O passado fim-de-semana revelou-se decisivo para encontrar o próximo campeão nacional. Para além de demonstrar a inoperância e inconstância do actual FCPorto, percebeu-se a capacidade do Benfica ganhar os jogos, mesmo quando não faz o suficiente para isso. Foquemo-nos no (ainda) campeão nacional.
Para além de ter sido possível observar o bom futebol da equipa gilista, o jogo de Barcelos revelou uma clara falta de vontade dos jogadores portistas. Numa equipa recheada de óptimos valores, é também incompreensível olharmos para o plantel portista e constantemente ver que não se colocam os melhores a jogar. Se Maicon era uma solução de recurso, agora já é “a” opção. Se Defour era para alternar com Moutinho, agora já é solução a seu lado. Se Danilo vinha para defesa-direito, agora já parece jogar a extremo.
Enfim, tanta confusão táctica só podia dar em mau resultado. Quando um treinador não consegue “simplesmente” colocar os jogadores a jogar nos seus lugares, teremos meio caminho andado para o fracasso.
Aliado a toda esta embrulhada táctica, emergem outros protagonistas. Na verdade, o que todos nós pudemos assistir foi demasiado mau para ser verdade. Sinceramente pensei que depois daquela célebre arbitragem em Campo Maior não assistiria a coisa mais flagrante. Puro engano. De pequenas decisões a grandes erros, o árbitro acabou por ter influência num resultado que, todavia, deveria ter tido o mesmo desfecho pela qualidade apresentada por cada uma das equipas. O problema aqui é que Bruno apita mesmo com muita…paixão!
Não devendo o clube escudar-se nas arbitragens, os factos mostram no entanto uma diferença pontual que não deveria existir. Ainda assim, o problema portista está muito além disso – reside sim, na incapacidade de potenciar o melhor de cada jogador.
E não é, certamente, em meio ano que Lucho e Janko vão dar a volta a esta situação.