o homem que agora tinha 27
acordou e agradeceu mais uma primavera
lembrando que vida não é fácil, fez seu
café
entendeu que fazia parte de uma nova era
e foi buscar mais fé
o homem que agora tinha 27
sozinho, observou o raio do sol
enquanto todos estavam na cama
o homem que agora tinha 27
sozinho, observou o raio do sol
enquanto todos estavam na cama
desceu a escada
caracol
e se lembrou de quem ama
e se lembrou de quem ama
o homem que agora tinha 27
viu a felicidade por Skype
entendeu que não podia estar junto
aprendeu a entender o naipe
de quem anda sozinho no mundo
o homem que agora tinha 27
tinha também um emprego
e tinha contas, e muita coisa além
entendeu que não podia estar junto
aprendeu a entender o naipe
de quem anda sozinho no mundo
o homem que agora tinha 27
tinha também um emprego
e tinha contas, e muita coisa além
mas entendeu que dinheiro é ego
e a sorte que muitos não tem
e a sorte que muitos não tem
o homem que agora tinha 27
fez questão de ouvir um outro som
fez questão de ouvir um outro som
porque se lembrou de um tempo bom
que a responsa era pouca
e sua voz, menos rouca
o homem que agora tinha 27
e sua voz, menos rouca
o homem que agora tinha 27
se emocionou ao pegar no caderno
foi no suor, só ele sabe
que o aprendizado é eterno
e que vontade não falte
o homem que agora tinha 27
sorriu sozinho com o cabelo branco
esqueceu-se do saldo no banco
aprendeu a ser menos afoito
e agora esperar os 28
ps: livremente inspirado em "O Homem que não tinha nada".
Guilherme Vilaggio Del Russo
que o aprendizado é eterno
e que vontade não falte
o homem que agora tinha 27
sorriu sozinho com o cabelo branco
esqueceu-se do saldo no banco
aprendeu a ser menos afoito
e agora esperar os 28
ps: livremente inspirado em "O Homem que não tinha nada".
Guilherme Vilaggio Del Russo