8.31.2006
A Guerra e os Beligerantes
A Guerra em si é um acto estúpido, não serei pacifista ao ponto de dizer que é desnecessário, pois se os "países aliados" tivessem reagido quando a ameaça Hitler e o seu regime ocuparam ilegitimamente os Sudetas, ter-se-ia evitado muito sangue pois nessa altura a Alemanha Nazi ficaria confinada ao seu campo e os seus aliados ainda não teriam a vantagem de serem defrontados com tropas de ataque regular e bem treinadas para uma guerra ofensiva, mas péssimas quando na defensiva, por isso a Guerra é muitas vezes inevitável, mas não deixa de ser um acto estúpido que provoca sofrimento.
Para haver Guerra tem que haver duas partes neste caso temos um Estado que é Israel que foi uma ideia de grupos sionistas (defensores do regresso á terra de Síon) projecto esse concretizado graças ao infortúnio de seis milhões de vidas da sua área religiosa, sendo que grupos resistentes judeus forçaram a implantação e criação de um estado nacional mais pela luta destes grupos do que porque o Reino Unido e a França o queriam, diante deste facto consumado e fortemente apoiados pela diáspora Judia dos U.S.A. (e doutras partes do mundo) e pela União Soviética e os países do COMECON interessados em despachar para lá os milhões de Judeus que tinham nos seus territórios (cidadãos que se recusavam obstinadamente a viver em ditadura e a perder as suas características sociais, culturais e religiosas). Aceitou-se a partir daí a ocupação dessas terras e a implantação de um estado primeiro ilegal (a quando da declaração de Ben Gurion) depois legalmente aceite internacionalmente e reconhecido, por muito que custe a muitos, pela esmagadora maioria dos estados da então e da actual Comunidade Internacional.
Do outro lado temos o Hizbollah ("o partido de Deus" ou em árabe: حزب الله), este movimento era uma federação de várias pequenas organizações radicais Xiias Duodecimanicas criadas no contexto da Guerra Civil Libanesa de 1982 e depois da Israel ter invadido o sul do Líbano, sendo algumas criadas e apoiadas pelo Irão que também é Xiia Duodecimanico e outras pela Síria, cujo os governantes são Xiias apesar de a maioria da população ser Sunni (sendo os governantes sírios, “Xiias septimanicos fastos fatimidas” ou “alawitas” sendo uma minoria dentro da minoria Xiia dentro da Síria pois os Xiias sírios são Duodecimanicos na sua generalidade) mas que mais tarde alinharam no jogo iraniano pois ficaram sem aliados quando a União Soviética e o COMECON deixaram de existir e o regime do Iraque caiu (aliás os dois países, a Síria e o Iraque, tinham o partido Baath como governante que era em termos ideológicos um misto de autocracia comunista árabe, com valores morais religiosos islâmicos mas com forte preponderância laica em termos sociais) esse alinhamento também se deveu ao cessar fogo da Guerra dos Campos (que opôs o Partido Amal Xiia Duodecimanico financiado pela Síria, ás vezes apoiados pelas Milícias do Partido Socialista Progressista e o Hizbollah e as Milícias Palestinianas da O.L.P. ás vezes apoiadas pelas Milícias do Al-Murabitum a maior Milícia Sunita Libanesa da altura) e da Guerra Civil Libanesa em 1989. O Hizbollah tem como Secretário-Geral (temos que compreender que estes não têm eleições e que este titulo é honorifico e não o resultado de eleições internas) o Xeque Hassan Nasrallah e que é formado exclusivamente por libaneses Xiias Duodecimanicos sendo uma organização que reconhece o princípio do "welayet-al-faqih", ou seja, a primazia do guia da revolução iraniana sobre a comunidade xiita, esta teoria foi constituída a partir da interpretação feita pelo "ayatollah" Khomeni e retirada duma "surata" (versículo) do Alcorão intitulado "A Mesa Servida" (5:44), o mesmo sustenta a supremacia governativa dos clérigos, uma vez que estes, alegadamente dispõem do "conhecimento sagrado para adivinhar o significado oculto do Alacorão" conhecimento esse que lhe permite também "participar na revelação final da palavra de Alah", assim o modelo de Polis é o Estado Islâmico sob a supervisão "welayet-al-faqih", onde o Teólogo Jurista desempenha o cargo de Guia Supremo actualmente é o "ayatollah" Ali Khamenei, deste modo o Movimento/Partido Hizbollah é gerido por um uma Hierarquia de "Mujtahid" ou "gente que faz um esforço (ijtihád) de procura da verdade" sendo todos os seus lideres "Mestres" (Mollah), pois os restantes títulos dessa Hierarquia são difíceis de alcançar por alguém tão distante dos lugares santos Xiias e sem escolas com preponderância para formar graus superiores. O Hizbollah como referi reúne diversos movimentos, com preponderância do ramo libanês do partido Ad-Daawa (fundados e apoiados pelo Irão os partidos Ad-Daawa tinham na altura da sua fundação os ramos Jordano, Iraquiano que chegou a ser o mais importante movimento de oposição Xiia Iraquiana, e o ramo Palestino que é agora o Hamas), na época da sua fundação, os objectivos declarados deste partido eram estender a revolução islâmica iraniana e criar um estado islâmico no Líbano, o que lhes deu o nome popular de "partido de Deus" (Hizbollah) confundindo-se assim este partido com a Federação de movimentos que está na sua origem, hoje este Partido tem temporariamente renunciado a este objectivo, sendo que nas regiões de predominância Xiia, toma progressivamente o lugar do seu rival Partido Amal (que é anti-palestiniano e era claramente pró Sírio, embora se tenha nos últimos tempos distanciado progressivamente de Damasco a partir de 1989), enfraquecido pela corrupção. O Hizbollah é uma organização claramente terrorista, o responsável comprovado pelos atentados de 17 de Março de 1992 (em que uma bomba fez trinta mortos na Embaixada Israelita na Argentina) e de 18 de Junho de 1994 (num atentado que fez 87 mortos num Centro Comunitário Judaico também na Argentina), nos quais o estado argentino acusou formalmente o Irão e o Hizbollah de estarem implicados sendo que vários membros da comunidade Xiia local, com ligações ao Hizbollah, foram detidos, julgados e condenados pelos atentados. Desde 1989 que esta organização é legal e partidária, no Líbano, e conta com deputados (14 em 128) e Ministros, no Governo, sendo que o actual Presidente da Assembleia é um dos seus Deputados eleitos, a sua plataforma ideológica política é simples: protecção do povo Xiia contra as outras comunidades (estando a tentar estabelecer pontes com os Sunnis pró Sírios); a luta contra o estado de Israel, defendendo o deslocamento integral deste Estado e a expulsão da população israelita para outras regiões do planeta. Este partido desenvolve também uma série de actividades em cinco áreas de actuação principal: ajuda a familiares dos "mártires", ou seja, bombistas suicidas que morrem em Israel depois de terem morto civis e militares, bem como os seus combatentes mortos nos bombardeamentos Israelitas e nas suas Guerras com Israel; Saúde em que possui uma rede com 5 hospitais, 43 clínicas e 2 escolas de enfermagem em todo o Líbano e segundo a O.N.U., pelo menos 220 mil pessoas de 130 cidades libanesas se tratam nesses locais; Educação religiosa Xiia possuindo uma rede de 12 escolas com 7000 alunos e 700 professores e centros culturais franceses que auxiliam no aperfeiçoamento do corpo docente; Reconstrução sendo que nesta área existe uma instituição exclusiva para reparar danos causados, aos Xiias, pelos ataques israelitas, motivados pelas represálias destes aos seus ataques terroristas; Agricultura onde engenheiros agrónomos formados em Beirute, na Síria, no Irão e na Alemanha, desenvolvem projectos agrícolas para garantir a base da economia de subsistência do sul do país. O Hizbollah construiu estas instituições e as mantêm com o apoio financeiro do Irão e da Síria, embora nos últimos tempos através da cobrança do "Zakat al fitr" (doação de esmolas aos pobres, um dos cinco pilares do Islão que é feito na altura do Ramadão) para as suas instituições de caridade consegue manter todos estes projectos, sendo quase independente do apoio do Irão nestas áreas, ainda sobre este assunto convêm referir que após a investigação e neutralização de uma rede de trafico de droga libanesa efectuada pelas polícias brasileira e equatoriana, efectuada no dia 21 de Junho de 2005, levantaram-se fortes suspeitas sobre que o Hizbollah seria o eventual destino dos lucros obtidos por este tráfico de estupefacientes. Estes projectos ajudam o Partido a conquistar apoio popular e político, influência ideológica e a recrutar, treinar e manter membros da sua milícia armada entre a população local Xiia. Desde de Setembro de 2004, o Conselho de Segurança da O.N.U. levou a votação uma resolução que exigia, designadamente, o desarmamento do conjunto das forças não governamentais no Líbano, esta resolução que ordenava que "todas as milícias libanesas e não libanesas fossem dissolvidas e desarmadas" e o Hizbollah (designado muito claramente), face a esta clareza das intenções, quando se tentou pôr em pratica a mesma, demonstrou-se que existia um impedimento de natureza não factual na implementação e execução desta medida no terreno, invalidando ou tornando inócua a tal resolução, com o número de 1559, pois o Hizbollah recusou, qualquer desarmamento. Este tem contra si uma parte das forças da oposição libanesa favoráveis à execução completa desta resolução (ou seja a que haja um estado libanês soberano) que propõem um plano de desarmamento, que o Hizbollah recusa, enquanto considerar que o exército libanês não pode assegurar a segurança no Sul do Líbano. Com uma ronda de negociações em Maio de 2005 foi pedido ao Hizbollah que proponha um plano de desarmamento este recusou tal proposta, na oitava sessão da conferência de diálogo que visa chegar um acordo sobre o desarmamento do Hizbollah que se iniciou a 8 de Junho de 2006, por casa desta posição inamovível do Hizbollah esta acabou em desacordo.
8.30.2006
Sobre a ultima Guerra no Líbano I
Reajo a frio a este acontecimento, depois de muita reflexão pois julgo que é o melhor.
O mito de um só Beligerante.
Israel segundo a esquerda anti-imperialista (aquela que defende um império comunista totalizador e antidemocrático global), a esquerda alter-globalista (aquela que defende que a globalização é má, mas que não dá soluções diferentes a não ser o reforço dos egoísmos nacionais) e a extrema direita racista e anti-semita é único culpado por ter sido bombardeado nos últimos seis anos (desde que deixou o sul do Líbano) e de ver o seu território evadido de vez em quando e de dois soldados seus terem sido raptados num claro acto de Guerra, também é segundo esta união sue generis entre a extrema esquerda e a esquerda totalizadora conjuntamente com a extrema direita racista e anti-semita, o único beligerante, tendo como acepção que beligerante é quem faz a guerra, sendo que os “pobrezinhos” dos libaneses estão a ser bombardeados sem razão aparente.
O Hizbollah (“o partido de Deus”), segundo estas áreas ideológicas, é uma organização de pessoas pacificas e tementes a Deus, que respeitam o modo de vida Ocidental e Europeu, que não são nada anticomunistas ou anti esquerdistas, estes estão apenas a resistir ao invasor, a saber, os “horríveis” Judeus que oprimem sem dó nem piedade todas as boas almas que vivem naquela área geográfica e que nunca foram sequer evadidos por ninguém. O Hizbollah é segundo estes “opinion makers” um bando de resistentes nacionalistas, que deve ser heroificado pois não é nem apoiado por um regime autocrático semi-comunista-extremista ditatorial da Síria nem por um Governo extremista e autocrático que tomou conta (e está para ficar) do que restava da democracia Iraniana. O Hizbollah é tão inocente que não é responsável por limpezas étnicas aos Drusos, Cristãos, Sunis e Xiias apoiantes do Partido Amal da região do sul do Líbano e de muitas execuções sumárias aos militantes do Partido Socialista Progressista, tudo a quando da Guerra Civil do Líbano, pois quando se fala em massacres só existiram os de Sabra e Shatila perpetuados por os horrorosos Judeus (é pena é que não se lembrem que esses massacres das Guerras nos Campos em 1985 foram entre milícias Libanesas e Palestinianas e não contaram com a participação directa de Israel) e que segundo Mel Gibson, (secundado aliás pelos manifestantes em frente das embaixadas de Israel e dos U.S.A. em todo o mundo, será que Mel Gibson será um novo ícone desta “esquerda”) são e cito “responsáveis por todas as guerras”.
Esta fina ironia serve apenas para demonstrar as contradições gritantes e completamente absurdas entre o que é um facto e o que estes grupos ideológicos pensam que são factos.
O mito de um só Beligerante.
Israel segundo a esquerda anti-imperialista (aquela que defende um império comunista totalizador e antidemocrático global), a esquerda alter-globalista (aquela que defende que a globalização é má, mas que não dá soluções diferentes a não ser o reforço dos egoísmos nacionais) e a extrema direita racista e anti-semita é único culpado por ter sido bombardeado nos últimos seis anos (desde que deixou o sul do Líbano) e de ver o seu território evadido de vez em quando e de dois soldados seus terem sido raptados num claro acto de Guerra, também é segundo esta união sue generis entre a extrema esquerda e a esquerda totalizadora conjuntamente com a extrema direita racista e anti-semita, o único beligerante, tendo como acepção que beligerante é quem faz a guerra, sendo que os “pobrezinhos” dos libaneses estão a ser bombardeados sem razão aparente.
O Hizbollah (“o partido de Deus”), segundo estas áreas ideológicas, é uma organização de pessoas pacificas e tementes a Deus, que respeitam o modo de vida Ocidental e Europeu, que não são nada anticomunistas ou anti esquerdistas, estes estão apenas a resistir ao invasor, a saber, os “horríveis” Judeus que oprimem sem dó nem piedade todas as boas almas que vivem naquela área geográfica e que nunca foram sequer evadidos por ninguém. O Hizbollah é segundo estes “opinion makers” um bando de resistentes nacionalistas, que deve ser heroificado pois não é nem apoiado por um regime autocrático semi-comunista-extremista ditatorial da Síria nem por um Governo extremista e autocrático que tomou conta (e está para ficar) do que restava da democracia Iraniana. O Hizbollah é tão inocente que não é responsável por limpezas étnicas aos Drusos, Cristãos, Sunis e Xiias apoiantes do Partido Amal da região do sul do Líbano e de muitas execuções sumárias aos militantes do Partido Socialista Progressista, tudo a quando da Guerra Civil do Líbano, pois quando se fala em massacres só existiram os de Sabra e Shatila perpetuados por os horrorosos Judeus (é pena é que não se lembrem que esses massacres das Guerras nos Campos em 1985 foram entre milícias Libanesas e Palestinianas e não contaram com a participação directa de Israel) e que segundo Mel Gibson, (secundado aliás pelos manifestantes em frente das embaixadas de Israel e dos U.S.A. em todo o mundo, será que Mel Gibson será um novo ícone desta “esquerda”) são e cito “responsáveis por todas as guerras”.
Esta fina ironia serve apenas para demonstrar as contradições gritantes e completamente absurdas entre o que é um facto e o que estes grupos ideológicos pensam que são factos.
Devore gelados para ser feliz!!!
Agora já pode comer gelados sem se preocupar com a barriga, pois são nutricionalmente mais saudáveis.
Gelados light, ou com mais cálcio, ou com menos gordura, são exemplos recorrentes. Como se não bastasse, devolvem-lhe o bom humor em poucos segundos alguma vez viu alguém a comer um gelado com cara de poucos amigos? Certamente que não!
A explicação da Dra. Paula Cristino, nutricionista do Club Clínica das Conchas, em Lisboa, não deixa dúvidas: "O componente mais calórico dos gelados são as natas, pelo que as empresas produtoras têm vindo a reduzir o seu teor nos gelados e a substituí-las por leite. Um gelado com natas possui entre 400 a 500 Kcal, enquanto um gelado sem natas tem cerca de 115 Kcal." "Todos sabemos que comer um gelado constitui um dos prazeres da vida - é divertido e está associado a recordações positivas da infância, das férias, de dias soalheiros e de bons momentos."
Factos frescos:
Um Magnum Classic contém a mesma quantidade de açúcar que os normais iogurtes de frutas de 150 g;
Uma porção de gelado contém menos gordura do que uma fatia de cheesecake ou de tarte de maçã, e até menos do que um croissant;
Uma barra de cereais contém uma quantidade de açúcar semelhante à de um Solero Exotic;
O Mini Milk contém uma quantidade de gordura semelhante à de um iogurte natural.
Sabia que...
Alguns dos primeiros gelados foram desenvolvidos há mais de 3.000 anos, quando os chineses começaram a misturar neve com fruta e mel.
São necessárias, em média, 50 lambidelas para consumir uma única colher de gelado.
Utilizamos 15.000 a 20.000 toneladas de fruta nos gelados, todos os anos, só na Europa.
Num inquérito recente junto de mais de 500 nutricionistas europeus, 70% afirmam que uma das razões pelas quais as pessoas não conseguem seguir uma dieta equilibrada, reside no facto de elas terem uma tendência para excluir alimentos divertidos, como os gelados.
Em Portugal consomem-se cerca de 4 litros de gelados por pessoa/ano.
P.S. - Este é o meu doce vício...
8.08.2006
Comissão propõe limites para os elevados custos da utilização de telemóveis por quem viaja na UE
A Comissão apresentou hoje uma proposta de regulamento comunitário que dará origem a reduções no custo da utilização de telemóveis no estrangeiro que poderão atingir 70%. A Comissão pretende que os preços pagos pelos consumidores pelos serviços de roaming na UE não sejam injustificadamente mais elevados do que os pagos pela realização de chamadas nos seus próprios países (abordagem "mercado doméstico europeu"). Os preços muito elevados do roaming internacional afectam actualmente, no mínimo, 147 milhões de cidadãos da UE (37 milhões de turistas e 110 milhões de clientes profissionais). Caso o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros da UE apoiem a proposta da Comissão, o novo regulamento comunitário — que é um instrumento jurídico directamente aplicável em todos os Estados-Membros logo que publicado no Jornal Oficial da UE — poderá produzir efeitos a partir do Verão de 2007.
"O mercado único é primeira e essencialmente para os consumidores", afirmou o Presidente da Comissão, Durão Barroso. "Eis uma aplicação prática da nossa abordagem "A Europa dos resultados". Com a nossa proposta de hoje, os consumidores que utilizam telemóveis no mercado único beneficiarão de condições mais justas."
"Estamos hoje a fazer frente a uma das últimas fronteiras existentes no mercado interno europeu", acrescentou a Comissária Viviane Reding, responsável pela Sociedade de Informação e Media. "Os preços do roaming mantêm-se, há vários anos, injustificadamente elevados, apesar de sucessivos avisos lançados às empresas do sector, pelo que chegou o momento de a Europa tomar medidas. Estou convicta de que a redução dos preços do roaming não só beneficiará os cidadãos que viajam na UE como aumentará a competitividade da indústria europeia. 80% dos clientes dos serviços de roaming são profissionais e, em especial, as pequenas e médias empresas são afectadas, nas suas actividades comerciais no mercado interno, por este factor de custo substancial. Com o regulamento comunitário que hoje propomos, o roaming, que tem sido uma dor de cabeça para os consumidores, passará a ser um serviço atraente que incentivará cidadãos e empresas a tirarem mais partido de uma maior mobilidade na União Europeia."
"O mercado único é primeira e essencialmente para os consumidores", afirmou o Presidente da Comissão, Durão Barroso. "Eis uma aplicação prática da nossa abordagem "A Europa dos resultados". Com a nossa proposta de hoje, os consumidores que utilizam telemóveis no mercado único beneficiarão de condições mais justas."
"Estamos hoje a fazer frente a uma das últimas fronteiras existentes no mercado interno europeu", acrescentou a Comissária Viviane Reding, responsável pela Sociedade de Informação e Media. "Os preços do roaming mantêm-se, há vários anos, injustificadamente elevados, apesar de sucessivos avisos lançados às empresas do sector, pelo que chegou o momento de a Europa tomar medidas. Estou convicta de que a redução dos preços do roaming não só beneficiará os cidadãos que viajam na UE como aumentará a competitividade da indústria europeia. 80% dos clientes dos serviços de roaming são profissionais e, em especial, as pequenas e médias empresas são afectadas, nas suas actividades comerciais no mercado interno, por este factor de custo substancial. Com o regulamento comunitário que hoje propomos, o roaming, que tem sido uma dor de cabeça para os consumidores, passará a ser um serviço atraente que incentivará cidadãos e empresas a tirarem mais partido de uma maior mobilidade na União Europeia."
A abordagem assente no conceito de "mercado doméstico europeu".
Em primeiro lugar, o regulamento comunitário hoje proposto limita os preços grossistas que os operadores de comunicações móveis cobram entre si pelo transporte de chamadas provenientes de redes estrangeiras. O método utilizado pela Comissão para fixar este limite - que toma como ponto de partida as tarifas aplicáveis à ligação de chamadas móveis provenientes de outras redes domésticas - permite que os operadores, em qualquer caso, recuperem o custo da oferta dos serviços de roaming.
Considerando ser crucial fazer chegar aos consumidores os benefícios do novo regulamento comunitário, a Comissão propõe igualmente limites para os preços de retalho. Os operadores serão autorizados a acrescentar ao custo grossista uma margem retalhista máxima de 30%, que é a margem que os operadores podem, normalmente, praticar nas chamadas telefónicas domésticas. Esta margem retalhista aplicar-se-á a chamadas efectuadas e recebidas em roaming. Para as chamadas recebidas, este limite a nível retalhista será aplicável na data de entrada em vigor do novo regulamento comunitário. Para as chamadas efectuadas, o limite retalhista será aplicável automaticamente após uma fase transitória de 6 meses.
Dentro dos limites grossistas e retalhistas propostos no novo regulamento comunitário para os preços do roaming, os operadores poderão oferecer serviços de roaming mais baratos ou pacotes de serviços mais baratos, diferenciados de acordo com a procura dos clientes.
Por último, a Comissão propõe o reforço da transparência dos preços do roaming cobrados aos consumidores. Os operadores móveis terão de fornecer aos clientes, quando da celebração dos contratos, informações completas sobre as tarifas de roaming aplicáveis e de os manter informados sobre a evolução dessas tarifas. Os reguladores nacionais serão ainda encarregados de acompanhar de perto a evolução dos preços do roaming nos serviços SMS e de mensagens multimedia (MMS).
Considerando ser crucial fazer chegar aos consumidores os benefícios do novo regulamento comunitário, a Comissão propõe igualmente limites para os preços de retalho. Os operadores serão autorizados a acrescentar ao custo grossista uma margem retalhista máxima de 30%, que é a margem que os operadores podem, normalmente, praticar nas chamadas telefónicas domésticas. Esta margem retalhista aplicar-se-á a chamadas efectuadas e recebidas em roaming. Para as chamadas recebidas, este limite a nível retalhista será aplicável na data de entrada em vigor do novo regulamento comunitário. Para as chamadas efectuadas, o limite retalhista será aplicável automaticamente após uma fase transitória de 6 meses.
Dentro dos limites grossistas e retalhistas propostos no novo regulamento comunitário para os preços do roaming, os operadores poderão oferecer serviços de roaming mais baratos ou pacotes de serviços mais baratos, diferenciados de acordo com a procura dos clientes.
Por último, a Comissão propõe o reforço da transparência dos preços do roaming cobrados aos consumidores. Os operadores móveis terão de fornecer aos clientes, quando da celebração dos contratos, informações completas sobre as tarifas de roaming aplicáveis e de os manter informados sobre a evolução dessas tarifas. Os reguladores nacionais serão ainda encarregados de acompanhar de perto a evolução dos preços do roaming nos serviços SMS e de mensagens multimedia (MMS).
A Comissão desenvolve, desde há vários anos, esforços para fazer baixar os preços do roaming, alertando os consumidores e incentivando a auto-regulação (IP/04/1458, IP/05/901, MEMO/05/247, SPEECH/01/375), realizando inquéritos no âmbito do direito da concorrência (IP/04/994, IP/05/161) e conferindo aos reguladores nacionais poderes para tomarem medidas a nível nacional. No entanto, dada a natureza transfronteiras do roaming, os resultados destas iniciativas têm sido, até agora, limitados. Apesar dos recentes anúncios de alguns operadores móveis de que começarão a reduzir os preços do roaming para se adiantarem aos efeitos de uma eventual intervenção legislativa da UE, o preço médio de retalho de uma chamada com roaming é ainda de 1,15 € por minuto, ou seja, mais de cinco vezes o custo efectivo do serviço grossista.
As tarifas retalhistas do roaming são ainda, grosso modo, o quádruplo das tarifas domésticas. Por exemplo, o preço normal de uma chamada local na Polónia ronda 0,19 €. Um cliente alemão que viaje para a Polónia terá de pagar entre 0,34 e 2,56 € por minuto para fazer a mesma chamada local, ou seja, entre 3 e 9 vezes o preço pago por um cliente polaco. Um cliente francês em viagem a Itália terá uma experiência similar. O preço normal de uma chamada local para um cliente italiano rondará 0,10 €. No entanto, um cliente francês que entre em Itália pagará entre 0,50 e 1,18 € por minuto para fazer a mesma chamada local. Estas diferenças não podem ser explicadas pelas diferenças de custos.
"Os consumidores devem estar cientes de que o roaming continuará a ser uma experiência dispendiosa quando forem de férias neste Verão", avisou a Comissária Reding. "Espero, sinceramente, que, com o apoio do Parlamento Europeu e do Conselho, a abordagem assente no conceito de "mercado doméstico europeu" proposta hoje pela Comissão faça baixar substancialmente os preços a partir do Verão de 2007."
Uma consulta pública efectuada pela Comissão entre 20 de Fevereiro e 12 de Maio de 2006 mostrou que, para melhorar a situação, seria necessário regulamentar os preços do roaming na UE. O Conselho Europeu assinalou, em 24 de Março, "a importância de que se reveste a redução das taxas de roaming para a competitividade."
De acordo com a avaliação de impacto que acompanha a proposta de regulamento comunitário hoje apresentada, calcula-se que o mercado comunitário do roaming internacional ronde os 8 500 milhões de euros, ou seja, 5,7% da receita total do sector das comunicações móveis. O novo regulamento comunitário proporcionará aos consumidores uma poupança de cerca de 5 000 milhões de euros.
As tarifas retalhistas do roaming são ainda, grosso modo, o quádruplo das tarifas domésticas. Por exemplo, o preço normal de uma chamada local na Polónia ronda 0,19 €. Um cliente alemão que viaje para a Polónia terá de pagar entre 0,34 e 2,56 € por minuto para fazer a mesma chamada local, ou seja, entre 3 e 9 vezes o preço pago por um cliente polaco. Um cliente francês em viagem a Itália terá uma experiência similar. O preço normal de uma chamada local para um cliente italiano rondará 0,10 €. No entanto, um cliente francês que entre em Itália pagará entre 0,50 e 1,18 € por minuto para fazer a mesma chamada local. Estas diferenças não podem ser explicadas pelas diferenças de custos.
"Os consumidores devem estar cientes de que o roaming continuará a ser uma experiência dispendiosa quando forem de férias neste Verão", avisou a Comissária Reding. "Espero, sinceramente, que, com o apoio do Parlamento Europeu e do Conselho, a abordagem assente no conceito de "mercado doméstico europeu" proposta hoje pela Comissão faça baixar substancialmente os preços a partir do Verão de 2007."
Uma consulta pública efectuada pela Comissão entre 20 de Fevereiro e 12 de Maio de 2006 mostrou que, para melhorar a situação, seria necessário regulamentar os preços do roaming na UE. O Conselho Europeu assinalou, em 24 de Março, "a importância de que se reveste a redução das taxas de roaming para a competitividade."
De acordo com a avaliação de impacto que acompanha a proposta de regulamento comunitário hoje apresentada, calcula-se que o mercado comunitário do roaming internacional ronde os 8 500 milhões de euros, ou seja, 5,7% da receita total do sector das comunicações móveis. O novo regulamento comunitário proporcionará aos consumidores uma poupança de cerca de 5 000 milhões de euros.
O sítio Web da Comissão dedicado ao roaming fornece mais informações sobre esta matéria (em Inglês):
http://ec.europa.eu/information_society/activities/
http://ec.europa.eu/information_society/activities/
roaming/index_en.htm
Ver também: MEMO/06/276
Tarifas de roaming na Europa (em Inglês):
tariffs/index_en.htm