Recebi do Amigo António a seguinte mensagem que transcrevo:
Caro João,
Gostava de estar aí perto para nos encontrarmos e termos uma conversa do género de algumas das que tens publicado nos blogues e que te agradeço por elas testemunharem a velha amizade e muito apreço. Enfim, resultado de muitos anos de debates a dois. Mas estou no planalto beirão cercado pelas serras Estrela, Leomil Lapa, Gralheira, Caramulo e Lousã, a sentir este frio seco, e recorro ao e-mail para comunicar contigo.
Hoje, com o muito espaço que a Comunicação Social dedica a Rui Rio, não podia deixar de recordar a minha referência a ele e que tiveste a gentileza de registar no post de 7 de Junho, na altura da crise política em que sugeri que o PR poderia incumbir Rui Rio para formar um governo apoiado pela maioria existente na actual legislatura, à semelhança da nomeação de Santana Lopes por Jorge Sampaio para substituir Durão Barroso, evitando os diversos custos de eleições antecipadas. Dele extraio o seguinte: «… Depois, mantendo a constituição da AR, e com a aquiescência dos líderes dos partidos, nomearia um novo PM do PSD, por exemplo RUI RIO, ou PAULO RANGEL, ou outro que o PSD escolhesse em congresso especial. Neste pormenor, ele mostrava inclinação para RUI RIO, com um passado muito mais significativo do que o de qualquer Jotinha, que fez um bom trabalho na Câmara Municipal do Porto, nomeadamente na forma como, em diversas ocasiões, evitou colocar-se sob a bota do dirigente do FCP….»
Em 21 de Outubro, essa minha ideia deixou de ser «disparatada» com o aparecimento da notícia «Rio deixa Porto com portas abertas para liderar PSD ou ser Presidente da República».
Mas, como é próprio de bom político e homem sensato, convinha não se considerar vencedor antecipado, nem mesmo com vontade de se candidatar, e, por outro lado, não se deixar prender por convites que lhe retirassem liberdade de decisão no momento adequado, nem receber favores que o inibissem de disputar o poder no partido ou no Governo e, assim, em 29-11-2013, saiu a notícia «Rui Rio recusa convite de Passos para liderar novo Banco de Fomento»
Curiosamente, já é evidente a alteração da máquina infernal de propaganda sem escrúpulos que levou a «Associação a critica consultor de comunicação que ajudou Passos a liderar PSD» a repreender Fernando Moreira de Sá, consultor de comunicação desde 2008, que chegou ao ponto de defender em Julho, na Universidade de Vigo, a sua dissertação de mestrado intitulada «A comunicação política digital nas eleições directas de 2010 no PSD pelo candidato Pedro Passos Coelho». Mais recentemente, deu uma entrevista à Visão, onde admitia ter participado, com outros bloggers e elementos do PSD, numa espécie de “braço armado” de Passos na blogosfera, sobretudo em situações de condicionamento dos fóruns das rádios e televisões, comentários de notícias nos sites de jornais, e também nas redes sociais Twitter e Facebook. Esse condicionamento foi feito na corrida de Passos pela liderança do PSD, contra Paulo Rangel e José Pedro Aguiar-Branco.»
Ao contrário da prudência de Rui Rio, «Passos aconselha críticos a terem calma» e afirma que não tenciona "ficar eternamente à frente do PSD", nem "pôr o lugar à disposição no curto prazo". Desvaloriza Plataforma em torno de Rio e anuncia recandidatura. Parece cedo demais para fazer tal declaração pública, mas não é de estranhar pois tem desafinados os travões que lhe deviam moderar a comunicação inútil e dispensável.
Entretanto , o consultor de propaganda, já reviu o procedimento, ou não, e apareceu «Teresa Leal Coelho a tentar limitar o tradicional procedimento social-democrata dos "barões do PSD"» desprezando o facto de que, com tais limitações, o partido pode perder muito da sua força anímica que lhe tem granjeado valor eleitoral e passagens pelo Poder.
Curiosamente, depois de o OE nos trazer agravamento da austeridade e da exploração dos que já não o podem ser mais, surge a notícia «Um em cada quatro portugueses em risco de pobreza»
Não deixa de ser preocupante, as forças políticas da área do Governo começarem já a desviar o seu tempo para as lutas pelo poder, lesando assim a procura das melhores soluções para conseguir a recuperação da vida económica e do bem-estar dos portugueses, reduzindo a pobreza em vez de a deixar crescer.
Um forte abraço
António
Imagem de arquivo
Caro João,
Gostava de estar aí perto para nos encontrarmos e termos uma conversa do género de algumas das que tens publicado nos blogues e que te agradeço por elas testemunharem a velha amizade e muito apreço. Enfim, resultado de muitos anos de debates a dois. Mas estou no planalto beirão cercado pelas serras Estrela, Leomil Lapa, Gralheira, Caramulo e Lousã, a sentir este frio seco, e recorro ao e-mail para comunicar contigo.
Hoje, com o muito espaço que a Comunicação Social dedica a Rui Rio, não podia deixar de recordar a minha referência a ele e que tiveste a gentileza de registar no post de 7 de Junho, na altura da crise política em que sugeri que o PR poderia incumbir Rui Rio para formar um governo apoiado pela maioria existente na actual legislatura, à semelhança da nomeação de Santana Lopes por Jorge Sampaio para substituir Durão Barroso, evitando os diversos custos de eleições antecipadas. Dele extraio o seguinte: «… Depois, mantendo a constituição da AR, e com a aquiescência dos líderes dos partidos, nomearia um novo PM do PSD, por exemplo RUI RIO, ou PAULO RANGEL, ou outro que o PSD escolhesse em congresso especial. Neste pormenor, ele mostrava inclinação para RUI RIO, com um passado muito mais significativo do que o de qualquer Jotinha, que fez um bom trabalho na Câmara Municipal do Porto, nomeadamente na forma como, em diversas ocasiões, evitou colocar-se sob a bota do dirigente do FCP….»
Em 21 de Outubro, essa minha ideia deixou de ser «disparatada» com o aparecimento da notícia «Rio deixa Porto com portas abertas para liderar PSD ou ser Presidente da República».
Mas, como é próprio de bom político e homem sensato, convinha não se considerar vencedor antecipado, nem mesmo com vontade de se candidatar, e, por outro lado, não se deixar prender por convites que lhe retirassem liberdade de decisão no momento adequado, nem receber favores que o inibissem de disputar o poder no partido ou no Governo e, assim, em 29-11-2013, saiu a notícia «Rui Rio recusa convite de Passos para liderar novo Banco de Fomento»
Curiosamente, já é evidente a alteração da máquina infernal de propaganda sem escrúpulos que levou a «Associação a critica consultor de comunicação que ajudou Passos a liderar PSD» a repreender Fernando Moreira de Sá, consultor de comunicação desde 2008, que chegou ao ponto de defender em Julho, na Universidade de Vigo, a sua dissertação de mestrado intitulada «A comunicação política digital nas eleições directas de 2010 no PSD pelo candidato Pedro Passos Coelho». Mais recentemente, deu uma entrevista à Visão, onde admitia ter participado, com outros bloggers e elementos do PSD, numa espécie de “braço armado” de Passos na blogosfera, sobretudo em situações de condicionamento dos fóruns das rádios e televisões, comentários de notícias nos sites de jornais, e também nas redes sociais Twitter e Facebook. Esse condicionamento foi feito na corrida de Passos pela liderança do PSD, contra Paulo Rangel e José Pedro Aguiar-Branco.»
Ao contrário da prudência de Rui Rio, «Passos aconselha críticos a terem calma» e afirma que não tenciona "ficar eternamente à frente do PSD", nem "pôr o lugar à disposição no curto prazo". Desvaloriza Plataforma em torno de Rio e anuncia recandidatura. Parece cedo demais para fazer tal declaração pública, mas não é de estranhar pois tem desafinados os travões que lhe deviam moderar a comunicação inútil e dispensável.
Entretanto , o consultor de propaganda, já reviu o procedimento, ou não, e apareceu «Teresa Leal Coelho a tentar limitar o tradicional procedimento social-democrata dos "barões do PSD"» desprezando o facto de que, com tais limitações, o partido pode perder muito da sua força anímica que lhe tem granjeado valor eleitoral e passagens pelo Poder.
Curiosamente, depois de o OE nos trazer agravamento da austeridade e da exploração dos que já não o podem ser mais, surge a notícia «Um em cada quatro portugueses em risco de pobreza»
Não deixa de ser preocupante, as forças políticas da área do Governo começarem já a desviar o seu tempo para as lutas pelo poder, lesando assim a procura das melhores soluções para conseguir a recuperação da vida económica e do bem-estar dos portugueses, reduzindo a pobreza em vez de a deixar crescer.
Um forte abraço
António
Imagem de arquivo