Na noite de 09/05/2003, tive uma súbita vontade de comer alguma coisa doce.
Sabe aquelas vontades que fazem a gente subir pelas paredes?
Pois é, foi bem assim.
Meu marido ficou com a pulga atrás da orelha por que eu não sou muito amiga de doces, e não havia nenhum em casa.
Fui até a geladeira, e nada!
Havia um único ovo, pois havíamos acabado de chegar de viagem e ainda não tinha dado tempo de fazer compras.
Não tive dúvidas, peguei aquela clara e bati com muito açúcar...foi a coisa doce mais gostosa da minha vida naquele momento...
Meu marido só observava e já tinha uma desconfiança do que estava acontecendo, porém, só comentou comigo mais tarde sobre as suas suspeitas e foi aí que minha ficha caiu.
As 6:00hs da manhã do dia seguinte, tirei ele da cama para me levar ao hospital para confirmar ou não os nossos pressentimentos, porém, esse tipo de atendimento só começaria lá pelas 8:00hs.
Tive que ficar esperando impacientemente por duas horas e quem me conhece sabe o quanto isso é difícil para mim.
As 09:47 fiz a coleta de sangue e depois de longos e exatos 62 minutos, coloquei as mãos naquele envelopinho cuja o qual, a atendente acabara de receber do laboratório e me entregou desejando um bom dia e com um sorrisinho de quem já sabia o resultado.
Eu e meu marido nos olhamos como quem quer dizer: - O que será que está escrito aí? - Não tive coragem de abrir ali na recepção, saímos do laboratório e andamos até a esquina de onde dava pra ver o mar...estava um dia lindo...meu coração batia como nunca e meu marido, pacientemente esperava pela minha decisão.
Parei, respirei fundo e, tremendo da cabeça aos pés, finalmente li o resultado POSITIVO.
A gente não sabia se ria ou se chorava, e agora aqui, enquanto escrevo, estou chorando ao me lembrar o quanto foi mágico aquele momento.
E aquele dia, 10/05/2003 às 11:00hs e véspera do dia das mães, foi onde nossa maior aventura começou!
Essa foto é de Praia Brava - Angra dos Reis - próxima ao local onde abri o resultado do exame.