quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ponte em Pedrouços, mito ou realidade?




Por indicação de um dos nosso leitores o sr Luís Sousa  ficamos a saber que poderia haver algures uma outra ponte entre a de Algés e a de Alcântara em 1787 :

"em 1787 um meu antepassado foi sepultado no adro do Convento de São José de Ribamar, sendo que à data do seu óbito era morador na ponte de Pedrouços, limite da freguesia de São Romão de Carnaxide...", seria um sitio , uma rua, apenas outro nome dado à ponte velha de Algés ou existiria de facto uma ponte em Pedrouços? Tinha a partida a certeza que o nome existia uma vez que estava mencionado na referida certidão de óbito, fui assim investigar e a verdade é que descobri nos arquivos da Torre do Tombo três referencias a essa "ponte de Pedrouços".

As referencias não são objectivas quanto à sua localização ou eventual aspecto mas dão nos algumas pistas, passo a seguir a publicar as passagens em que é mencionada a Ponte de Pedrouços e passarei depois a analisar os factos e dar a minha opinião pessoal.




Gazeta de Lisboa, Edições 154-310 , 1828

Na "Gazeta de Lisboa, Edições 154-310" temos a descrição de do arranjo de uma tina na Ponte de Pedrouços por 19$235 reis



Catálogo da Colecção de Miscelanêas, Volume 1 1968
No "Catálogo da Colecção de Miscelanêas, Volume 1" temos a descrição de uma queda dada por El Rei Dom Manuel na Ponte de Pedrouços





Espelho de Penitentes e Chronica da Provincia de Santa Maria da Arrabida 1737
Na obra "Espelho de Penitentes e Chronica da Provincia de Santa Maria da Arrabida" temos a descrição de uma passagem pela Ponte de Pedrouços


Depois de demoradamente analisar as três obras retirei alguns factos que me parecem de relevo nesta questão

1 - Existia um sitio (ou rua) chamado Ponte de Pedrouços
2 - Esse sitio seria (como mencionado na obra "Espelho de Penitentes e Chronica da Provincia de Santa Maria da Arrabida" - "Tinha já passado o lugar de Belém, e chegando à ponte de Pedrouços, onde se termina a povoação...") depois de Belém no sitio onde termina a povoação ou seja mais ou menos no largo da Princesa em Pedrouços.

concluo portanto que a Ponte de Pedrouços seria um lugar e não uma verdadeira ponte, (a inexistência de linhas de agua naquela região também vem apoiar esta minha teoria) e começaria mais ou menos no actual largo da Princesa em Pedrouços (era esse o limite da Freguesia de Carnaxide em 1787 que ainda pertencia a Lisboa e não a Oeiras)  indo muito provavelmente até quase Algés.

Muito obrigado ao sr Luís Sousa por ter indicado este facto que a mim me parece muito interessante e de relevo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O ponto mais alto de Oeiras




Alguém sabe qual é o sitio mais alto do concelho Oeiras? Não então não se preocupe, a CMO também não sabe e a Gazeta vai elucida lo quanto a esta temática

diz o sitio da C.M.Oeiras "Oeiras Marca o Ritmo" http://www.cm-oeiras.pt/municipio/Paginas/cmo_homepage.aspx sobre a Serra de Carnaxide que :

"O relevo de Oeiras caracteriza-se pelas suas baixas altitudes, sendo a Serra de Carnaxide, com 215 metros, o ponto mais alto do concelho. Constitui, por isso, a área mais importante em termos geomorfológicos."

Ora até aqui tudo bem não fosse o Atlas de Oeiras - Oeiras no inicio do III milénio de 2005 colocar o ponto mais alto do Concelho na Serra de Carnaxide no Alto de Alfragide (212 metros) ponto esse que se encontra não no concelho de Oeiras mas no da Amadora desde 1979, facto relatado por Jaime Casimiro da sua obra Elucidário de alguma Oeiras.
No tira teimas o Sr Jaime Casimiro contactou as entidades competentes para emitir pareceres nesta matéria e tirou as seguintes conclusões :
1 - A entidade responsável pela edição do Atlas de Oeiras 2005 a Municipia SA admite o erro e indica que seria o ponto mais alto de Oeiras um tal de Cerrado do Frederico com 196 metros
2 - O Instituto Geográfico do Exercito que considera esse ponto mais alto um pouco a Sul do Alto de Alfragide, designado por Alfragide 1º nas cartas militares
3 O instituto Geográfico de Portugal entidade máxima na matéria indica que o ponto mais alto se situa a 199 metros de altitude muito próximo para Sul desse tal ponto Alfragide 1º quase no alo da encosta onde se situa o limite geográfico do Concelho de Oeiras

Vamos assim dos 196 até aos 215 metros sempre são alguns metros quando se fala do ponto mais alto de um Concelho como o de Oeiras, um erro grave quando se continua a publicitar a altitude errada nos diversos sitios da CMO, apesar das diversas chamadas de atenção essa informação nunca foi corrigida .

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

1971 Algés Rua Rodrigues de Freitas


Por pedido de um dos leitores da Gazeta de Miraflores publico hoje as fotografias que tinha em ficheiro sobre a Rua Rodrigues de Freitas em Algés no ano de 1971 (ano do inicio das vendas dos apartamentos em Miraflores). 







quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Painel de azulejos e figura de convite em edifício na rua de Pedrouços 4

Trago vos hoje um lote de fotografias do Arquivo fotográfico Municipal de Lisboa de um conjunto de painéis de azulejaria Portuguesa de grande valor, na rua de Pedrouços nº 4, no arquivo esta legendado com a etiqueta "Painel de azulejos e figura de convite em edifício na rua de Pedrouços 4" , esta na lista a visita ao local para ver se ainda existem actualmente
 Sem mais para dizer sobre estes azulejos deixo vos então com o lote de fotografias









segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Liga dos Melhoramentos e Recreios de Algés






A Liga dos Melhoramentos e Recreios de Algés é uma Instituição de Utilidade Pública sem fins lucrativos fundada em 5 de Agosto de 1912

A “Liga de Algés”, abreviadamente assim conhecida, é uma Instituição fundada em 5 de Agosto de 1912, com um rico historial.
Em 1915 a “Liga de Algés” instalou-se nos dois primeiros pisos e logradouro anexo de um edifício mandado construir pelo sócio e benemérito Sr. Eduardo Augusto Pedroso, sito na Rua Ernesto da Silva, Nº 95, com uma renda de 16 escudos e 67 centavos.
As actividades da Instituição eram fundamentalmente de carácter cívico, social e recreativo.
A Liga dedicou-se a uma notável e interessante obra de assistência e beneficência, mantendo um pavilhão onde era distribuída uma sopa aos pobres, levando auxílios monetários a gente necessitada, pagando rendas de casa, comprando enxovais para crianças e mantendo uma creche.
Durante 36 anos, a Liga foi quase exclusivamente uma instituição de Benemerência e de Defesa de Direitos, “função hoje atribuída às Juntas de Freguesia – como por exemplo os problemas do chafariz, das estações dos caminhos-de-ferro e das escolas primárias”*, assim como da iluminação das ruas, do rio de Algés, etc.




Jogo de Hoquei no pavilhão da Liga de Algés 1967 


Em 1948, ou seja, 36 anos após a sua fundação, a Liga deu os primeiros passos na patinagem. Construiu-se um recinto desportivo aberto, no terreno anexo à sede, onde usualmente se organizaram “festas que deram brado”*, verbenas, récitas e bailes que se tornaram famosos. Este recinto tinha 32m x 16m, quase as medidas mínimas oficiais, com vedação de ferro. Abriu ao público, com patins para alugar. “Nas varandas da própria sede ficavam os camarotes para os clubes e para a imprensa. Os espectadores ficavam distribuídos entre duas zonas descobertas, desniveladas, para não prejudicar a visibilidade. O equipamento já tinha sido escolhido – o tradicional bordeaux na camisola e calções brancos. Nascia o Hóquei Patins na Liga, modalidade que se pratica ainda hoje no clube. No seu palmarés a Liga conta com o título de Campeões Nacionais da 2ª divisão em 1967, um campeonato que foi vencido com todo o brio e esforço pelos jogadores e que constitui ainda hoje o maior título já conquistado pela Liga de Algés.

No final dos anos 60, também o Andebol fez a sua aparição na Liga de Algés, com grandes resultados e alguns títulos, mas que por razões de ordem financeira, em meados dos anos 80 a modalidade foi obrigada a desaparecer, ficando porém, na história deste clube todos os seus feitos e todas as suas equipas.

A Patinagem Artística nasceu na Liga em 1976, e desde o início a Liga teve nos seus quadros grandes patinadoras conquistando títulos atrás de títulos ao longo dos anos tornando-se numa das mais conceituadas escolas de Patinagem Artística Nacional, treinada por Andreia Teixeira ex-patinadora com grandes créditos na Patinagem Nacional. Actualmente a escola de Patinagem Artística da Liga de Algés mantém um nível de qualidade bastante elevado, com excelentes atletas, inclusivamente uma Vice-Campeã da Europa que serve de inspiração para as patinadoras mais novas.

Mais recentemente nasceu a Patinagem de Velocidade na Liga de Algés, uma aposta da actual Direcção, que mostrou uma grande ambição e uma grande vontade de arriscar nesta interessante modalidade, depois de várias reuniões e insistências, foi constituída a equipa de velocidade da Liga de Algés, que para além de uma equipa sénior de grande qualidade, conta já com vários jovens que se vão estrear na época de 2012, a primeira época oficial com patinadores da Liga. Com a qualidade que esta equipa tem e promete, esperam-se vários títulos e que a modalidade continue por muitos anos.

Em termos federados a Liga de Algés conta ainda com uma equipa de Bilhar Carambola, modalidade que nasceu na Liga em Maio de 2008 após vários pedidos de alguns sócios a que a actual direcção aquiesceu decidindo-se formar uma equipa que compete actualmente no Campeonato Nacional da 2ª divisão Zona Sul de Bilhar Carambola.


Sede e entrada para o pavilhão da Liga de Algés 




LIGA DOS MELHORAMENTOS E RECREIOS DE ALGÉS



Missão

Promover as actividades inerentes à Recreação associada às faixas etárias mais avançadas

Promover a prática dos Desportos sobre Rodas



Visão


Ser reconhecido como um Clube onde a prática de actividades desportivas e recreativas seja orientada pelo desenvolvimento da auto-estima individual e pelos princípios da solidariedade e respeito


Valores


Acreditar na capacidade de mudança das pessoas

Acreditar que o colectivo pode alterar comportamentos individuais

Acreditar que os princípios transmitidos dentro do Clube podem melhorar as pessoas que o integram, assim como o seu comportamento dentro e fora da Instituição

Acreditar que a nível desportivo, ao dar prioridade ao desenvolvimento da auto-estima individual e da solidariedade e respeito, em detrimento da constante pressão dos resultados, fazemos aparecer uma vontade colectiva que se vai traduzir na obtenção de boas classificações



fonte Sitio do clube na internet  »» http://ligadealges.pt/
canal no youtube »»»  https://www.youtube.com/channel/UCpMGeEOvTsSczhbRV5PuO8w/featured

As lendas da toponímia da Cruz Quebrada



Existe na Cruz Quebrada um cruzeiro, aparentemente muito venerado pela população. Ora segundo reza uma das lendas, durante as Invasões Francesas o Cristo desse Cruzeiro, moldado em bronze, foi roubado pelos franceses, para ser derretido e fazer canhões. Logo a população garantiu que à noite, sem o seu Cristo, a cruz dava brados ou sejam gritos para o ar. Passou por isso a chamar-se Cruz Que Brada. O tempo que tudo muda e cura, encarregou-se de lhe modificar o nome para Cruz Quebrada, nome que ainda hoje tem.





Outra lenda à volta do nome da Cruz Quebras é contada na obra de MIRANDA, Jorge "Viagem pelas Lendas do Concelho de Oeiras" editado pela Câmara Municipal de Oeiras, e que diz nas paginas 1998 , p.26 :

"A paisagem da encosta de Santa Catarina de Ribamar era animada pelo alegre movimento das alvas velas de um moinho, então aí existente. Fronteiro, mais abaixo, sobranceiro ao Jamor, a presença protectora de um cruzeiro.
Simão Brás, o seu moleiro, homem rude e lerdo, prendera-se de amores, não correspondidos, a uma padeira do vizinho lugar de Linda-a-Pastora. Desesperado pelo insucesso, quase a raiar a loucura, procurou lenitivo nas prédicas de um “luterano do norte” que o convenceu que o símbolo da redenção era um sinal pagão.
Por a sua paixão não ter obtido o apoio divino, num assomo de incontido e violento despeito iconoclasta, então, noite alta, foi-se à cruz, pensando não ser observado, e derrubou-a, mutilando-a. Vingara-se, mas perdera-se, porque madrugadoras lavadeiras, que cedo passavam para a sua tarefa no Jamor, viram-no. Surpreendidas e assustadas, fugiram e denunciaram a insólita situação.
Preso na Inquisição, Simão Brás passou por torturas nos cárceres do Rossio e foi condenado pelo Tribunal à pena máxima. Foi então “queimado vivo no lugar em que mutilara a cruz”.
“Clero, nobreza e povo, começaram desde então a vir em romaria de penitência ao sítio do sacrilégio, que se ficou chamando da “Cruz Quebrada” em memória do atentado”."


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A vivenda Teresa Graça na Rua Duarte de Almeida em Algés

Há na Rua Duarte de Almeida uma vivenda maravilhosa que esta à beira da ruína, consegui apenas apurar que teria pertencido a um casal de nome Rogério e Lucília e que depois da sua morte teria sido vendida, o nome da vivenda "Teresa Graça" seria o nome da mãe da proprietaria, que segundo me constou seria pintora e teria no 1º piso instalado o seu estúdio, os magníficos grupos de azulejos seriam da sua autoria.
A Gazeta esta a fazer um levantamento de todos os imóveis de relevo na Freguesia que estão à beira da ruína para que fique efectuado o registo para memoria futura, este será o primeiro artigo da serie.

 Qualquer informação adicional a este artigo será muito bem vinda, obrigado






os magníficos painéis de azulejos que rodeiam toda a casa e os edifícios de apoio são de facto excelentes


O painel de azulejos ao cimo das escadas assim como vários outros foram já alvo da visita dos "amigos  do alheio"




















Um dragoeiro que terá pelo menos 300 anos e deveria estar classificado mas não esta

Os meus agradecimentos ao Nuno Picardo pelo apoio logístico a este artigo e a outros elaborados pela Gazeta de Miraflores

Miraflores obras de renovação na Rua da Piscina

Fui dar uma vista de olhos nas obras de renovação na Rua da Piscina e largo anexo, área que de facto necessitava de uma renovação mas que desde logo me decepcionou por estar claro que o projecto foi mal elaborado e mal efectuado.
 Na entrada das instalações das piscinas de Miraflores, à porta das cozinhas (não utilizadas à anos) teria de ser colocado um espaço destinado aos contentores do lixo desta instalação hoteleira e das varias empresas que circundam este espaço, ora até aqui tudo bem, não fosse a colocação desta área ter sido feita no lado do passeio que tem apenas um metro, no outro lado o passeio tem cerca de 2 metros e meio (tem portanto até espaço para uma área de contentores para reciclagem), não se percebe portanto a sua colocação na sua localização actual, indo contra todas as regras da mobilidade e ordenamento, como podem ver pelas fotografias abaixo,sobraram cerca de 50 centímetros de passeio, qualquer pessoa tem extrema dificuldade em passar atrás dos contentores e para rematar foi esquecida a colocação dos pilaretes até aos contentores que, como podem ver pelo registo fotográfico torna a circulação impossível... questiono portanto se, quem efectuou o projecto foi alguma vez ver o local onde iriam ser feitas as alterações.
O que pareceu, sem sombra de duvidas foi que toda a obra é orientada, não para requalificar e melhorar a área mas sim para melhorar as instalações hoteleiras de um empresário chinês de reputação duvidosa mas cheio de dinheiros, salta à vista que foi esta a principal directiva de quem efectuou o projecto, como este espaço esta em vias de ser cedido/alugado todo o processo me parece estranho e com um timming no mínimo muito peculiar, pior ainda é que foi feito com os dinheiros de todos nós. Na minha opinião estamos perante mais uma rocambolesca historia patrocinada pela CMO e pela Freguesia de Algés na qual o count down para as eleições Autárquicas não estará concerteza isento de culpas, quase que aposto que virá uma gorda contribuição chinesa para apoiar uma das campanhas eleitorais no concelho



se repararem ao fundo, este verdadeiro atalho urbano finaliza num poste de iluminação pelo que é impossível circular por aqui


os pilaretes foram apenas colocados á porta das piscinas esquecendo se todo o restante percurso na rua da piscina onde a circulação pelo passeio é um verdadeiro inferno

a orientação das obras como podem ver beneficia claramente o espaço hoteleiro



PERGUNTA » e as plantas?? e as arvores??


quanto a mim neste espaço deveria ter sido instalada uma area de recolha de residuos (vidroes) 



esquecida ... a papeleira grafitada foi preservada qual registo historico da localidade,