Bem-vindos
ao baile
Das
nuas verdades a esconder
Ajuste
a pence ao corpo
E
atue o seu pret a porter.
Para
cada evento da vida
O
croqui de uma vestimenta social
A
personalidade vira roupa
E
a falta de identidade, normal.
O
bom caráter é medido
À
metro pela fina etiqueta
Não
estamparei uma moda
Que
minha verdade rejeita.
Tesouras
impõe os cortes
O
molde, de uma perfeita figura
Agulhas
costuram as regras
Para
pertencer a alta costura.
Com
o zíper, fecho grifes
Apago
as luzes, vou embora
O
meu tecido é autêntico
No
dedal da humilde senhora.
✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂✂
No teatro de aparências e representações da vida
contemporânea todos buscam visibilidade e reconhecimento, querem ser
identificados ou diferenciados dentro dos diversos grupos sociais coexistentes. Nesse sentido, usamos
cada vez mais objetos e roupas de marcas para ajudar a nos descrever.
Muitas vezes são estas coisas: etiquetas e roupas,
que nos atribuem senso de identidade social e nos auxiliam a construir,
projetar e ativar nossa auto-imagem ou marca pessoal. Qual a roupa teatral que você veste, nesse baile que é a sociedade? Já
pensou nisso ?
Abraços
fraternos e dias felizes para cada um de vocês.
Daniel André.