Ginjal e Lisboa

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22 maio, 2011

Um silêncio, um olhar, uma palavra

No jardim do Ginjal, sob as árvores, casal passeia tranquilamente

Um silêncio, um olhar, uma palavra:
nasceste assim na minha vida,
inesperada flor de aroma denso,
tão casual e breve…

Já te visionara no meu sonho,
imagem de segredo esparsa ao vento
da noite rubra, delicada, intacta.
E pressentira teu hálito na sombra
que minhas mãos desenham, inquietas.

Existias em mim… O teu olhar
onde cintila, pura, a madrugada,
guardara-o no meu peito, ó invisível,
flutuante apelo das raízes
que teimam em prender-te, minha vida!


(Retrato de Luís Amaro in 366 poemas que falam de amor de Vasco da Graça Moura)