais sobre as mulheres na política.Atente-se nos itens que servem para o jumento avaliar Paula Teixeira da Cruz, a nova presidente da Distrital de Lisboa do PSD: jóias, maneira de falar, casamento, episódios de juventude, mais aquele coice do "menina ambiciosa e betinha". Há uma alusão a um "vazio de conteúdo", não explicado. O Jumento, mesmo conhecendo mal o candidato vencido, preferia o gajo. É sempre assim. Claro que o Jumento é de esquerda.
UMA MÁ ESCOLHA
Conheço mal o candidato vencido à distrital de Lisboa do PSD, mas dificilmente poderia ser pior escolha do que a menina ambiciosa e betinha que escolheram. A senhora é irritante na maneira de falar, no vazio de conteúdo e no exibicionismo de jóias caras. Não gosto desta senhora que nos tempos de juventude ainda levou um banho no tanque do liceu porque andava armada em revlucionária da Revolta Activa de Nito Alves, para depois se casar com um rapaz da extrema direita
|| asl, 19:52
|| link
|| (0) comments |
sexta-feira, julho 14
estereótipo fracturante
e se de repente um homem vier buscar um gafanhoto gigante da secretária de uma mulher? poderá parecer simpatia, mas é bem capaz de ser uma demonstração da proverbial superioridade masculina, para não dizer mesmo a criação de um facto político com vista à produção de postas sobre a imutabilidade das características intrínsecas dos géneros e a adequação realista dos estereótipos.
agora a sério, pedro: nota que eu não exigi a presença de um homem. nem de um homem nem de uma mulher e muito menos aos gritos. limitei-me a sair da secretária o mais depressa possível quando descobri que aquele restolhar de asas que passara a milímetros das minhas costas se devia àquela enorme coisa saltadora e esverdeada que se postara no bloco de gavetas, a vinte centímetros das minhas pernas -- nuas (se estivesse de calças e camisa, como tu, e não com um vestido de alças e de chinelos a proximidade do bicharoco não me arrepiaria tanto. vai-se a ver e esta cena das mulheres com os gafanhotos, as baratas e coisas do género tem mais a ver com a roupa que com outra coisa qualquer. hum? esta foi boa). claro, evidentemente, é óbvio, etc, que se estivesse só arranjaria maneira de enxotar o bicho, mas como tu resolveste o problema escusei de ter essa maçada. foste muito querido. ou não foste?
|| f., 21:29
|| link
|| (0) comments |
tropical heat wave
ó, francisco. eu é mais banheira, piscina, alguidar, regador. à falta da maré baixa na fábrica. e marilyn monroe:
We're havin a heat wave
A tropical heat wave
The temperatures rising, it isn't suprising
She certainly can, can can!
She started a heatwave
By letting her seat wave,
in such a way that the customers say
that she certainly can, can-can!
Gee, Gee!
Her anatomy
Makes the mercury
Rise!
to ninety three
We're havin' a heat wave
A tropical heat wave
The way that she moves
The thermometor proves
that she certainly can!
"What's your name honey?"
"Pablo."
Certainly can
"Chico"
Certainly can
"Miguelito."
"Pablo, Chico, Miguelito"
OOOH! Can Can
"Pablo, it say here under 'weather report'
It's saying, a friendly warm air is
moving in from..."
"WHERE?"
"Jamaica- moderatly high air pressure will cover the north east and.."
"WHERE ELSE?"
"The deep south..
small danger of..."
"WHAT?"
"Fruit frost!
Hot and Humid nights can be expected!"
"Vincent 95, Guadeloupe 97, Santo Domingo 99. Pardon me? 105?"
We're having a heat wave
A tropical heat wave
The tempurature's rising
it isn't suprising, I certainly can- can!
I started this heatwave in such a way
that the customers say that I certainly can (can-can)
The man who need
Makes the mercury rise to 93
We're having a heatwave, a tropical, a tropical heatwave
the way that I move, that thermometer grooves
She certainly certainly certainly can
I certainly certainly certainly can can-can
|| f., 16:51
|| link
|| (3) comments |
Nota aos leitores
Atenção, senhoras e senhores leitores: o Glória Fácil acabou de se tornar ainda mais indispensável do que já era. Para V.Exa., que é maluquinha (ou maluquinho) por livros, e que gasta o que devia e o que não devia em aquisições bibliófilas on line, o Glória Fácil colocou a abrir ali a coluna do lado direito uma ligação à Abebooks, o melhor portal internacional de compras de livros. Pode digitar o nome da obra (ou a autoria) e ficar a saber onde pode comprar mais barato (ou mais caro, se preferir). Glória Fácil: um blogue ao serviço do Plano Nacional de Leitura ou lá como aquilo se chama.
|| JPH, 12:55
|| link
|| (0) comments |
"Tenho a lista em casa"
Eu juro que se fosse alguma vez entrevistado pela Maria João Avillez (com dois éles, ou mesmo três ou quatro) também dificilmente não me comportaria de forma arrogante e até mal educada. A impreparação é tanta, o manteiguismo besuntista atinge tais níveis, as banalidades sucedem-se a tal ritmo que só mesmo um entrevistado dispondo de níveis inumanos de autocontrole consegue não deixar de transparecer uma certa irritação com aquilo tudo. Reparem: não estou a dizer que a entrevista de ontem à noite na SIC foi difícil para o entrevistado (como por exemplo foram algumas de Constança Cunha Sá na TVI aos candidatos presidenciais). Pelo contrário: estou a dizer que foi uma passeata absoluta para o engº Sócrates.
Mas a velocidade das vulgaridades é tanta e o molho de manteiga em que aquilo tudo foi imerso é de tal maneira espesso que um entrevistado minimamente humano não pode deixar de se sentir incomodado. Para a história da entrevista deixo aqui um pormenor. A certa altura a "entrevistadora" perguntou ao primeiro-ministro sobre os obstáculos da maioria PS no Parlamento a iniciativas da oposição. Sócrates deu a resposta mais que previsível: pediu exemplos. A "entrevistadora" gaguejou, deu um único exemplo (o caso Eurominas) e depois acrescentou algo (sobre as iniciativas da oposição impedidas pelo PS) que devia ficar marcado para sempre na memória do jornalismo nacional: "Tenho a lista em casa."
Moral da história: há listas que não se devem esquecer em casa. As das perguntas e as do supermercado. Suponho que nem com umas nem com outras Maria João Avillez teve alguma vez de se preocupar. É coisa pró sopeiral. Mas para a próxima ponham a sua "fiel Sebastiana" a fazer a entrevista. Lá em casa é quem tem o departamento das listas e a sua própria patroa já por várias vezes atestou da sua competência.
PS. Por outras palavras: o que faz falta são entrevistas competentes ao primeiro-ministro. Por jornalistas de política competentes e até (ou mesmo acima de tudo) por jornalistas de economia competentes, que saibam do que falam (e não se esqueçam das listas em casa, já agora). Só não sei se o primeiro-ministro está para aí virado. Tenho dúvidas.
|| JPH, 11:37
|| link
|| (0) comments |
quinta-feira, julho 13
sabadabadu
juro que isto não é perseguição. mas a revista sábado anda a suscitar-me como que uma vontade irreprimível de postar. a capa desta semana é sobre 'como ficar 15 anos mais jovem'. estive a ler o texto e a fazer contas e descobri que fazia tanta coisa correcta do ponto de vista deles que corria o risco de involuir até à fase embrionária (o que à partida podia não ter mal nenhum, mas acarreta, como se sabe, o grande risco de ser alvo de experimentação desregrada por parte de cientistas malévolos e sem respeito PELA VIDA COM MAIÚSCULAS CLARO). mas o mais interessante vem no teste intitulado 'qual a idade do seu corpo?', em que entre perguntas sobre as 'doses' de nozes e peixe e fruta e legumes verdes que se deglutem diariamente mais os maços de tabaco consumidos o número de amigos 'próximos' (vá lá, não puseram 'pessoais', mas alguém há-de um dia explicar-me o que é um amigo 'distante' ou 'impessoal') vem uma sobre 'o seu estado civil', com as seguintes opções:
1 - casado e feliz (homem) (menos 1,5 anos)
2 - casada e feliz (mulher) (menos 0,5 anos)
3 - mulher solteira, homem viúvo (0)
4 - homem divorciado, mulher viúva (+ um ano)
5 - mulher divorciada (+ 2 anos)
6 - homem solteiro (+ 3 anos)
ficamos portanto a saber que:
só há casamentos felizes, mas no casamento os homens são mais felizes que as mulheres; que ser uma mulher solteira é igual a ser um homem viúvo e é igual basicamente a nada; que ser uma mulher viúva é igual a ser um homem divorciado, e ambas as coisas são más; que pior que uma mulher divorciada só um homem solteiro (excepto, presume-se, se se encontrarem e casarem e forem felizes para sempre, ele necessariamente mais que ela).
agora digam lá que não se aprendem coisas fascinantes na sábado
|| f., 19:05
|| link
|| (0) comments |
acho-lhe graça, prontoS
ao
carlitos sobre o sis e a crítica literária
|| f., 18:06
|| link
|| (0) comments |
unidos pelo ódio
afinal, era
assim tão simples acabar com os problemas entre as religiões. todos a lapidar panilas e fufas, já!
|| f., 18:01
|| link
|| (1) comments |
you don't always realize it
isto é do álbum (era assim que se dizia na altura) superman, aquele pelo qual conheci laurie anderson e que ganhei num concurso qualquer do som da frente do antónio sérgio. era e é uma umas das minhas faixas/líricas favoritas. com a 'i no longer love it' -- i no longer love the colour of your sweaters / i no longer love it / i no longer love the way you hold your pens and pencils / i no longer love it' -- uma espécie de haiku electrónico naquela voz exacta sobre o encantamento e o fim do encantamento, essa coisa a que chamamos amor. a outra
you're walking and falling -- at the same time. and you don't always realize it
é mesmo sobre tudo.
|| f., 17:26
|| link
|| (0) comments |
Imperdível...
... é o artigo de Pedro Mexia do DN sobre o debate do estado da Nação.
... Um excerto...
...
Nunca tinha visto ao vivo dois terços dos nossos eminentes deputados. Tomei algumas notas. O monárquico Pignatelli Queiroz estava mais imóvel que um marco de correio, à espera que lhe dessem a palavra para que se pronunciasse sobre a Patuleia. Nuno Melo lembra um entusiasmo de magala que vai às meninas.
Ler tudo
aqui
|| portugalclassificado, 11:07
|| link
|| (0) comments |
quarta-feira, julho 12
Desculpas... (vi)
... para não postar... já não há. Amanhã há mais!
|| portugalclassificado, 20:35
|| link
|| (0) comments |
Desculpas... (v)
... para não postar... já não há.
José Sócrates acabou o debate, à hora dos telejornais, a responder à proposta do PSD de reforma da segurança social. Assim, Mendes "ganhou" o debate...
E José Sócrates, que tinha motivos para suar, já não estava a suar.
|| portugalclassificado, 20:30
|| link
|| (1) comments |
Desculpas... (iv)
... para não postar... já não vou mesmo tendo...
Agora está a falar Jerónimo de Sousa. O de sempre. O tom de voz... o de sempre.
Porque será que o tom de voz dos discursos dos dirigentes do PCP parece ser uma cópia (cassette!...) do tom de voz dos discursos de Álvaro Cunhal?
|| portugalclassificado, 19:11
|| link
|| (0) comments |
Desculpas... (iii)
... para não postar... começo a não ter.
Parece que o facto político - pela quantidade de vezes que José Sócrates já limpou a testa - é mesmo o suor do primeiro-ministro.
Não percebi é se a oposição está a pôr o primeiro-ministro a suar as estopinhas!...
|| portugalclassificado, 17:32
|| link
|| (0) comments |
Desculpas... (ii)
... para não postar. Mas parece que hoje não as tenho.
O debate está adormecente. José Lello bocejou quando Sócrates falou.
Marques Mendes hoje está titubeante.
O PM atirou uns quantos números e milhões para a arena (da política!).
E pronto.
Já volto.
|| portugalclassificado, 17:28
|| link
|| (0) comments |
Desculpas...
... para não postar. Hoje não posso porque estou a tratar do estado da Nação. Pela TV, parece que a Nação está a suar. Em bica.
|| portugalclassificado, 16:27
|| link
|| (0) comments |
terça-feira, julho 11
ô ô ô ô ôôô little china girl
já que ninguém mais posta nesta espelunca, aqui estou a fazer links para boas postas de outras freguesias.
a desta rapariga, por exemplo. uma delícia (eu não
dizia?)
|| f., 17:27
|| link
|| (0) comments |
zapatero olé
zapatero vale bem uma missa -- ou mesmo quinhentas.
mas o que é verdadeiramente fascinante nesta história nem é a coragem e integridade do primeiro ministro espanhol, de que já deu bastas provas. é mesmo, como bem sublinha a
dina, a reacção despeitada da igreja católica ao facto de haver quem rompa a tradição do manter das aparências. onde é que andará aquela ideia de que a essência (alma) é que conta?
|| f., 16:44
|| link
|| (0) comments |
do amor ben(t)ito
é a natureza deles,
luís.
|| f., 16:08
|| link
|| (0) comments |
(in)croyable
só há uma coisa boa
nisto: é saber que não é só em portubol.
|| f., 16:02
|| link
|| (0) comments |
postimatum
eh, gajada! estou de faxina, é? não há vergonha? não sei se alguém está de férias -- mas há pelo menos uma pessoa que vejo a cerca de dois metros, à frente de um computador e tudo -- e nada
|| f., 16:00
|| link
|| (5) comments |
segunda-feira, julho 10
there will never be another you
|| f., 21:07
|| link
|| (0) comments |
todas as letras
a blogosfera é realmente um sítio muito curioso -- como o mundo. notei ultimamente (graças ao google e ao technorati e às pesquisas egocêntricas que permitem) a existência de uma série de blogues que se intitulam cristãos e dizem bater-se pelos valores que isso implica.
a primeira nota relevante é a sanha (ou senha) persecutória que a maioria desses blogues evidenciam em relação a tudo e todos que não se conformem com a sua peculiar visão. a segunda é a forma como, mesmo quando querem dar ares de tolerância, mais não fazem que sublinhar o seu ímpeto de exclusão.
dei por exemplo com um texto absolutamente imperdível sobre a série the l word, que passa todos os dias na 2: às oo.30. para começar, o senhor em causa diz que não viu 'as cenas chocantes' de que lhe tinham falado, mas mesmo assim acha muito mal que aquilo passe em sinal aberto (conselho: dê uma voltinha nas novelas portuguesas, sobretudo naquelas para adolescentes, e depois conversamos -- pensando bem, converse antes com outra pessoa) porque: 'as lésbicas são todas giríssimas'; 'a série é limitada no drama humano'; 'aquilo pode levar uma mulher -- sobretudo, diz ele, as mais jovens -- a ficar lésbica'.
lá pelo meio destas reflexões que lhe foram suscitadas pela visão de um único episódio da série, questiona, pungente: 'quem é que no seu perfeito juízo, gostaria que as suas amigas, mulher, filhas, mãe e avó, fossem lésbicas?'
eu até o percebo: realmente assim de repente descobrir que a avó e a mãe -- para não falar da mulher -- eram lésbicas pode ser um xuto na tola. sobretudo porque, sendo as coisas como são, o mais certo é que as ditas senhoras tenham passado a vida a esconder o tal facto (isto partindo do princípio de que há pessoas 'lésbicas', que é sempre duvidoso -- mas enfim, isso já é uma conversa demasiado complicada para esta posta).
mas também o incomoda que as amigas gostem de mulheres? e que as mulheres que fazem de 'lésbicas' na série sejam todas 'gisíssimas' (ao contrário das mulheres que nas séries fazem de 'hetero', que são todas medonhas, como se sabe)?
esta é boa. queria o quê, uma série povoada de gordas com bigode e cabelo rapado (que deve ser como imagina as suas lésbicas -- onde é que esta gente tem andado)?
o melhor, porém, é decididamente essa ideia de que ver uma série daquelas pode levar alguém a dar o 'mau passo'. aconselha-se a este sr -- e a todos e todas que pensam (?) como ele -- a ler uns relatórios sobre sexualidade (ou mesmo o diário de anne frank). chegarão à conclusão de que não é despiciendo o número de jovens do sexo feminino que têm experiências sexuais com amigas -- o que certamente fará delas umas perdidas na acepção tão tolerante destas pessoas mas, lamento informar, não as transformou em lésbicas empedernidas.
quanto à questão de fundo -- porquê admitir a exibição de uma série 'destas' em sinal aberto e numa tv estatal, a resposta deveria ser evidente: porque até existirem séries como esta a programação de sinal aberto dava uma imagem do mundo aos tais 'mais novos em período de descoberta da sua sexualidade' que apresentava o relacionamento heterossexual como o único figurável. para o caso de estes cristãos nunca terem pensado nisso, esse facto era (e é) mais uma fonte de sofrimento para aqueles estão a descobrir ou já descobriram outro tipo de relacionamento.
mas enfim: que me terá dado para pregar aos peixes? deve DE ser do excesso de uv na moleirinha.
|| f., 20:13
|| link
|| (0) comments |
são como as ameixas. ou as cerejas, ou os figos, ou os diospiros. mnhãm
|| f., 20:09
|| link
|| (0) comments |
são nossos filhos, são, sr. padre. e seus
Se fossem os vossos filhos, faziam isto?” A frase, dirigida aos jornalistas que seguem o julgamento dos jovens responsáveis pela tortura e morte da transexual sem abrigo Gisberta, é atribuída pelo Público a um padre da Oficina de São José, a instituição católica a que estava entregue a maioria dos ditos jovens.
A mesma Oficina que, após um inquérito interno ordenado pela diocese do Porto, concluiu que as acções dos jovens não podiam de modo algum ser responsabilidade da instituição onde residiam – porque, explicava-se, esta tinha como missão “educar para a vida” e não reabilitar delinquentes, reagindo ao facto de pupilos seus terem sido indiciados pelo espancamento, tortura, violação e homicídio de uma pessoa como se os jovens em causa não lhe fossem nada – muito menos seus filhos.
É o tipo de reacção que se poderia esperar do tipo de famílias ditas “disfuncionais” que as narrativas em geral e as católicas em particular costumam atribuir todos os males do mundo, a começar pela delinquência juvenil. As tais famílias que transmitem “valores errados” e não propiciam “o ambiente adequado ao desenvolvimento harmonioso da crianças”, deixando-as “ao deus dará”. Mas é de quem teve essa reacção que vem agora, em nome de um sentimento de paternidade que vê qualquer interesse pelo processo como uma agressão, a censura aos jornalistas.
Um sentimento que, de resto, ecoa na decisão do tribunal de efectuar o julgamento em segredo absoluto, limitando-se a informação veiculada aos jornalistas por um funcionário expressamente destacado para tal pelo Conselho Superior de Magistratura a assinalar quem é ouvido em cada dia. Há uma diferença entre realizar um julgamento à porta fechada, para proteger a identidade e a “tranquilidade” dos menores, e impedir que a opinião pública tenha conhecimento do teor das audiências. Que valor se visa proteger com esta decisão?
Querer saber o que estes jovens fizeram e o que pensam do que fizeram não é uma manifestação de curiosidade mórbida ou de sensacionalismo. É, mais do que um direito (e é um direito, por mais que custe aos senhores juízes), um dever – um dever doloroso e terrível mas absolutamente necessário. Como é terrível e doloroso mas necessário encarar de frente e sem tergiversar o horror do que aconteceu à sua vítima.
Mas o sistema judicial escolheu outro caminho. Apesar de a investigação ter determinado que, após terem passado dois dias a espancá-la e a violá-la (crime do qual não são indiciados) e de terem tentado pegar-lhe fogo, os jovens ouviram a vítima pedir ajuda antes de a deitarem ao fosso de mais de 15 metros onde morreu afogada, a opção foi julgá-los por homicídio “na forma tentada com dolo eventual”, assumindo que não tiveram a intenção de matar e não consumaram o homicídio.
“Uma brincadeira que correu mal”. Ouvida primeiro a responsáveis da Oficina, os tais que “educam para a vida”, a frase volta agora pela boca dos jovens, parece, e dos seus advogados. Fosse a vítima uma criança ou um padre – e não a transexual, sem abrigo, toxicodependente e prostituta que era – ousar-se-ia falar assim do que lhe fizeram?
Dizer que o massacre e a morte de Gisberta foi uma brincadeira, à laia de desculpabilização caridosa dos “miúdos” que “podiam ser nossos filhos” é uma obscenidade do domínio da cumplicidade e da autoria moral. Lembre-se que torturar e matar “por gozo” é aquilo que supostamente fazem os psicopatas. Os tais que, explicam os psicólogos criminais de serviço no caso de Santa Comba, não sentem remorsos nem culpa e retiram prazer do sofrimento. Os tais que, como disse ao DN o pároco da terra, fazem parte do “mistério que é o homem” e “só Deus pode compreender”. Os tais monstros com os quais nada queremos ter a ver, ao contrário dos jovens que no tribunal do Porto são julgados em segredo. Porque esses, além de filhos de deus, são nossos filhos também.
(texto da coluna contra os canhões, publicado no dn de sábado. como não figura na edição on line, aqui está ele -- com capitulares e tudo)
|| f., 18:27
|| link
|| (0) comments |
domingo, julho 9
sem titulo (literalmente)
esta cena portubol aparvalha-me beyond words
|| f., 14:28
|| link
|| (0) comments |
quinta-feira, julho 6
último almoço
a revista sábado revela hoje ao país que a última refeição de freitas do amaral enquanto ministro dos estrangeiros foi uma dourada escalada 'a dividir por três' e uma garrafa de tinto monte velho, esse grande néctar geralmente preferido nas festas de anos de estudantes. a notícia diz também que carneiro jacinto entornou a garrafa. costuma ser sinal de boa sorte mas, neste caso, pode ter sido só uma medida sanitária.
|| f., 17:54
|| link
|| (0) comments |
Os ossos do nosso rei (actual.)
Equipa vai estudar ossos de D. Afonso Henriques
O túmulo de D. Afonso Henriques vai ser novamente aberto, esta quinta-feira, em Coimbra, na igreja do Mosteiro de Santa Cruz. Uma equipa de cientistas vai tentar desvendar os mistérios que ainda envolvem o primeiro monarca português através do estudo dos seus ossos. (Retirado da TSF)
Acho isto uma falta de respeito inacreditável pela memória do nosso rei fundador que bateu na mãe e depois fundou esse lindo país chamado Portugal!
Segundo a Lusa,
Os especialistas espanhóis trouxeram consigo um aparelho que permitiria "reconstituir o corpo de D. Afonso Henriques a três dimensões".
E ainda por cima queriam brincar aos bonecos com o fundador da nacionalidade...
|| portugalclassificado, 13:37
|| link
|| (0) comments |
quarta-feira, julho 5
Felipão (iii)
Há dias falei com um cidadão com responsabilidades no Governo PSD/CDS. Sobre o Mundial. Ele lembrava-se do Euro-2004. E lembrou-se que o PSD e o CDS perderam as europeias desse ano.
Ainda que, como é óbvio, o PSD não tenha perdido as eleições por causa da "bola"... Mas ele há mentes muito tortuosas!...
(O que vale ao engº José de Sousa é que não há eleições ao virar da esquina!)
|| portugalclassificado, 23:08
|| link
|| (0) comments |
Felipão (ii)
Agora, o engº José de Sousa que se cuide.
Se a TVI for amanhã fazer umas entrevistas de rua, o engº José de Sousa arrisca-se a ouvir que a culpa foi dele... No mínimo, a culpa é do Gilberto Madaíl... e do Laurentino Dias...
|| portugalclassificado, 23:05
|| link
|| (0) comments |
Felipão
Obrigado, Felipão. Foi pena... estivémos a um passo da final. A sorte que tivemos contra a Inglaterra falhou-nos contra a França.
Agora é acabar com a cerveja e as salsichas!
|| portugalclassificado, 23:02
|| link
|| (0) comments |
chega
já foram ditas todas as palavras para acabar com esta
obscenidade. agora só falta acabar com ela.
|| f., 15:39
|| link
|| (0) comments |
liars like us
vienna para johnny, no melhor filme de nicholas ray, que é também um dos melhores filmes, period. pequena dúvida: há uma versão em que a a resposta dela ao 'quantos homens esqueceste' é 'as many women as you, remember?'.
|| f., 15:35
|| link
|| (1) comments |
terça-feira, julho 4
Dúvida que presentemente me atormenta
Faço o jantar para a criança antes do jogo [Alemanha-Itália] ou no intervalo? E dou-lhe banho?
|| JPH, 15:59
|| link
|| (1) comments |
Pão, circo e blogosfera
O governo está mesmo a ganhar com esta história do Mundial. A blogosfera política dedica meia dúzia de palavras à remodelação e algumas dezenas ao escrutínio do jornalismo. Sócrates agradece-lhe,
dr. Pacheco Pereira.
|| JPH, 15:09
|| link
|| (0) comments |
segunda-feira, julho 3
organizem-se, pázinhos
a segunda feira é o dia de seven feet under na 2:-- facto incontroverso, apesar de nos terem morto o nate (o que, convenhamos, não é realismo, é mesmo hiperrealismo). séries boas nos canais abertos de tv são uma absoluta raridade de modo que não é difícil aos espectadores, mesmo que relapsos como eu, fixar o dia em que não se marcam jantares.
pois bem, parece que lá na rtp têm menos atenção que eu à programação e resolveram colocar, no mesmo dia e à mesma hora, uma série no canal 1 com a chancela da bbc e com o dylan mcdermott (do the practice). cum caraças, isto faz-se? é que, reparem, tinham praticamente a semana toda, com excepção da 4ª feira, para enfiar aquilo e zungas, vai de largar a coisa em cima dos sete palmos.
i shall say this only once, malta da rtp: é suposto fazerem contraprogramação é contra a tvi e a sic, ok? não contra os vossos espectadores. vejam lá se atinam.
|| f., 19:24
|| link
|| (0) comments |
Política e futebol - comentário "à taxista"
Se Portugal for à final do Mundial2006, no domingo, é preciso acompanhar estar muito atento a José Sócrates... não vá ele fazer mais uma remodelação.
Com a bebedeira futebolística (lá vem o comentário "à taxista" do dia...), o Governo pode aproveitar para fazer umas malandrices.
Ao invés, se Portugal perder, lá regressa a choradeira. Passa a ressaca ao povo e, pronto, serão o Governo e José Sócrates a levar "pancada"... (segundo comentário "à taxista" do dia...)
|| portugalclassificado, 17:17
|| link
|| (1) comments |