Resta ainda alguma dúvida de que a dedução não transmite justificação, em especial se aceitamos que a justificação é falível? O paradoxo do Prefácio (introduzido por Makinson ) ilustra este ponto muito bem. Sabe-se que um autor tem fortes razões para pensar que cada uma das sentenças escritas no seu livro está justificada. Para reforçar esta ideia , podemos supor que ele revisou cada uma de suas afirmações e ainda submeteu o rascunho final ao apreço de seus amigos críticos. Ainda assim, por uma razoável cautela, ele escreve no prefácio que algum erro pode lhe ter escapado e que a responsabilidade pela falha é toda dele. Ora, tal autor mantém crenças inconsistentes se supomos que o mecanismo inferencial subjacente ao seu raciocínio é dedutivo. Como ele acredita que cada uma das sentenças do seu livro está justificada, ele crê justificadamente em: (1) S1, S2, S3... Sn Porém, quando ele afirma que muito provavelmente o seu livro contém algum erro, ele está assentido justificadamente a: (