O Perfil...

Por ordem de razão, raramente falarei no meu Blog sobre assuntos referentes ao momento politico nacional, há razões que me levam a fazê-lo e a declinar abordar assuntos que me parecem á partida irrelevantes, não obstante esse facto, abrirei uma excepção para falar sobre as Presidenciais em Portugal.

Focarei o tema sob a perspectiva do que no meu entender deve ser o perfil de alguém que deverá ocupar esse cargo (que na minha opinião é irrelevante no sentido de que este país é tal como todos o responsável pela actual situação de impasse internacional).

Deve ser alguém com coragem para estabelecer roturas e procurar que este pedaço á beira do atlântico plantado tenha objectivos a médio longo prazo, que tenha a coragem de falar descomprometidamente e de assumir que Portugal só tem futuro na Europa e com a Europa e o aprofundamento desta e das suas instituições.

Que seja alguém responsável e que enquadre Portugal como um actor internacional com responsabilidade, que não apoie guerras civilizacionais contra perspectivas diferentes apenas porque há interesses geoestratégicos económicos.

De alguém que alinhe pelos valores civilizacionais europeus e não por pseudo visões anglo-saxónicas liberais económicas, de puritanismo religioso e valorativos sociais, e que enquadre nesses valores a triologia da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Tem que ser alguém que pense no Futuro, enquadrado num Passado e com intervenção pública no Presente.

Se olharmos para os candidatos que se estão a perspectivar, acho que só posso escolher um, e acho que também não preciso dizer qual o nome, pois é obvio...

Um concelho bastante útil e saudável, para os dias que correm...

Porquê Geosapiens?

Houve um conjunto de amigos que me pediram para esclarecer, o porquê, de eu me chamar Geosapiens e de não ter o meu nome original.

Do grego Geo ou "a Terra" e do Latim Sapiens ou “Racional”, a palavra dá um misto de “Terra Racional”, ou quando atribuído a uma pessoa “Terreno Racional”, embora subsistam algumas duvidas quando á razoabilidade da atribuição deste nome á minha pessoa, é no entanto esta a imagem que quero passar, para além deste motivo que me parece suficientemente lógico, este nome também se enquadra dentro da minha área de intervenção pública, ou seja prefiro pensar a Terra bem como a Humanidade que nesta reside e os assuntos que as afectam, num todo, do que só e especificamente a política portuguesa ou no povo português.

Europa e Cidadania

O Concelho da Europa, uma instituição que integra quarenta e seis Estados membros e que age em prol da garantia da liberdade individual e política e do Estado de Direito, declarou o ano 2005 como o ano da “Cidadania através da Educação”.

Esta instituição que é diferente da União Europeia pois abrange todos os Estados da Europa e move-se apenas no âmbito paz e da cooperação entre Estados e é uma instituição inter-governamental (formada entre governos dos países) ao contrário da U.E., que é uma espécie de União Política e Económica (mais aprofundada), pretende com este acto alertar os cidadãos destes países para um dos princípios basilares da democracia, que é mais que o direito, o dever de cidadania, ou seja ao conjunto de atribuições que os cidadãos possuem no pleno gozo de seus direitos políticos, civis e sociais.

Como atribuições podemos referir o direito, mas também o dever, de votar, o direito, mas também o dever de participar em actividades políticas civis e sociais, por isso é importante nunca nos esquecermos que os nossos direitos conquistam-se todos os dias e não só quando votamos. Mas é fundamental, votar, pois assim teremos a legitimidade política e social para criticarmos o que não gostamos, pois o cidadão que pensa que só porque paga impostos é que tem legitimidade para o fazer engana-se pois a sua voz é silenciada no momento mais importante num sistema democrático representativo, por esse motivo o meu apelo vai para que votem nas eleições que se avizinham, seja em que partido for, mesmo que em branco, pois desse modo também estão a dar voz à vossa insatisfação.

O Concelho da Europa sendo uma instituição intergovernamental tem presidências governamentais, o governo português ficará com o segundo semestre, espera-se que este governo, conjuntamente com outras instituições e organizações da sociedade cívil, promova actividades em prol da Cidadania.

O Clube «Loja de Ideias», julgo, contribuirá com os seus debates e conferências bem como outras actividades, para que a Cidadania seja o alfa e omega das mesmas, o cimento que tentará solidificar vários pilares da nossa sociedade actual, nomeadamente os da tolerância, conhecimento e liberdade.

Espero por isso que o Governo, através de iniciativas próprias ou conjuntas, promova diversas actividades não só nas escolas, mas também nas universidades e nos locais trabalho e de lazer, bem como os frequentados pelas pessoas desempregadas, reformadas e/ou aposentadas, pois a indiferença e o imobilismo que cada vez mais assistimos é o primeiro passo para que uma ditadura de uma minoria tome conta das opiniões das maiorias, que embora opinativas são silenciosas, como se viu num dos referendos já realizados, pois quem não exerce o seu único dever de cidadania está condenado a que as opiniões e os valores muitas vezes absurdos governem a nossa vida.

Um aviso para os terrenos pouco racionais...

A Nação e o Terrorismo...

É amigos se vivêssemos num mundo sem fronteiras, em que as pessoas fossem o que realmente importasse e não uma linha imaginária no espaço físico, os terroristas da ETA ou os bombistas suicidas da Palestina ou Iraque não teriam nenhum motivo para atacar, talvez estes arranjassem outros motivos, mas morrer e matar por um país ou pela pretensão da criação de um país seria ridículo...

No entanto e que fique claro, qualquer terrorismo sem ser contra forças ou elementos de opressão ocupantes ou ditatoriais ilegitimamente no poder, é condenável, não há nada, nem nenhum motivo que o justifique, a matança de inocentes, a cegueira indiscriminada ou a morte de civis...

Primeira Reflexão

Inauguro hoje o GEOSAPIENS um "Blog" em Português com pensamentos e as angustias de alguém que não gosta de ser dessa nacionalidade.

Faço-o não por ser doutra que não a Portuguesa, mas porque detesto nacionalidades, nações ou tudo o que a esta está ligado.

Esta ou qualquer outra, nacionalidade ou nação, é estúpida e é com certeza a origem de todas as Guerras e conflitos.

Nunca me entrará na cabeça do porque é que as outras pessoas atrás de uma linha imaginária de fronteira, que foi criada pelos homens, serão diferentes de mim, apenas pelos mitos e os medos do subconsciente humano, que transportou para algo enorme o seu medo do desconhecido.

Quantas mais mortes serão precisas de pessoas a quererem ultrapassar uma fronteira para procurarem uma vida melhor ?

Quantas mais percas de vida humana serão precisas para as pessoas erguerem uma nova fronteira ?

Quantas mais !!!

Cada vez que faço estas afirmações lembro-me sempre da letra do "Imagine" de John Lennon.

Imagine there´s no heaven
It´s easy if you try
No hell below us
Abose us only sky

Imagine all the people
Living for today,
Imagine there´s no countries
It isn´t hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace, yuhuh
You may say I´m a dreamer
But I´m not the only one
I hope some day you´ll join us
And the world will be one
Imagine no posssessions
I wonder if you can
No need for greed nor hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world, yuhuh
You may say I´m a dreamer
But I´m not the only one
I hope some day you´ll join us
And the world will live as one

Não invoco esta letra para dizer que defendo um pacifismo total e que estou completamente de acordo com a utopia referida nesta letra, no entanto seria interessante que parte desta se verificasse.

Não nego as minhas origens, sou Lisboeta de gema, amo Lisboa, a minha cidade, depois serei Europeu, finalmente um Terreno (ou Oceânico, não gosto do nome designativo de Planeta Terra).

Defendo um Estado-Região de Lisboa e Setúbal, e se os do Porto querem ser um Estado-Região, então que o sejam, terei o maior gosto em ser um dos maiores defensores da sua independência, bem como da Madeira, Açores, Alentejo, Algarve e doutras regiões deste estado nacional anacrónico (tal como todos os outros) pelo qual designamos agora como Portugal.

Mas nem pensem que estes Estados-Região teriam todos os poderes inerentes a uma Nação, estes seriam enquadrados numa Federação Europeia de regiões, que se poderá chamar, e porque não “União Europeia” (para quê mudar um nome tão bom), e depois quiçá numa Confederação Mundial de Federações Continentais e Subcontinentais.

Estas Federações tendo poderes e competências pactuadas constitucionalmente e atribuídos subsidiariamente com a Confederação, agiriam da mesma forma com os Estados Regiões passando muitas das competências dos actuais estados para estes futuros Estados Regiões.

Uma ilusão pegada !

Veremos quem terá razão a longo prazo !

Isto implica acabar com aquilo que muitos dos nacionalistas e patriotas extremistas temem, ou seja, com a inexistência de fronteiras, ao acabar com qualquer fronteira imposta pelo homem, e exactamente, sermos invadidos por outros que não são iguais a nós e que não falam a nossa língua, a todos esses cá os esperarei de braços abertos.

Ao acabar-mos com um "umbigismo" cultural dominante, sejam todos bem vindos ao "meltting pot" cultural.

As minhas intervenções irão assumir muitas vezes a forma humorística, predatória, cínica e destrutiva em relação aos mitos sobre as Nações, nacionalismos, nacionalidades e irei preocupar-me em apresentar soluções que não sempre as propaladas.

Também falarei de valores que considero associados a esta visão.

Por fim irei comentar outras páginas de "Blogs" nomeadamente em relação a estes assuntos.

Aos patriotas saudáveis tomem estas palavras como um principio de algo que será imparável no futuro e como uma revolução nos vossos espíritos.

A todos os nacionalistas e patriotas extremistas, ROAM-SE E ODEIEM este Blog, eu ficarei grato pois assim estarei a abalar a vossa fraca massa cinzenta.

No entanto sejam vocês do primeiro ou do segundo tipo, ponham mensagens e critiquem-me sempre que o quiserem.