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quinta-feira, 23 de julho de 2020

IDOSOS EM LARES CONTINUARÃO COM RESTRIÇÕES


Idosos em lares continuarão com restrições
(Public em O DIABO nº 2273 de 24-07-2020, pág 16. Por António João Soares

Os escritos da Drª Margarida Abreu no Jornal Observador, afirmando que a pandemia do medo tem sido mais grave do que a pandemia do covid-19, tiveram um efeito negativo nos governantes pouco esclarecidos em assuntos ligados à ciência e mais preocupados com sondagens eleitorais, que avançaram para o desconfinamento sem terem consciência de que este devia ter sido precedido de boa informação dos cidadãos sobre os cuidados a ter em conta em vários momentos da vida e dos movimentos.

Mas os políticos, com a sua habitual ignorância da vida do povo e dos condicionamentos a que leis e decretos-leis se devem ajustar, decidem por impulso político, sem parecer de técnicos especializados, independentes e preocupados com a realidade científica para bem dos cidadãos.

O resultado de tal impulso legislativo foi o rápido aparecimento de mais casos confirmados. O vírus continua em acção e a prevenção para as pessoas não serem infectadas depende principalmente dos seus comportamentos; e, por isso, entre os menos esclarecidos houve muitos casos de ajuntamentos em casas nocturnas e em festas que reuniram centenas de pessoas.

Segundo um trabalho do cientista Dr. Robert Redfield, com larga experiência de doenças infecciosas, teremos de conviver durante vários anos com o perigo do covid-19, mas não devemos entrar em pânico. O que devemos fazer é viver com os devidos cuidados, já largamente divulgados.

Os principais cuidados são a lavagem das mãos depois de tocarmos em algo suspeito e manter a distância física a pessoas de que não tenhamos prova de estarem sem vírus. Mas, em casa, se não há infectados, não convém exagerar a desinfecção. A pureza e higiene é uma virtude, mas a paranóia deve ser evitada. Convém respirar ar puro, em jardins, parques, campo, mantendo a distância física a outros passeantes.

Com a continuação dos cuidados para evitar ser contaminado, e como os lares de idosos têm sido os mais destacados focos da doença, irá acontecer que eles terão de aumentar as regras de funcionamento com vista a tornar mais segura a saúde dos seus utentes. Oxalá não surjam regras exageradas, como vem sendo costume em que os idosos, ao entrarem para tais “refúgios”, recebam pena de prisão perpétua em completa solidão do mundo, das famílias e dos amigos. Isso seria um convite à fuga e uma morte mais rápida, e desumana.

Encontro-me num lar militar, num Centro de Apoio Social, onde não foi ainda detectado um caso confirmado, coisa que foi única em todos os Centros da mesma Instituição. Este êxito deve-se ao seu bom funcionamento, em constante contacto com a autoridade de saúde do Concelho, de que já resultou a dispensa de quarentena para os residentes que necessitem ir a uma consulta médica planeada, dentro do Concelho e forem acompanhados por funcionária do serviço interno de saúde. Oxalá não tenha de haver agravamento deste confinamento e, antes, possa haver algum abrandamento do rigor nas condições de movimentos no exterior, dado tratar-se de um conjunto de pessoas instruídas, com sentido de responsabilidade e com consciência de que se trata de preservar a saúde própria e dos restantes residentes de contágio perigoso.

Mas é desejável que a pandemia abrande de tal forma que o medo diminua de tal modo que os idosos deixem de estar condenados a rigoroso confinamento e possa haver condições para visitas culturais até pequenas distâncias e em condições de segurança. Antes da pandemia, eram feitas visitas a locais históricos da linha de Torres e a aspectos característicos de monumentos ou de alta tecnologia como a exploração de energia eólica, etc, sem perigo de aglomeração com pessoas potencialmente infectadas. Sem este abrandamento, os idosos em lares continuarão com restrições a rondar o desumano. ■


terça-feira, 21 de março de 2017

RESPEITAR E APOIAR OS IDOSOS

Os idosos não precisam apenas de comer e dormir
(Publicado em O DIABO de 21 de Março de 2017)

Os idosos, principalmente quando são mendigos ou sem abrigo, não deixam de ser pessoas a merecer respeito pelos seus direitos humanos. Os apoios sociais têm desenvolvido uma actividade meritória, mesmo que ainda incipiente, no apoio material, dando comida e, por vezes, abrigo aos mais desprotegidos. Mas os idosos, mesmo os menos carentes, não precisam apenas de comer e dormir. Precisam também de ser ajudados a manter activo o seu lado espiritual, psíquico, através de ocupação cultural, de curiosidade pelo que se passa, de transmissão do seu saber acumulado durante a vida e até de fazer algo de útil, em trabalhos de lavores, de pinturas, de artesanato, de bricolage, de arte musical, etc. Esse apoio, devidamente orientado, contribuirá para manter activos os sentimentos, afectos, amizade e sentido de utilidade. Isso e a realização de contactos entre os residentes em lares e alunos de escolas poderá contribuir, pela transmissão do saber sedimentado pela idade, para ajudar estes jovens a serem mais conscientes e felizes num mundo com mais ética e civismo e a ter comportamentos sociais mais correctos e com flexibilidade para se adaptarem às condições sempre mutáveis da sociedade. Um lar bem organizado deverá ter algumas semelhanças com uma academia para séniores, com base no voluntariado.

Os dirigentes este tipo de instituições devem ter sensibilidade e humanismo para obterem os melhores resultados e serem, por isso, convenientemente respeitados e valorizados.

Recordo que o Secretário-Geral das Nações Unidas, em 26 de Fevereiro, disse que o "desrespeito pelos direitos humanos é uma doença" que se está a espalhar pelo mundo e sublinhou que, para atalhar a um tal perigo desta epidemia social, a "prevenção deve ser a prioridade". E para cimentar a convicção de que é preciso praticar activamente o respeito pelos direitos humanos, deverá, sem demora, ser respeitado o conceito de que as pessoas, além do corpo, têm uma alma que precisa de ser apoiada. E uma situação psíquica equilibrada ajuda a viver mais e melhor.

É certo que, num lar de idosos, há pessoas que já são pouco ou nada receptivas a apoio psíquico ou cultural, mas as que ainda possuem ligação com as outras deverão sentir-se melhor com estas ajudas, do que se estiverem paralisadas em frente da TV de que não tiram benefício significativo. Talvez seja preferível que olhem para os trabalhos artísticos e os lavores feitos por colegas e que olhem para os seus exercícios de dança, de ginástica, de ensaios corais, de leitura de poesias, etc.

Por outro lado, os trabalhos realizados podem ser objecto de exposição ao público, com fundo musical de alguns cantos, dança, fotografias, etc. que contribuirá para realçar a imagem do lar de idosos que levar a cabo essa actividade e, ao mesmo tempo, para divulgar a «prioridade» a que se referiu o engenheiro António Guterres. Esses trabalhos também podem ser vendidos, se os autores estiverem de acordo, e o resultado da venta ser destinado a melhoria das suas vidas ou a outro fim de beneficência.

Se a ociosidade é mãe de todos os vícios, as pessoas, dentro das suas possibilidades e energia disponível, devem evitar parar e estagnar, por que isso é provocar um fim prematuro. Devem manter-se o mais activas que puderem, quer física quer psiquicamente.

António João Soares
14 de Março de 2017

terça-feira, 16 de junho de 2015

IDOSOS PRECISAM DE SOLIDARIEDADE



Tenho ido visitar pessoa amiga internada numa Casa de Repouso em CASCAIS e saio sempre preocupado, com as condições do fim da vida de muita gente que, embora se encontre num lar com pessoal carinhoso e eficiente, vive abandonada pelos familiares e amigos que o esqueceram. Há pessoas muito deficientes e afastadas do mundo real, que precisam de receber visitas frequentes de familiares e de amigos.

Por seu lado, as comunicações dos residentes entre si raramente são animadoras, dado o seu estado de saúde mental e desgaste psíquico agravado pelas saudades dos seus anteriores «amigos» conhecidos e familiares que deixaram de lhes dar o indispensável afecto e carinho.

Muitas pessoas que conhecem um destes idosos a quem dirigiam palavras amáveis, de ocasião, provam agora que não sentiam por eles um mínimo de afecto, de amizade. Por vezes, perguntam por eles no café ou no restaurante onde os encontravam, mas não dão um passo para fazer um gesto, um carinho, um afago que anime e melhore a qualidade de vida psíquica da pessoa de quem era suposto serem amigas. Não interessa levar uma guloseima, mas é importante dizer uma palavra amiga, fazer uma carícia na mão ou na face, o que não custa dinheiro. Mesmo quem trabalha o dia inteiro, pode fazer isso, ocasionalmente, depois do trabalho ou no fim-de-semana.

A SOCIEDADE É POUCO SOLIDÁRIA E OS IDOSOS SÃO OS MAIS PENALIZADOS POR ISSO. PENSEMOS NAQUILO QUE GOSTAREMOS DE SENTIR QUANDO ESTIVERMOS EM SITUAÇÃO SEMELHANTE.

Não custa muito, num momento mais livre, comunicar com um conhecido que esteja solitário em casa ou internado num lar e transmitir-lhe uma palavra de conforto, de amizade, de afecto que o ajude a enfrentar com mais ânimo as suas dificuldades. E, numa visita a uma casa de repouso ou lar, procurar transmitir afecto também a outros residentes.

É preciso alertar na Internet as pessoas para tal necessidade de solidariedade. Devemos procurar melhorar a afectividade da humanidade.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

CORTES NAS PENSÕES DE REFORMA


O poema de Zélia Chamusca intitulado TROVA XVI, recebeu um comentário que por merecer reflexão se transcreve:

A Alemanha condena os cortes nas pensões de reforma, considerando-os um roubo de legítima propriedade privada, como devem se consideradas as pensões.

Cá, entre nós, o Poder rouba essa propriedade privada que para muitos pensionistas é a única possibilidade de subsistência e resulta de descontos feitos durante toda a vida activa de cerca de 40 anos, para poder reduzir o IRC sobre os rendimentos mais altos.

É, custe a quem custar, a tal condenável protecção aos reais donos do país que puxam os cordelinhos que fazem mexer as marionetes do Governo. Esta atitude é coerente com a que não cria um tecto para as pensões milionárias, sejam ou não acumuladas.

Também está sintonizada com a ausência de legislação contra a corrupção o tráfico de influências, as negociatas, a promiscuidade de interesses públicos e privados de muitos políticos em funções, o enriquecimento ilícito., etc.

Também não deixam de financiar fundações e instituições que pouco ou nenhum interesse têm para o país a não ser para os parasitas que deles vivem.

E saliente-se a dúvida: onde ficou encalhada a Reforma do Estado tão prometida no início deste Governo? Porque não prosseguiu, se é que realmente foi iniciada?

Agradecem-se esclarecimentos.

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sábado, 26 de janeiro de 2013

Você quer ser feliz? Então será feliz !!!


Dona "Maria" é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia, às 08 da manhã, ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquilhada, apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a funcionária veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direcção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela interrompeu-me com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar uma prenda.
- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona "Maria", a senhora ainda nem viu o seu quarto... Espere um pouco...
- Isto não tem nada a ver, respondeu ela: felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo a minha expectativa.
E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todos os dias quando acordo.
Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e todos podem aprender, e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois pediu-me para anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.
2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)
3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.
'Uma mente preguiçosa é a oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie mais as pequenas coisas - Aprecie mais.
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!
6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica connosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio. Não o descarte.
8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa.
10. Diga às pessoas que as ama e que ama a cada oportunidade de estar com elas.

"O que de nós vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas?"
" O mundo é de quem se atreve."
"Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."

De autor não identificado. Recebido por e-mail

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estado detesta idosos


A obsessão neurótica pelo dinheiro e pelas despesas de ostentação, conduzem os Estados a ignorar as pessoas e a ver nos idosos um peso morto e inactivo nas contas do Estado. Está a notar-se o aparecimento de sinais que conduzirão à selvageria de lendas reportadas a tempos dos primórdios civilizacionais em que os filhos se desfaziam dos pais de formas desumanas.

Agora o ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos. É chocante mas não destoa de palavras ditas por governantes portugueses há pouco tempo. Sugere-se que, quando em Portugal se iniciar esse genocídio, para o Estado ter maior benefício no processo, se comece pelos idosos que recebem maiores reformas. Há neste blogue diversos artigos que referem a Eutanásia, de forma mais ou menos irónica, mas parece que estamos a percorrer a via que nos conduz deliberadamente a tal extermínio.Estado detesta idosos

A obsessão neurótica pelo dinheiro e pelas despesas de ostentação, conduzem os Estados a ignorar as pessoas e a ver nos idosos um peso morto e inactivo nas contas do Estado. Está a notar-se o aparecimento de sinais que conduzirão à selvageria de lendas reportadas a tempos dos primórdios civilizacionais em que os filhos se desfaziam dos pais de formas desumanas.

Agora [o ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos]. É chocante mas não destoa de palavras ditas por governantes portugueses há pouco tempo.

Sugere-se que, quando em Portugal se iniciar esse genocídio, para o Estado ter maior benefício no processo, se comece pelos idosos que recebem maiores reformas !!! Há neste blogue diversos artigos que referem a Eutanásia, de forma mais ou menos irónica, mas parece que estamos a percorrer a via que nos conduz deliberadamente a tal extermínio. Seguem-se links de alguns textos referentes aos idosos:

Por poderem ser úteis a pessoas interessasdas neste tema, seguem-se links de alguns textos referentes aos idosos:

-Sociedade civilizada respeita os seus idosos
- Idosos esquecidos pelo Poder
- Dia Nacional dos Avós
- Idosos são «activo» válido
- Idosos têm direito a respeito
- Velhos, se sábios e sensatos, são bons conselheiros
- Alguns conselhos aos idosos
- Os idosos merecem mais respeito
- Solidão
- Amanhã, seremos nós os idosos
- Gastos com reformas e pensões
- Cuide dos seus idosos
- SITUAÇÃO DOS IDOSOS
- Estamos mal enterrados - GNR foi anjo da Guarda
- Estaremos num pais de orates ??? 
- Fazer planos dá longevidade 
- A idade é desejada mas pode ser um fardo 
- Idosos com muita vitalidade!!!
- Conselho de Seniores ou de sábios são necessários 
- Desenrasquem-se e nada esperem do Estado
- Saúde. Ironia ou profecia ???!!!
- Carinho, solidão, solidariedade

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Direito a não emigrar

O artigo de opinião Pactos de regime cita a frase da mensagem do Papa que diz "antes do direito a emigrar há que reafirmar o direito a não emigrar, isto é, a ter condições para permanecer na própria terra".

Refere que «as estatísticas escondem as inúmeras famílias desfeitas, filhos que crescem longe dos pais» engenheiros e professores sem emprego demasiado novos para ir para a reforma e demasiado idosos para ser contratados, restando-lhes a emigração, como única forna de sobreviver.

O autor diz que: «Está na hora de os nossos políticos olharem para as taxas de desemprego e de emigração e lerem nelas o sofrimento que as políticas levianas da austeridade, "do custe o que custar", estão a provocar. A questão não é ideológica, muito menos partidária: a austeridade é válida se, no final, ajudar a diminuir o défice e a dívida – mas não é isso que está a acontecer. Está na hora dos partidos se entenderem em pactos de regime que – respeitando os compromissos assumidos – tornem de novo possível a fixação de recursos e a criação de riqueza.»

NOTA: Este texto tem muito interesse para «vermos» o País real, sentindo os sofrimentos das pessoas e compararmos com a superficialidade, sem medidas concretas nem agenda da afirmação do PM "Queremos crescer nos próximos anos acima da média dos últimos 12". Provavelmente, o PM seria convincente se tivesse dito «queremos reduzir o défice nos próximos meses para ficar abaixo da média dos últimos 17 meses». Tanta emigração forçada poderá fazer com que o Governo queira os reformados a trabalhar, para compensar a população activa que sai e a economia possa subsistir.

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estou velho ? Felizmente !

Fiz anos. Muitos. Mais do que esperava quando era jovem.

Recebi às primeiras horas os parabéns de uma amiga e colega de blogue, à qual dedico estas reflexões que as suas palavras me inspiraram.

Poder beneficiar da sua amizade e da sua simpatia é uma fortuna extraordinária. Sempre atenta à agenda e sempre disponível para emitir raios calorosos de felicidade que tornam o mundo melhor numa convivência mais harmoniosa e com uma felicidade contagiante. A vida é um caminho por vezes difícil e com muitos obstáculos que temos que saber ultrapassar ou tornear com sensibilidade e persistência, tirando o melhor ensinamento de cada dificuldade.

A dada altura, neste blogue levantou-se a polémica de se dizer idoso e não velho. Tomei a posição de preferir «velho» não dando importância ao dito «velhos são os trapos», porque uma pessoa não é um trapo, nem novo nem velho, e a velhice bem preparada ao longo da vida transforma as pessoas num armazém recheado de sabedoria adquirida ao longo dos anos, desde que estes sejam vividos na busca da compreensão dos outros e daquilo que nos cerca. Não é por acaso que em algumas tribos africanas, o soba, antes de tomar decisões importantes, reúne o «Conselho dos Velhos» e os ouve atentamente, para reduzir a possibilidade de erro, para não cair em entusiasmos fáceis que a experiência dos tempos mostrou não serem o melhor caminho.

A vida não é uma riqueza bem definida, sólida e com prazo de duração estabelecido, mas sim uma peça preciosa muito frágil que pode partir-se em qualquer momento e devemos estar preparados para esse momento, sem angústia e sem receio. Há pouco mais de 57 anos, estive prestes a perdê-la e entre os muitos amigos espalhados por vários pontos do país circulou a notícia de que tinha partido. Mas consegui ultrapassar essa pedra encontrada no caminho, embora só tivesse recuperado totalmente a operacionalidade do braço esquerdo cerca de sete meses depois, com uma cicatriz enorme no braço e um corpo estranho junto da artéria femoral na anca esquerda.

Aprendi então a respeitar a vida sem medos e sem o habitual sentido de posse de um bem interminável, mas com a convicção de que ela deve ser aproveitada, no dia-a-dia, para desempenharmos acertadamente as nossas tarefas e tudo o que pudermos fazer para bem dos que estão mais próximos e de toda a humanidade. O exemplo de bem viver de forma positiva, difundindo valores e princípios de bem conviver com harmonia, constitui um factor de irradiação de felicidade que beneficia a humanidade e se reflecte, retornando para nós e dando-nos alegria de viver e força anímica para continuar. Cada um de nós deve agir com rigor e eficiência no desempenho das suas tarefas e cumprir com entusiasmo e persistência os seus deveres como elemento da humanidade. O bem ou o mal do mundo depende das acções e das palavras dos seres que o constituem, porque é o somatório dos actos de cada um.

Mas, apesar desta filosofia de vida ser útil e positiva, não impede que a vida continue a ser um caminho com variados obstáculos, as pedras da picada, que obrigam a continuar a conduzir atentamente para evitar acidentes. Quem ler as minhas reflexões deixadas ao longo destes blogues compreende bem a minha dedicação ao ambiente que nos cerca, à humanidade. Mas, surgem muitas pessoas investidas de poder sem terem um mínimo de sensibilidade para os assuntos que vão interferir de forma muito incisiva nas vidas das pessoas. Há «responsáveis» que se deixam encantar cegamente pela música dos números sem terem uma noção correcta de que por trás deles há pessoas, com problemas, individuais, familiares, profissionais, dos quais saltam dificuldades demasiado corrosivas para as suas vidas. Não é por acaso que os números de crimes violentos e de suicídios têm aumentado.

Algumas de tais entidades procuram atender aos alertas de pessoas sensatas mas não mostram possuir clarividência nem sensatez para agir da forma mais correcta que inspire confiança e crie esperança em dias melhores. E, na ausência de tais qualidades, acabam por tomar atitudes do tipo de ser «pior a emenda do que o soneto» e fazem promessas fantasiosas, sem base sólida, mentirosas, falaciosas, sem plano nem agenda, não inspirando a mínima credibilidade, antes reduzindo mais a pouca existente. Só para ilustrar esta alusão cito, de entre muitas outras, uma promessa de 14 de Agosto de 2012 e uma de 9 de Janeiro de 2013.

Apesar do desprendimento da vida a que me habituei há mais de 57 anos, como atrás referi, sinto com angústia o desprezo que os governantes têm pelos idosos, os doentes e os deficientes, em resumo, os não activos, e aconselhando a deixar de recorrer ao serviço nacional de saúde porque este está em risco de encerrar por falta de dinheiro. Isto evidencia a tendência materialista e monetarista de recusar apoio aos que dele mais necessitam. Além das dificuldades crescentes no apoio de saúde, há os cortes de subsídios de férias e de Natal os aumentos de preços e, de uma forma geral, a redução do dinheiro disponível para a satisfação de necessidades vitais. Chega a ter-se a dúvida de se não terão como objectivo a eliminação de todos os inactivos, por os considerarem pesados nas contas do Estado.

Por esta razão, dadas as circunstâncias, será necessário e, mesmo, indispensável que os governantes façam um esforço para passarem a tomar decisões claras e convincentes para as pessoas e com a aceitação destas, como é próprio das democracias. Governar não pode reduzir-se a um exercício teórico em sala isolada do país e dos seus cidadãos. Será bom que sejam postos em prática conceitos de humanidade como os referidos no início desta reflexão.

À Querida Amiga (...) agradeço ter-me inspirado a estas palavras neste dia.

Iamgem de arquivo

sábado, 24 de setembro de 2011

Homenagem à turma de cabelos brancos


Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

"Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo!", o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, celular, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ....,"  - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.

O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

- Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens porque estávamos ocupados em inventá-las. E você, um pelintra de m..da arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido de pé !

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dia do amor, pensar em humanidade

Numa época em que as modernas tecnologias permitem comunicação rápida e até automática e evitar a solidão, é lamentar que os governantes não se orientem mais para as pessoas do que para a ostentação de riquezas efémeras e que não existem.

Convém ler estas notícias e meditar naquilo que representam sobre a necessidade de repensar o respeito pelos outros, principalmente quando idosos e solitários:



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sábado, 15 de janeiro de 2011

Rejuvenescer o País

As boas ideias podem vir de qualquer cabeça pensante e, por isso. Apoiar uma ideia não quer dizer que se concorde com a totalidade da personalidade que a expresse. Mas neste caso, ela vem de uma pessoas que se tem mostrado coerente e credível.

O «envelhecimento demográfico» exige que seja dedicada muita atenção aos incentivos reais, eficazes, à natalidade. Como diz o texto que se transcreve: 

(...) Porque “o que está em causa é a própria sustentabilidade da Segurança Social”, o fundador da AMI propôs medidas de incentivo à natalidade como o aumento do abono de família e a concessão de descontos nos transportes a famílias com três ou mais filhos. E afirmou-se o único candidato capaz de “criar um clima de confiança”, susceptível de fazer aumentar a natalidade. “Em 1960 tínhamos uma natalidade na ordem dos 3,3 filhos por mulher em idade fértil. Actualmente, andamos à volta de 1,33, ou seja, muito longe dos 2,1 [necessários para garantir a substituição das gerações]. Isso significa que se Portugal tem algum crescimento é à custa da imigração. Como todos os estudos apontam para uma involução da nossa demografia, em 2050 seremos apenas sete milhões e pouco”, descreveu, para concluir que “é fundamental que a natalidade em Portugal seja acautelada mas para isso é preciso incutir esperança, porque ninguém tem filhos num clima de desespero”.

O cirurgião pediatra Gentil Martins concorda que é urgente incentivar a natalidade. E apareceu ao lado do fundador da AMI porque o considera “uma pessoa isenta, honesta e preocupada com os valores humanitários do país”. “Não quero dizer mal dos outros candidatos mas eu preciso, acima de tudo, no meu país, de alguém em quem possa acreditar a 100 por cento”, declarou.(…)


Imagem da Net

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Idosos tem direito a respeito

Os idosos, depois de uma vida de trabalho, mais ou menos penosos, com mais ou menos possibilidades, são credores de respeito, como seres vivos, como seres humanos e pela sua condição de dependência dos cuidados dos outros.

As famílias, nos tempos modernos, não estão estruturadas para darem apoio de companhia e de resolução de pequenos problemas a qualquer hora do dia e, por isso, entregam esses cuidados a lares que é suposto exercerem com dedicação e carinho essas tarefas de que os idosos carecem.

Mas, infelizmente, há muitos lares que não desempenham esses cuidados com a eficiência desejável. Não é raro surgirem notícias de situações degradantes. Mas, felizmente, há juízes que têm sensibilidade para analisar com humanidade tais situações e dizer basta.

Vale a pena ler as notícias do JN que referem este julgamento:

- Prisão para dona de lar por maus-tratos a idosos
- "É preciso dizer basta ao que se passa em lares"

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Idosos não são o perigo rodoviário. 050715

(Publicada no Metro em 15 de Julho de 2005)

No início de Novembro de 2003, um dos secretários de Estado do MAI atribuiu enorme gravidade ao perigo dos idosos na segurança rodoviária e o ministro da Saúde, quatro meses depois, dava elevada prioridade ao rigor dos exames sanitários dos idosos para efeito de renovação da carta de condução. Deduzia-se que, na opinião pretensamente abalizada destes políticos, os idosos eram o maior perigo nas estradas. Estas reacções impulsivas, insensatas, despudoradas de pessoas que, ou não tinham nada de importante a ocupar-lhes o tempo ou tinham o tempo tão ocupado que não lhes restavam uns minutos para pensar com bom senso, eram devidas ao facto de um idoso ter entrado numa auto-estrada em contramão, talvez devido a sinalização confusa e pouco eficiente.

Nas duas datas, em cartas publicadas em vários jornais, permiti-me sugerir que devia, em primeiro lugar, ser elaborada uma estatística das idades dos intervenientes e causadores dos acidentes ocorridos durante um largo período, porque me parecia que o grande perigo na estrada, não vem dos idosos, mas sim dos mais jovens, talvez da idade do referido secretário de Estado.

O tempo passou e a verdade vem à superfície, como o azeite na água. Hoje (12 de Julho) vi num jornal que «o grupo etário entre os 20 e os 30 anos é aquele que mais acidentes de viação sofre. Porque corre demasiados riscos e ultrapassa os próprios limites ao volante» «É a faixa dos 24 aos 29 que lidera nos óbitos». O artigo assentava no estudo de um conhecido antropólogo que se tem interessado a fundo pelos problemas rodoviários.

A insensatez dos referidos governantes e a ânsia de mediatismo, precipitaram a sua posição errada, desviando as atenções da verdadeira essência da sinistralidade e, portanto, atrasaram a pesquisa no sentido correcto da busca de soluções. Não devemos generalizar, mas infelizmente é frequente os políticos emitirem opiniões precoces e não fundamentadas, e depois teimarem em mantê-las, desviando as atenções dos verdadeiros problemas. Não é de esperar, por inútil, que o referido secretário de Estado venha dar a mão à palmatória, mas, sim, que os actuais governantes orientem os esforços dos organismos com responsabilidades na segurança nas estradas no sentido de ser encontrada uma solução que reduza a gravidade da tragédia a que o País tem estado sujeito.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os velhos! Que malandros!!!

(Publicada no «Diário de Notícias» de 2003.11.06)

Há dias, a propósito de um choque frontal numa auto-estrada, provocado por um idoso em contra-mão, um jovem governante evidenciou já sofrer da «doença infantil» dos políticos, isto é, quando algo está mal, a primeira coisa a fazer é prometer uma lei. Por vezes chegam mesmo a fazê-la, sem estudar convenientemente o assunto em todos os seus aspectos e as possíveis soluções, sem ver se ela é viável e exequível, sem analisar se se enquadra na complexa estrutura normativa existente, e, no caso de ser possível obrigar ao seu acatamento, quais as consequências que advirão. O país não precisa tanto de leis como de bons comportamentos em que se inclui o respeito pelas leis e a fiscalização do seu cumprimento. Tem vindo a público, repetidas vezes que muitos adolescentes sem carta andam a conduzir veículos, por vezes de grande cilindrada, que indivíduos de todas as idades, sem carta ou com a carta apreendida conduzem impunemente durante anos, que muitos carros não têm o seguro obrigatório, que muitos carros circulam apenas com um farol a funcionar; que muitos pisam o traço contínuo, para fazer inversões de marcha ou para virar à esquerda sendo isso proibido, que imensos circulam com excesso de velocidade, que se fala ao telemóvel quando se conduz, que se conduz sob o efeito de álcool, medicamentos ou droga, etc., etc.

E para evitar estes desacatos que, por vezes, provocam acidentes de graves consequências, não é preciso mais leis do que as já existentes. Será necessário outra coisa de que os governantes pouco falam. E, a propósito dos idosos, seria interessante que o referido jovem governante tornasse públicas estatísticas que mostrassem para cada nível etário (de cinco em cinco anos), qual a percentagem, de entre os que têm carta, dos que foram produtores de acidentes graves. Assim se veria se os idosos são assim tão perigosos que mereçam medidas especiais. Serão os idosos que circulam a mais de 200 Km/h na ponte Vasco da Gama? Serão eles que fazem ultrapassagens temerosas nas auto-estradas? Serão eles que desrespeitam os traços contínuos e os sinais de trânsito? Serão eles que, às seis da manhã, sob o efeito do álcool e outros produtos, contribuem para a vergonhosa sinistralidade rodoviária do nosso país?

E, por se tratar de condução na contra-mão nas auto-estradas, seria também conveniente recordar a idade dos autores dos casos já ocorridos, inclusivamente das apostas de indivíduos jovens que fazem essas aventuras na A1 a partir do Porto (isto é ciência bebida nos jornais). E, para terminar, deixo o meu desejo de que o Sr. governante tenha mais respeito pela geração dos seus avós.