sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Manhã de domingo no Recife Antigo
Caminho pela Rua do Bom Jesus
enquanto o sol a divide
e a anima
Sombra e luz revelam o casario
aquecido pelas cores das paredes
Das janelas brota um silêncio
de sono
enquanto as portas emudecidas
pelas trancas
negam acesso aos olhos curiosos
de passageiro
Misturo meu tempo com as pedras
do chão
e finjo desperceber
meu contentamento
de reencontro...
enquanto o sol a divide
e a anima
Sombra e luz revelam o casario
aquecido pelas cores das paredes
Das janelas brota um silêncio
de sono
enquanto as portas emudecidas
pelas trancas
negam acesso aos olhos curiosos
de passageiro
Misturo meu tempo com as pedras
do chão
e finjo desperceber
meu contentamento
de reencontro...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Perto do mar
eu sou
meu próprio barco
lastro e
rede
evidentes
... bem que eu experimento
ser
imaginário ser
na linha do horizonte
ao vento
ao vento
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
(Para I.)
na tua viagem
um rasgo ambulante
um tempo finito
Não negarei a mão benfazeja
às linhas
nem a língua
à sede
à sede
Possivelmente sou e serei
com minhas vestes
tua companhia terrena
e momentânea
nesses dias em que tensionamos
as cordas
ou tramamos
entre nós mesmos
outros termos...
Marinhas
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Atalhos atemporais (3)
é um novo vazio:
- segredo corroendo os ossos
Na mesa
a ceia me devora
e devolve
os erros que cometi...
Luto (2)
- sem lâminas
ou artefatos
outros
Duas vezes mais fundos
duas vezes mais dor
Dois movimentos
de partida...
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Atalhos atemporais (2)
nas linhas
da língua
- palavras verticais
e seus contextos
delícias sorrateiras
num verso composto
ou noutras aventuras...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Atalhos atemporais (1)
em parte
qualquer arte
o argumento
os nós atentos
na firmeza das mãos
quase tudo
o todo
áspero acontecimento
solto apenas ao vento
envolto apenas no sonho
- través...
Luto
do sentir-se
só
o pesar conjuga-se
em rara harmonia
Emerge exigente
em ritmo áspero
Vibra
contrário ao desejo
exigindo que trilhemos
na lâmina fina
da morte...
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Poema para Amsterdam (1)
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Poema para a Ilha
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Poema para Ljubljana
em desalinho
e deslizaria nas pedras elegantes
dos atalhos
Beijaria tua boca de concreto
com beijos de rio
que conheces
Transporia cada ponte
ou todas
de uma só vez
com zelo incomum
Insatisfeito
te desejaria mais:
- nas mesas dos Cafés
admiraria tuas sombras femininas
com olhares e minhas fantasias de viajante...
Ainda assim te desejaria mais
numa insatisfação revelada
nos dias em que apreendi ao sol
a tua aguda geografia
Esqueceria minhas pernas
celebrando cada esquina
para te descobrir
mais e mais...
Arderia
no verão
sabendo do fogo que guardas
nas tuas entranhas
de cidade...
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Versos ao tempo (IV)
nas minhas ruas pediletas
as fronteiras que o tempo
desdenha
Num e noutro sentido
vi tantas pessoas
sem que cruzassem olhares
Apenas vi semblantes
todos inalcançáveis
Fui decompondo
a paisagem
sem descuidar das ruas
as minhas
as prediletas
Fui pouco generoso
e com atrevimentos
de quem caminha
apaguei da memória
o que parecia ser redundante
Guardei apenas o que era possível
- imprecisamente
humano...
sábado, 9 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Alguns segredos (2)
como se todas as cores
numa cumplicidade
atribuissem aos meus olhos
o ato estreito
da espreita
quem sabe
a certeza
de apreender
os fatos ...
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
domingo, 3 de fevereiro de 2008
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Casuais (5)
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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