Apesar de ser a coisa mais normal do mundo navegar na net e fazer conhecimentos virtuais, as pessoas ainda continuam a considerar duvidosas relações que se iniciam através de um conhecimento feito na net. Bem como um namoro que se inicia com alguém que se conheceu na noite. Posso compreender isso. A sério que sim... já conheci muita gente tanto online como na noite e sei que são conhecimentos que têm que ser filtrados.
Sei que na net, as pessoas aproveitam muito para mostrar algo que não são e para esconder um pouco a sua personalidade e os seus verdadeiros gostos. Têm tempo de "pensar" antes de dizer ou responder ao que quer que seja, perde-se muito a espontaneidade das reacções. Os sorrisos, os olhares, os gestos. É mais frio e, por isso, mais difícil de tornar "real".
Na noite, é mais uma questão de "caça". Seja da parte dos homens ou das mulheres, também há que saber perceber com o que se está a lidar. E, verdade seja dita, a maior parte das vezes, são apenas predadores/as, que pretendem não mais que umas cambalhotas. E pouco se aproveita, precisamente, porque há mais gente a sair à noite para uma queca fácil, do que, simplesmente, para se divertir com os amigos.
No entanto, não é correcto dizer que todas as pessoas que se conhece na net e/ou na noite não são de confiança e que se devem descartar. Conheci o pai do meu filho na net. Sim, acabámos, mas a relação ainda durou 3 anos. Conheci o meu noivo na noite. Estamos juntos, felizes e não me arrependo nada.
Portanto... as pessoas não são todas iguais, só porque optam por travar conhecimentos dessa forma. Apenas têm que saber filtrar :)
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Do amor
"Alguém que me conheça, que me compreenda, que me oiça. Que tenha o ombro disponível para eu chorar quando preciso, que me apoie quando tenho razão e que me descomponha quando estou errada. Que conheça as minhas manias, até à mais irritante… e, ainda assim, não veja motivo para gostar menos daquilo que sou. Que seja capaz de amar e proteger o meu filho e servir de exemplo para ele. Que me ajude a crescer, que seja capaz de estar numa relação em que ambos sejam tanto professor, como aprendiz. Que seja capaz de ver um filme ou ouvir uma música e dizer que não faz o meu género ou que é a minha cara. Que conheça o meu gosto patético por romances lamechas e a minha tendência para corrigir os outros (erros ortográficos partem-me o coração). Que tenha uma boa dose de parvoíce e que seja capaz de me fazer rir. Alguém a quem não consiga mentir, que leia a verdade nas minhas expressões, que saiba o que vou dizer ainda antes de o fazer. Que conheça as minhas opiniões e que as respeite. Que não tenha medo de me dizer o que pensa e que esteja disposto a conhecer os meus amigos. Que não me julgue pelo meu passado, nem se guie por aquilo que ouve. Que seja sensato, maduro e tenha os pés bem assentes na terra. Que tenha uma boa noção de responsabilidade, mas que se saiba divertir. Companheirismo, amizade, paixão, cumplicidade, compreensão, lealdade, frontalidade, diversão."
Escrevi isto há dois anos, como parte de um post, numa altura em que julgava não ser possível voltar a amar; em que tinha a certeza absoluta que não voltaria a saber fazê-lo e que não havia ninguém capaz de quebrar a minha barreira protectora. Estava errada.
Encontrei alguém, por puro acaso, que encaixa na perfeição na descrição que há dois anos fiz da minha pessoa ideal. Afinal, ele existia e acabou por aparecer. Foi a primeira vez, em anos, que não rejeitei a possibilidade de uma aproximação, que não coloquei nenhuma barreira. E não me arrependo.
Escrevi isto há dois anos, como parte de um post, numa altura em que julgava não ser possível voltar a amar; em que tinha a certeza absoluta que não voltaria a saber fazê-lo e que não havia ninguém capaz de quebrar a minha barreira protectora. Estava errada.
Encontrei alguém, por puro acaso, que encaixa na perfeição na descrição que há dois anos fiz da minha pessoa ideal. Afinal, ele existia e acabou por aparecer. Foi a primeira vez, em anos, que não rejeitei a possibilidade de uma aproximação, que não coloquei nenhuma barreira. E não me arrependo.
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