quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

A HUMANIDADE ESTÁ POUCO RESPEITADORA DOS SEUS DIREITOS

A HUMANIDADE ESTÁ POUCO RESPEITADORA DOS SEUS DIREITOS Public em O DIABO nº2448 de 01-11-2023, pág. 16, por António João Soares) Actualmente, as pessoas não respeitam devidamente os direitos humanos, mesmo quando se encontram em ambiente familiar. É frequente encontrarmos na comunicação social notícias de variados crimes de violência doméstica. Há tempos vi uma notícia de senhora idosa que, vivendo isolada, sentiu vontade de juntar numa almoçarada filhos e netos para matar saudades e reforçar os laços familiares. A fotografia que a comunicação social publicou mostrava uma mesa comprida com muitos pratos por levantar, a senhora sentada na sua cadeira sem ninguém nas suas proximidades e, mais distantes, havia descendentes a lerem os seus telemóveis e fora da mesa havia outros a mexerem nos seus aparelhos e alguns a jogarem entre si passatempos electrónicos. Ninguém conversava com a senhora que, certamente, se encontrava frustrada e desiludida com a intenção que a levou a organizar este momento de convívio para seu conforto espiritual, para reforçar os laços familiares e para alimentar a ligação que devia unir a família. E que foi em vão. Se as intenções desta avó deviam ser alimentadas por todos os familiares, a fotografia mostrava a realidade, como algo inesperado para ela e para grande parte das pessoas da sua geração. Hoje os jornais mostram notícias de crimes horríveis ocorridos entre familiares que era esperado serem unidos incondicionalmente por recíproca amizade. Por exemplo, na Irlanda, que é um País com exemplar desenvolvimento socioeconómico, tem havido casos graves de segurança, em que morrem pessoas inocentes sendo algumas de tenra idade. Tem havido ataques a escolas em que ferem e matam jovens estudantes, sem culpas. Mas não se encontram perspectivas confiantes de recuperar esta perda de valores éticos, morais e sociais porque, do mais alto nível, saem exemplos execráveis como se vê em guerras e em actos de terrorismo. Segundo a filosofia actual, para responder a uma guerra, usam-se, em sentido contrário, ataques semelhantes de violência igual ou muito superior, sem olhar a que as vítimas do anterior voltam a sofrer iguais ou piores danos. Segundo a ética, a violência não deve ser combatida por maior violência, mas por negociação e pela Justiça que deve eliminar os maiores responsáveis pela violência inicial, impedindo-os de repetição de actos desumanos. Por exemplo, a guerra entre o Hamas e Israel entrou numa trégua de quatro dias em que ambas as partes concordaram, mas este Estado já disse que, após esta pausa, os combates serão retomados «com intensidade». Isto é muito grave, porque a população inocente tem sofrido baixas e muitos ferimentos. Será que esta afirmação é mais uma falácia para aumentar as ajudas de países amigos levando-os a insistir com a vontade de cessarem totalmente as hostilidades que já têm causado tantas baixas e dado um mau exemplo contra a vontade de no mundo haver harmonia e paz internacional! Em vez de, na comunicação social, serem propalados casos de violência, deve haver bons exemplos de bom entendimento e de vontade de segurança e bons projectos de desenvolvimento económico, cultural e de segurança. Estes, sim, bem merecem ser publicitados como exemplos a seguir porque contribuem para um futuro mais risonho da humanidade. Os direitos humanitários constituem um factor com interesse para todos, e também são um dever de cada pessoa seja qual for o seu grau de cultura ou de património pessoal. Devemos fazer tudo o for possível para evitar que o mundo entre em desmoronamento.

sábado, 25 de novembro de 2023

FACTOS DESAGRADÁVEIS DEVEM SER EVITADOS

Factos desagradáveis devem ser evitados (Public em O DIABO nº2447 de 24-11-2023, pág. 16, por António João Soares) Os acidentes ou simples casos desagradáveis devem ser evitados por meio de cuidados preventivos permanentes, nomeadamente, em momentos de maior descontracção em que os descuidos são mais frequentes. Por exemplo, em épocas festivas como as da próxima passagem de ano, costuma haver uma maior quantidade de acidentes rodoviários de que resultam custos financeiros e ferimentos, por vezes, com perdas de vidas. Um acidente grave pode ocorrer em qualquer momento pelo que devemos criar o hábito de ter cuidado para não esquecer a prevenção. E durante a condução de um veículo devemos evitar a pressa na chegada, ter a serenidade para enfrentar com calma distâncias maiores do que as habituais, não se distrair com conversas com companheiros de viagem e não se concentrar em pensamentos resultantes de notícias da comunicação social, nem da conversa dos companheiros. E em festas ocorridas antes da viagem evitar excessos de bebidas alcoólicas. Deve ser evitado tudo o que acarrete perigo, porque nada acontece por acaso e não devemos crer em milagres, porque o mal é originado por erros do nosso comportamento. A maior parte dos males que nos acontecem, mesmo com a nossa saúde, resultam de nossas acções menos convenientes ou de erros de comportamento menos cuidadosos e mal prevenidos e de que depois nos lamentamos e esperamos milagres. Recordo-me de ter lido no livro de ficção «Conversas com Deus», em que o autor perguntou se Ele fazia milagres e a resposta foi negativa porque, se fizesse um milagre, ia contrariar uma lei da Natureza que Ele criara e, portanto, entrar em contradição com a perfeição da sua obra. As coisas, mesmo a saúde das pessoas, resultam das acções dos seres humanos e, por isso, estes devem evitar situações de perigo. Se um avião faz um voo perfeito mostra que o piloto é competente e fez um trabalho bem feito. Se uma pessoa se sente feliz em mais um ano de vida é justo que se sinta satisfeito com o seu comportamento desde o aniversário anterior. Disto podemos concluir que se a vida sócio-económica melhora, como ela é consequência do comportamento do conjunto dos cidadãos, todos nos devemos regozijar com o sucesso colectivo. Por isso devemos apoiar os governantes, que o mereçam, e exigir deles um comportamento de competência, de responsabilidade e de dedicação ao aperfeiçoamento colectivo por forma a desenvolver e enriquecer o País, para bem de todos e para que todos tenhamos um futuro mais risonho e prometedor, para passarmos a viver com respeito de uns pelos outros, unidos por amizade, paz, harmonia e cooperação. Apesar de serem muitos os casos de sentido contrário, começam a aparecer alguns sinais de governantes interessados em desenvolver bom entendimicos mundiais se faça tuo o que for possível para recuperar e melhorar o gosto pela paz e pela harmonia social.ento entre Estados de reconhecido valor. Por exemplo os Presidentes dos Estados Unidos da América e da China concordaram em restaurar algumas comunicações militares. O diplomata espanhol Josep Borrell, Chefe da diplomacia europeia pediu a Israel que, nas suas reacções ao ataque que lhe foi feito na Faixa de Gaza, não se deixe consumir pelo ódio. Um horror não justifica outro. A comunidade internacional está a preocupar-se com esta situação e com a degradação que estes actos e outros semelhantes podem acarretar para o agravamento da situação mundial. É conveniente que nos mais altos níveis políticos mundiais se faça tudo o que for possível para recuperar e melhorar o gosto pela paz e pela harmonia social.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

ESPERO QUE, DEPOIS DA ACTUAL CRISE, TENHAMOS UM FUTURO MELHOR

ESPERO QUE, DEPOIS DA ACTUAL CRISE, TENHAMOS UM FUTURO MELHOR (Public em O DIABO nº2446 de 17-11-2023, pág. 16, por António João Soares) Estamos num momento de inovação, para ser superada a crise que, desde há anos, nos tem empobrecido e atrasado para o fundo da lista dos estados mais pobres da União Europeia. Não se pode esperar por milagres para mudar para aspectos mais positivos. O resultado deve resultar do esforço bem orientado e permanentemente bem reforçado e coordenado pelos políticos que forem escolhidos pela sua competência, dedicação e concreta convergência para o interesse nacional e que não se deixem vencer por desvios de ambição pessoal e de autoritarismos não conformes com os melhores objectivos da melhoria de vida dos cidadãos. Os impostos pagos por estes devem ser destinados ao desenvolvimento da economia nacional para melhoria da sociedade em geral e cada despesa deve ser ponderada para não ser desperdiçada em benefícios ilegítimos de políticos e de seus amigalhaços. Para melhor resultado deve haver transparência e eficácia judicial para punir severamente qualquer crime que lese os bons objectivos governamentais. Esta missão deve ser completada pela cooperação de cada cidadão que não deve deixar de exigir de todos, para serem activos colaboradores e exigentes de bom trabalho da governação, não lhe permitindo descuidos ou ilegalidades e exigindo e zelando para que seja reduzida a pobreza e a deficiente qualidade de vida dos mais carentes de meios. Felizmente, a fase mais preocupante da pandemia do coronavírus está ultrapassada. Nela aprendeu-se o desenvolvimento tecnológico do uso da informática que facilitou o ensino à distância e no trabalho em casa por muitos empregados. Mas também a saúde teve de rever o seu funcionamento e poderá retirar lições que melhorarão o seu sistema. Mas, no caso de novas crises difíceis, embora as soluções tenham de ser precoces e imediatas não devem ser precipitadas por políticos não especializados no assunto e que devem ter a sensatez de recorrer a opiniões e conselhos bem fundamentados a fim de evitar criar pânico por vezes mais nocivo do que o próprio mal que se pretende combater. Para as decisões muito importantes, as palavras, mesmo muito sonantes, pouco contam, sendo fundamental a orientação de decisões que sejam bem claras e compreendidas e que produzam resultados benéficos e duradouros. As palavras sensatas e pedagógicas não devem ser promessas fantasiosas não concretizadas. A sensatez delas deve ser divulgada para seja compreendida por cidadãos que sejam imbuídos de solidariedade, de harmonia e eficaz espírito de colaboração completa, desde o trabalho mais elementar até ao topo da administração. E esta deve remunerar todos os trabalhos em função do resultado obtido. Muitas vezes acontece em serviços públicos, no fim do ano o administrador receber volumoso prémio mesmo com o resultado anual do serviço tenha sido insignificante, o que causa mal-estar nos trabalhadores de cujo suor foram conseguidos os resultados, mas que ficaram sem um gesto amigo. Uma empresa ou um serviço deve funcionar como uma equipa de forma a que todos os que nela trabalham, desde a base ao topo, sintam prazer e algum benefício nos resultados alcançados. O facto de a pandemia ter atingido, indiscriminadamente, ricos e pobres deve levar as pessoas a comportar-se sem preconceitos de classe ou de nível de conta bancária. As pessoas devem ser respeitadas como seres humanos e avaliadas pelas suas obras e acções e não pelo fato e os ornamentos que transportam. Cada coisa no seu lugar e no momento adequado. E a Justiça deve ser rápida e eficaz, com isenção e sem se sujeitar a pressões de políticos ou financeiros poderosos. Se o povo se comportar como vivendo em verdadeira democracia e rejeitando restrições aos direitos e liberdades, votando segundo um são conceito de defesa dos interesses nacionais, constantes da Constituição pode afirmar «queremos sair disto para melhor».

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

A DETURPAÇÃO DE UM TERMO

Public em O DIABO nº2444 de 03-11-2023, pág. 16, por António João Soares) Tenho escrito em defesa da moralidade e da ética como factores orientadores da vida social em que a resposta é «o respeito mútuo deverá ser uma regra respeitável e permanente». Cada um, na sua vida privada, pode fazer aquilo que mais lhe agradar, desde que não ofenda os outros cidadãos. Durante a minha vida de estudante liceal, tive um professor de inglês, que tinha estudado no Reino Unido, onde se habituou a ser homossexual, mas era respeitado por colegas e alunos e nunca tomou qualquer atitude que ofendesse um ou outro, embora na sua vida privada pudesse agir como mais gostava, mas sem tomar qualquer atitude externa que sensibilizasse as pessoas que o respeitavam, deixando em todos nós a sensação agradável de ser um professor exemplar. Mas, infelizmente, na vida actual, o respeito pelos gostos e hábitos de cada um estão a confundir-se com o apoio e elogios públicos de quem age contra a Natureza como se nota em manifestações e com ostentação de «casamentos entre homens» ou entre mulheres com grande ignorância da total falta de respeito pelos outros e pelos resultados das suas vidas. Se tal ostentação for continuada com o apoio da comunicação social e o entusiasmo de auto intitulados activistas movidos por ideias estranhas e mal definidas pode inspirar e contribuir para acelerar as condições da sociedade na degradação em que já se encontra. E é chocante que a união entre homens esteja a ser aceitável, quer oficialmente quer pela religião de «casamento». É uma ofensa para este sacramento que tem sido respeitável e tem seguido a necessidade natural de contribuir para a manutenção e o crescimento da espécie humana, o crescimento da demografia, a constituição da família e a educação dos descendentes que serão os detentores da sociedade de amanhã, constituída por laços originados no nascimento. Nisto se baseou a norma religiosa «amai-vos todos como irmãos». Assim se formará um mundo futuro com paz e harmonia. É muito estranho que os políticos tenham aprovado o uso do termo «casamento» e que o próprio Papa tenha concordado e autorizado a bênção religiosa a tais seguidores de tal fantasia contrária ao funcionamento da Natureza. Com isto não pretendo ofender as uniões mais anos, sempre com saúde e felicidade. conspurcado o uso de um termo que devia continuar a ser respeitado e usado com moral e ética, como vinha acontecendo, durante séculos. Não gosto da deturpação do termo, que deve continuar a merecer todo o nosso respeito. Estive agora com um camarada aqui residente e com um seu visitante, também militar do mesmo tempo que, ao saber deste tema, perguntou como reagirão outros países civilizados a esta atitude portuguesa de aceleração da degradação da humanidade, quando esta se encontra na previsão aceite por muita gente esclarecida, à beira da extinção. Há muitos países que não estarão de acordo com o nosso, neste modernismo fantasioso que não se deve a pessoas com o cérebro a funcionar correctamente. Como esta tendência reduz a reprodução da espécie humana, estes casos anormais de activismo imaturo só podem ter sido sugeridos por jovens pouco dotados e esclarecidos. A LGBT não pode ser elogiada por esta decisão e inovação que não se mostra racional mas que a publicidade tem tendência para se ampliar e para abreviar a anunciada extinção da humanidade que se tornará mais fácil e eminente. Há já quem a preveja para o fim deste século.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

É PERIGOSO REPETIR A HISTÓRIA

(Public em O DIABO nº2443 de 27-10-2023, pág. 16, por António João Soares) Conhecer a História constitui uma elogiosa vantagem cultural, na medida em que nos dá saber que nos ajuda a perceber muita coisa que aconteceu no passado e a compreender o emaranhado de causas e efeitos e nos dá capacidade de podermos planear o futuro, mas sem copiar o assado. A Humanidade não deve estagnar, sempre igual ao que era, mas a História pode ajudar a inovar coerentemente para novas acções e atitudes que se ajustem correctamente às condições actuais, a caminho de um futuro melhor. A estagnação não faz parte da vida, sendo necessária a evolução. Mas, actualmente, há muitos políticos com falta de preparação e de inteligência que preferem dar continuidade à estagnação e não dar oportunidade à evolução. Vemos exemplos disso em vários países que foram grandes, como o Irão que deseja voltar a ter o valor em área geográfica e em poder da sua antiga Pérsia, a Turquia também quer alargar a sua área. E agora vemos a Rússia que quer alargar a sua superfície para o Leste europeu. E aqui, há quem explique não apenas pela debilidade mental do líder, mas por aludidos problemas de saúde física e psíquica que o levam a cometer crimes contra a vida humana de ucranianos, de forma inconcebível, mais própria de grupos terroristas mas inadequadas a um Grande Estado, e imprópria de ser humano consciente, respeitador da vida e com um mínimo de ética. Dar largas à ambição de retomar grandezas da história por formas menos respeitadoras de povos vizinhos, é impróprio de seres dignos. Recordo uma leitura pouco recente que nos mostra um grande Estado que não tem dado motivos de crítica, mas sim de admiração e de inveja pelos seus sucessivos êxitos em novas indústrias, no crescimento económico e nas melhorias da sua vida interna, com maravilhosas estradas e exuberantes vias ferroviárias. A China, há cinco séculos vivia pobremente no seu território, com uma economia rudimentar e os seus dirigentes ficaram espantados com o aparecimento dos navegadores portugueses, nos seus movimentos por aqueles longínquos mares. Foram contactos muito interessantes que abriram os olhos e as mentes curiosas daquele povo que decidiu alterar o seu modo de vida e lançar-se num novo estilo, imitando os ocidentais que tomaram como exemplos a seguir. Mas tais inovações foram assumidas com tanta ênfase que durante todos estes séculos, não esmoreceram e hoje a China dá lições ao mundo. E fá-lo sem basófia, sem ostentação, nem guerras, nem violências. E, há dias, propôs iniciativa para promover a segurança de todos os Estados. Já não se limita ao seu desenvolvimento e à exportação dos produtos da sua indústria, mas quer difundir o seu sistema de vida para um relacionamento com segurança com solidariedade e bom entendimento com os outros. Fica a cada um de nós fazer a comparação com a Rússia actual ou com os Estados Unidos da América que colocam o seu objectivo em construir novas armas para vender a outros Estados e a grupos de terroristas que as utilizam para actos de violência. A China em vez de espalhar ferramentas de morte, procura promover a segurança entre todos os Estados, para que evitem violências e passem a viver com bom entendimento entre todos.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

DEVEMOS EVITAR A VIOLÊNCIA

Publicem O DIABO nº 2442 de 20-10-2034, por António João Soares) A violência tornou-se uma praga que tem alastrado pela sociedade na quase totalidade dos Estados, nos diversos continentes, mas que constitui um mal terrrível e altamente perigoso para o futuro da humanidade. Estão a ser conhecidos demasiados casos pelo que é urgente convencer as pessoas de que a reciprocidade do respeito pelos outros com bom entendimento e diálogo permite resolver todos os problemas. Cada um tem direito a ter uma opinião pessoal sobre cada problema, mas deve respeitar as opiniões alheias. Não é minimamente aceitável que no Brasil um jovem de 18 anos tenha sido baleado pelo próprio pai. Mas, infelizmente, têm ocorrido mais casos de violência entre familiares. A violência está demasiado generalizada, por vezes com o interesse no dinheiro, mas muitas vezes sem motivo de ambição. Embora estejamos bombardeados por notícias diárias da guerra na Ucrânia, há pouco chegou a notícia de que Israel se encontra em estado de guerra. Tendo começado com ataque do Hamas que causou, para começar, cerca de trezentos feridos. O seu líder afirmou «estamos em guerra e vamos ganhar». O pior mal das guerras não é o motivo do início mas o propósito de não a perder por exigir um esforço por vezes imprevisível em custos financeiros e de vidas. É uma luta pelo êxito final e a ambição do heroísmo. Muitos pensadores sensatos defendem que, socialmente, as hostilidades entre Estados e entre grupos de opiniões divergentes nas vidas nacionais devem ser resolvidas pelo diálogo a fim de obter concordância na procura de soluções para questões em que é possível bom entendimento na procura de pontos de vista convergentes. Uma solução violenta e agressiva é sempre pior para as partes em litígio do que uma conclusão pacífica entre as partes dialogantes, sem violências, mesmo que alguma das partes considere que o resultado não lhe tenha sido totalmente favorável. O esforço que se faça para evitar a violência traz resultados aceitáveis, sem mortos nem feridos e com um convívio mais agradável e com boas perspectivas de vida merecedora de respeito pelas outras partes da humanidade. Os respeitados heróis nacionais não são os que esbanjam dinheiro em material e os que provocam perdas de vidas, mas os que proporcionam vidas felizes, em harmonia e segurança e com esperança activa em futuro melhor. A ONU deve exercer o melhor esforço em tal sentido, usando todas as formas de mentalizar as pessoas, com prioridade nas gentes mais jovens antes que comecem os vícios da ambição, da inveja e da criminalidade que pode conduzir à violência, na ânsia do poder. Na opinião dos analistas independentes e realistas, a causa da generalidade a colocar fim ao problema, sem necessidade de arriscar perdas de vidas e outros danos dos conflitos armados reside na insuficiência da abordagem militar e na sua incapacidade para ver com realismo as situações de forma a procurar solução pacífica e harmoniosa. A solução para eliminar a violência depende de cada ser humano e com a boa vontade de todos no bom sentido e o resultado é benéfico para todos e acaba por tornar o nosso planeta num paraíso.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

O FUTURO DA SOCIEDADE

(Public em O DIABO nº 2439 de 29-09-2023,pág.16 (por António João Soares) Tem-se falado muito do futuro da humanidade referindo-se que a sua extinção está próxima, havendo até quem afirme que não passará deste século. Tal opinião deve servir de alerta para a necessidade de haver prevenção na aceitação dos factores que conduzem a tal suposição. Agora surge o alerta da sociedade actual do nosso país que se encontra num estado de degradação preocupante relacionada com a falta de qualidade de vida que desencoraja a gente mais jovem que se decide a emigrar para arranjar emprego com salário adequado por forma a poder ter uma vida com dignidade. Realmente, não devemos viver com demasiada preocupação com o futuro muito distante e incerto e desprezarmos a realidade que nos preocupa na hora presente. A apetência pelo aproveitamento dos imigrantes que não exigem salários muito altos conduz muitas empresas a recusar dar emprego aos jovens nacionais e a não lhes querer pagar salário compatível para ter uma vida com qualidade semelhante aos jovens com capacidade equivalente em países estrangeiros, para onde querem emigrar. É desagradável enfrentar a deserção dos nossos jovens e ver os lugares que pretendiam ocupar serem entregues a imigrantes sem amor a Portugal e sem convivência nas condições tradicionais com os seus «concidadãos». É urgente que se mantenham os nossos jovens de forma a poderem conviver com os vizinhos dentro dos hábitos tradicionais da mesma religião, com respeito pela história e pelos costumes que herdaram dos seus antepassados, embora os tenham adaptado aos tempos modernos. Algo tem de ser efectuado pelo Governo, com sucessivas medidas coerentes por forma a que os nossos jovens se sintam atraídos a colaborar na boa qualidade de vida que desejam e que permita que o País mantenha os cidadãos com relações de qualidade de vida semelhantes com os seus companheiros da UE e da NATO. A Europa não deve ser abandonada aos dislates dos caprichos estranhos de imigrantes com hábitos e tradições discordantes da harmonia histórica do nosso passado europeu. Esta adaptação não convém ser uma mudança repentina e será conveniente, ser acompanhada pelo pensamento europeu e realizada em continuidade sem saltos bruscos, mas com sequência que convença os jovens a manter-se numa vida digna em conformidade com a sequência do seu passado, embora sujeita à evolução para um tom diferente mas numa evolução coerente com as realidades históricas e com uma desejável qualidade de vida. É certo que na vida tudo muda e nada é rigidamente igual ao passado, mas a mudança deve seguir os valores da ética e do respeito mútuo, de forma a que, no futuro, a actual civilização não seja asquerosamente acusada de ter destruído a habitual tradição e continuidade de um passado que se orgulha de ter tido momentos de grande brilhantismo. A ideia de que o passado deve ser respeitado não significa que se pretenda evitar a conveniente evolução em conformidade com os vectores actuais. Nada é imutável, mas devemos manter um trajecto lógico e coerente com as mudanças mais sensatas da vida nacional. Mas a mudança deve ser sensata e não baseada em fantasias de ingénuos autoconsiderados sábios, como aqueles que arrastaram o país para o fundo da tabela dos europeus, em que há pouco mais de uma dezena de anos, tinha mais de uma dúzia abaixo da sua cotação. É certo que tudo muda mas a sociedade nacional não pode ser deixada nas mãos de gestores fantasiosos que não olhem com muita responsabilidade para a correcção como encaram cada momento da vida nacional. Nada deve ser deixado ao capricho do acaso e cada decisão deve ser preparada com muita seriedade, rigorosa análise de cada pormenor e escolher com rigor a melhor solução de entre as várias possíveis, sem que isso demore meses a ser encerrado. O caso do aeroporto de Lisboa constitui, pela demora da decisão, a anedota mais caricata de como não deve ser decidido algo com interesse nacional.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

RESPEITO PELA VIDA; NOSSA E DOS OUTROS; NUNCA É DEMAIS

O (Public em O DIABO nº 2436, o8-09-2023, pág 16. Por António João Soares) Há alguns anos, surgiram muitos livros intitulados «Conversas com Deus» e num deles, à pergunta se fazia milagres, a resposta de Deus foi: Um milagre seria uma falta de respeito às leis da Natureza que procurei se perfeita. E o ser humano deve sentir-se responsável pelos seus actos e aceitar as consequências dos seus erros. Mas, há dias, vi na «Internet» um vídeo de uma pessoa que se comportava na via pública em autêntico desrespeito pela circulação dos meios de transporte, e por acaso, não fo atropelada. Esse vídeo, aparentemente, feito por uma organização religiosa, tinha um título «antes de sair de casa reze». Rezar não faz mal e se for com a intenção de melhorar o comportamento socia, pode ser útil. Mas o que é realmente útil é a doutrinação de um perfeito comportamento social, com o respeito de todos os deveres para com o próprio e para com os outros, por forma a vivermos em perfeita harmonia social e em paz. Se há acidentes com resultados mais ou menos dolorosos ou até trágicos, depende do acaso e dos pormenores como ocorreu. Para as pessoas não serem tragicamente mortas será preferível que, em vez de serem aconselhadas a rezar antes de sair de casa, sejam instruídas na forma como devem comportar-se e nas medidas preventivas a tomar para não sofrerem acidentes nem os provocarem em prejuízo dos outros. Neste aspecto, merece destaque a profunda preocupação de Guterres sobre a situação no Darfur, território situado na parte leste do Sudão com fronteira par o Chade, onde a população está a ser vítima de actos de extrema violência num ambiente impressionante de clima de revolta civil. Da parte do mesmo político saiu um gesto muito positivo de apoio à criação de uma «agência internacional para supervisionar a «IA» (a recente Inteligência Artificial), uma inovação, que tanto pode trazer muito benefício para a modernização da humanidade, como pode trazer a destruição da vida humana, se não for bem aplicada, sendo comparada à arma nuclear. Por isso deve ser muito bem controlada pelos poderes nacionais e internacionais. A fé religiosa constitui um factor muito importante para estimular a formação do comportamento correcto, humano e social, mas nem sempre supera os erros praticados. Embora precise de ser bem interpretado, o Papa disse «estamos a andar para trás com o surgimento de nacionalismos fechados». Estas palavras levam a pensarmos seriamente que os governos devem encarar correctamente as realidades dos seus países, com verdade, abertura, respeito pelos direitos humanitários e sentido de cooperação, planeamento e supervisão, a fim de construirem um futuro mais prometedor de maior felicidade dos seus cidadãos. Devem ter presente que quem não honra o passado não merece ter futuro, devem procurar defender-se de ideologias estranhas aos superiores interesses nacionais e estar conscientes dos casos de manipulação malévola e não os deixar sobrepor-se aos que merecem ser tratados com honestidade e respeito, para não provocar a fragilidade da democracia. Não se pode construir o futuro num amontoado de mentiras. E é fundamental dominar a arte de dirigir e orientar os povos na direcção da paz, da ordem e do progresso. Para isso, deve haver decoro e princípios morais e de qualidades de lealdade de méiito. Para esse efeito tem muita utilidade a meditação sobre os ensinamentos. Não me refiro à recitação em voz alta de orações religiosas, que muito fiéis praticam sem pensar no significado dos termos da oração, mas à meditação da mensagem que esta traduz. Estar com Deus é cumprir os seus conselhos que contribuem para a paz mundial e para a boa harmonia entre as pessoas, para se comportarem como bons irmãos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A HUMANIDADE ESTÁ EM EXTINÇÃO?

(Public em O DIABO nº 2437 de 15-09-2023, pág 16. Por António João Soares) Há poucos anos, um artigo de jornal da autoria de um experiente médico reformado colocava tal previsão depois de referir algumas atitudes públicas noticiadas acerca de casos ocorridos sem reacção dos poderes políticos. Mais recentemente,essa dúvida surge reforçada com demasiadas atitudes de aspecto humanamente criminoso. Por exemplo, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia em vez de ser terminada com acordo entre as partes baseado em apoios internacionais de potências que deviam ser respeitadas devido ao seu elevado potencial militar, continua sempre activa a provocar danos materiais e perdas de vida que deviam ser evitadas. Potências que deviam colocar-se nessa função pacífica, estão a aproveitar-se do conflito para obter vantagens financeiras do fornecimento de armamentos e munições de que resultarão mais homicídios, a juntar aos muitos já ocorridos. Infelizmente, vê-se que os dirigentes dos Estados, em vez de se interessarem por criar um ambiente de paz e de harmonia social, colocam acima dos direitos humanos dos seus cidadãos e dos estrangeiros a pressão do vil metal. Colocam a humanidade a servir de instrumentos de produção de riqueza para se considerarem dominadores do mundo. Em vez de procurarem contribuir para um futuro e um mundo mais pacífico e mais harmonioso procurando que todos os cidadãos dêm as mãos em colaboração para todos construirmos um Mundo melhor em que possamos viver amigavelmente como irmãos com grandes objectivos partilhados por todos, com a possível igualdade e liberdade, sem raivas, nem invejas, nem ambições, nem ostentações, nem necessidade de corrupção ou de pagar favores. A construção de um mundo melhor, com ética, moralidade, verdade e respeito mútuo, tem que ser obra criada com a participação colectiva, sem limites geográficos nem de fronteiras políticas. A ONU deve ser a mãe dessa obra absolutamente necessária e respeitável por todos, sem excepções. Quem não alinhar neste projecto não merece ser respeitado como respeitado como ser humano e deve ser considerado autor do existente projecto de eliminação da espécie humana da superfície do planeta. Tal projeto deve ser colocado no balde destinado à reciclagem do mundo que devemos desejar e cujos traços tenho aqui vindo a esboçar. A exterminação prevista por alguns pensadores pode decorrer nas gerações dos nossos filhos ou netos, mas seria desejável que lhes deixássemos de herança a ideia da criação de uma nova humanidade em que pudessem viver sem violências como aquelas que estão acontecendo por todo o planeta e pudessem ser os iniciadores de seres humanos mais respeitáveis do que os seus antepassados. É de lamentar que apareçam activistas para muitas actividades públicas sem real benefício para as populações mais desfavorecidas e não surjam pessoas que ajam para bem do sociedade em geral e que incidam nas formas de educar a juventude para agir conscientemente na transformação da população para gerar movimentos altamente positivos para a construção de uma sociedade para criar um mundo mais coeso e dedicado ao espírito de bem-fazer de forma coordenada em favor de de um futuro mais seguro, harmonioso e pacífico em que as pessoas fossem dedicadas em agir correctamente em benefício recíproco sem competição para actuar contra os objectivos aceites colectivamente. Em vez de armas e objetos contundentes deve fazer-se aquisição de sistemas que produzam educação, cooperação e construção de coisas úteis para uma evolução que torne o mundo melhor onde tudo seja para bem de todos e de cada um. Os serviços de comunicação social deviam rever as suas finalidades e deixarem de perder tempo com propagandas de ninharias sem a mínima utilidade social para evolução da actividade mental dos seus espectadores, em vez de desenvolvimento e ampliação das capacidades mentais para evolução de actividades competitivas que apenas servem como ferramentas financeiras para criar ricaços.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

INCÊNDIOS SÃO PRAGA AMBIENTAL

(Public em O DIABO nº 2434 de 25-08-2023, pág 16. Por António João Soares) A economia agrícola está a ficar destruída com os incêndios florestais e com a vaga de calor e a consequente falta de água. É muito significativa a grande quantidade e variedade de notícias que chegam diariamente sobre a destruição da espécie vegetal que cobre o planeta. Além dos prejuízos económicos que afectam a riqueza vegetal, há a perspectiva das consequências das destruições que demorarão muitos anos até serem recuperadas e compensadas. Para mais, esta extensão de danos cria males que atingem as vidas de animais que são eliminados pelos incêndios e que deixam de ter alimentação natural e fica-nos a incerteza de quais serão as condições da vida humana, animal e vegetal em que passaremos a existência nos próximos anos. Quando falamos de saúde, mesmo que não digamos claramente, estamos a pensar na nossa segurança e é bom que cada pessoa, em qualquer idade, ao dar um passo, reflita bem nos perigos que lhe podem acontecer e provocar males, pelo que deve ponderar bem a sua forma de actuar a fim de evitar perigos graves ou atenuar os efeitos dos possíveis de controlar. Por exemplo, estão a acontecer tantos acidentes rodoviários que, se houvesse uma boa ponderação, muitos não teriam ocorrido, porque teriam sido evitados prudentemente e com muita vantagem. Mesmo no desporto, por vezes há a ousadia de correr certos riscos, mas convém prever e calcular a vantagem que, na melhor hipótese, será obtida e como irá ser compensada com o esforço exercido com oportunidade e outros custos suportáveis. A realidade actual exige que se faça uma contínua avaliação dos custos de cada decisão, em relação às possíveis vantagens a obter. Será que a aplicação da inteligência artificial tornará mais fáceis as decisões na vida real? A última notícia que li sobre a indispensável ponderação nas decisões nacionais, referia a necessidade de alteração da localização do Aeroporto de Lisboa que não teve dificuldade em receber uma tão grande quantidade de participantes na JMJ, sem apesar disso, deixar de responder aos muitos turistas que, nesta fase do ano, são em grande número. Mas, por outro lado, são muitos os interesses em criar novas instalações, quer da parte das indústrias envolvidas, quer dos fornecedores de serviços. Dá para pensar bem nos dados que podem conduzir os decisores a tomar uma posição definitivaue traga sérias vantagens para a vida nacional em geral. E todo este conjunto de meditações, são agora aplicáveis à prevenção dos fogos florestais e ao seu combate. Uma entidade conhecedora do problema mostra preocupação por ter ardido uma área de 200 a 300 hectares de cultivo de medronho. Qual teria sido a solução aplicável para evitar tal prejuízo? E agora como será possível preparar essa área para voltar a ter semelhante produção e daqui a quanto tempo? Em Vimioso, Trás-os-Montes, as chamas foram combatidas, há poucas horas, por 160 bombeiros e 11 meios aéreos. Em Odemira, distrito de Beja, o incêndio afectou uma área de 8.400 hectares. As alterações a aplicar à modernização do aeroporto de Lisboa como parece nas hesitações da sua futura localização não parecem tão necessárias e urgentes como se tem afirmado a propósito das obras que há tanto tempo vêm sendo discutidas. O caso da JMJ e do aumento da chegada de turistas, não terem evidenciado qualquer carência de transportes aéreos fazem adiar a ideia de reforçar as possibilidades actuais do aeroporto. Devem ser correctamente avaliados, os diversos factores que envolvem esta decisão a fim de, depois, não surgirem críticas a pesados gastos não justificáveis. Quanto ao problema dos incêndios também deve ser efectuada uma ponderada e completa análise para não se continuar a usar a expressão de «negócio dos incêndios».

RESPEITEMOS OS IDOSOS

(Public em O DIABO nº 2435 de 01-09-2023, pág 16. Por António João Soares) Um idoso não é apenas possuidor de cabelos brancos é, principalmente, detentor de grande saber e experiência da vida, pelo que deve ser usado como conselheiro e educador dos seus descendentes e dos amigos que lhe são vizinhos. E se não tiver a fraqueza de querer ser moderno não se deixa envenenar pelas modernices das idiotices como a da homossexualidade que ameaça destruir a capacidade da reprodução e da manutenção da população que hoje parece estar a extinguir-se. Um idoso tem capacidade de ensinar a um jovem político como se gerem os fundos financeiros que não crescem por milagre nem pelos aumentos sucessivos dos impostos de que resulta o empobrecimento dos já pobres e, também, pode aconselhar os governantes a melhorar a Segurança, a justiça e o Bem-estar a fim de desenvolver o Estado nas virtudes do Direito Democrático, sem o perigo de cair num acentuado abandalhamento democrático aos diversos níveis que qualquer cidadão de mediana formação ética desaprova. Sem sentido prático e sem bom senso, vemos o País a resvalar para a destruição que se verifica a todos os níveis de violência entre familiares e entre vizinhos, pelo mínimo desentendimento que bem podia ter sido resolvido pelo diálogo. Há casos escandalosos de filhos que matam pais à facada e de miúdo de poucos anos que levava para a escola uma arma entre os livros escolares. Um tema muito debatido nas datas mais recentes é o dos direitos humanos, em que um ponto saliente é o de que deve haver respeito pelos outros, independentemente da idade, da profissão ou dos seus hábitos ou opiniões. Mas, infelizmente, há muita gente que, mesmo em funções de responsabilidade pública, não procura merecer o respeito que lhe devem ter. Actualmente, por azar social, os governantes e seus assessores consideram os idosos como uma «peste grisalha» e não seguem os seus pareceres, preferindo tomar decisões por palpite ou capricho, o que muitas vezes origina erros demasiado insensatos que obrigam a alterações e emendas, tornando as burocracias confusas e desprestigiantes para os seus autores, e prejudiciais para os cidadãos que as devem interpretar e cumprir. Os actuais idosos são os continuadores do trabalho dos antepassados que praticaram a evolução desde a pré-história e aprenderam a evitar as ideias imaginárias de falsos «sábios» que, em vez da evolução sensata e ponderada, sugerem a imposição de mudanças como a sueca que «impingiu» a solução para o combate às alterações climáticas, de que nada bom resultou. Eles preferem os cientistas que têm observado as causas da poluição da alta atmosfera em que as radiações electromagnéticas têm um papel de grande valor. No tratamento dos assuntos naturais, a evolução não significa revolução fantasista e insensata. Aquilo que tem evoluído serenamente não pode sofrer alterações caprichosas e fantasiosas de pretensos «sábios». Nisso, a opinião de cientistas com experiência deve ser aproveitada para garantir a necessária ponderação em actuais decisões e, assim, evitar novas quedas e praticar comportamentos adequado, e o parecer de idosos pode constituir um bom aviso. Para esse tipo de problemas um idoso experiente pode ser bom conselheiro. A vida, durante o seu percurso, teve momentos de grandeza e outros de crise que os idosos foram aprendendo a ultrapassar e, assim, obtendo ensinamentos mais eficazes e agradáveis, seguros e promissores de um futuro melhor. Mas, mesmo um idoso erudito, não deve cair no erro de restabelecer o passado. Com o tempo tudo muda e é fundamental analisar ponderadamente as condições actuais a fim de evitar cair em situações desagradáveis em vez de obter uma solução mais promissora com vista a um futuro mais risonho. O conhecimento do passado deve servir de apoio inteligente para agir com mais eficácia e felicidade num futuro próximo e distante.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

O APOIO DA RELIGIÃO É DETERMINANTE

 

O APOIO DA RELIGIÃO É DETERMINANTE

(Public em O DIABO nº 2433 de 18-08-2023, pág 16. Por António João Soares) 

A religião dá um apoio importante a quem a pratica e que sabe dar o devido valor aos seus ensinamentos depois de devidamente interpretados. Teoricamente, qualquer religião surgiu por inspiração de um filósofo, profecta, com intenção de estimular os crentes a ela aderentes a realizarem «sonhos de bem» e a «cultivar anseios de unidade, paz e fraternidade». Para darem força a este projecto criaram um Deus, que, embora teórico, deve ser adorado por todos e a quem é atribuída a criação de tudo o que existe de melhor e a difusão de bons conselhos para serem exercidos em direcção aos melhores resultados.

A Jornada Mundial da Juventude que, no início deste mês se realizou em Lisboa e que foi participada por Sua Santidade o Papa e que teve a participação de vários milhões de jovens de várias partes do mundo que foi encerrada com palavras elogiosas de importantes origens durou uma semana e constituiu uma acção muito construtiva para melhorar a humanidade numa data em que muitos comportamentos ofendem todas as regras da ética, da harmonia, da paz, da fraternidade e do respeito geral entre todos os seres humanos, com a esperança de reduzirem a grande profusão actual de crimes, entre países, na vida pública e nas próprias famílias.

É desejável que as pessoas que a ela assistiram, quer directamente quer pela televisão e por outros meios da Comunicação Social, passem a beneficiar nos seus comportamentos, reforçando a força que recebem dos valores religiosos, ampliando e transmitindo a amigos e colegas de trabalho e de diversão o culto dos anseios de unidade, de paz e de fraternidade, e a desejar realizar os seus sonhos de bem e passem a estimular a população a seguir a sua intenção. Será bom que os jovens e as pessoas fiquem mais atentos aos ensinamentos divinos e não continuem a papaguear orações sem meditarem no significado das palavras que recitam. Por exemplo, merecem muita atenção os principais ensinamentos contidos na segunda parte da oração «Pai Nosso». Elas falam de pedidos ao Pai mas, no entanto, o Pai não nos vem dar nada de material e, segundo os textos bíblicos, ensina-nos a ter um comportamento correcto e, na segunda parte da oração, vêm pedidos que devem ser interpretados como comportamentos que devemos ter.

Assim, «o pão nosso de cada dia» não deve ser pedido, mas é um conselho para evitarmos a ambição e não pensarmos em ser milionários, mas apenas ter o necessário para vivermos. A seguir, surge outra lição de comportamento, segundo a qual, devemos pretender que nos sejam perdoadas «as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». Isto é, devemos respeitar os outros para sermos respeitados por eles a fim de podermos viver em harmonia e paz. Depois, diz que devemos evitar «deixar-nos cair em tentação», do álcool, da droga, da ambição, da corrupção, etc. E, por fim, devemos «livrar-nos do mal», dos crimes e outras infracções pequenas ou grandes.

O nosso futuro não será proveniente de milagres, mas apenas consequência do nosso comportamento. Nisto recordo-me de ter visto no livro «Conversas com Deus» que foi traduzido pela Editora Diário de Notícias, em que, à pergunta do jornalista se faz milagres, foi respondido que «não faço porque isso seria uma transgressão às leis rigorosas com que construí a Natureza». É que aquilo que vai acontecendo na vida é apenas o resultado das nossas acções, do cuidado com que nos comportámos e o nosso comportamento deve seguir os conselhos constantes nos livros religiosos que foram elaborados para o nosso bem.

Para termo um futuro feliz, não devemos esperar milagres mas devemos, a cada momento, controlar a nossa actividade por forma a não cometermos erros que, depois, nos tragam consequências indesejáveis. Nada acontece por acaso e temos que evitar consequências indesejáveis.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A PREPARAÇÃO DO FUTURO DEVE RESPEITAR O PASSADO

 Public em O DIABO nº 2432 de 11-08-2023, pág 16. Por António João Soares)

A memória dos falecidos não é constituída pelo tipo de pessoas que foram mas, sim, por aquilo que fizeram, pelas obras que realizaram, para benefício dos herdeiros e da sociedade e que, actualmente, podem servir de ponto de partida para a preparação do porvir desejado por todos. A competência e a sensatez na preparação do futuro que deve iniciar no ensino dos jovens que precisam de saber ter livre opinião, capacidade de crítica que contribua para o entendimento social, quer individual quer colectivo, e participar na construção conjunta do futuro desejado, a fim de o Estado poder evoluir. No meio de tanta apatia da generalidade da população para tudo que não seja futebol e mexericos de jornais que não se interessam por mentalizar os leitores para as importantes necessidades que procurem contribuir para a mais desejável evolução do desenvolvimento económico e social a fim de Portugal recuperar a posição internacional que se tem esbatido.

No 25 de Abril foi dada muita importância à frase «o povo é quem mais ordena». Mas o sistema eleitoral que tem sido concretizado alterou a concretização de tal desejo, dando autocracia aos partidos que são quem escolhe os candidatos à AR, os quais não representam a vontade dos eleitores os quais tiveram que se limitar a aceitar a escolha do partido. Tem havido muita gente a sugerir alteração deste processo mas, no regime em que vivemos, qualquer mudança só será possível se houver uma aplicação da eutanásia que elimine a cambada escolhida pelo dono disto tudo, que decide apenas em benefício dos seus amigalhaços os quais, sem reconhecida competência, são colocados em funções em que nada contribuem para a desejada evolução do bom nome do país.

É preciso sacudir o povo para fazer despertar a gentinha adormecida e permitindo que possa pensar nos verdadeiros interesses nacionais e agir, pelo menos nas eleições, para a preparação do futuro de forma positiva e sensata a fim de recuperarmos a situação internacional que tínhamos há poucos anos. Como estamos em democracia, as decisões do Poder não devem ser resultado do acaso ou de caprichos ou palpites, nem de interesses privados mas, sim, dos grandes objectivos nacionais destinados ao bem colectivo dos portugueses, em geral. O povo deve ser sempre considerado merecedor do maior respeito.  

Tem sido verificado que ministros pouco dotados de clarividência têm sido transformados em luminárias pela propaganda paga pelo Governo que, com habilidade, consegue iludir o povinho que é confiante e obediente àqueles que o dominam e estrangulam. Daí resulta que a maior parte dos cidadãos estar a empobrecer mas os beneficiados do regime continuam a enriquecer e a abusar do poder.

No entanto, a preparação de um futuro melhor para todos impõe-se com muita urgência, usando de honestidade, seriedade e amor a Portugal, por pessoas inteligentes, sérias, honestas e competentes e que devem ter cargos adequados ao seu valor. Desta forma se criará uma sociedade com ética, com sentido de responsabilidade, com amor ao trabalho honesto e à dignificação nacional, com solidariedade e respeito multilateral. Para isso, tem que haver evolução com inovação, respeitando o que os antigos fizeram de valioso e que ilustra a história grandiosa nacional. Nisso inclui-se a recuperação e conservação de obras de arte com grande valor na história nacional. Nada aconteceu por mero acaso e, por isso, merece ser respeitado e recuperado e não deixado cair em ruína.

É importante respeitar a glória do passado.  


sexta-feira, 4 de agosto de 2023

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS COMO AS EVITAR!

 

(Public em O DIABO nº 2431 de 04-08-2023, pág 16. Por António João Soares)

Já passaram alguns anos desde que surgiu o recente medo das alterações climáticas e se começou por acusar os combustíveis minerais e se pretender acabar com os meios de transporte movidos por gasolina e gasóleo, encerrar indústrias com fábricas lançadoras de fumos por altas chaminés e odiar o carbono e tudo o que seja apoiado por ele. Foram efectuadas reuniões frequentes com «sábios» que iam gastar o dinheiro de contribuintes com o pretexto de evitar as previstas alterações climáticas de que o povo estava com medo.

Mas tais alterações, indiferentes a tais engenhosidades e à redução do consumo de gasolina e de gasóleo, avançaram e a temperatura mundial e as chuvas torrenciais, não só, não pararam como, pelo contrário, aumentaram, como é frequentemente anunciado. Em que erraram esses sábios? Que conhecimento têm do funcionamento da Natureza? Agora, há quem afirme que a Natureza tem muita força e que reage rigorosamente à poluição atmosférica astral. E há, por isso, quem afirme que o mais grave factor de tal poluição não resulta dos fumos dos escapes dos automóveis nem dos fumos das chaminés que têm um efeito muito local, mas sim das radiações electromagnéticas que têm um alcance incalculável e que têm sofrido uma divulgação tão forte que estamos a ser atingidos por elas em quantidade extraordinária, na forma de transmissões de mensagens ou de automatismos que detectam a nossa presença a cada momento.

Já me referi ao desenvolvimento de tecnologias assentes na evolução da utilização da informática que se tornaram úteis e atraentes e que vão ser multiplicadas pela I.A. (Inteligência Artificial).  A Natureza funciona com regras que o ser humano não pode alterar e deve adaptar o seu comportamento às exigências ambientais. Como reagirão os «sábios» que lutam contra as alterações climáticas, para reduzir tal poluição que parece estar a causar muito dano à Natureza?

Para evitar graves alterações climáticas haverá certamente que modificar muitas tecnologias que recentemente entraram em funcionamento e que são sinal elogioso da evolução humana. Mas tais alterações irão colidir com muitos interesses a todos os níveis sociais e, por isso, exigirão extremo cuidado e ponderação.

Para não privar a burocracia, a economia e os benefícios dos recentes hábitos de trabalho e de produção é indispensável procurar tecnologias mais adequadas às actuais necessidades, sem terem de enfrentar os inconvenientes que hoje ameaçam com o excesso ou o mínimo de temperatura, ou seca que destrói todo o ser vegetal ou a chuva e as inundações que afogam tudo o que é vida, provocam derrocadas e deslizamentos de terras, com perigo para as pessoas, principalmente as mais idosas, ou deficientes. Há que criar de novas tecnologias que se apliquem à simplicidade própria do século passado, sem nos privar das vantagens daquelas a que já estamos habituados. Essas inovações serão indispensáveis para que seja possível que a humanidade possa suportar as variações climáticas que a Natureza nos continuar a impor.

Estamos perante uma boa oportunidade de as gerações jovens se deixarem de iniciativas fantasiosas que nada resolvem e não conduzirão a um futuro realista e progressivo para uma vida melhor. Será mais útil e interessante que se unam na pesquisa de soluções inovadoras e construtivas que enfrentem as condições naturais e vigentes, que permitam continuar na procura de um futuro realizável em acordo com as exigências da Natureza.

O exemplo da Greta sueca é bom para o primeiro passo, mas depois devem ser bem ponderados os efeitos quanto aos condicionamentos impostos pela Natureza. Não sejam como os teóricos que têm prometido o combate às alterações climáticas mas nada de positivo conseguiram a não ser as viagens para reuniões de que não mostram qualquer resultado.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

O RESPEITO PELA VIDA, NOSSA E DOS OUTROS, NUNCA É DEMAIS

 (Public em O DIABO nº 2430 de 28-07-2023, pág 16. Por António João Soares)

Há alguns anos surgiram muitos livros intitulados «conversas com Deus», e num deles à pergunta se fazia milagres a resposta de Deus foi: Um milagre seria uma falta de respeito às leis da Natureza que eu procuro ser perfeita. E o ser humano deve sentir-se responsável pelos seus actos e aceitar as consequências dos seus erros. Mas, há dias, vi na Internet um vídeo de uma pessoa que se comportava na via pública em autêntico desrespeito pela circulação dos meios de transporte, e, por acaso, não foi atropelada. Esse vídeo, aparentemente feito por uma organização religiosa, tinha um título «antes de sair de casa reze». Porém, rezar não faz mal e se for com o destino de melhorar o comportamento social, pode ser útil.


Mas o que é realmente útil é a doutrinação de um perfeito comportamento social, com o respeito de todos os deveres para com o próprio, e para com os outros por forma a vivermos em perfeita harmonia social e em paz. Se há acidentes com resultados mais ou menos dolorosos ou até trágicos, depende do acaso e dos pormenores como ocorreu. Para as pessoas não serem tragicamente mortas, será preferível que, em vez de serem aconselhadas a rezar antes de sair de casa, sejam instruídas na forma como devem comportar-se e nas medidas preventivas a tomar para não sofrer acidentes nem os provocar em prejuízo dos outros.

Neste aspecto, merece destaque a profunda preocupação de Guterres sobre a situação no Darfur, território situado na parte leste do Sudão com fronteira para o Chade onde a população está a ser vítima de actos de extrema violência num ambiente impressionante de clima de revolta civil. Da parte do mesmo político saiu um gesto muito positivo de apoio à criação de uma «agência internacional para supervisionar a IA (a recente Inteligência Artificial), uma inovação que tanto pode trazer muito benefício para a modernização da humanidade, como pode trazer a destruição da vida humana, se não for bem aplicada, sendo comparada à arma nuclear. Por isso deve ser muito bem controlada pelos poderes nacionais e internacionais.

A fé religiosa constitui um factor muito importante para estimular a formação do comportamento correcto, humano e social mas nem sempre supera os erros praticados.

Embora precise de ser bem interpretado, o Papa disse «estamos a andar para trás com o surgimento de nacionalismos fechados». Estas palavras levam a pensarmos seriamente que os governos devem encarar correctamente as realidades dos seus países, com verdade, abertura, respeito pelos direitos humanitários e sentido de cooperação, planeamento e supervisão, a fim de construir um futuro mais prometedor de maior felicidade dos seus cidadãos.

Devem ter presente que quem não honra o passado não merece ter futuro, devem procurar defender-se de ideologias estranhas aos superiores interesses nacionais e estar conscientes dos casos de manipulação malévola e não os deixar sobrepor-se aos que merecem ser tratados com honestidade e respeito, para não provocar a fragilidade da democracia. Não se pode construir o futuro num amontoado de mentiras. E é fundamental dominar a arte de dirigir e orientar os povos na direcção da paz, da ordem e do progresso. Para isso, deve haver decoro e princípios morais e qualidades de lealdade e de mérito. Para esse efeito tem muita utilidade a meditação sobre os ensinamentos. Não me refiro à recitação em voz alta de orações religiosas, que muitos fiéis praticam sem pensar no significado dos termos da oração, mas à meditação da mensagem que esta traduz.

Estar com Deus é cumprir os seus conselhos que contribuem para a paz mundial e para a boa harmonia entre as pessoas para se comportarem como bons irmãos.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

A IMIGRAÇÃO OU A DEFESA DO INTERESSE NACIONAL

http://domirante.blogspot.com/2023/07/a-imigracao-ou-defesa-do-interesse-nacional.html

(Public em O DIABO nº 2429 de 21-07-2023, pág 16. Por António João Soares)

Tenho encontrado muitos escritos com opiniões contraditórias e a actual situação em França constitui um alerta para um problema que deve ser bem ponderado para evitar o falso humanismo que possa acarretar consequências incontroláveis. Pessoalmente, tenho dois filhos que se encontram na América onde completaram os cursos à custa do esforço paterno, casaram e deram-me quatro netos todos já com formação universitária, um dos filhos é catedrático e outro que desistiu de o ser porque nas variantes da preparação não quis abandonar a esposa e os filhos, ela que não quis largar o emprego e os filhos que estavam bem ambientados no colégio que não convinha interromperem. A desistência da carreira e a competência que possuía deu-lhe acesso a um vencimento de luxo. Nenhum deles foi mendigar uma situação migrante e souberam terminar os seus estudos com muito êxito, integraram-se devidamente na sociedade local e têm trabalhado adequadamente para o desenvolvimento da vida nacional. 

Mas, normalmente, os imigrantes que chegam em quantidade à Europa não trazem preparação, capacidade para se integrarem na sociedade em que entraram, nem vontade em ganhar a vida sem recorrer à exploração mendicante da sociedade que os acolhe. Para pior, exigem apoios injustificados que não estão disponíveis para as classes mais carentes da sociedade local. Chega-se ao exagero de, em França, oriundos do Médio Oriente, sem respeito por religião diferente da sua, têm invadido as ruas de várias cidades com a fúria de destruir tudo quanto possam. Não é colonialismo mas sim uma selvageria sem o mínimo respeito pelo alheio e sem hipótese de isso lhes dar respeito a serem acolhidos como imigrantes civilizados.

Existem na Europa alguns teóricos políticos mentalmente condicionados por um falso humanismo desregrado, desta vez no âmbito que tem permitido que pessoas com outras culturas, outra religião, outras visões do mundo e da sociedade, outros costumes, outras tradições completamente diferentes da europeia, viessem para o seu Estado, sem qualquer enquadramento real ou cultural, sem ética ou o mínimo respeito pelas pessoas locais e as suas tradições. E sem a mínima vontade de se inserirem nas condições locais de trabalho com intenção de criarem capacidade própria de sobrevivência.

À forma como se deu a sua entrada em alguns Estados pode chamar-se de «falso humanismo» porque estavam a ser deixados entrar sem autorização legal, sem garantia de trabalho e remuneração, sem meios de subsistência e, sobretudo, sem nenhuma vontade de se integrarem na sociedade local. Sem vontade visível de obedecer às leis locais, sem vontade nenhuma de respeitarem os costumes, a cultura e as tradições vigentes, numa palavra, sem vontade de ajudarem a construir uma Nação melhor e de se integrarem nessa sociedade. Pelo contrário, entravam e continuam a entrar, com a vontade de submeterem o Estado e os seus cidadãos, aos seus próprios costumes, à sua religião, às suas leis. Para esse objetivo, estão a destruir valores históricos e artísticos de forma selvagem e violenta.

Perante este cenário, não será fácil encontrar uma solução para normalizar o acolhimento de imigrantes, porque o falso humanismo está condicionado por pessoas sem cérebro evoluído e sem verdadeiro patriotismo que lhes permita tomar uma posição correcta sobre a imigração humanitária e sobre os reais interesses nacionais. E vários governantes não têm coragem para se opor aos falsos humanistas, porque estes apresentam argumentos de uma forma que os assusta com perda de votos em eleições futuras. Infelizmente há políticos para quem os interesses nacionais nem sempre valerão o risco de uma pequena perda de votos perante opiniões de falsos humanistas com palavras sonantes. 

Esperemos que os nossos governantes saibam acolher imigrantes que tragam algo de útil para eles e que possa também ter vantagem para o futuro dos nossos cidadãos, sem lhes alterar a sua actual existência e convivência harmoniosa.


sexta-feira, 14 de julho de 2023

A SEGURANÇA EXIGE MAIS SENSIBILIDADE E RESPONSABILIDADE DOS GOVERNANTES

 (Public em O DIABO nº 2428 de 14-07-2023, pág 16. Por António João Soares)

Depois do tiroteio numa escola primária no Texas em que morreram 19 alunos, todos menores, e duas professoras, soube-se que nos EUA, desde o início do ano, houve mais de 17 mil mortes provocadas por armas de fogo. E este trágico fenómeno não tem acontecido apenas nesse país, pelo que exige ser devidamente analisado, para evitar a insegurança das pessoas. O fabrico de armas mortíferas e a sua venda devem ser devidamente controlados, para se evitar estes casos lamentáveis que vitimam pessoas completamente inocentes, como foi o caso desta escola e criam comportamentos sociais indesejáveis, perigosos e que influenciam da pior forma a falta de confiança das pessoas na civilização em que vivem.

A humanidade não deve ter medo apenas das armas nucleares, deve estar defendida de outros objectos fatais que são fabricados e vendidos, sem sentido de responsabilidade, sem controlo nem fiscalização, apenas com a ganância do lucro e ambição do dinheiro. A vida está cada vez mais ameaçada por actividades aparentemente inofensivas, mas realmente muito perigosas e sem uma utilidade totalmente explícita e justificada. É indispensável que a educação seja devidamente cuidada a fim de tais materiais não serem utilizados com finalidade de causar danos físicos, além de mentais, nas pessoas, sendo irremediavelmente lesivos na convivência pacífica em que é desejável viver. 

A segurança e a vida devem exigir máximo cuidado de cada pessoa, mas há perigos que ninguém pode prever e é difícil tomar as melhores medidas para os evitar. Para isso cabe à autoridade e responsabilidade dos serviços públicos, quer militares quer das forças de segurança e das autarquias sob a dependência do Governo, controlar o fabrico e a utilização de armas de fogo e ferramentas cortantes que possam ser utilizadas como instrumento de agressão. É certo que estas ferramentas não obedecem a vulgares sistemas de controlo e eficaz observação, mas isso exige uma boa preparação mental e de educação a fim de se evitar a sua utilização no pior sentido.

Essa preparação mental exige a boa vontade e o esforço geral de empresas e qualquer tipo de serviços públicos ou privados que devem insistir com o seu pessoal neste cuidado preventivo que depende de cada pessoa e que deve ser divulgado cuidadosamente a fim de a humanidade não se deixar arrastar por essa moléstia de que todos poderão vir a sofrer. Se o mundo continuar a deixar-se arrastar por tais fraquezas de má ética, a humanidade será arrastada para uma crise que poderá ser fatal para a indispensável harmonia social.

Enfim, é preciso desde a infância mentalizar as pessoas para evitar riscos da saúde e da vida, própria e dos outros e, quando se aperceberem de que está a surgir uma situação perigosa, devem informar alguém que avise uma autoridade capaz de intervir para evitar perigo para a saúde ou a vida de pessoas ou, no mínimo se sentirem essa possibilidade, aconselhar o potencial malfeitor a ter calma e pousar o objecto perigoso. Mas tais tipos diabólicos raramente têm serenidade para aceitar um tal conselho.

Porém, a geral degradação da violência doméstica, os crimes praticados por jovens e até por políticos, a corrupção, etc, mostra que pouco se pode esperar de governantes que vivem dominados pela ambição, visando o enriquecimento pessoal e a vitória em próximas eleições, desprezando situações reais que exigem especial cuidado para os verdadeiros interesses nacionais de que faz parte convivência harmoniosa da população, não permite ser optimista do futuro da humanidade em geral.

É preciso dar um grande passo em frente e este deve ser iniciado pelas pessoas mais válidas, e com voz audível, debatendo publicamente a necessidade de melhorar os comportamentos para benefício de todos os humanos. E as escolas devem ser os pontos de partida. A Justiça também deve ser bem utilizada para punir todas as faltas, desde as menores. 

sexta-feira, 7 de julho de 2023

A SAÚDE DEPENDE MUITO DA ALIMENTAÇÃO

http://domirante.blogspot.com/2023/07/a-saude-depende-muito-da-alimentacao.html

 (Public em O DIABO nº 2427 de 07-07-2023, pág 16, por António João Soares)

Aquilo que comemos e bebemos tem muito efeito no funcionamento geral do nosso organismo, pelo que devemos ter muito cuidado com o que ingerimos, quer nas refeições em que devemos obter energia para viver, quer nas festas de família e de amigos em que não devemos deixar-nos enganar com coisas agradáveis ao paladar, mas que podem prejudicar o nosso funcionamento orgânico, principalmente se tomadas repetidamente, com frequência.

Não foi por acaso que, há mais de meia dúzia de anos, criei o blog «Saúde e Alimentação» onde tenho inserido muito daquilo que tenho aprendido com as leituras de diversas publicações de que se destaca «Lifestyle» que conheci através do «jornal Notícias ao Minuto» que consulto diariamente através da Internet, e que difunde dados muito úteis para a saúde com base em produtos naturais e em regras já fora de uso medicinal e que ainda são respeitadas pelos serviços de Saúde orientais. Isto faz compreender o funcionamento actual da nossa medicina que não está a funcionar para evitar e curar doenças, mas sim para os servidores do Serviço Nacional de Saúde seguirem a regra de «manter o cliente», o que significa que não querem evitar que morra ou se cure, mas que a doença se torne crónica para se manter lucrativa. E, assim, um médico vulgar não dialoga com o doente a fim de compreender o tratamento e de colaborar para o seu restabelecimento. Diz-lhe que precisa de fazer análises e exames para depois, perante a mínima debilidade encontrada que serve de pretexto para a medicação a tomar e fazer novos exames. E, neste ritmo, qualquer doença se torna justificação para uma rentabilidade permanente, para o médico e os seus amigos analistas, especialistas dos diversos exames e farmacêuticos que retribuem com gentilezas compensatórias.

A revista «Lifestyle» não entra neste jogo

Ainda há poucos dias publicou dois artigos com muito interesse para os leitores que pretendem não se tornar escravos desta nova regra da actual medicina e não ser ferramentas financeiras do médico. Um dos artigos ensina o que deve ser evitado na alimentação para «diminuir o risco de doenças cardíacas»: evitar o excesso de sódio (sal) e não abusar de gorduras nem de carbohidratos refinados e de açúcar O outro artigo ensina quais os alimentos convenientes para «proteger a saúde dos olhos»; são 12 alimentos naturais que estão ao alcance de qualquer pessoa: cenouras, bróculos, salmão, sementes de girassol, kiwis, ameijoas, espinafres, ovos, amêndoas, iogurtes, laranjas e morangos.

 É curioso que, recentemente, saíram do mercado medicamentos, como a tintura de iodo e o mercuro-cromo, que permitiam a qualquer pessoa tratar de pequenos ferimentos sem necessidade de recorrer a enfermeiros ou médicos, sem ter de fazer ecografias, radiografias, etc. que depois servem de pretexto para outros exames e o doente fica preso à regra atrás referida de «manter o cliente».

Tudo isto me torna feliz por ter criado o blog «Saúde e Alimentação», o qual tem muitos visitantes, diariamente, nacionais e estrangeiros. Os seus visitantes são muitas vezes mais numerosos do que o conjunto dos outros cinco blogs, no registo diário, a que tenho sido fiel, apesar de passar muitos dias de intervalo entre as inserções de artigos. No mês de maio os seis blogs tiveram 22.035 visitas, sendo para a Saúde e Alimentação as 8.946 e as restantes distribuídas pelos outros 5 blogs. E vários visitantes na procura de dicas sobre aspectos com mais interesse para a saúde têm sido estrangeiros, ou portugueses lá residentes, como se vê pela origem de muitos comentários.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DEVE MERECER CUIDADO SEMELHANTE AO DAS ARMAS NUCLEARES

 

 (Public em O DIABO nº 2426 de 30-06-2023, pág 16, por António João Soares)

A IA constou no meu artigo de 19-05-2023 e, logo aí, alertei para os perigos que ela pode trazer se a sua utilização não for devidamente controlada e fiscalizada.

Agora, que tal inovação já cresceu de forma espantosa, a sua utilização na UE passa a ser regulada pela Lei da IA, a primeira lei abrangente do mundo sobre a Inteligência Artificial. A União Europeia (UE) pretende regulamentar a IA por forma a garantir melhores condições para o desenvolvimento e a utilização desta tecnologia inovadora. Com efeito a IA pode trazer muitos benefícios, melhorando os cuidados de saúde, tornando os transportes mais seguros e mais limpos, o fabrico mais eficiente e a energia mais barata e mais sustentável. Para começar, a EU, no seu primeiro quadro regulamentar para a IA, propõe que os sistemas de IA, que podem ser utilizados em diferentes situações, sejam analisados e classificados de acordo com o risco que representam para os utilizadores. Os diferentes níveis de risco implicarão regulamentação adequada a esses riscos, com medidas preventivas para evitar catástrofes. Estas regras, uma vez aprovadas, serão as primeiras do mundo sobre a IA, e estão a ser objecto de cuidados ajustados aos condicionalismos considerados reais.

Mas, com a passagem do tempo, precisam de ser ajustadas, dado que esta inovação, sendo nova e muito específica, vai obtendo aspectos concretos e pouco previsíveis. Na elaboração e na permanente actualização das regras deve haver prioridade para garantir que os sistemas de IA utilizados na UE sejam seguros, transparentes, rastreáveis, não discriminatórios e respeitadores do ambiente. Os sistemas de IA devem ser supervisionados por pessoas, em vez de serem automatizados, a fim de se evitar resultados prejudiciais. Mesmo nos casos em que os riscos sejam considerados mínimos, devem ser devidamente avaliados com rigor.

Eis alguns aspectos que, logo de início, devem ser olhados com muito cuidado:

Os perigos da criptomoeda e as vantagens da legislação da UE,
Luta contra a cibercriminalidade: explicação da nova legislação da UE em matéria de cibersegurança,
Aumentar a partilha de dados na UE: quais são os benefícios?
Lei dos Mercados Digitais e Lei dos Serviços Digitais da UE,
Cinco formas de o Parlamento Europeu proteger os jogadores de vídeo em linha.

Os sistemas de IA de risco inaceitável são sistemas considerados uma ameaça para as pessoas e serão proibidos. Estes sistemas incluem:

- manipulação cognitivo-comportamental de pessoas ou grupos vulneráveis específicos: por exemplo, brinquedos ativados por voz que incentivam comportamentos perigosos nas crianças,

- pontuação social: classificação de pessoas com base no comportamento, estatuto socioeconómico, características pessoais.

- sistemas de identificação biométrica em tempo real e à distância, como o reconhecimento facial.

Podem ser permitidas algumas exceções, para efeitos do funcionamento da Justiça ou das Forças de Segurança Pública.

A utilização da IA encontra-se em estudo cuidadoso e é esperado que, em breve, terão início as conversações com os países da UE no Conselho sobre a forma final da lei, com o objectivo de se chegar a um acordo até ao final deste ano. Realmente, Inteligência Artificial está a ser considerada de tal maneira carente de cuidados preventivos que pode ser encarada com consequências semelhantes às do mau uso das armas nucleares.

 Oxalá que, os políticos sejam sensatos perante este assunto e usem da máxima prudência na elaboração da regulamentação do uso desta nova arma, na fiscalização da sua utilização, sem fugas à verdade, à transparência, ao respeito pelos direitos individuais e à intenção de contribuírem para um futuro mais risonho seguro para toda a humanidade, sem corrupção nem favores partidários.

 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

PORTUGAL NÃO DEVE PENSAR VIVER DO TURISMO

 

(Public em DIABO nº 2424 de 16-06-2023. pág 16, por António João Soares)