sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
#O Fotográfo Convidado do Mês Janeiro Jorge Simão #
01. Tirei esta fotografia num Centro de acolhimento em Malange – Angola em
1999, num período em que o pais ainda estava em conflito.
Estas crianças que tinham carências alimentares recebem uma refeição
diária. Em primeiro plano está uma menina albina , como se fosse uma
estranha entre a sua própria gente.
02. Criança deslocada pela guerra, vitima de desnutrição. Recebe tratamento
médico e nutricional no centro de reabilitação dos médicos do mundo
em Luena, Angola.
03. Campo de refugiados do povo Saraui em Tinduf-Argélia. Esta imagem
pertence à exposição Campos provisórios que esteve na Galeria Braço da
Prata, Lisboa em Julho de 2002.
04. Reportagem sobre os órfãos da Sida em Moçambique. O pais é flagelado
pela doença e os números das crianças que ficam órfãos é enorme . Maio
de 2009.
05. Cidade de Banda-Ache na ilha de Sumatra na Indonésia.
Casas arrancadas e desfeitas pela força do Tsunami que em Dezembro de
2004 se abateu sobre a costa e deixou a cidade irreconhecível
06. Imagem tirada em Pequim para uma reportagem sobre a preparação dos
jogos olímpicos de 2008 que se iriam realizar na cidade.
07. Casal a dançar Tango no Parque em Pequim . Maio de 2008
08. Produção de moda sobre roupa comprada em lojas de baixo custo.
09. Produção de moda sobre fatos de banho. Modelo , Erika e Joyce Portela
como produtora.
10. Joel Pina e Celeste Rodrigues nos bastidores do concerto de homenagem
a Amália Rodrigues em 11 de Dezembro de 2008. Esta imagem faz parte
da minha exposição Fados Íntimos que esteve na Fábrica Braço da Prata
em Lisboa em Junho de 2010.
11. Fadista ,Camané nos bastidores do Teatro S.Luis no seu espectáculo .
6 de Maio de 2008. Esta imagem faz parte da minha exposição Fados
Íntimos que esteve na Fábrica Braço da Prata em Lisboa em Junho de
2010.
1999, num período em que o pais ainda estava em conflito.
Estas crianças que tinham carências alimentares recebem uma refeição
diária. Em primeiro plano está uma menina albina , como se fosse uma
estranha entre a sua própria gente.
02. Criança deslocada pela guerra, vitima de desnutrição. Recebe tratamento
médico e nutricional no centro de reabilitação dos médicos do mundo
em Luena, Angola.
03. Campo de refugiados do povo Saraui em Tinduf-Argélia. Esta imagem
pertence à exposição Campos provisórios que esteve na Galeria Braço da
Prata, Lisboa em Julho de 2002.
04. Reportagem sobre os órfãos da Sida em Moçambique. O pais é flagelado
pela doença e os números das crianças que ficam órfãos é enorme . Maio
de 2009.
05. Cidade de Banda-Ache na ilha de Sumatra na Indonésia.
Casas arrancadas e desfeitas pela força do Tsunami que em Dezembro de
2004 se abateu sobre a costa e deixou a cidade irreconhecível
06. Imagem tirada em Pequim para uma reportagem sobre a preparação dos
jogos olímpicos de 2008 que se iriam realizar na cidade.
07. Casal a dançar Tango no Parque em Pequim . Maio de 2008
08. Produção de moda sobre roupa comprada em lojas de baixo custo.
09. Produção de moda sobre fatos de banho. Modelo , Erika e Joyce Portela
como produtora.
10. Joel Pina e Celeste Rodrigues nos bastidores do concerto de homenagem
a Amália Rodrigues em 11 de Dezembro de 2008. Esta imagem faz parte
da minha exposição Fados Íntimos que esteve na Fábrica Braço da Prata
em Lisboa em Junho de 2010.
11. Fadista ,Camané nos bastidores do Teatro S.Luis no seu espectáculo .
6 de Maio de 2008. Esta imagem faz parte da minha exposição Fados
Íntimos que esteve na Fábrica Braço da Prata em Lisboa em Junho de
2010.
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
Porto Sec.XXI 2010
Ilha na zona de Campanhã
Dona Joaquina Pimenta
Porto, 17 Dembro 2010
Porto, século XXI
Não era para ser assim.
As ilhas são o que são: espaços minúsculos enterrados num corredor comprido e apenas uma entrada comum para a rua. Espaços pobres, sim, mas o mal menor dentro do grande mal que se chama habitação social, dentro do grande mal que se chama pobreza e que se estende rua sim rua sim por muitas zonas da cidade do Porto.
Não era para ser assim. Joaquina Pimenta devia gostar de lá estar, na ilha em que vive há 12 anos, em Campanhã. Devia falar-nos dos vizinhos amigos que emprestam o arroz quando falta, da comunidade alegre, do ouvido paciente da porta da esquerda, dos olhos atentos da porta da direita.
Mas não fala em nada disso. Mostra. A casa minúscula enterrada no corredor onde tudo se pode passar porque quem passa não vê (não incomoda). A casa que mete água pelo telhado, que tem as paredes esburacadas, que tem a banca entupida, que volta e meia tem ratos. E, lá fora, em pouco mais de um metro quadrado entre quatro paredes, um buraco no chão – chamam-lhe casa de banho. Não importa se faz frio ou calor, se cai ou não cai chuva. É lá que tem de ir se a necessidade o pede. Não nos fala dos vizinhos amigos e não faz parte do grupo dos “nas ilha até que a morte me leve”. Abre a porta, leva as mãos à cabeça: “Que me tirem daqui, antes que a morte me leve”. É o Porto, século XXI.
Mariana Correia Pinto
Ilha na zona de Campanhã
Dona Joaquina Pimenta
Porto, 17 Dembro 2010
Porto, século XXI
Não era para ser assim.
As ilhas são o que são: espaços minúsculos enterrados num corredor comprido e apenas uma entrada comum para a rua. Espaços pobres, sim, mas o mal menor dentro do grande mal que se chama habitação social, dentro do grande mal que se chama pobreza e que se estende rua sim rua sim por muitas zonas da cidade do Porto.
Não era para ser assim. Joaquina Pimenta devia gostar de lá estar, na ilha em que vive há 12 anos, em Campanhã. Devia falar-nos dos vizinhos amigos que emprestam o arroz quando falta, da comunidade alegre, do ouvido paciente da porta da esquerda, dos olhos atentos da porta da direita.
Mas não fala em nada disso. Mostra. A casa minúscula enterrada no corredor onde tudo se pode passar porque quem passa não vê (não incomoda). A casa que mete água pelo telhado, que tem as paredes esburacadas, que tem a banca entupida, que volta e meia tem ratos. E, lá fora, em pouco mais de um metro quadrado entre quatro paredes, um buraco no chão – chamam-lhe casa de banho. Não importa se faz frio ou calor, se cai ou não cai chuva. É lá que tem de ir se a necessidade o pede. Não nos fala dos vizinhos amigos e não faz parte do grupo dos “nas ilha até que a morte me leve”. Abre a porta, leva as mãos à cabeça: “Que me tirem daqui, antes que a morte me leve”. É o Porto, século XXI.
Mariana Correia Pinto
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Cocerto David Murray e Omara Portuondo
Casa da Música
Porto,14 Dezembro 2010
Fotos:Paulo Pimenta
Jazz em (s)tons de 'Caribe'...
Eram escassas a cadeiras vazias e já passava das dez da noite quando David Murray entrou no palco da Casa da Música. A partir daí, entre o arroxeado e o vermelho das luzes, advinhava-se que algo de muito especial estaria para acontecer. Aos vinte um músicos em palco veio a somar-se a presença da diva cubana Omara Portuondo, logo após um tema que serviu de intróito ao espectáculo. O espectro de Nat King Cole andou por ali, entre o celebrativo e o dançante. Ao ritmo cadenciado da bateria, das congas e do baixo, juntou-se 'o sopro dos metais' e a voz única de alguém que aos 80 anos de idade ainda tem fulgor para içar a voz até ao firmamento. O virtuosismo do músico americano dispensa credenciais, tal foi o exercício notório de domador do 'sax tenor', que se converteu a espaços numa autêntica fera sonora. O convite de Murray à Sinfonieta de Sines mostrou-se uma escolha acertada, as cordas conferiram a necessária suavidade melódica ao todo musical. "Quizas, Quizas, Quizas" na abertura, "Cachito" a meio e "Aqui se habla en amor" já no final e em toada de hino mensageiro, foram das mais aclamadas para um público que se rendeu de pé e por diversas vezes à homenagem a Cole. Um tributo todo ele em espanhol que Omara entrecortou com os agradecimentos lusos sob a forma de "Obrigada", "Obrigadíssima" e na alusão a Amália e a uma "Casa Portuguesa", diríamos com toda a certeza, a Casa da Música.
João Arezas
Casa da Música
Porto,14 Dezembro 2010
Fotos:Paulo Pimenta
Jazz em (s)tons de 'Caribe'...
Eram escassas a cadeiras vazias e já passava das dez da noite quando David Murray entrou no palco da Casa da Música. A partir daí, entre o arroxeado e o vermelho das luzes, advinhava-se que algo de muito especial estaria para acontecer. Aos vinte um músicos em palco veio a somar-se a presença da diva cubana Omara Portuondo, logo após um tema que serviu de intróito ao espectáculo. O espectro de Nat King Cole andou por ali, entre o celebrativo e o dançante. Ao ritmo cadenciado da bateria, das congas e do baixo, juntou-se 'o sopro dos metais' e a voz única de alguém que aos 80 anos de idade ainda tem fulgor para içar a voz até ao firmamento. O virtuosismo do músico americano dispensa credenciais, tal foi o exercício notório de domador do 'sax tenor', que se converteu a espaços numa autêntica fera sonora. O convite de Murray à Sinfonieta de Sines mostrou-se uma escolha acertada, as cordas conferiram a necessária suavidade melódica ao todo musical. "Quizas, Quizas, Quizas" na abertura, "Cachito" a meio e "Aqui se habla en amor" já no final e em toada de hino mensageiro, foram das mais aclamadas para um público que se rendeu de pé e por diversas vezes à homenagem a Cole. Um tributo todo ele em espanhol que Omara entrecortou com os agradecimentos lusos sob a forma de "Obrigada", "Obrigadíssima" e na alusão a Amália e a uma "Casa Portuguesa", diríamos com toda a certeza, a Casa da Música.
João Arezas
sábado, 4 de dezembro de 2010
Alvão e Marão, 03 Dezembro 2010
Fotos:Paulo Pimenta
Em Alvadia, as vacas saem das cortes apesar da neve - “ao menos para beber água”, garante Filipe Carvalho do alto do seu tractor. “Mas não se consegue fazer mais nada na lavoira”. Ontem o padeiro também não “veo” a Lamas.
Diante do cruzamento nevado, por trás da paragem do autocarro em chapa de zinco, há um lameiro, mas está totalmente coberto por uma camada de neve muito fofa. As vacas entram pelo portão, mordiscam uns arbustos e vão abrindo um carreiro irregular até ao outro lado, por onde regressam a casa. Estão por toda a parte, as vacas escuras, contrastando com o manto branco que cobre tudo. Atravessam-se no meio da estrada, enleiam os cornos sinuosos em lutas breves e enterram-se na neve até à barriga.
“Uch!”, clama Manuela Silva diante do cemitério de Alvadia. Tratar das vacas, com este tempo, é “dificílimo”, diz. “Uch!, Boneca”, enxota outra vez, “senão elas depois não comem nada nas cortes”. “Uch!”. As vacas têm todas nomes, Potra, Bonita, Mimosa, Boneca... Manuela termina o trabalho e vai sentar-se ao sol, na paragem do autocarro. Está-se ali melhor? “Melhor, sim. Mas até está quente demais”.
Jorge Marmelo
Fotos:Paulo Pimenta
Em Alvadia, as vacas saem das cortes apesar da neve - “ao menos para beber água”, garante Filipe Carvalho do alto do seu tractor. “Mas não se consegue fazer mais nada na lavoira”. Ontem o padeiro também não “veo” a Lamas.
Diante do cruzamento nevado, por trás da paragem do autocarro em chapa de zinco, há um lameiro, mas está totalmente coberto por uma camada de neve muito fofa. As vacas entram pelo portão, mordiscam uns arbustos e vão abrindo um carreiro irregular até ao outro lado, por onde regressam a casa. Estão por toda a parte, as vacas escuras, contrastando com o manto branco que cobre tudo. Atravessam-se no meio da estrada, enleiam os cornos sinuosos em lutas breves e enterram-se na neve até à barriga.
“Uch!”, clama Manuela Silva diante do cemitério de Alvadia. Tratar das vacas, com este tempo, é “dificílimo”, diz. “Uch!, Boneca”, enxota outra vez, “senão elas depois não comem nada nas cortes”. “Uch!”. As vacas têm todas nomes, Potra, Bonita, Mimosa, Boneca... Manuela termina o trabalho e vai sentar-se ao sol, na paragem do autocarro. Está-se ali melhor? “Melhor, sim. Mas até está quente demais”.
Jorge Marmelo
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
# Fotográfo convidado do Mês Dezembro Pedro Correia#
Dos bastidores ao palco
Eu sou Pedro Correia, fotojornalista da Global Imagens, e em Agosto de 2007 pude acompanhar a transformação do homem para o artista pimba, nos bastidores do Festival de Música Popular Portuguesa - o primeiro certame do género e que decorreu em Ponte de Lima.
Emanuel, o pai da música pimba, e todos os meios que envolvem o seu espetáculo programado ao pormenor estiveram na mira da minha objectiva, sem nunca esquecer o ambiente vibrante de quem espera horas a fio para apreciar o concerto ou o artista de perto
Eu sou Pedro Correia, fotojornalista da Global Imagens, e em Agosto de 2007 pude acompanhar a transformação do homem para o artista pimba, nos bastidores do Festival de Música Popular Portuguesa - o primeiro certame do género e que decorreu em Ponte de Lima.
Emanuel, o pai da música pimba, e todos os meios que envolvem o seu espetáculo programado ao pormenor estiveram na mira da minha objectiva, sem nunca esquecer o ambiente vibrante de quem espera horas a fio para apreciar o concerto ou o artista de perto
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