Daqui a uns anos, sejam muitos ou poucos, esta equipa do Barça será lembrada como uma das melhores de sempre – ou será como a melhor de sempre?
Devemo-nos sentir privilegiados por ter o prazer de pertencer a uma geração que pode assistir a exibições de gala, a momentos incríveis, a golos que não somos capazes de marcar nem na PlayStation.
Sim, haverá sempre os que não gostam do Barça – como eu.
Contudo, existe uma razão para tal: não gostamos porque estamos fartos de os ver ganhar; estamos cansados do tiki-taka; estamos esgotados de os ver fazer sempre tudo bem sem falhar; estamos cansados da perfeição.
Porque mesmo que eles sejam protegidos pela imprensa, (muito…) beneficiados pelas arbitragens, fiteiros, racistas, etc.…, os outros também o são. Com uma diferença: ninguém é capaz de, dentro das quatro linhas, jogar como eles.
Sim, como bom português, tenho sempre a tendência a proteger os mais fracos, a puxar pelos menos capazes. E esses são, sempre, os adversários do Barça.
Por muito que existam pessoas como eu, que não gostam do Barça, mas que são capazes de admirar e reconhecer o seu enorme mérito, na história ficará para sempre a humildade de Messi, o génio de Xavi e Iniesta, a instinto matador de Pedro, as correrias loucas de Dani Alves, o tumor de Abidal, o fair-play de Guardiola, a genialidade de Piqué (dentro do campo ou em cima do palco…).
Infelizmente, na história, não ficarão aqueles que não gostam do Barça, como eu.
Porque mesmo reconhecendo que a perfeição existe, sou livre de não gostar dela, não acham?